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Exercícios Comentados de Epidemiologia (Profa. Carla Jorge - epidemiologiaprofessoracarla.blogspot.com/)

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Q1 Que fator, dentre dos propostos abaixo, aumenta a prevalência de qualquer doença?
a) diminuição da incidência
b) diminuição da letalidade
c) aumento do sucesso terapêutico 
d) redução da expectativa de vida dos pacientes
e) emigração dos doentes
Comentário
Sabemos que a prevalência corresponde ao número de casos novos e antigos de uma determinada doença, pensando apenas no numerador (número e casos existentes).
As opções que poderiam aumentar a prevalência são: qualquer tratamento que aumente a sobrevida de pacientes com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial (aumento dos casos antigos, em tratamento que são vistos em cada momento do tempo - eles deixam de morrer); aumento da incidência (numerador da taxa de incidência, correspondendo ao aumento dos casos novos); insucesso terapêutico (mais pacientes doentes que não ficariam curados e permaneceriam doentes); imigração de pacientes doentes; aumento da expectativa de vida dos doentes (ou seja, o tempo de vida esperado dos doentes); diminuição da letalidade (menos morte pela doença, mais doentes vivos, ou seja, menos capacidade da doença de levar ao óbito).
Com exceção da letra B, todas as outras afirmativas diminuem a prevalência. RESPOSTA B
Q2 Em um prédio de moradia estudantil, em 01/01/2010 havia 400 estudantes. Em uma pesquisa realizada na data mencionada, observou-se que 20 estudantes estavam doentes por influenza. Qual a medida pertinente para mensurar a magnitude deste evento?
Resposta: A prevalência pontual é a mais adequada. Faz-se o cálculo: (20 casos/400 estudantes) = 5 casos por 100 estudantes (5%).
Q3 Nesse mesmo prédio, os mesmos estudantes ali permaneceram por todo o ano. Em 31/12/2010, havia 1 pessoa com influenza. Ao longo do ano houve 20 novos casos. Pergunta-se: qual a prevalência de período no ano de 2010?
Resposta: A prevalência de período equivale aos 20 casos do início do ano além dos 20 casos novos ao longo do ano (40/400) = 40/400 = 10 casos por 100 pessoas (10%)
Q3.1 Pergunta-se: qual a prevalência pontual em 31/12/2010?
Resposta: 1/400 = 0,25%
Q4 Uma fábrica de cerâmica realiza, através do serviço de saúde do trabalhador, um “check-up” dos empregados a cada 5 anos de atuação na empresa. A avaliação dos resultados durante 10 anos de implantação dessa rotina revelou que, dos 500 empregados examinados ao Raio X, 100 tinham lesões suspeitas de silicose. A medida acima se trata de um coeficiente de:
a) incidência. b) prevalência. c) letalidade. d) tendência.
Resposta: letra B
Q4.1 A medida é de prevalência pontual ou de período?
Resposta: Prevalência de período ao final de 10 anos.
Q5 Em um povoado de 500 habitantes houve uma epidemia de dengue. A investigação epidemiológica relatou a ocorrência de 200 casos sintomáticos e 140 pessoas que não estavam ou estiveram doentes, mas apresentaram títulos elevados de anticorpos específicos e ainda 160 indivíduos não infectados. Responda às questões:
(1) a incidência da infecção foi: 
a) 28%
b) 32% 
c) 40% 
d) 68% 
e) N.R.A
Resposta 
efetue da seguinte forma: (200+140) são todos com infecção; 500 são todos os expostos; 340/500 = 0,68
(2) a incidência da doença foi: 
a) 28%
b) 32% 
c) 40% 
d) 68% 
e) N.R.A
Resposta 
Dentre aqueles com infecção (200+140), 200 têm sinais e sintomas; 500 são todos os expostos; 200/500 = 0,40
(3) Entre os infectados a participação dos assintomáticos foi:
a) 28,0% 
b) 41,2% 
c) 70,0% 
d) 87,5 
e) N.R.A
Resposta 
Estamos efetuando o cálculo de uma proporção. Dos infectados (340), há 140 assintomáticos. 340/140 = 0,412 (41,2%)
Q6 A prevalência de uma doença pode ser aproximadamente igual à: 
a) soma das taxas de incidência anual da doença
b) incidência acumulada da doença menos a mortalidade do último ano
c) incidência anual da doença dividida pela duração média da doença
d) incidência anual da doença multiplicada pela duração média da doença
e) incidência anual da doença no último ano menos as mortes e os casos curados no ano corrente
Resposta 
Resumidamente: a letra a) está errada porque exclui casos dos anos anteriores que estão vivos; a letra b) não inclui casos dos anos anteriores que estão vivos; a letra c) é incorreta porque d) é a correta; e) exclui casos curados.
Q7 As linhas pontilhadas são linhas de vida. Os tempos estão marcados em ti, onde i varia de 0 a 5 e é medido em anos. Para os 3 indivíduos na sequência, qual o tempo vivido por todos eles a partir de t0 (+ corresponde ao óbito e * corresponde ao final de um ano)? Calcule ainda o tempo médio vivido pelos 3 indivíduos.
-------------+
-----------------------------+
------+
------*------*------*------*
t0    t1     t2     t3      t4
Resposta 
O primeiro indivíduo viveu 2 anos. O segundo viveu 4 anos. O terceiro viveu um ano. Ao todo, os três indivíduos viveram em seu conjunto, (2+4+1) anos, perfazendo um total de 7 anos, ou seja, a média foi igual a 2,33 anos (7/3). Podemos dizer, também, que houve um total de 7 anos vividos em 4 anos de exposição.
Q8 Com dados do exercício anterior, calcule a incidência acumulada de óbitos em 4 anos e a densidade de incidência de óbitos no mesmo período.
Resposta:
Incidência acumulada em 4 anos: 3/3=100% (é intuitivo: todos morreram)
Densidade de incidência: 3 óbitos e 7 pessoas anos em 4 anos, equivalendo, em um ano, em média a 0,42 óbito por pessoa ano (3 óbitos/7 pessoas-anos).
Q8 A taxa de incidência e a taxa de prevalência são representadas por: um numerador x, um denominador y, multiplicado por 10n, para um período de tempo específico. A diferença fundamental entre as duas taxas está:
A) em x
B) em y.
C) em 10n.
D) no período de tempo específico.
Resposta: A
Q9 O exame clínico inicial de uma população de uma cidade de porte médio de Minas Gerais detectou hipertensão arterial em 5/1.000 homens entre 30 - 35 anos e 10/1.000 mulheres, também entre 30 - 35 anos. A inferência de que mulheres têm risco de hipertensão duas vezes mais elevado que homens nessa faixa etária é:
A) correta.
B) incorreta, porque o efeito de coorte da idade não foi considerado.
C) incorreta, porque não é possível distinguir entre incidência e prevalência.
D) incorreta, porque não existem informações com relação ao grupo controle ou de comparação.
Fonte: FUMARC / 2006 / Prefeitura de Belo Horizonte / Dentista - Área Cirurgião Dentista Epidemiologia / 
Comentário: C. A detecção é de uma doença (hipertensão) pré-existente, não sendo, então, um caso novo no período específico. Não se pode inferir risco, pois não se trata de incidência e sim de prevalência.
Q10 Considerando os níveis de hipertensão arterial primária em um determinado município de Mato Grosso, qual dos indicadores abaixo é o mais indicado para a implementação de medidas de controle e tratamento:
a) Incidência 
b) Expectativa de vida
c) Prevalência
d) Letalidade
e) Índice de Nelson Moraes.
Fonte:http://www.misodor.com/2005PROVA.html
Comentário: C. A hipertensão é uma doença crônica, de longa duração. Ademais, seu início pode ser de data incerta para o médico e para o paciente (dificuldade de identificar incidência no tempo certo).
Q11 Marque V para os itens que constituem exemplos de coeficientes de prevalência e F para os que não constituem.
( ) Número de episódios de amigdalite de um indivíduo por ano.
( ) Número de casos novos de câncer de fígado por ano para cada 100.000 habitantes.
( ) Número de casos de diabetes em um município.
( ) Número total de esclerose múltipla por 100.000 habitantes por ano.
Assinale a sequência correta.
[A] F, F, V, V
[B] V, F, F, V
[C] F, V, F, F
[D] V, V, F, F
[E] F, F, F, V
Resposta: E
Q12 Em um hospital, o enfermeiro, ao analisar a frequência de ocorrência de novos acidentes de trabalho em um ano, está considerando uma medida epidemiológica de
A) prevalência 
B) incidência 
C) razão
D) risco
E) padronização
Comentário: B. A palavra 'novos' é muito sugestiva de incidência.
Q13 Umestudo que pretende seguir um grupo de 100 pessoas por 1 ano, no início da pesquisa, identifica que 10 pessoas tem hipertensão arterial sistêmica (HAS). Ao final de 1 ano de seguimento, 9 pessoas desenvolvem HAS. Qual a prevalência pontual no início do estudo? Qual a incidência acumulada?
Resposta: a prevalência pontual é 10/100. Como a HAS não tem cura, a incidência acumulada é 9/(100-10). Repare que os resultados são iguais, mas os conceitos são diferentes.
Fonte: http://www.minsaude.gov.cv/index.php/sua-saude/hipertensao-arterial
Q14 Uma forma correta para se analisar o impacto da hipertensão arterial em uma comunidade seria calcular o coeficiente de incidência da doença, o coeficiente de mortalidade por causas consequentes a hipertensão e o coeficiente de prevalência de sequelas cerebrovasculares típicas da evolução dessa patologia.
C) Certo 
E) Errado
Fonte: CESPE / 2011 / Secretaria de Estado da Saúde / Médico - Área Epidemiologista /
Resposta: E. A incidência da hipertensão é muito mais difícil de se determinar do que a prevalência, por ser uma doença crônica de desenvolvimento lento; os demais coeficientes não fazem muito sentido pois é preciso esperar a doença progredir para que se conheça as magnitudes das medidas propostas. É muito mais fácil conhecer a prevalência da hipertensão arterial na população para saber seu impacto na população e planejar os cuidados necessários àquela população
Q15 O coeficiente de incidência de dengue no Brasil, 2002, foi 398/100.000. Assim, em 100.000 residentes no Brasil, 398 tiveram risco de adoecer de dengue no ano de 2002.
C) Certo 
E) Errado
Fonte: Baseado em CESPE / 2011 / Secretaria de Estado da Saúde / Médico - Área Epidemiologista
Resposta: C. Questão simples e direta sobre interpretação da incidência. Incidência é a medida do risco.
Q16 Se o número de casos incidentes de uma doença foi de 8 em 8 anos de estudo, e trata-se de uma coorte fechada de 3000 pessoas e todos os casos ocorreram quando o estudo fez aniversário de quatro anos, ao final de oito anos (não houve óbitos no período do estudo), qual a taxa de incidência da doença ao ano? Supondo que a doença é crônica e não tem cura, qual a prevalência ao final do estudo?
Resposta: 
Taxa de incidência:
Cálculo de pessoas tempo de exposição: ( 3000 X 4 + 2992 X 4 )
Numerador ao longo de oito anos: 8 casos
Taxa de incidência = 8/(12000+11968) = 8/23968 = 0,33 caso por 1000 pessoas-anos de exposição
Prevalência: 
8/3000 = 0,27%
Q17 Se o Bairro 'Maria da Paz' e o bairro 'Maria da Fé' tem respectivamente, 34 e 200 casos novos de uma doença e, respectivamente, a população exposta no início de cada ano era de 50.000 e 294.118 pessoas, qual a taxa de incidência acumulada em cada bairro? Qual a maior taxa de incidência? Sabe-se que não houve imigração ou emigração no período.
Resposta: 
Taxa de incidência acumulada em 'Maria da Paz': 34/50000=0,00068 caso ao ano; 6,8 casos ao ano por 10.000 pessoas.
Taxa de incidência acumulada em 'Maria da Fé': 200/294118=0,00068 caso ao ano; 6,8 casos ao ano por 10.000 pessoas.
As taxas de incidência foram iguais.
Baseado: https://www.passeidireto.com/arquivo/3595171/exercicio-de-morbidade-com-gabarito
Q18 Em 01/07/1980 havia 2000 casos de tuberculose em tratamento no município de Boa Sorte. Se, na data, a população era de 1.176.935 habitantes, calcule a medida apropriada e cite qual a medida calculada.
Resposta: 
Trata-se da medida de prevalência pontual, pois estamos calculando para o ano de 1980. Veja que a população é do meio do ano - estimativa do número de pessoas-anos para 1980, então estamos com casos novos e antigos e não sabemos se todos os casos são de 1980. A medida é a seguinte:
2000/1.176.935 = 0,000169 caso prevalente por habitante-ano, ou seja, em Boa Sorte houve 1,69 caso prevalente por 1000 habitantes-ano, medido para 01/07/1980.
Baseado: https://www.passeidireto.com/arquivo/3595171/exercicio-de-morbidade-com-gabarito
Q19 No ano de 1992, foram detectados 473 casos novos de hanseníase nos serviços de saúde do Distrito Federal. No final daquele ano, um total de 2.563 estava em tratamento, incluindo os mais antigos e os casos novos do ano. Se a população for de 1,5 milhão de habitantes em 01/07/1992, calcule as medidas pertinentes.
Resposta:
Densidade de Incidência = 473/1.500.000 = 0,000315 ou 3/10.000 hab/ano.
Prevalência = 2.563/1.500.000 = 0,0017 ou 1,7/ 1.000 hab/ano
Baseado: https://www.passeidireto.com/arquivo/3595171/exercicio-de-morbidade-com-gabarito
Q20 Se uma população tem 10.000 habitantes (que correspondem aos indivíduos em risco para uma dada doença) e, sabendo que o número de pessoas que tem a doença é de 500, a prevalência pontual em qualquer momento do ano é de 5%.Qual a prevalência em cinco anos se a população se mantiver estável e o número de casos em cinco anos for 1.000?
Resposta:
Se considerarmos que, durante 5 anos, a população em risco se mantém estável nos 10.000 e que o número de casos nesses 5 anos é de 1.000 , então a prevalência a 5 anos é de 10%.
fonte:http://forpoint.grupokeypoint.pt/docs/newsletters/nl_19.pdf
Q21 Com o controle adequado da glicemia dos diabéticos, a prevalência da doença:
a) diminui
b) não se modifica
c) aumenta
d) não pode ser avaliada
e) NDA
Resposta:
Não se modifica. A doença não é curada pelo controle da glicemia. A prevalência permanece inalterada.
Q22 Em duas indústrias, A e B, trabalharam durante o ano, em cada uma, 1000 operários; no ano de 2013 ocorreram:  
Na indústria A, 20 casos de intoxicação aguda por produto químico; na indústria B, foram 40 casos de intoxicação aguda pelo mesmo produto químico;
Na indústria A: 50 operários trabalharam o ano todo; 450 trabalharam seis meses; 500 trabalharam três meses; na indústria B: 1000 operários trabalharam o ano todo.
Pergunta-se: Em qual das duas indústrias foi maior a ocorrência de casos de intoxicação aguda?
Solução: 
Passo 1 - Calcular o número de trabalhadores expostos na indústria A durante o ano: (50 X 1) + (450 X 0,5) + (500 X 0,25) = 50+225+125 = 400 pessoas-anos na indústria A.
Passo 2 - Calcular o número de trabalhadores  expostos na indústria B durante o ano: (1000 X 1)= 1000 pessoas-anos na indústria B.
Passo 3 - Calcular a taxa de incidência da indústria A = 20/400 = 0,05 caso por trabalhador-ano ou 5 casos por 100 trabalhadores-ano.
Passo 4 - Repetir o passo 3 para a indústria B = 40/1000 = 0,04; equivale a 4 casos por trabalhadores-ano.
Resposta: A ocorrência, aqui medida pela taxa de incidência, foi maior na indústria A.
Q23 Um pesquisador gostaria de saber quantos novos casos de sarampo ocorreram em uma escola no mês de abril de 2011. Houve 12 casos e havia 100 crianças naquele mês na escola, e nenhuma saiu da escola naquele mês. Qual a taxa de incidência?
Resposta: 12/100. 12 casos a cada 100 crianças é a taxa de incidência no mês de abril de 2011.
Q24 Durante um estudo de 20 anos 5 pessoas foram acompanhadas, desde o início do estudo, para mensurar a ocorrência de infecção do trato respiratório superior (ITRS). A infecção pode recorrer.
1 pessoa foi perdida por acompanhamento 4 anos após o início do estudo.
2 pessoas morreram depois de 8 e 17 anos, respectivamente, por causas diferentes da ITRS.
1 pessoa teve a primeira ITRS depois de 4 anos e a segunda ITRS depois de 10 anos. A recuperação de ambas as infecções ocorreu em meio ano. O indivíduo foi acompanhado até o final do estudo.
1 pessoa foi acompanhada por todo o período e não ficou doente.
Qual a taxa de incidência (densidade de incidência)?
(A) 0,06 caso por pessoa-ano
(B) 0,03 caso por pessoa-ano
(C) 0,15 caso por pessoa-ano
(D) 0,08 caso por pessoa-ano
Solução: 
Denominador pessoa 1 = 4 anos de exposição
Denominador pessoa 2 = 8 anos de exposição
Denominador pessoa 3 = 17 anos de exposição
Denominador pessoa 4 = 19 anos de exposição (20 - 0,5 - 0,5)
Denominador pessoa 5 = 20 anos de exposição
Total dos denominadores = 68 anos de exposição para 5 pessoas.Total do numerador = 2 casos
Taxa de incidência = 2/68 = 0,034 -> 2 casos por pessoa-ano, usualmente dizemos 0,034 caso por pessoa-ano; letra B
Q25 A abordagem da saúde como fenômeno coletivo constitui o foco da epidemiologia, que tem como objeto:
a) os saberes constituídos sobre a dimensão biológica que afetam os fenômenos relativos ao processo saúde-doença.
Falso. Não se restringe à dimensão biológica
b) a compreensão que doenças são eventos que ocorrem ao acaso, ainda que tenham relação com uma rede de eventos identificáveis.
Falso. Já foi visto que doenças são eventos que não ocorrem ao acaso.
c) o estudo de sadios e doentes sob a perspectiva biológica de cada indivíduo, considerando aspectos fisiopatológicos e clínicos.
Falso. O equívoco é o mesmo da resposta a, reduzir o escopo da epidemiologia à dimensão biológica.
d) o pressuposto que a noção de população é periférica e o estudo das características das doenças ocupa lugar central.
Falso. A população na qual doentes e saudáveis estão incluídos é fundamental e não periférica.
e) a relação entre o subconjunto de doentes e o conjunto população ao qual ele pertence, incluindo os determinantes desta relação.
Verdadeira. Não restringe a qual dimensão pertencem os determinantes e aborda a importância do estudo de doentes e de saudáveis
Q26 A epidemiologia hoje é considerada um ramo das ciências da saúde que se limita ao estudo da distribuição de doenças na população. 
(  ) Verdadeiro
( ) Falso
Explicação: Falso. A epidemiologia busca, além da distribuição, os determinantes das doenças na população em um esforço constante de estabelecer as causas das doenças. 
Q27
Calcule as taxas por nível de gravidade em cada serviço (veja as taxas calculadas no quadro abaixo);
Observe os diferenciais entre as taxas em cada idade e reflita;
Sua reflexão poderia ser no seguinte sentido, do mais geral, para o mais específico: muito embora a taxa de mortalidade geral seja maior no serviço A (18,5 óbitos por 100 pacientes-tempo em A > 15,25 óbitos por pacientes-tempo em B), não se identifica, em qualquer nível de gravidade, taxas superiores em A comparativamente a B!
	
	Serviço A
	Serviço B
	Nível gravidade
	Pacientes
	óbitos
	taxas
	Pacientes
	óbitos
	taxas
	I
	80
	4
	0,05
	200
	10
	0,05
	II
	100
	15
	0,15
	90
	18
	0,20
	III
	220
	55
	0,25
	110
	33
	0,30
	total
	400
	74
	0,185
	400
	61
	0,1525
Apenas observando esse fato, é possível afirmar que o melhor desempenho foi atingido pelo serviço A, ainda que o número de óbitos tenha sido maior do que no serviço B. Foi maior porque, no serviço A chegam mais de nível de gravidade II e III (comparativamente a B). Observe que, no nível de gravidade igual a III, chegam 220 pacientes no serviço A, ao passo que no serviço B, chega a metade desses pacientes.
Podemos, além de comparar as taxas padronizadas, gerar a taxa padronizada (uma taxa geral, única). Veja um exemplo de como fazer:
 Copio as taxas de mortalidade do serviço A (em amarelo);
Copio o número de pacientes do serviço B (em verde);
Obtenho, pela multiplicação dos pacientes e taxa, o número de óbitos esperados no serviço A (em vermelho). 
Obtenho o número de óbitos totais no serviço A (esperado) pela soma (10+13,5+27,5) = 51.
Obtenho a taxa padronizada pelo serviço B no serviço A = 51/400 = 12,75 óbitos por 100 pacientes (em azul).
Não preciso fazer a taxa padronizada do serviço B, porque a utilizei como população padrão.
Comparo taxa de mortalidade padronizada do serviço B com a taxa do serviço A: 12,75 e 15,25. 15,25>12,75
O melhor desempenho, medido pela taxa padronizada, é superior em A.
Q28 Respostas para exercícios 3 e 5 (padronização direta e câncer) fonte: http://www.iesc.ufrj.br/cursos/epigrad/int_epidemio/Alunos/Ex3_Padronizacao.pdf
Observe que após padronizar diretamente pela população dos EUA, as TBMs padronizadas do Alasca e da Flórida, por câncer, são quase iguais (por 100 mil pessoas-ano). Contudo, as TBMs observadas são diferentes e a do Alasca é menor do que a da Flórida indicando que a população do Alasca é mais jovem do que a da Flórida.
______________________________________________________
Exercício sobre padronização direta baseado em: http://rotadosconcursos.com.br/questoes-de-concursos/enfermagem-epidemiologia/611023  
Q29 Para que se possa avaliar o significado dos indicadores e compará-los frente a populações, sem que haja distorção das informações, estes devem ser calculados por meio de taxas, índices e coeficientes, expressos em porcentagens.
( ) Certo
( ) Errado
Observe: para comparar frente a diferentes populações; para isso é preciso padronizar diretamente, pois as taxas sozinhas não levam em consideração as diferenças entre as populações (como a diferença clássica de estrutura de idade, ou de gravidade em serviços, que vimos).
A questão está errada
Q30 Suponha que, em determinado hospital, a taxa de mortalidade seja de 25% e, em outro, de 12%. Com base nesses dados, é possível identificar o hospital que oferece a melhor qualidade de serviços?
Não, porque são desconhecidos os tipos e a gravidade das doenças dos pacientes atendidos nos hospitais, bem como o perfil dos pacientes. Seria necessário PADRONIZAR por gravidade e por tipos de doenças para adequadamente comparar as taxas.
Sim, o hospital com menor taxa de mortalidade apresenta melhor resultado, deduzindo-se que esse hospital é bem estruturado e desenvolve processos de qualidade.
Não, porque, embora o índice de mortalidade hospitalar sirva de parâmetro para a comparação, o percentual apresenta-se muito elevado nos dois hospitais.
Sim, porque, independentemente das patologias tratadas nos hospitais, a taxa de mortalidade institucional deve ser menor que 15%.
Sim, porque a taxa de mortalidade verificada no primeiro hospital é maior que a apresentada no segundo.
Resposta: A
Q 31 Sendo as seguintes as informações sobre taxa de mortalidade padronizada por idade, por cancer (TMC) em quatro países Europeus (óbitos por 100 mil pessoas): Espanha (10); Suécia (11); Reino Unido (16); Irlanda (18). As estruturas etárias diferenciadas são responsáveis pelas diferenças observadas? Explique.
Resposta: Não. As taxas já estão padronizadas e as diferenças são reais. Ainda que não seja informada qual a população padrão utilizada, isso não é necessário. Basta saber que a única diferença reside nas taxas em si e não nas estruturas etárias das populações.
Q32 A taxa de mortalidade geral ajustada por idade é usada para:
A) determinar o número real de óbitos que ocorrem em grupos específicos de idade numa população.
B) corrigir as taxas de mortalidade em estudos em que falta a informação sobre a idade.
C) corrigir erros na declaração de idade.
D) eliminar o efeito de diferenças na distribuição da idade entre populações. 
Q33 Padronização direta: a forma de comparar TBMs diferentes
Imagine duas populações fictícias, AA e BB, analisadas em 2014
AA tem 3000 pessoas em 01 de julho de 2014 e 30 óbitos no ano.
BB tem 4000 pessoas em 01 de julho de 2014 e 40 óbitos no ano.
A distribuição da população de AA é a seguinte: 1000 pessoas até os 49 anos; 2000 pessoas a partir da idade 50.
A distribuição por idade das mortes em AA é a seguinte: 10 óbitos até os 49 anos; 20 óbitos a partir dos 50 anos.
A distribuição da população de BB é a seguinte: 1000 pessoas até os 49 anos; 3000 pessoas a partir da idade 50.
A distribuição por idade das mortes de BB é a seguinte: 20 óbitos até os 49 anos; 20 óbitos a partir dos 50 anos.
	
	AA
	
	tx
	BB
	
	tx
	0-49
	1000
	10
	0.01
	1000
	20
	0.02
	50+
	2000
	20
	0.01
	3000
	20
	0.007
	Total
	3000
	30 óbitos
	
	4000
	40 óbitos
	
Pergunta-se:
Qual a TBM de AA?
Qual a TBM de BB?
O risco de morte na população AA pode ser considerado igual ao de BB? Por quê?
O que você sugere fazer para comparar os riscos de morte nas populações AA e BB?
Após proceder aoscálculos necessários, comente os resultados obtidos.
Respostas:
A TBM de AA é igual a 30 óbitos/3000 pessoas-anos, ou seja a TBM no ano é igual a 10 óbitos por mil pessoas-anos ou, simplesmente, 10 por mil;
A TBM de BB é igual a 40 óbitos/4000 pessoas-anos, ou seja a TBM no ano é igual a 10 óbitos por mil pessoas-anos ou, simplesmente, 10 por mil;
Embora as TBM das duas populações sejam iguais, a mortalidade é um evento muito associado com a idade. Assim, é necessária uma medida mais específica por idade, ou, que leve em consideração as diferentes distribuições por idade para expressar o risco de morrer em cada população.
Sugiro efetuar o cálculo das Taxas específicas de mortalidade por idade em cada população e, em seguida, efetuar o cálculo da Taxa Bruta de Mortalidade Padronizada, escolhendo uma das populações como padrão, conforme tabela na sequência:
e) Os cálculos necessários foram: cálculo das 4 TEM para as populações AA e BB (10/1000; 20/2000; 20/1000; 20/3000); em seguida, utilizando a População AA como população padrão, estimativa do número de óbitos para a população BB se BB tivesse o mesmo número de pessoas-anos por idade que AA (0,02*1000=20; 0,007*2000=13,3); encontrar o total de óbitos em BB estimado = 20+13,3 = 33,3; obter a TBM padronizada de BB pela população padrão AA = 33,3/3000 = 11,1 óbitos por mil pessoas-anos.
A mortalidade da população BB é maior do que a mortalidade da população AA se padronizada pela população de AA.
Q34 O cálculo da proporção de óbitos entre os casos de uma determinada doença representa um indicativo de gravidade da doença. Qual o nome atribuído a este coeficiente?
(A)  Mortalidade geral. 
(B)  Letalidade. 
(C)  Mortalidade neonatal. 
(D)  Mortalidade infantil. 
(E)  Mortalidade materna. 
Resposta: todos os indicadores, exceto letra (B), tem em seu denominador a população exposta ao risco e não os casos de uma doença. A letalidade contém em seu denominador casos de uma doença específica.
Fonte: http://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/sef-sc-2010-fepese-epidemiologista-verde 
Q35 (corrigida agora após comentário em 06 abr 2015) Em determinado município, a letalidade da Doença Meningocócica, em 2013, foi de 10%. Durante este ano, ocorreram 20 óbitos da doença. O número de casos de Doença Meningocócica no município, em 2013, foi igual a:
(A) 2. (B) 10. (C) 50. (D) 100. (E) 200. 
Resolução: Há 10 óbitos a cada 100 casos de doença meningocócica; assim, 20 óbitos correspondem a um numerador de 200 casos.
Fonte:http://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2014-susam-epidemiologista
Q36 O coeficiente de mortalidade de uma doença específica pode informar sobre a incidência dessa doença quando:
A) a taxa de ataque da doença é fixa.
B) a prevalência dessa doença é alta e a duração da mesma é curta.
C) a taxa de letalidade da doença é alta e a duração da doença é curta. 
D) o coeficiente de mortalidade não ajustado dessa doença é alto e a duração é longa
Fonte: FUMARC / 2006 / Prefeitura de Belo Horizonte / Dentista - Área Cirurgião Dentista Epidemiologia
Q37 Se a letalidade da doença X é igual a 5% e durante um ano ocorreram 20 mortes por essa doença, o número de caso da doença X nessa comunidade nesse ano foi:
Resposta:
óbitos/doentes = 0,05; número de óbitos = 20; número de doentes = óbitos/letalidade = 20/0,05 = 400 casos da doença no ano.
O número de casos da doença foi 400.
Q38 A taxa de mortalidade, por uma dada causa, é calculada dividindo o número de indivíduos que morreram por essa causa pela população em risco, num dado período de tempo. A taxa de fatalidade ou letalidade, é calculada dividindo o número de indivíduos que morreram por uma dada patologia pelo número de doentes com essa patologia, num dado período de tempo. Por exemplo, numa população de 100.000 pessoas, verificaram-se 50 mortes por uma dada doença, durante 1 ano. A taxa de mortalidade por essa doença foi de 5 por 10.000. Por outro lado, sabe-se que número de indivíduos com a doença (durante esse ano) era 100, então a taxa de fatalidade da doença foi de 50/100, ou seja 50%. Tendo em vista isso, quais os fatores determinantes para que a taxa de mortalidade por uma dada doença seja elevada? E quais os fatores determinantes para que a taxa de mortalidade por uma doença seja baixa?
Resposta:
Deve haver a seguinte situação para taxa de mortalidade elevada pela doença: prevalência elevada da doença E fatalidade relativamente elevada. Para taxa de mortalidade baixa: doenças com baixa prevalência OU com baixa fatalidade
fonte:http://forpoint.grupokeypoint.pt/docs/newsletters/nl_19.pdf
Q39 Pode-se afirmar categoricamente que uma doença de alta Letalidade é aquela em que:
 a) É grande o risco de haver morte entre os indivíduos por ela acometidos
 b) A taxa de Mortalidade é grande
 c) A probabilidade de os indivíduos por ela acometidos apresentarem complicações é elevada
 d) O risco de um indivíduo adoecer é grande
 e) Há elevado risco de morte entre as pessoas por ela acometidas, desde que não se tomem medidas de tratamento adequado
Comentário: A letra e confunde, mas nunca foi visto em qualquer conceito de letalidade uma condicionante como essa: se não houver... Melhor ficar com a letra a
Q40 População C com TBM=30 por mil; 10% de mortalidade proporcional por Doenças do Aparelho Circulatório (DAC). População D com TBM=15 por mil; 20% de mortalidade proporcional por DAC.
Qual é a Taxa de mortalidade por DAC nas populações em questão?
Nossa forma de pensar: Hipoteticamente, podemos ter uma população C de 1000 pessoas, onde haverá 30 óbitos totais e, destes 3 óbitos por DAC (0,10 X 30=3); Taxa de mortalidade por DAC = 3 por 1000.
Agora pense na população D: 15 óbitos totais numa população (hipotética) de 1000 pessoas; 3 óbitos por DAC (0,20 X 15); Taxa de mortalidade por DAC = 3 por 1000.
Concluímos: apesar do número de óbitos por DAC ser igual nas duas populações e a Taxa de mortalidade por DAC ser igual, a mortalidade proporcional é diferente (maior em D do que em C).Não podemos utilizar a Mortalidade Proporcional para concluir que o risco de morrer é maior em D do que em C.
Q41 Pergunta: Podemos dizer, inequivocamente, que o risco de mortalidade em D é igual ao de C, tendo por base as TBM de D e de C?
Resposta: Não. Por que não? Porque as populações podem ter estruturas etárias (distribuições por idade) diferentes. Para saber sobre o risco, seria necessário padronizar diretamente, principalmente pela idade, um dos principais fatores que 'distorcem' a comparação. A única coisa que podemos dizer, com base, nas duas TBMs é que a saída da população, anual, por óbitos, é igual, ou seja, de 3 óbitos por mil pessoas-ano.
Q42 A evolução da mortalidade proporcional com 50 anos ou mais de idade no Brasil, em 1980, 1990 e 2000 ocorreu da seguinte forma: passou de 48,9% em 1980 para 61,2% em 1990 e 67,1% em 2000.
A partir da análise da questão, pode-se concluir que: 
(A) o risco de morte aumentou.
(B) o risco de morte não se alterou.
(C) a sobrevida diminuiu. 
(D) a sobrevida não se alterou.
(E) a idade de ocorrência da morte aumentou. 
Não podemos falar em risco. A medida do risco é a taxa: (A) e (B) estão incorretas. (C) e (D) estão incorretas pois não podemos falar em sobrevida. Ainda mais que, é muito provável que a sobrevida tenha aumentado e não ficado estável ou diminuído. A idade da ocorrência da morte aumentou. A letra (E) está correta. A cada pessoa que morre, a cada ano analisado, vemos que morrem mais frequentemente com idade mais avançada.
Fonte: http://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2010-fiocruz-tecnico-em-saude-publica-vigilancia-em-saude
Q43 Na construção dos indicadores proporcionais de mortalidade para uma determinada localidade e período, o denominador expressa um valor que é
(A) menor que o numerador
(B) divisível pelo numerador
(C) o total dos óbitos registrados
(D) o dobro dos óbitos registrados(E) a metade dos óbitos registrados
Comentário: a questão é clara. As demais respostas são apenas para confundir.

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