Morfologia do solo

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A morfologia é definida como o ramo da ciência que estuda a 
forma do objeto retratando-o com palavras ou desenhos. 
O objetivo principal da morfologia é a descrição segundo as 
características visíveis a olho nu. 
A morfologia constitui a base para identificar as principais 
características do solo, que deverá ser completada com 
dados do laboratório. 
As principais características observadas na descrição 
morfológica do perfil são: 
Cor 
Textura 
Estrutura 
Consistência 
Espessura dos horizontes 
MORFOLOGIA DOS SOLOS 
Normalmente é a mais facilmente notada. Muitos nomes 
populares dos solos são dados pela cor, tais como Terra 
roxa, Terra preta 
Muitos nomes de classes do sistema brasileiro de 
classificação refere-se comumente à cor do horizonte 
exemplo Latossolo Amarelo, Argissolo Vermelho 
1.COR 
As várias tonalidade no perfil são úteis para identificar e 
delimitar os horizontes. 
Solos escuros, costumam indicar altos teores de restos 
orgânicos decompostos. 
A cor vermelha está relacionada com solos bem 
drenados e altos teores de óxidos de ferro 
Cinza-azulados está relacionado com pequenas manchas 
que indicam solos que permanentemente tem excesso de 
água. 
Existe uma escala padronizada para identificação das 
cores chamada de tabela Munsell 
Refere-se à proporção relativa das frações areia silte e 
argila 
Apresentam tamanhos variados podendo ser 
observados desde olho nu, até com o auxílio de lupa 
Um torrão de solo é composto de um conjunto de 
partículas individuais que estão, em condições 
naturais, ligadas umas as outras. 
Areia ...................................... de 2 a 0,005mm 
Silte (ou limo)......................... de 0,005 a 0,002mm 
Diâmetro 
Argila ..................................... menor que 0,002mm 
2. TEXTURA 
De acordo com o conteúdo de areia, silte e argila teremos as 
seguintes classes texturais: 
Areia, silte, argila, areia franca, franco, franco argiloso, franco 
arenoso, argilo arenosa, muito argiloso, argila siltosa, franco 
argilo-siltoso e franco siltoso. 
A areia pode ser subdividida em areia muito grossa, areia 
grossa, areia média, areia fina, areia muito fina. 
A areia da a sensação de atrito, silte de sedosidade e a 
argila de plasticidade e pegajosidade 
Latossolo vermelho álico 
Solo podzólico – argissolo vermelho distrófico 
Textura arenosa: compreende as classes texturais areia e 
areia franca 
Textura argilosa: compreende classes texturais ou partes 
delas tendo na composição granulométrica de 35 a 60% 
de argila. 
Textura muito argilosa: compreende a classe textural muito 
argilosa com mais de 60% de argila. 
Textura média: compreende a classes texturais ou partes 
delas tendo na composição granulométrica menos de 
35% de argila e mais de 15% de areia. 
A estrutura é o aspecto do conjunto dos torrões que 
aparecem naturalmente no solo, com formato e tamanho 
variados e estão separados uns dos outros por 
fendilhamentos 
O pedólogo retira uma amostra com martelo pedológico 
ou uma faca e analisa a estrutura 
A formação de agregados pode se dar pelo ajuntamento 
das partículas do solo dando origem ao aparecimento de 
fendas que separam-se em unidades estruturais; 
Por certos produtos orgânicos, óxidos de ferro e a 
própria argila. 
3.ESTRUTURA 
Entre os agregados do solo encontra-se os macroporos e 
microporos 
Quando os agregados têm aspecto de esferas, faces 
arredondadas, denomina-se estrutura granular 
Colunar é quando a face superior é arredondada 
Verticais ultrapassam as horizontais denomina-se 
prismática (Ex. Nitossolo) 
Dimensões horizontais próximas as verticais as faces são 
quase planas, são do tipo angular ou subangulares. 
Planas de dimensões horizontais excedem as verticais 
chama-se laminar 
Partículas de silte, areia e argila, forma agregados com 
diferentes graus de adesão 
Consitência é a resistência dos torrões a alguma força 
que tende a rompê-los. Força essa realizada 
pressionando-se um torrão entre os dedos. 
A consistência varia em função de uma série de 
características, tais como textura, estrutura, agentes 
cimentantes (matéria orgânica, óxidos de ferro) e tipo 
dos minerais da fração argila. 
A consistência do solo pode ser determinada em três 
estados de umidade: 
4. CONSISTÊNCIA 
Seco – para a verificação da dureza e tenacidade (ex. 
solta, macia, ligeiramente dura, dura, muito dura e 
extremamente dura). 
Molhado – para verificação da plasticidade e pegajosidade 
Úmido – para verificação da friabilidade (ex. friável, 
firme, muito firme) 
Para identificar e delimitar os horizontes o pedólogo 
observa as diferenças de cor, textura, estrutura e 
consistência. 
Faz–se a delimitação, dos horizontes anota-se as 
espessuras 
Alguns solos tem transição abrupta (bem nítida a 
separação dos horizontes ex. E e Bt, num intervalo 
menor que 2,5cm) 
Transição gradual ou difusa, onde as diferenças são 
muito sutis, necessitando-se de um exame cuidadoso. 
Transição plana 
Transição ondulada ou sinuosa 
5. IDENTIFICAÇÃO DOS HORIZONTES 
Quanto à nitidez ou contraste e espessura, a 
transição é classificada como: 
Abrupta - a faixa de separação é menor que 2,5cm; 
 
Clara - a faixa de separação varia entre 2,5 e 7,5cm; 
 
Gradual - a faixa de separação varia entre 7,5 e 12,5cm; e 
 
Difusa - a faixa de separação é maior que 12,5cm. 
Transição 
T
o
p
o
g
ra
fi
a
 d
a
s
 t
ra
n
s
iç
õ
e
s
 
Plana ou horizontal - quando a faixa de separação 
dos horizontes é praticamente horizontal, paralela à 
superfície do solo; 
Ondulada ou sinuosa - quando a faixa de 
separação é sinuosa, sendo os desníveis, em 
relação a um plano horizontal, mais largos que 
profundos; 
Irregular - quando a faixa de separação dos 
horizontes apresenta, em relação a um plano 
horizontal, desníveis mais profundos que largos; 
Quebrada ou descontínua - quando a separação 
entre os horizontes não é contínua, os horizonte 
estão parcial ou completamente desconectadas de 
outras partes desse mesmo horizonte. 
Além das características morfológicas no momento da 
descrição dos solos, anotam-se os atributos da 
paisagem como: 
Declividade, vegetação natural, uso agrícola, ocorrência 
de pedras na superfície, grau de erosão e drenagem local. 
Os perfis de solo são preferivelmente estudados em 
trincheiras abertas para este fim. 
Cortes de estrada também podem ser utilizados para 
exame e coleta de amostras, desde que sejam 
convenientemente limpo com um enxadão.