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* * Operações Unitárias I – UNISO Renata Miliani Martinez * * Resumo da Parte I Morfologia Porosidade Massa específica Área superficial * * Tipos de sólidos Classificados quanto ao tamanho e massa específica (características fisicas do material): - Homogêneos: mesmo tamanho, massa específica e forma - Heterogêneos: ampla faixa de tamanho, massa específica e forma * * Importância em caracterizar partículas Previsão do uso de equipamentos adequados (Ex.: Tamanho do filtro) Previsão do uso do material (Ex.: Entupimento de seringas - benzetacil) Legislação (Ex.: Nanopartículas) Avaliação sensorial (Ex.: Cosméticos) Reações catalíticas (Ex.: Fermentação em fase sólida - cerveja) Adsorção/Dessorção de líquidos e gases em sólidos (Ex.: Tratamento de efluentes) * * Morfologia - esfericidade Aesfera = Área da superfície da esfera de igual volume da partícula Apartícula = Área da superfície da partícula * * Exemplo esfericidade de esfera Área da esfera = 4πr2 * * Exemplo esfericidade de cilindro equilátero Área do cilindro equilátero (D=H) Aproximando volume esfera do volume cilindro: V esfera = V cilindro * * Morfologia – varredura superfície Geralmente utiliza equipamentos de microscopia: - Microscopia óptica - Microscopia de luz polarizada - Microscopia de força atômica - Microscopia eletrônica de varredura - Microscopia eletrônica de transmissão * * Microscopia óptica Amplia as imagens dos objetos (geralmente em até 1000x). Microscopia mais simples Não exige preparação de amostra (lâmina+lamínula) Usada para microesferas, emulsões e outros materiais dispersos que apresentem turbidez Microcápsulas de gelatina e goma arábica contendo óleo de vertiver Pode ser acoplada a outras técnicas: confocal, fluorescência, fundo escuro e contraste de fase * * Exemplos microscopia óptica Fluorescência + Confocal (imagens 3D) Fluorescência (marcadores específicos) Fundo escuro (ressalta materiais) Contraste de fase (captação em diferentes fases de luz) * * Microscopia luz polarizada Amplia as imagens dos objetos (geralmente mesmo aumento da óptica) Explora propriedades da luz polarizando-a em apenas uma direção Alguns materiais interagem com a luz polarizada e se destacam (Ex.: cristais) Possibilidade de acoplar um polarizador em microscópio óptico comum Cristais de urato de sódio * * Microscopia força atômica Amplia as imagens dos objetos demonstrando a superfície tridimensional Não necessita de amostras condutoras Interação dos grupos da amostra com o detector (necessidade de conhecimento dos grupos presentes na amostra) Membrana de quitosana * * Microscopia eletrônica de varredura (MEV) Amplia as imagens dos objetos demonstrando a superfície tridimensional Preparação de amostra com componentes condutores (ouro e platina são os mais usados) Amostras devem estar secas (liofilização, spray-dryer, etc) Imagens preto e branco Diâmetro feito por análise estatítica Alto custo na manutenção do equipamento e na análise Grãos de pólen * * Microscopia eletrônica de transmissão (MET) Amplia as imagens dos objetos demonstrando a superfície bidimensional Preparação de amostra com corantes de contraste (acetato de uranila, ácido fosfotúngstico) Amostras não necessitam estar secas Imagens preto e branco Maior limite de detecção em relação ao MEV Alto custo na manutenção do equipamento e na análise Mitocôndria * * Porosidade Tipos de poro: - Interconectado (efetivo): contribuem para transporte através do material poroso - Fechado (isolado): não contribuem para transporte - Cego (“dead-end”): contribuem pouco para transporte * * Classificação dos poros Macroporos: > 50 nm Mesoporos: 2 – 50 nm Microporos: 0,6 – 2nm Ultramicroporos: <0,6 nm * * É a fração de espaços vazios. Porosidade * * Medindo porosidade - experimentalmente Método direto: Método óptico: Determinar volume aparente Destruir poros vazios Medir volume de sólido Impregnar poros com cera/plástico Propriedades ópticas Limitantes: Apenas poros interconectados são penetrados Poros pequenos podem não ter sido penetrados * * Método de imbebição Imergir amostra em fluido molhante Imbebição de todos os poros VÁCUO Medir peso amostra Medir peso amostra Massa final – Massa inicial = Massa líquido Conhecendo a densidade do líquido, encontra-se volume dos poros * * Método da intrusão de mercúrio Imergir amostra em mercúrio Determinação da porosidade por porosímetro PRESSÃO D = Diâmetro do poro γ = Tensão superfícial θ = Ângulo de contato P = Pressão Equação considera que todos os poros são cilíndricos e que se esvaziam completamente quando a pressão é reduzida a zero * * Densidade materiais sólidos Densidade real: Densidade aparente (específica): Volume total = Volume sólido + Volume poros Excluindo os poros * * Picnômetro Equipamento que determina densidade de sólidos por deslocamento de líquido Recipiente com volume calibrado para determinado fluido (geralmente água) à determinada temperatura Obrigatório que sólido seja insolúvel no líquido * * Funcionamento picnômetro Pode também ser usado com sistema de gás hélio Considerado bastante preciso para determinação de densidade de sólidos Disponibilidade de modelos automáticos * * Área superficial específica Área superficial dos poros por unidade de massa (S) ou volume (Sv) do material poroso Usos: - Adsorção - Determinação da efetividade de catalisadores - Filtração Área superficial em vermelho * * Teoria da adsorção de gases em sólidos Modelo de Langmuir: apenas uma camada de moléculas de gás é adsorvida no sólido Extensão do modelo de Langmuir: corrigindo para a adsorção de mais de uma camada de moléculas de gás Métodos de Brunauer, Emmet e Teller (Método BET) Superfície do sólido Superfície do sólido Modelo de Langmuir Modelo BET * * Simplificando o modelo BET Isoterma Tipo I Adsorção de uma única ou poucas camadas sobre a superfície sólida. Típica de materiais microporosos. Isoterma Tipo II Comuns de serem encontradas em medidas de adsorção e ocorrem em sistemas não porosos. Isoterma Tipo III Obtida quando interação adsorvente-adsorbato é mais fraca que a interação adsorbato-adsorbato (adsorção ocorre principalmente em multicamadas, sem que ocorra necessariamente a formação completa da primeira camada). Como não é possível identificar a ocorrência de formação da primeira camada de adsorção, o método de BET não se aplica. Isoterma Tipo IV Obtida quado ocorre condensação capilar (formação de monocamada seguida a adsorção de multicamadas até inflexão e saturação da isoterma). Típica de amostras com poros no intervalo de mesoporos a macroporos, em que a formação de multicamadas de adsorção é possível porém limitada a dimensão das porosidades do material. Isoterma Tipo V Similares as do tipo IV, porém não é possível identificar a ocorrência de formação da primeira camada de adsorção, portanto o método de BET não pode ser aplicado Formação monocamada Formação múltiplas camadas * * Simplificando o modelo BET S = Área de superfície específica Vm = Volume de gás adsorvido quando a superfície do sólido está completamente coberta por uma monocamada Lav = Número de Avogadro Aad = Área de seção transversal da uma molécula de adsorbato Mv = Volume ocupado por 1 mol da molécula de adsorbato * * Exemplos do modelo BET Área superficial específica, porosidade da fração argila e adsorção de fósforo em dois latossolos vermelhos. Raphael Maia Aveiro Cessa, Luisella Celi, Antonio Carlos Tadeu Vitorino, José Oscar Novelino & Elisabetta Barberis * * Exemplos do modelo BET Uma análise das determinações de área superficial de nitrogênio sobre sílicas e modelagem da interação entre estes compostos. Renata Costenaro, Rogério Custodio, e Carol H. Collins e Kenneth E. Collins
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