
Redes 3ed Morimoto completo
Pré-visualização50 páginas
com isso, outras consideram isso uma brecha de segurança. Em geral os spywares são instalados junto com outros programas, sem pedir sua opinião sobre o fato. Alguns exemplos são o \u201cCydoor Ad-System\u201d, usado por vários Ad-wares (os programas que exibem banners), como por exemplo o Flash-Get, e o WebHancer, que é instalado junto com o Audiogalaxy Satellite, etc. etc. Estes programas precisam de conexão com a Internet para funcionar. Usando o Zone-Alarm ou outro bom firewall, você pode bloquear as conexões, impedindo que enviem qualquer informação. Como configurar um servidor Linux Embora o Linux ainda esteja engatinhando nos desktops, como servidor de rede ele é quase imbatível. A combinação de estabilidade, baixo custo de implantação e baixo custo total de propriedade e, mais recentemente, ferramentas amigáveis de configuração são responsáveis por quase 20% dos servidores do mundo rodarem Linux. Combinado com os números do Solaris e das várias versões do Unix, temos uma base instalada maior do que a dos servidores Windows. Esta é provavelmente a área em que o Linux está melhor servido de aplicativos. O Apache é um servidor web poderoso, com suporte a Perl, PHP, vários bancos de dados, etc. não é à toa que ele é utilizado na maior parte dos servidores Web do mundo. Existem servidores de FTP, de e-mail, News, etc. Montar um grupo de discussão por exemplo, algo que no Windows tomaria várias horas, entre o tempo de pesquisar, conseguir um programa e aprender a configura-lo, no Linux é apenas questão de habilitar o serviço e configurá-lo rapidamente. Além de poder servir arquivos e impressoras para outras máquinas Linux, é possível criar redes mistas, com máquinas Windows e Linux através do Samba, compartilhar a conexão com a Web, montar um Proxy com vários recursos de segurança usando o Squid, entre muitos outros recursos. Nas páginas a seguir veremos como configurar um servidor Linux baseado no Linux Mandrake 8.1. Com excessão das instruções de instalação as instruções também se aplicam a outras distribuições, incluindo o Conectiva e o Red Hat, que também trazem a maior parte das ferramentas que iremos abordar. A distribuição 138 Guia completo de Redes - Carlos E. Morimoto http://www.guiadohardware.net O Mandrake 8.1 Standard é composto por um total de três CDs. O primeiro é o CD de instalação, com a base do sistema e os aplicativos mais importantes. O segundo CD complementa o primeiro com uma grande coleção de softwares open source, enquanto o terceiro CD contém programas mais específicos (os servidores de banco de dados por exemplo) e alguns aplicativos comerciais. Existem ainda dois manuais, o User Manual e o Reference Manual. Infelizmente, nenhum dos dois está disponível em Português (justamente por isso estou escrevendo este guia ;-) mas além da versão em inglês, existe a opção da versão em Espanhol. Os links para os Manuais estão abaixo. Inglês: http://www.linux-mandrake.com/en/doc/81/en Espanhol: http://www.linux-mandrake.com/en/doc/81/es Existe ainda o MandrakeCampus, que oferece cursos online gratuitos (infelizmente nada em Português): http://www.mandrakecampus.com/ Instalando Para abrir o programa de instalação, a melhor opção (como em outras distros) é dar boot diretamente através do CD-ROM, para isso basta configurar a opção \u201cboot sequence\u201d no Setup. Se por qualquer motivo isto não for possível, você pode instalá-lo também através de um disquete de boot. Neste caso, as opções são instalar através do CD-ROM, instalar apartir do HD ou mesmo instalar via rede. Veremos isto com mais detalhes mais adiante. Um detalhe importante, que você deve verificar antes de iniciar a instalação, é se os componentes do seu PC, principalmente a placa de vídeo e o modem são suportados. Você pode conferir a lista de hardware suportado do Mandrake no: http://www.mandrakelinux.com/en/hardware.php3 Você pode descobrir a marca e modelo dos dispositivos através do gerenciador de dispositivos do Windows. Lembre-se que como outras, a lista de hardware suportados não contém referências para todos os dispositivos. A menos que o dispositivo apareça explicitamente como não suportado, existe uma grande possibilidade dele funcionar. Experimente fazer uma busca no http://www.google.com.br (pode ser outro, mas o google é o melhor :-) por Mandrake Linux Modelo_da_placa. Esta dica serve não apenas para encontrar informações sobre periféricos, mas sobre qualquer problema ou dúvida que tenha. Existe muita documentação sobre Linux, mas disponível de forma esparsa, um problema que os mecanismos de busca ajudam a resolver. O Mandrake não inclui drivers para nenhum modelo de Winmodem, mas a maioria dos Winmodems já são suportados pelo Linux, incluindo os com chipset PC-Tel ou Lucent, que são provavelmente os mais comuns por aqui. Para verificar se o seu modem é suportado e baixar os drivers e instruções necessárias, acesse o http://www.linmodems.org/ . Este tópico postado no fórum também contém bastante informação: http://www.forumgdh.net/forum/link.asp?TOPIC_ID=14677 139 Guia completo de Redes - Carlos E. Morimoto http://www.guiadohardware.net Outra opção, caso você não consiga instalar o seu Winmodem é utilizar o Techlinux, uma distribuição Brasileira, baseada no Mandrake que oferece um utilitário que detecta automaticamente modems com chipsets PC-Tel e Motorola e inclui drivers para os Lucent. O Techlinux traz a maioria dos utilitários de configuração que estudaremos neste tutorial, incluindo o Mandrake Control Center, por isso a maior parte das informações também se aplicam a ele. De qualquer forma, se optar por utiliza-lo, não deixe de ler o manual para conhecer suas particularidades da distribuição: http://www.techlinux.com.br/ Depois destas etapas preliminares, chegamos à instalação do sistema propriamente dita. A instalação do Mandrake é bastante intuitiva, fazendo apenas perguntas básicas sobre a linguagem de instalação, layout do teclado, programas a serem instalados etc. Mesmo o particionamento do disco, que é um ponto crítico em outras distribuições é bastante simples no Mandrake, como veremos com detalhes mais adiante. Ao abrir o programa de instalação, você terá a opção de abrir o programa \u201cdefault\u201d de instalação, em modo gráfico (Enter) ou escolher entre os modos de baixa resolução (caso o seu monitor não suporte 800 x 600) ou instalar em modo texto, caso tenha problemas com o primeiro. Mas, se o instalador gráfico não abrir, provavelmente a sua placa de vídeo não é suportada, então mesmo instalando em modo texto, você não conseguirá utilizar o Linux em modo gráfico. Verifique a lista de compatibilidade. A primeira pergunta feita pelo instalador é a linguagem que será usada. O Português do Brasil está entre as opções, mas a tradução está incompleta. É comum menus aparecerem em Português, mas as opções internas ou os arquivos de ajuda aparecerem em inglês, sem falar em vários erros de tradução e termos em Português de Portugal. É usável, mas está muito longe de ser uma tradução perfeita. A segunda pergunta é sobre o modo de instalação. O modo \u201cRecommended\u201d é voltado para usuários leigos, que querem instalar o sistema sem muitas perguntas. O layout do teclado por exemplo é \u201csubentendido\u201d apartir da linguagem escolhida na sessão anterior. Eu recomendo o modo \u201cExpert\u201d, que também é muito simples, mas permite ter um melhor controle da instalação. Durante toda a instalação você terá um assistente tira-dúvidas para ajudar com qualquer opção que não conheça. 140 Guia completo de Redes - Carlos E. Morimoto http://www.guiadohardware.net Depois de perguntar se você tem alguma placa SCSI instalada (essa é fácil né ;-) o instalador pergunta sobre o tipo de mouse instalado. Geralmente ele detectará o mouse corretamente na primeira, mas ele pode cometer enganos como não detectar a roda do mouse ou algo parecido. Neste caso basta indicar o modelo