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* HEMOSTASIA E DISTÚRBIOS HEMOSTÁTICOS * Hemostasia Sistema hemostático: “Mecanismos que produzem uma resposta efetiva à injúria vascular, garantindo a fluidez do sangue nos vasos e a perfusão tecidual”. * Fases da hemostasia: Hemostasia primária, Hemostasia secundária, Fibrinólise. * * Hemostasia Primária * Hemostasia Secundária - Coagulação * * * * Fibrinólise * * Patogênese dos Defeitos da Hemostasia * Hemostasia Primária Alterações: Defeitos vasculares, Alterações das plaquetas Qualitativas processos imunomediados. Alterações congênitas Quantitativas Sinais: Petéquias e equimoses Sangramento imediato. * Alterações dos Megacariócitos: Síndromes mieloproliferativas, Tóxica, Agentes infecciosos Mecanismos imunitários. * Alterações das plaquetas: Quantitativa Trombocitose Fisiológica Reativa Processos inflamatórios agudos e crônicos, hemorragia aguda, anemia por deficiência de ferro, anemia hemolítica, neoplasias, fraturas e traumas severos, pós-cirúrgica, esplenectomia, doença de Cushing, glicocorticóides e agentes antineoplásicos. Trombocitemia essencial – rara em animais. * Alterações das plaquetas: Quantitativa Trombocitopenia linfoma, erliquiose, infecção pelo vírus da hepatite canina, peritonite, endotoxinas, CID, infecção pelo vírus da leucemia felina, diarréia viral bovina, anemia infecciosa equina. * Possíveis alterações: Deficiência na síntese dos fatores da coagulação Síntese defeituosa dos fatores Consumo excessivo Sinais: Equimoses, Hematomas, Hemartroses, Sangramento tardio. Hemostasia Secundária * Coagulopatias hereditárias Menos comuns do que as adquiridas. Decorrentes da deficiência de um único fator. Deficiências de múltiplos fatores são raras. * Hemofilia A Deficiência ou defeito do fator VIII. Defeito no cromossomo X: Fêmeas portadoras Machos hemofílicos A hemofilia A é uma das mais comuns desordens da coagulação herdadas em humanos e nos animais, e aparece em cães, gatos e eqüinos. * Hemofilia A Severidade depende da concentração do fator VIII no plasma. Sangramento severo se atividade for inferior a 5% do normal. Sangramento moderado de 5 a 20%. Tratamento: Crioprecipitado. * Hemofilia B Diminuição ou síntese defeituosa do fator IX. Desordem recessiva ligada ao cromossoma X. As hemofilias A e B são indistinguiveis clinicamente e, os testes utilizados são os mesmos. Assim, a diferenciação é feita a partir de ensaios específicos para cada fator. * Doença de von Willebrand Deficiência do fator vW. Ocorre em ambos os sexos. Distúrbio autossômico dominante em humanos, Dominância incompleta em animais Sinais clínicos: diarréia hemorrágica, sangramentos no estro e pós-parto, hematomas, sangramentos excessivos após traumas leves e epistaxes. Tratamento; transfusão de crioprecipitado. * Deficiência do fator VII Doença autossômica recessiva ou incompletamente dominante rara, Relatada em cães. Não apresenta diátese hemorrágica como nos humanos. * Deficiência dos fatores X, XI e XII e pré-calicreína São raras. Sem anormalidades clínicas de hemostasia ou raramente causam sangramentos leves. * Afibrinogenemia Rara nos animais (relatos em cães e cabras). Gene autossômico recessivo Sinais: sangramento pelo cordão umbilical ao nascimento. Desfibrinogenemia Gene dominante autossômico Fibrinogênio apresenta defeito na sua quebra, polimerização e estabilização. * Coagulopatias adquiridas Mais comuns do que as hereditárias. * Deficiência de vitamina K: Essencial para a formação de fatores dependentes de vitamina K (II, VII, IX e X). Deficiência nutricional é rara nos animais. Associada com: problemas gastrintestinais crônicos, mal absorção, animais submetidos à terapêutica prolongada com antibióticos de amplo espectro e sulfanilamida, Deficiência de sais biliares, Doença hepática pode levar a falha na utilização da vitamina, Antagonistas da vitamina K - rodenticidas (warfarin, indanedionas), bromadialona e brodifacoum. * * Doenças hepáticas: Causam: Hemorragias médias a moderadas Hemorragias severas – cirrose, hepatite fulminante, fase terminal de doença hepática crônica * Coagulopatias de Consumo Coagulação intravascular disseminada (CID) Estado patológico secundário Achado alarmante – mal prognóstico Mecanismo: Ativação intravascular da coagulação sangüínea Trombose capilar Ativação do sistema fibrinolítico Tendências hemorrágicas * Patofisiologia da CID * Coagulopatias de consumo Acidentes ofídicos Ações coagulante, proteolítica e vasculotóxica Serpentes Bothrops. Bothrops jararaca * Possíveis alterações: Estímulos excessivos, Liberação de substâncias que ativam a coagulação. Sinais; Trombose, Infarto renal, Infarto cardíaco. Fibrinólise * Trombose Tipos de Trombos Brancos: locais de elevado fluxo sangüíneo compostos por plaquetas e pouca quantidade de fibrina Mistos: áreas de lento ou moderado fluxo sangüíneo compostos por hemácias, plaquetas e fibrina. Vermelhos: áreas de completa estase sangüínea composto por hemácias e grande quantidade de fibrina. Causas: agentes infecciosos que causam inflamação e dano endotelial * AVALIAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL DOS DISTÚRBIOS HEMOSTÁTICOS Distúrbio hemostático x hemorragia por outras causas Quantidade e duração da hemorragia x grau da injúria * História Tempo de sangramento: Logo após o trauma – hemostasia primária Após estancamento inicial – hemostasia secundária Idade do paciente Hereditariedade? Ligada ao sexo? Exposição a drogas ou agentes tóxicos * Exame físico Sinais: hepatomegalia; anemia; icterícia; hipertermia; doenças mieloproliferativas; doenças imunomediadas; septicemias; viroses; neoplasias; presença de ectoparasitas * Tipos de lesões hemorrágicas * Petéquias gengivais Baker et al, 2006 * Hemorragia subcutânea Baker et al, 2006 * Hemartrose Baker et al, 2006 * Exames laboratoriais Seleção dos testes Suspeita clínica * Exames laboratoriais Colheita e acondicionamento da amostra: Anticoagulantes: Citrato de sódio a 3,8%: Diluição: 1:9 Uso: avaliação dos fatores da coagulação EDTA a 10%: Diluição: 0,1 ml para cada 5 ml de sangue Uso: contagem de plaquetas Material: Recipientes plásticos ou siliconizados Sangue recém-colhido Laboratórios climatizados. * Testes laboratoriais * Hemostasia Primária Contagem global de plaquetas Observação de plaquetas no esfregaço sangüíneo imediato Estimativa do nº de plaquetas: < 3 plaquetas/campo – trombocitopenia Macroplaquetas – regeneração Agregados plaquetários – erro de técnica Mielograma * * * * Hemostasia Primária Tempo de sangramento 1 – 5 minutos Aumentado: vasculites; aumento da fragilidade capilar; trombocitopenias; trombocitopatias; doença de Von Willebrand. Agregação plaquetária Provas de agregação – adição de agonistas * Hemostasia Secundária Tempo de Coagulação Maneira grosseira de avaliar os fatores da coagulação Testes: Tubo capilar Normal: Equinos e Bovinos: 3 – 15 minutos Outros animais: 1 – 5 minutos Lee White Normal: 3 – 12 minutos Aumentado: Deficiência dos fatores da coagulação da via intrínseca ou comum. * Hemostasia Secundária Tempo de Protombina Avaliação da via extrínseca e comum Adição de fator tecidual * * Hemostasia Secundária Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada: Avaliação da via intrínseca e comum Adição de fator de ativação por contato (caolin ou cefalina) * Hemostasia Secundária Tempo de Trombina Tempo para a formação da fibrina a partir do fibrinogênio Adição de trombina e recalcificação da amostra Tempo normal: 15 – 20 segundos Aumento: hipofibrinogenemia (<100mg/dl) desfibrinogenemia inibidores da indução da formação do coágulo pela trombina * Hemostasia Secundária Fibrinogênio Técnicas: tubo capilar colorimétrico * Fibrinólise Produtos de degradação da fibrina Kits comerciais Aumento: estímulo na fibrinólise CID * *
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