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2013). Está sujeita a menos de cinco situações de amea- ça considerando suas localidades de ocorrência. Pode ser encontrada em Campos Rupestres e Matas de Galeria, onde se desenvolve em encostas rochosas e áreas recen- temente queimadas, a aproximadamente 1.400 m de al- Fabaceae 126 | Livro vermelho da flora do Brasil \u2013 Plantas raras do Cerrado titude (CNCFlora, 2013). Sua área de distribuição está constantemente sob a influência de queimadas de origem antrópica, sobretudo para o manejo do solo visando a implementação de atividades agropecuárias, a invasão de espécies exóticas oportunistas (Ribeiro et al., 2005) e o histórico potencial de mineração (Giulietti et al., 1987). Medidas de contenção e monitoramento das ameaças in- cidentes são necessárias a fim de garantir a manutenção da espécie na natureza e evitar que figure em um grau de ameaça mais severo em um futuro próximo. Calliandra semisepulta Barneby Risco de extinção: VU D2 \uf0fc Avaliador(a): Laila Araujo Data: 16-12-2013 Bioma: Cerrado Justificativa: Espécie endêmica do estado da Bahia (Sou- za, 2013), é encontrada nos municípios de Abaíra e Pia- tã (Serra da Tromba), Rio de Contas (Pico das Almas) e Mucugê (Souza, 2001) (EOO=860 km²; AOO=24 km²). Está sujeita a quatro situações de ameaça considerando seus municípios de ocorrência. Desenvolve-se em Cer- rado de altitude, Campos Rupestres, sobre solo areno- so e solo quartzítico, também em campos recentemente queimados e campos arbustivos antropizados, a altitudes aproximadas entre 1.180 m e 1.700 m (CNCFlora, 2013). Sua região de ocorrência encontra-se sob constante pres- são em decorrência do aumento da frequência dos in- cêndios de origem antrópica (Tanan & Chaves, 2012), para o manejo do solo na implementação de atividades agropecuárias (Sales & Silva, 2008; Martins Neto et al., 2011). Devido a sua restrição de ocorrência, o controle e monitoramento das ameaças incidentes são necessários a fim de garantir a manutenção da espécie na natureza. Chamaecrista altoana (H.S.Irwin & Barneby) H.S.Irwin & Barneby Risco de extinção: EN B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii) \uf0fc Avaliador(a): Laila Araujo Data: 16-12-2013 Bioma: Cerrado Justificativa: Espécie endêmica do estado de Goiás (Sou- za & Bortoluzzi, 2013), é encontrada nos municípios de Cavalcante (CNCFlora, 2013) e Alto Paraíso de Goiás (Queiroz et al., 2009). Apresenta EOO estimado de 805,8 km² e AOO de aproximadamente 12 km², e está sujeita a duas situações de ameaça considerando suas localida- des de ocorrência. Desenvolve-se em Campos Rupes- tres a cerca de 1.000 m de altitude (CNCFlora, 2013). Ocorre no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (Queiroz et al., 2009), todavia, o aumento da frequência dos incêndios de origem antrópica (Fiedler et al., 2006), a implementação da agricultura e pecuária, a histórica mineração e o turismo desordenado na região (Barbosa, 2008), acarretam o declínio contínuo da EOO, AOO e qualidade do hábitat. A contenção e o monitoramento das ameaças incidentes são essenciais para a manutenção da viabilidade do táxon na natureza, a fim de evitar que figure em um grau de ameaça de maior preocupação em um futuro próximo. | 127 Chamaecrista coradinii H.S.Irwin & Barneby Risco de extinção: VU D2 \uf0fc Avaliador(a): Laila Araujo Data: 16-01-2014 Bioma: Caatinga; Cerrado Justificativa: Endêmica do estado da Bahia (Souza & Bor- toluzzi, 2013), a espécie é restrita aos municípios de Bar- reiras, Formosa do Rio Preto, Ibotirama e São Desidério (CNCFlora, 2013). Está sujeita a menos de cinco situa- ções de ameaça considerando suas localidades de ocor- rência. Desenvolve-se em Caatinga (stricto sensu) e Cer- rado (lato sensu) (Souza & Bortoluzzi, 2013), sobre solo arenoso, também encontrada em áreas antropizadas, entre aproximadamente 670 m e 830 m de altitude (CNCFlo- ra, 2013). Sua região de ocorrência encontra-se sob cons- tante pressão devido à contínua expansão agrícola, que suprime a vegetação nativa (Spagnolo, 2011). Medidas de controle e monitoramento dessa atividade são necessárias a fim de garantir a manutenção da espécie na natureza. Chamaecrista coriacea (Bong. ex Benth.) H.S.Irwin & Barneby Risco de extinção: CR B2ab (i,ii,iii) \uf0fc Avaliador(a): Laila Araujo Data: 16-01-2014 Bioma: Cerrado Justificativa: Subarbusto rupícola (Queiroz et al., 2009) en- dêmico dos Campos Rupestres do estado de Minas Gerais (Rando, com. pess.), onde foi coletado exclusivamente no município de Conceição do Mato Dentro, em altitude aproximada de 1.180 m (CNCFlora, 2013). Possui AOO menor que 10 km² e está sujeita a apenas uma situação de ameaça considerando ocorrência restrita a uma única localidade. A área de distribuição da espécie encontra-se sujeita as pressões exercidas pela expansão das atividades agrícolas (Fernandes et al., 2005; Silva, 2010), que acar- retam no declínio contínuo da EOO, AOO e qualidade do hábitat. O controle e monitoramento dessa ameaça é essencial para a perpetuação do táxon na natureza. Chamaecrista ericifolia (Benth.) H.S.Irwin & Barneby Risco de extinção: EN B1ab(i,ii,iii) \uf0fc Avaliador(a): Laila Araujo Data: 22-01-2014 Bioma: Cerrado Fabaceae 128 | Livro vermelho da flora do Brasil \u2013 Plantas raras do Cerrado Justificativa: Espécie de distribuição disjunta, ocorre nos estados de Minas Gerais (Souza & Bortoluzzi, 2013), na região da Cadeia do Espinhaço, nos municípios de Itam- bé (Serra de Itambé) (Queiroz et al., 2009) e Gouveia, e no Espírito Santo, no município de Linhares, onde é pro- tegida pela Reserva Companhia Vale do Rio Doce (CN- CFlora, 2013). Apresenta EOO estimada em 535 km², e está sujeita a três situações de ameaça considerando suas localidades de ocorrência. As áreas onde é encontrada es- tão sob constante impacto em decorrência da implemen- tação de atividades agropecuárias, da invasão de espécies exóticas oportunistas, e do turismo desordenado (Silva et al., 2008), acarretando o declínio contínuo da EOO, AOO e qualidade do hábitat. Investimentos em pesquisa e esforços à campo são necessários a fim de encontrar no- vas subpopulações e ampliar o conhecimento atual sobre a espécie, bem como o controle e monitoramento das ameaças incidentes para evitar que figure em uma cate- goria de risco mais alarmante em um futuro próximo. Chamaecrista gymnothyrsa (H.S.Irwin & Barneby) H.S.Irwin & Barneby Risco de extinção: EN B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii) \uf0fc Avaliador(a): Laila Araujo Data: 22-01-2014 Bioma: Cerrado Justificativa: Espécie endêmica do estado de Goiás (Sou- za & Bortoluzzi, 2013), ocorre nos municípios de Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante, na região da Chapada dos Veadeiros (Queiroz et al., 2009) (EOO=288 km²; AOO=12 km²). Está sujeita a duas situações de ameaça considerando sua ocorrência dentro e fora dos limites do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Desenvolve- -se em Cerrado (lato sensu), em campos rochosos (Souza & Bortoluzzi, 2013), a aproximadamente 1.000 m de alti- tude (CNCFlora, 2013). A expansão das atividades agro- pecuaristas (Barbosa, 2008), o aumento na frequência dos incêndios (Fiedler et al., 2006), a introdução de espécies exóticas (Ziller, 2001), o turismo desordenado e a mine- ração (Barbosa, 2008) configuram ameaças em potencial a sua região de ocorrência, e ocasionam o declínio contí- nuo na EOO, AOO e qualidade do hábitat. Investimentos em pesquisa e expedições à área de distribuição do táxon são necessários a fim de descobrir novas subpopulações e ampliar o conhecimento sobre sua ecologia. Medidas de controle e monitoramento das ameaças são essenciais para a manutenção da viabilidade da espécie na nature- za, como também para evitar que sua categoria de risco torne-se ainda mais preocupante em um futuro próximo. Chamaecrista hatschbachii H.S.Irwin & Barneby