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os canais de cloreto controlados por GABA. ! Atua em equinos, bovinos (controla os ectoparasitos que causam sarna), suínos, cães e gatos (procuramos evitar seu uso, pois seu uso isolado é feito com muita cautela, podendo causar toxicidade). Tem um maior padrão de toxicidade em cães com focinho mais comprido. O uso em cães e gatos é mais restrito ou feito em baixas doses na combinação de anti-helmínticos para parasitos externos, dirofilariose, infecções intestinais muito graves. ! Os mamíferos não apresentam canais de cloreto controlados por glutamato, e sim canais mediados por GABA, mas a barreira hemato encefálica impede a penetração da ivermectina. O efeito é seletivo para o parasito. Cruzam com dificuldade a barreira hematoencefálica. ! Porém, em raças de focinho comprido sua barreira hematoencefálica é mais permeável, devendo-se evitar a ivermectina. Geralmente tem o quadro neurotóxico. Isso é causado devido a uma mutação de glicoproteínas P, que codificam a bomba de efluo do medicamento no SNC. Os problemas neurológicos são depressão, ataxia, problema de visão e coma. !! MECANISMO DE AÇÃO!! Polimerização da tubulina: os microtúbulos são organelas intracelulares presentes no reino animal, vegetal e nos fungos. Sua função é no esqueleto estrutural das células; movimento dos cromossomos durante a divisão celular (quando os cromossomos se dividem, caminham de uma célula a outra em direção aos fusos mitóticos pelo microtúbulo); movimento de partículas intracelulares, como metabólitos energéticos; e exocitose. ! O microtúbulo se forma a partir da polimerização da alfa e beta-tubulina. As unidades alfa e beta vão se ligando e formando esse microtúbulo. Cada proteína possui 450 aminoácidos. A célula forma um canudo progressivamente e pode se desfazer. Tem um polo negativo (onde ocorre a despolimerização) e um positivo (onde ocorre a polimerização), o que permite a plasticidade celular. Os fatores que favorecem a polimerização são o aumento da temperatura (a 37 graus), GTP e MG2+. E os fatores que favorecem a despolimerização são a diminuição da temperatura (a 4 graus), presença de cálcio ou calmodulina.! Os fármacos com esse mecanismo de ação impedirão a formação do microtúbulo pela extremidade positiva. Substâncias se ligam ao polo positivo, o chamado capeamento, e inibem a formação dos microtúbulos. Ex. colchicina, vimblastina, vincristina, inibidores mitóticos, e benzimidazóis. Outros fármacos que atuam na gota única também atuam sobre o microtúbulo. O mecanismo de ação dos benzimidazóis é a ligação seletiva às moléculas de beta-tubulina do nematódeo causando um efeito de inibição da formação dos microtúbulos. ! Os fármacos que inibem a polimerização dos microtúbulos são os benzimidazóis ( tiabendazol, cambendazol, mebendazol, fembendazol, oxibendazol, oxfendazol, albendazol, parbendazol, flubendazol, tricabendazol) e as pró drogas (netobimina, febantel, tiofanato). !! Desacoplamento da fosforilação oxidativa: no nível celular temos uma organela muito importante na produção de energia (ATP). Essa organela é a mitocôndria. Se não temos formação de ATP a célula entra em falência energética. ! A produção de ATP está acoplada ao gradiente de prótons através da membrana interna mitocondrial. A fosforilação oxidativa promove o carregamento de elétrons do NADH e FADH através de complexos protéicos da membrana int. mitocondrial. Os prótons são bombeados para fora da matriz mitocondrial, devido a uma força para movimento de prótons causada pelo gradiente de pH e potencial elétrico transmembrana. O ATP é produzido por complexo enzimático, quando os prótons voltam para a matriz mitocondrial. A fosforilação oxidativa ocorre nos animais parasitados e nos helmintos.! Os ionóforos de prótons (closantel e nitroxinil) são anti-helmínticos cujas moléculas contém próton detectável. São moléculas lipofílicas e podem introduzir os prótons na membrana interna da mitocôndria. Com isso retira o gradiente de prótons da membrana mitocondrial e \u201cdesacopla\u201d a fosforilação oxidativa. Assim, a oxidação do NADH e FADH não ficará ligada à produção de ATP. ! O mecanismo de ação é pelo desacoplamento da fosforilação oxidativa mitocondrial com efeito sobre a biotransformação energética do parasito. Os fármacos que atuam por desacoplamento da fosforilação oxidativa são as salicilanilidas (closantel, rafoxanida, oxiclozanida, brotianida); substitutos fenólicos (nitroxinil, niclofolan, hexaclorofeno dibromsalam, niclosamida) e antitrematódeos e anticestódeos.!! Canais iônicos: atuam na função neuromuscular. Não vai ser bloqueados do cálcio, vai favorecer sua entrada, levando a contração muscular do parasita.! O cálcio é importante para a contração muscular do parasita. O Praziquantel atua aumentando o influxo de cálcio, causando efeito na contração muscular do parasita. Ocorre a abertura dos canais de cálcio e a liberação do cálcio presente no interior dos retículos sarcoplasmáticos. Os alvos do medicamento são os canais iônicos de cálcio na membrana do parasito, no tegumento e na célula muscular.! Os agonistas nicotínicos são seletivos de receptores colinérgicos nicotínicos das células musculares dos nematódeos. O efeito do fármaco é de aumentar a condutância ao Na+ causando contração e paralisia espástica do parasito. A eliminação do parasito é feita pelo pulmão, pelo muco brônquico ou do TGI pela fezes.! Os agonistas nicotínicos são os Imidazotiazoles (levamisol, butamisol); Tetrahidropirimidinas (pirantel, morantel, oxantel); Sais de amônio quaternário (befenium, teniun); Pirimidinas (metiridina). ! Os agonistas de canais iônicos gabaérgicos e glutamatérgicos são agonistas GABA (piperazinas), e potenciadores do receptor de cloreto ativado por glutamato (avermectinas), que possuem sítios de ligação do anti-helmíntico (subunidades alfa) e sítios de li\u2019ação do glutamato (subunidades beta). !! Antiinflamatórios não esteroidais - DAINE!! Temos um conjunto de alterações biológicas relacionadas ao estresse. O diálogo é de célula para célula, leucócito para leucócito, etc, chamadas mediações químicas. Em um indivíduo saudável, o organismo encontra-se preparado e capaz de proteger-se contra agressões, através de mecanismos fisiológicos, tais como reações imunes e anti-inflamatórias. ! Qualquer estímulo, seja ele de natureza química, física ou mecânica, capaz de iniciar um processo inflamatório no organismo detonará, de forma mais ou menos extensa, a produção de uma série de mediadores químicos, que terão sua ação centrada principalmente sobre eventos vasculares ou celulares. ! Vários são os mediadores químicos envolvidos no desenvolvimento do processo inflamatório, podendo ser de origem tissular, como: aminas vasoativas, fator de ativação plaquetária, eicosanoides, citocinas, radicais livres superóxidos, óxido nítrico e neuropeptídeos, ou d\u2019 origem plasmática, como: sistema de coagulação, sistema complemento e sistema das cininas. !! AUTACÓIDES! Os mediadores químicos endógenos que cuidam da nossa vida, do nosso organismo são medicamentos que o corpo produz. Autacóides são substancias que o organis\u2019o produz em resposta a estímulos específico, como a dor. Atuam comumente no próprio local da síntese permanecendo ativos por curto período. Um exemplo é a histamina, bradicinina, prostaglandinas. Os autacóides são os anti-histamínicos, DAINEs, corticosteróides. ! Os DAINES surgiram a partir da religião. O reverendo Edward Stone descobriu o composto a partir da casca do salgueiro. Esses chás que ele fazia com a casca do salgueiro eram muito bons para tirar a dor, a febre. O salgueiro crescia em regiões onde havia malária, sendo muito útil no tratamento da malária. Alguns anos depois Leroux (1829) conseguiu isolar a salicina (efeito antipirético). E mais pra frente foi criado o salicilato de sódio, sendo usado na febre reumática e como antipirético