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Etica x Moral x Direito

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08/08/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/4
CONTEÚDO 3: ETICA X MORAL X DIREITO
Todo  ser  humano  é  dotado  de  uma  consciência moral,  que  o  permite  distinguir
entre o certo e o errado o justo e o injusto, o bom e o ruim, sendo portanto, capaz
de  avaliar  suas  ações;  ou  seja,  capaz de  ética. Muitas  decisões  enfrentadas  em
situações  do  cotidiano  dependem  daquilo  que  julgamos  como  bom,  justo  ou
moralmente  correto,  sendo  que  estes  julgamentos  fazem  do  homem,  em
comparação  aos  demais  seres  vivos  presentes  na  natureza,  um  ser
completamente distinto  já que o agir humano acontece conforme os valores, ou
seja o homem é o único ser vivo que avalia sua ação e sua realidade a partir de
valores.1 Mas então, o que vem a ser a ética, a moral e o direito?
Podemos  definir  moral  como  um  conjunto  de  normas  e  regras  baseados  nos
costumes e nas tradições de cada sociedade em uma determinada época histórica
de acordo com os preceitos estabelecidos por uma determinada sociedade ou por
um determinado grupo local; sendo portanto uma regulação de comportamentos e
valores, com uma definição cultural não podendo portanto, ser considerado como
ciência.  “A  moral  traça  princípios  para  que  o  homem  consiga  ter  uma  ação
moralmente correta. Questionamentos como Ser ou não ser  justo, quais valores
devem nortear minha existência; que  tipo de ser humano devo ser nas relações
comigo  mesmo  e  com  os  outros;  são  ponderações  características  do  campo
moral.”2
O  Direito  procura  estabelecer  as  regras  de  uma  sociedade  delimitada  pelas
fronteiras do Estado, pois as  leis possuem uma base  territorial,  e valem apenas
para  aquela  área geográfica. O Direito Civil,  utilizado no Brasil,  baseia­se na  lei
escrita.  O  Direito,  impõe  regras  de  conduta  que  devem  ser  observadas,  e
cumpridas,  podendo  haver  punição  nos  termos  da  lei  para  aqueles  que  não  as
cumprirem.    A  “Teoria  do Mínimo  Ético”  classifica  o  Direito  como  uma  parte  da
Moral;  e  portanto,  o  Direito  portanto  seria  um  conjunto  de  normas  morais
consideradas essenciais para a sobrevivência da sociedade.3
Já a Ética nada mais é do que uma ciência, uma disciplina  filosófica que estuda
estes  valores  e  princípios  morais  de  uma  sociedade  e  seus  grupos,  e  procura
refletir sobre estes valores e princípios com o objetivo de encontrar um equilíbrio e
um  bom  funcionamento  social,  para  que  ninguém  saia  prejudicado,  estando
relacionada,  portanto,  com  o  sentimento  de  justiça  social,  porém  não  pode  ser
confundida  com  lei.  Ela  é  o  estudo  da  ação  –práxis;  o  estudo  sobre  o
“conhecimento” – como a ciência, ou a lógica – e o estudo sobre o “valor” – seja
ele  artístico,  moral,  ou  científico  e  está  presente  o  tempo  todo,  em  decisões
familiares, políticas, ou profissionais.  “A ética é estudo sistematizado das diversas
morais,  onde  ficam  explícitos  seus  pressupostos,  seus  objetivos  e  valores  que
sustentam determinada moral.  É  uma  disciplina  teórica  sobre  a  prática  humana
que se traduz no comportamento moral.”4
Para o  filósofo espanhol Adolfo Sánches Vásquez, no séc. XX moral  consiste em
uma  reflexão  que  a  pessoa  faz  de  sua  própria  ação;  e  a  ética  consiste  em  um
estudo  dos  discursos  morais,  e  os  critérios  de  escolha  para  se  valorizar  e
padronizar as condutas numa família, empresa ou sociedade.5
 A palavra Ética deriva do grego ethos, que quer dizer o modo de ser, o caráter.
Porém  os  romanos  traduziram  o  ethos  grego  para  o  latim  mos,  moris,  cujo
08/08/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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significado  é  costume,  do  qual  se  originou  a  palavra moral  e  portanto,  as  duas
palavras sinalizam um tipo de conduta – o comportamento propriamente humano,
que não é natural. O "ethos"  (caráter) e o "mos"  (costume)  indicam um tipo de
comportamento  humano  que  não  é  natural,  ou  seja  o  homem  não  nasceu  com
este comportamento como se fosse um instinto, ele foi “adquirido ou conquistado
por  hábito".6  A  ética  é  histórica  e  socialmente  construída,  tomando  como
referência as relações coletivas dos humanos. A ética corresponde a preocupação
em  como  os  indivíduos  tornam  reais  suas  relações  sociais,  o  que  a  caracteriza
como uma reflexão crítica a  respeito dos atos morais dos sujeitos, considerando
determinada  realidade. Podemos ainda afirmar que a ética é algo  conquistado e
adquirido pelo hábito, no sentido do comportamento humano.7
 A ética é uma crítica reflexiva, que situa­se no campo dos princípios morais que
orienta as ações humanas cuja principal função é problematizar as atitudes e suas
finalidades tomando como referência outros indivíduos de determinada sociedade.
Na conduta dos humanos, há duas éticas que estabelecem, entre si, uma relação
de  contradição  –  ética  da  responsabilidade  que  leva  os  humanos  a  orientarem
suas  condutas,  refletindo  sobre possíveis  repercussões das atitudes que possam
vir  a  tomar  em determinado  contexto  social  e  ética  das  finalidades  que  leva  os
humanos  a  agirem  conforme  seus  sentimentos  e  valores,  o  que  muitas  vezes
implica  ações  dotadas  de  certa  ingenuidade  prevalecendo  a  noção  de  eficácia  e
não o caráter refletido da própria ética.8
O homem é o único ser vivo dotado de consciência lógica e de moral, que permite
que  ele  observe  a  sua  conduta  e  formule  o  seu  juízo  moral  sobre  as  suas
intenções e seus atos; ou seja, o homem após o discernir entre o verdadeiro e o
falso, poderá escolher o seu próprio caminho, ele terá a liberdade de escolha para
seguir o caminho certo ou errado de acordo com os seus  julgamentos baseados
em sua consciência moral. Além disso, o homem possui uma voz interior que lhe
indica  o  caminho  da  virtude  (qualidade  ou  ação  digna  do  homem  –  do  latim
“virtus”)  como  uma  prática  constante  do  bem  e  o  uso  da  liberdade  com
responsabilidade moral, assumindo a responsabilidade pela sua existência. Porém,
existe o vício (prática constante do mal) o oposto da virtude e portanto se o ser
humano  atrvés  do  uso  da  liberdade  sem  qualquer  responsabilidade  moral,
escolher  o  caminho  do  vício  ele  assume  a  irresponsabilidade  por  sua  própria
existência.
A consciência, também denominada de “ego” psicológico, indica a percepção que a
pessoa  tem  de  si  mesmo  e  dos  outros  e  para  a  ética  a  consciência  significa  o
julgamento  interno  que  cada  pessoa  faz  de  seus  atos  e  dos  atos  dos  outros,
estando  baseada  nos  valores  e  no  conjunto  das  potencialidades  de  cada  um
formando  portanto  uma  consciência  individual  ou  grupal  e  consequentemente  a
consciência profissional, ou seja a maneira como cada profissão interpreta, analisa
e  julga os problemas éticos.  Já os valores não são vistos, porém são sentidos e
são  os  motores  do  agir  humano  e  uma  forma  de  exteriorização  das
potencialidades que impulsionam o agir do homem.9
Os valores morais variaram de acordo com o período histórico e deram origem a
moralidade e á concepções éticas diversas. Podemos definir moralidade como um
sistema de comportamento que diz respeito aos padrões de comportamento certo
ou  errado.  A  palavra  carrega  os  conceitos  de:  (1)  padrões  morais,  no  que  diz
respeito  ao  comportamento,  (2)  responsabilidade  moral,  no  que  diz  respeito  à
nossa consciência e (3) identidade moral, ou alguém que é capaz de agir certo ou
errado,  sendo  os  sinônimos  mais  comuns  incluem  ética,  princípios,  virtude  e
bondade;  a  moralidade  descreveos  princípios  que  sem  eles  a  sociedade  não
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bondade;  a  moralidade  descreve  os  princípios  que  sem  eles  a  sociedade  não
poderia  sobreviver  por  muito  tempo  e  estes  mesmos  princípios  regem  o  nosso
comportamento. Nos dias de hoje, a moralidade é considerada como pertencente
a um determinado ponto de vista  religioso, mas,  por definição,  vemos que este
não  é  o  caso  pois  cada  um  adere  a  uma  doutrina  moral  de  algum  tipo.  A
moralidade  é  importante  para:  (1)  assegurar  um  relacionamento  justo  e
harmônico  entre  os  indivíduos,  (2)  ajudar  a  tornar­nos  pessoas  boas  para  que
possamos  ter  uma  boa  sociedade  e  (3) manter  um  bom  relacionamento  com  o
poder  que  nos  criou.                                              (Disponível  em
http://www.allaboutphilosophy.org/portuguese/moralidade.htm).
Referências
1. CAMPOS,  Michele;  VALE,  Tacyanne  do.  História  da  Ética.  Disponível  em:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAATMYAG/historia­etica. Acessado em
10/01/2016
2. LEITE, Gisele. A história da ética.  In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, VI,  n.
14,  ago.  2003.  Disponível  em:  <http://www.ambito­
juridico.com.br/site/index.php?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3893>. Acesso em jan. 2016.
3. GOLDIM,  José  Roberto.  Ética  Moral  e  Direito.  Disponível  em: 
http://www.ufrgs.br/bioetica/eticmor.htm. Acessado em 15/01/2016
4. LEITE, Gisele. A história da ética.  In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, VI,  n.
14,  ago.  2003.  Disponível  em:  <http://www.ambito­
juridico.com.br/site/index.php?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3893>. Acesso em jan. 2016.
5. MEUCCI,  Arthur.  Ética.  Disponível  em:  http://meucci.com.br/o­conceito­de­
etica/. Acessado em 15/01/2015
6. SOUZA,  Francisco  das  Chagas  Nunes.  Ética  princípio  absoluto  ou  prática
concreta  em  uma  visão  histórica.  Disponível  em:
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/etica­e­moral/55604/.
Acessado em 10/01/2015.
7. VAZQUEZ, Adolfo S. Ética. 4ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980
8. WEBER,  Max.  Economia  e  Sociedade  –  fundamentos  da  sociologia
compreensiva. Vol1. Brasília: EDUnB, 1991
9. GELAIN, Ivo. A ética, A bioética e os profissionais de Enfermagem. 4º ed. São
Paulo: EPU, 2014.
Leitura obrigatória:
MELO, Osvaldo Ferreira de. Ética e Direito. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, VIII,
n.  23,  set  2005.  Disponível  em:  <http://www.ambito­
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=251
http://www.ufrgs.br/bioetica/fundamen.htm
dir/Artigo_Sobre_Etica,_Moral_e_Direito_(1).pdf
Vídeo aula
https://www.youtube.com/watch?v=fRJaaJBFcoI
 
 
 
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