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O Novo InconscienteO Novo InconscienteO Novo InconscienteO Novo Inconsciente e ae ae ae a Terapia CognitivaTerapia CognitivaTerapia CognitivaTerapia Cognitiva Marco CallegaroMarco CallegaroMarco CallegaroMarco Callegaro Instituto Catarinense de Terapia CognitivaInstituto Catarinense de Terapia CognitivaInstituto Catarinense de Terapia CognitivaInstituto Catarinense de Terapia Cognitiva Instituto Paranaense de Terapia CognitivaInstituto Paranaense de Terapia CognitivaInstituto Paranaense de Terapia CognitivaInstituto Paranaense de Terapia Cognitiva A noção de que o comportamento humano e o pensamento consciente sofrem influência de qualidades internas da mente tem longa história, remontando na tradição ocidental a Hipócrates e Galeno No início do século XX, Freud construiu uma teoria sobre o inconsciente Seu mérito foi essencialmente reunir, organizar e desenvolver as idéias que estavam circulando na literatura em um sistema unificado. Freud comparou o impacto de sua teoria sobre o inconsciente ao de duas outras revoluções paradigmáticas; a derrubada do geocentrismo e do antropocentrismo pré Darwiniano A terceira revolução, o terceiro grande golpe no “narcisismo” humano seria, para Freud, a remoção da vida mental consciente do centro da atividade psíquica Podemos concordar com Freud sobre o papel revolucionário da compreensão do inconsciente, mas discordar de seu modelo O livro A Mente Inconsciente enfoca a terceira revolução que acontece com a ascensão de um novo modelo do inconsciente, e as implicações dos achados são mais extensas e impactantes do Freud poderia imaginar É inexato afirmar que Freud “descobriu o inconsciente” - é uma suposição que desconsidera a história do pensamento humano. A discussão sobre motivações inconscientes tem pelo menos dois mil anos na literatura e filosofia. Antes de Freud, dezenas de pensadores já haviam se dedicado ao inconsciente. Henry Ellenberger (1981) em A Descoberta do Inconsciente levanta o clima intelectual que cercou pensadores como Freud e Yung Estes autores descobriram muito pouco em termos de insight individual - seu mérito foi a habilidade de organizar e sistematizar idéias sobre o inconsciente que estavam no ar há muito tempo. Freud é o pai do conceito de inconsciente Freudiano (ou dinâmico) – hipóteses sobre a atividade psíquica consciente e inconsciente que hoje estão no cerne do que conhecemos como teoria metapsicanalítica. Mas sofreu influências de muitos autores (ELLENBERGER, 1981). A originalidade da obra Freudiana está em oferecer uma concepção própria dos processos inconscientes, pois o tema em si era discutido com freqüência na literatura por filósofos, dramaturgos, poetas e romancistas. Apesar da imensa influência na cultura ocidental, o inconsciente dinâmico da Psicanálise foi considerado insuficiente como teoria científica por não ser verificável. A evidência sobre os principais componentes do inconsciente Freudiano não pode ser observada, mensurada com precisão ou manipulada experimentalmente, tornando as hipóteses infalsificáveis Inconsciente dinâmico convive com um paradoxo curioso, pois apesar de ser extensamente popular, sofre de rejeição pela maior parte da comunidade científica pela dificuldade de verificação empírica. Cientistas precisam testar e submeter à crítica as teorias examinadas, por mais convincentes e elegantes que se apresentem. Inconsciente dinâmico restringiuInconsciente dinâmico restringiuInconsciente dinâmico restringiuInconsciente dinâmico restringiu----se aos domse aos domse aos domse aos domíííínios nios nios nios das instituidas instituidas instituidas instituiçççções psicanalões psicanalões psicanalões psicanalííííticas, e isolouticas, e isolouticas, e isolouticas, e isolou----se cada se cada se cada se cada vez mais do corpo do conhecimento cientvez mais do corpo do conhecimento cientvez mais do corpo do conhecimento cientvez mais do corpo do conhecimento cientíííífico fico fico fico corrente, particularmente das Neurociências corrente, particularmente das Neurociências corrente, particularmente das Neurociências corrente, particularmente das Neurociências ((((KandelKandelKandelKandel, , , , 1999)1999)1999)1999) AtAtAtAtéééé o final da do final da do final da do final da déééécada de 1980, nenhuma teoria cada de 1980, nenhuma teoria cada de 1980, nenhuma teoria cada de 1980, nenhuma teoria cientcientcientcientíííífica significativa tinha sido formulada para fica significativa tinha sido formulada para fica significativa tinha sido formulada para fica significativa tinha sido formulada para explicar o funcionamento mental inconsciente, e explicar o funcionamento mental inconsciente, e explicar o funcionamento mental inconsciente, e explicar o funcionamento mental inconsciente, e a hipa hipa hipa hipóóóótese freudiana era o tese freudiana era o tese freudiana era o tese freudiana era o úúúúnico referencial nico referencial nico referencial nico referencial abrangente disponabrangente disponabrangente disponabrangente disponíííívelvelvelvel. . . . A revoluA revoluA revoluA revoluçççção cognitiva na psicologia estava atingindo seu ão cognitiva na psicologia estava atingindo seu ão cognitiva na psicologia estava atingindo seu ão cognitiva na psicologia estava atingindo seu áááápice, e a metpice, e a metpice, e a metpice, e a metááááfora favorita para a mente era o fora favorita para a mente era o fora favorita para a mente era o fora favorita para a mente era o computador.computador.computador.computador. Na literatura de ciências cognitivas, evitavaNa literatura de ciências cognitivas, evitavaNa literatura de ciências cognitivas, evitavaNa literatura de ciências cognitivas, evitava----se a mense a mense a mense a mençççção ão ão ão ao inconsciente pela associaao inconsciente pela associaao inconsciente pela associaao inconsciente pela associaçççção deste conceito com a ão deste conceito com a ão deste conceito com a ão deste conceito com a psicanpsicanpsicanpsicanáááálise, preferindolise, preferindolise, preferindolise, preferindo----se o uso do termo se o uso do termo se o uso do termo se o uso do termo ““““processos processos processos processos automautomautomautomááááticosticosticosticos””””, ou , ou , ou , ou ““““memmemmemmemóóóória implria implria implria implíííícitacitacitacita””””.... Neste contexto, surge pela primeira vez a proposta de uma Neste contexto, surge pela primeira vez a proposta de uma Neste contexto, surge pela primeira vez a proposta de uma Neste contexto, surge pela primeira vez a proposta de uma visão ampla sobre a mente inconsciente baseada nas visão ampla sobre a mente inconsciente baseada nas visão ampla sobre a mente inconsciente baseada nas visão ampla sobre a mente inconsciente baseada nas ciências cognitivas, um modelo que foi chamado de ciências cognitivas, um modelo que foi chamado de ciências cognitivas, um modelo que foi chamado de ciências cognitivas, um modelo que foi chamado de ““““Inconsciente CognitivoInconsciente CognitivoInconsciente CognitivoInconsciente Cognitivo”””” A expressão A expressão A expressão A expressão ““““inconsciente cognitivoinconsciente cognitivoinconsciente cognitivoinconsciente cognitivo”””” foi cunhada pelo foi cunhada pelo foi cunhada pelo foi cunhada pelo psicpsicpsicpsicóóóólogo John Kihlstrom (KIHLSTROM, 1987) em um logo John Kihlstrom (KIHLSTROM, 1987) em um logo John Kihlstrom (KIHLSTROM, 1987) em um logo John Kihlstrom (KIHLSTROM, 1987) em um artigo publicado na revista Science.artigo publicado na revista Science.artigo publicado na revista Science.artigo publicado na revista Science. Kihlstrom propõe que mesmo o processamentoKihlstrom propõe que mesmo o processamento Kihlstrom propõe que mesmo o processamento Kihlstrom propõe que mesmo o processamento complexo não requer consciência da complexo não requer consciência da complexo não requer consciência da complexo não requer consciência da informainformainformainformaçççção que estão que estão que estão que estáááá sendo transformada e que sendo transformada e que sendo transformada e que sendo transformada e que o funcionamento psicolo funcionamento psicolo funcionamento psicolo funcionamento psicolóóóógico superior pode gico superior pode gico superior pode gico superior pode ocorrer sem acesso consciente. ocorrer sem acesso consciente. ocorrer sem acesso consciente. ocorrer sem acesso consciente. A teoria computacional, a Psicologia Cognitiva e as Ciências A teoria computacional, a Psicologia Cognitiva e as Ciências A teoria computacional, a Psicologia Cognitiva e as Ciências A teoria computacional, a Psicologia Cognitiva e as Ciências Cognitivas forneceram o substrato teCognitivas forneceram o substrato teCognitivas forneceram o substrato teCognitivas forneceram o substrato teóóóórico para entender rico para entender rico para entender rico para entender o funcionamento consciente e inconsciente, fundandoo funcionamento consciente e inconsciente, fundandoo funcionamento consciente e inconsciente, fundandoo funcionamento consciente e inconsciente, fundando---- se no conceito de mente como mecanismo de se no conceito de mente como mecanismo de se no conceito de mente como mecanismo de se no conceito de mente como mecanismo de processamento de informaprocessamento de informaprocessamento de informaprocessamento de informaçççção.ão.ão.ão. Os conteOs conteOs conteOs conteúúúúdos conscientes provêm do processamento de dos conscientes provêm do processamento de dos conscientes provêm do processamento de dos conscientes provêm do processamento de informainformainformainformaçççções, mas não estamos conscientes do ões, mas não estamos conscientes do ões, mas não estamos conscientes do ões, mas não estamos conscientes do processamento em si, somente do resultado final. processamento em si, somente do resultado final. processamento em si, somente do resultado final. processamento em si, somente do resultado final. Desde sua formulaDesde sua formulaDesde sua formulaDesde sua formulaçççção pioneira, vão pioneira, vão pioneira, vão pioneira, váááárias pesquisas rias pesquisas rias pesquisas rias pesquisas importantes expandiram ainda mais o modelo inicial.importantes expandiram ainda mais o modelo inicial.importantes expandiram ainda mais o modelo inicial.importantes expandiram ainda mais o modelo inicial. Esta nova visão que emerge das neurociências cognitivas Esta nova visão que emerge das neurociências cognitivas Esta nova visão que emerge das neurociências cognitivas Esta nova visão que emerge das neurociências cognitivas converge para uma conceituaconverge para uma conceituaconverge para uma conceituaconverge para uma conceituaçççção moderna e ão moderna e ão moderna e ão moderna e cientificamente testcientificamente testcientificamente testcientificamente testáááável sobre o inconscientevel sobre o inconscientevel sobre o inconscientevel sobre o inconsciente Novo modelo de inconsciente foi recentemente Novo modelo de inconsciente foi recentemente Novo modelo de inconsciente foi recentemente Novo modelo de inconsciente foi recentemente sistematizado (HASSIN, ULEMAN & BARGH, 2005) e sistematizado (HASSIN, ULEMAN & BARGH, 2005) e sistematizado (HASSIN, ULEMAN & BARGH, 2005) e sistematizado (HASSIN, ULEMAN & BARGH, 2005) e chamado de Novo Inconsciente (chamado de Novo Inconsciente (chamado de Novo Inconsciente (chamado de Novo Inconsciente (New New New New UnconsciousUnconsciousUnconsciousUnconscious).).).). A evoluA evoluA evoluA evoluçççção dos mão dos mão dos mão dos méééétodos de investigatodos de investigatodos de investigatodos de investigaçççção nas ciências do ão nas ciências do ão nas ciências do ão nas ciências do ccccéééérebro e do comportamento comerebro e do comportamento comerebro e do comportamento comerebro e do comportamento começççça a permitir que a a permitir que a a permitir que a a permitir que seja possseja possseja possseja possíííível testar experimentalmente algumas vel testar experimentalmente algumas vel testar experimentalmente algumas vel testar experimentalmente algumas hiphiphiphipóóóóteses sobre a mente inconsciente. teses sobre a mente inconsciente. teses sobre a mente inconsciente. teses sobre a mente inconsciente. Podemos dizer que Podemos dizer que Podemos dizer que Podemos dizer que éééé o inconsciente das Neurociências, o inconsciente das Neurociências, o inconsciente das Neurociências, o inconsciente das Neurociências, embora como modelo sistematizado seja ainda pouco embora como modelo sistematizado seja ainda pouco embora como modelo sistematizado seja ainda pouco embora como modelo sistematizado seja ainda pouco conhecido, uma vez que o conceito conhecido, uma vez que o conceito conhecido, uma vez que o conceito conhecido, uma vez que o conceito éééé ainda muito ainda muito ainda muito ainda muito recente recente recente recente –––– somente em 2005 foi lansomente em 2005 foi lansomente em 2005 foi lansomente em 2005 foi lanççççada a principal ada a principal ada a principal ada a principal publicapublicapublicapublicaçççção que cunhou a expressão ão que cunhou a expressão ão que cunhou a expressão ão que cunhou a expressão ““““Novo InconscienteNovo InconscienteNovo InconscienteNovo Inconsciente”””” (NI) e reuniu a pesquisa realizada na (NI) e reuniu a pesquisa realizada na (NI) e reuniu a pesquisa realizada na (NI) e reuniu a pesquisa realizada na áááárea.rea.rea.rea. AAAA maior parte do processamento realizado pelo maior parte do processamento realizado pelo maior parte do processamento realizado pelo maior parte do processamento realizado pelo ccccéééérebro humano rebro humano rebro humano rebro humano éééé inconsciente, e sinconsciente, e sinconsciente, e sinconsciente, e sóóóó temos temos temos temos acesso consciente a um resumo editado e nada acesso consciente a um resumo editado e nada acesso consciente a um resumo editado e nada acesso consciente a um resumo editado e nada fidedigno destas informafidedigno destas informafidedigno destas informafidedigno destas informaççççõesõesõesões MetMetMetMetááááfora da mente como um Icebergfora da mente como um Icebergfora da mente como um Icebergfora da mente como um Iceberg Estudos realizados por pesquisadores interessados Estudos realizados por pesquisadores interessados Estudos realizados por pesquisadores interessados Estudos realizados por pesquisadores interessados em avaliar a capacidade de processamento em avaliar a capacidade de processamento em avaliar a capacidade de processamento em avaliar a capacidade de processamento humano lanhumano lanhumano lanhumano lanççççam luz nesta am luz nesta am luz nesta am luz nesta questãoquestãoquestãoquestão ((((NorretrandersNorretrandersNorretrandersNorretranders, 1998), 1998), 1998), 1998) A informaA informaA informaA informaçççção foi medida em bits, de forma a ão foi medida em bits, de forma a ão foi medida em bits, de forma a ão foi medida em bits, de forma a permitir comparapermitir comparapermitir comparapermitir comparaçççções entre diferentes ões entre diferentes ões entre diferentes ões entre diferentes modalidades (visual, auditiva, tmodalidades (visual, auditiva, tmodalidades (visual, auditiva, tmodalidades (visual, auditiva, tááááctil, ctil, ctil, ctil, etcetcetcetc)))) A quantidade de informaA quantidade de informaA quantidade de informaA quantidade de informaçççção dos sentidos somados ão dos sentidos somados ão dos sentidos somados ão dos sentidos somados foi considerada a capacidade total de foi considerada a capacidade total de foi considerada a capacidade totalde foi considerada a capacidade total de processamento. processamento. processamento. processamento. Nosso sofisticado sistema visual sozinho responde pelo Nosso sofisticado sistema visual sozinho responde pelo Nosso sofisticado sistema visual sozinho responde pelo Nosso sofisticado sistema visual sozinho responde pelo processamento de 10 milhões de bits por segundo, processamento de 10 milhões de bits por segundo, processamento de 10 milhões de bits por segundo, processamento de 10 milhões de bits por segundo, enquanto todos os outros sentidos somam mais um enquanto todos os outros sentidos somam mais um enquanto todos os outros sentidos somam mais um enquanto todos os outros sentidos somam mais um milhão de bits a cada segundo. Nossomilhão de bits a cada segundo. Nossomilhão de bits a cada segundo. Nossomilhão de bits a cada segundo. Nosso inconsciente inconsciente inconsciente inconsciente processa ao total processa ao total processa ao total processa ao total 11 milhões de bits a cada segundo11 milhões de bits a cada segundo11 milhões de bits a cada segundo11 milhões de bits a cada segundo A capacidade de processamento da consciênciaA capacidade de processamento da consciênciaA capacidade de processamento da consciênciaA capacidade de processamento da consciência depende da tarefa desempenhadadepende da tarefa desempenhadadepende da tarefa desempenhadadepende da tarefa desempenhada Ler silenciosamente (mLer silenciosamente (mLer silenciosamente (mLer silenciosamente (mááááximo de 45 bits por ximo de 45 bits por ximo de 45 bits por ximo de 45 bits por segsegsegseg) Ler em ) Ler em ) Ler em ) Ler em voz alta (cerca de 30 bits por voz alta (cerca de 30 bits por voz alta (cerca de 30 bits por voz alta (cerca de 30 bits por segsegsegseg)))) Multiplicar dois nMultiplicar dois nMultiplicar dois nMultiplicar dois núúúúmeros (12 bits por meros (12 bits por meros (12 bits por meros (12 bits por segsegsegseg)))) MMMMéééédia de 50 bits a cada segundo dia de 50 bits a cada segundo dia de 50 bits a cada segundo dia de 50 bits a cada segundo ---- capacidade de capacidade de capacidade de capacidade de processamento conscienteprocessamento conscienteprocessamento conscienteprocessamento consciente o processamento inconsciente o processamento inconsciente o processamento inconsciente o processamento inconsciente éééé cerca de 200.000 vezes cerca de 200.000 vezes cerca de 200.000 vezes cerca de 200.000 vezes maior do que o conscientemaior do que o conscientemaior do que o conscientemaior do que o consciente O topo visO topo visO topo visO topo visíííível do Iceberg ocupa apenas uma parte entre vel do Iceberg ocupa apenas uma parte entre vel do Iceberg ocupa apenas uma parte entre vel do Iceberg ocupa apenas uma parte entre duzentas mil do volume total abaixo da superfduzentas mil do volume total abaixo da superfduzentas mil do volume total abaixo da superfduzentas mil do volume total abaixo da superfíííície. cie. cie. cie. ((((DijksterhuisDijksterhuisDijksterhuisDijksterhuis, , , , AartsAartsAartsAarts & Smith, 2005) & Smith, 2005) & Smith, 2005) & Smith, 2005) Para Para Para Para BarghBarghBarghBargh (1994), os (1994), os (1994), os (1994), os processos automprocessos automprocessos automprocessos automááááticos ticos ticos ticos exibem quatro exibem quatro exibem quatro exibem quatro dimensões que não dimensões que não dimensões que não dimensões que não necessariamente se necessariamente se necessariamente se necessariamente se sobrepõe, que chamou sobrepõe, que chamou sobrepõe, que chamou sobrepõe, que chamou de de de de ““““quatro cavaleiros quatro cavaleiros quatro cavaleiros quatro cavaleiros da da da da automaticidadeautomaticidadeautomaticidadeautomaticidade””””:::: 1 1 1 1 ---- Falta de percepFalta de percepFalta de percepFalta de percepçççção ão ão ão conscienteconscienteconscienteconsciente 2 2 2 2 ---- Ausência de Ausência de Ausência de Ausência de intencionalidadeintencionalidadeintencionalidadeintencionalidade 3 3 3 3 ---- Ausência de esforAusência de esforAusência de esforAusência de esforçççço para o para o para o para execuexecuexecuexecuçççção do ão do ão do ão do comportamentocomportamentocomportamentocomportamento 4 4 4 4 ---- Inabilidade de controlar o Inabilidade de controlar o Inabilidade de controlar o Inabilidade de controlar o processo. processo. processo. processo. Charles Darwin O Sistema límbico surgiu com os mamíferos Memória inconsciente (também chamada não declarativa ou implícita): envolve um grande leque de diferentes capacidades de memória que compartilham “a notável característica de serem normalmente inacessíveis à mente consciente. A evocação destes tipos de memória é completamente inconsciente” (Squire & Kandel, 2003, p. 36). A descoberta de acesso experimental a memória inconsciente foi instigante para a comunidade científica por duas razões, segundo Squire e Kandel (2003): “Primeira, ela fornece evidências biológicas de que os processos inconscientes existem de fato. Freud, fundador da psicanálise e descobridor do inconsciente, sugeriu inicialmente que alguns processos de memória eram inconscientes. � “No entanto, o que é fascinante em relação à memória não declarativa é que ela apresenta semelhança apenas superficial com o inconsciente freudiano. O conhecimento não- declarativo é inconsciente, mas não está relacionado a conflitos ou a desejos sexuais. Ademais, embora alguém desempenhe com sucesso as tarefas as tarefas codificadas em sua memória não- declarativa, esse inconsciente nunca se torna consciente”. DIFERENTES FORMAS DE MEMÓRIA INCONSCIENTE � Habilidades motoras – córtex motor e córtex motor suplementar, neoestriado � Habilidades sensoriais – maquinaria perceptual do córtex � Priming ou pré-ativação – maquinaria perceptual do córtex � Habituação – depressão das conexões sinápticas � Sensibilização – facilitação das conexões sinápticas � Condicionamento clássico ou pavloviano – cerebelo (respostas motoras) � Condicionamento instrumental ou operante – neoestriado, córtex sensorial e motor � Aprendizado de hábitos – núcleo caudado � Memória emocional - amígdala � “São antigas, em termos evolutivos, além de confiáveis e consistentes, assim como nos fornecem uma miríade de formas inconscientes de responder ao mundo. De modo não menos importante, em virtude da característica inconsciente dessas formas de memória, elas determinam muito da experiência humana. Aqui se originam as disposições, hábitos e preferências inacessíveis à recordação consciente, mas que, apesar disso, são formados por eventos passados, influenciam nosso comportamento e vida mental e constituem uma parte importante daquilo que somos” Squire e Kandel (2003, p. 208) A Terapia Cognitiva contemporânea busca A Terapia Cognitiva contemporânea busca A Terapia Cognitiva contemporânea busca A Terapia Cognitiva contemporânea busca integraintegraintegraintegraçççção com outras ão com outras ão com outras ão com outras ááááreas do conhecimento reas do conhecimento reas do conhecimento reas do conhecimento cientcientcientcientíííífico como a genfico como a genfico como a genfico como a genéééética do comportamento, tica do comportamento, tica do comportamento, tica do comportamento, de forma que as descobertas advindas deste de forma que as descobertas advindas deste de forma que as descobertas advindas deste de forma que as descobertas advindas deste campo trazem contribuicampo trazem contribuicampo trazem contribuicampo trazem contribuiçççções e são assimiladas ões e são assimiladas ões e são assimiladas ões e são assimiladas nas formulanas formulanas formulanas formulaçççções teões teões teões teóóóóricas.ricas.ricas.ricas.Terapia CognitivaTerapia CognitivaTerapia CognitivaTerapia Cognitiva Mecanismos neurais da TC Aaron Beck entrevistando uma paciente numa sala de espelho Baxter e colegas (1992). Caudate glucose metabolic rate changes with both drug and behavior therapy for obsessive-compulsive disorder. Ambas as terapias produziram os mesmo efeitos. Causaram uma diminuição da atividade do núcleo caudado do hemisfério direito Psicoterapia e Funcionamento Neural Furmark e colegas, (2002). Common changes in cerebral blood flow in patients with social phobia treated with citalopram or cognitive-behavioral therapy. Ambos os tratamentos reduziram a atividade da amígdala Paquette e colegas (2003). "Change the mind and you change the brain": effects of cognitive-behavioral therapy on the neural correlates of spider phobia. Efeito da psicoterapia cognitivo-comportamental sobre a fobia de aranhas. Pacientes fóbicos apresentaram uma alta ativação do córtex pré-frontal dorsolateral direito. A psicoterapia teve a capacidade de reduzir essa atividade Alterações cerebrais induzidas por psicoterapia e psicofarmacologia em pacientes deprimidos . Goldapple e colegas (2004). Modulation of cortical-limbic pathways in major depression: treatment-specific effects of cognitive behavior therapy. A ocorrência de um evento traumA ocorrência de um evento traumA ocorrência de um evento traumA ocorrência de um evento traumáááático na infância não implica tico na infância não implica tico na infância não implica tico na infância não implica necessariamente na depressão frente a um novo trauma na idade necessariamente na depressão frente a um novo trauma na idade necessariamente na depressão frente a um novo trauma na idade necessariamente na depressão frente a um novo trauma na idade adulta. Determinadas pessoas são resilientes a certas condiadulta. Determinadas pessoas são resilientes a certas condiadulta. Determinadas pessoas são resilientes a certas condiadulta. Determinadas pessoas são resilientes a certas condiçççções ões ões ões adversas, mostrandoadversas, mostrandoadversas, mostrandoadversas, mostrando----se capazes de uma recuperase capazes de uma recuperase capazes de uma recuperase capazes de uma recuperaçççção rão rão rão ráááápida appida appida appida apóóóós s s s terem se defrontado com um evento traumterem se defrontado com um evento traumterem se defrontado com um evento traumterem se defrontado com um evento traumáááático na idade adulta. tico na idade adulta. tico na idade adulta. tico na idade adulta. Outras pessoas, frente Outras pessoas, frente Outras pessoas, frente Outras pessoas, frente ààààs mesmas condis mesmas condis mesmas condis mesmas condiçççções adversas, tendem a ões adversas, tendem a ões adversas, tendem a ões adversas, tendem a desenvolver depressão.desenvolver depressão.desenvolver depressão.desenvolver depressão. (Southwick, Vythilingam e Charney, 2005)(Southwick, Vythilingam e Charney, 2005)(Southwick, Vythilingam e Charney, 2005)(Southwick, Vythilingam e Charney, 2005) DepressãoDepressãoDepressãoDepressão ““““Embora o modelo cognitivo da depressão tenha evoluEmbora o modelo cognitivo da depressão tenha evoluEmbora o modelo cognitivo da depressão tenha evoluEmbora o modelo cognitivo da depressão tenha evoluíííído do do do na sua formulana sua formulana sua formulana sua formulaçççção nos ão nos ão nos ão nos úúúúltimos 40 anos, a interaltimos 40 anos, a interaltimos 40 anos, a interaltimos 40 anos, a interaçççção de ão de ão de ão de fatores genfatores genfatores genfatores genééééticos, ticos, ticos, ticos, neuroquneuroquneuroquneuroquíííímicosmicosmicosmicos e cognitivos foi e cognitivos foi e cognitivos foi e cognitivos foi sugerida somente hsugerida somente hsugerida somente hsugerida somente háááá pouco tempo, pela integrapouco tempo, pela integrapouco tempo, pela integrapouco tempo, pela integraçççção da ão da ão da ão da neurociência cognitiva com a genneurociência cognitiva com a genneurociência cognitiva com a genneurociência cognitiva com a genéééética do tica do tica do tica do comportamentocomportamentocomportamentocomportamento”””” (Aaron (Aaron (Aaron (Aaron BeckBeckBeckBeck, 2008), 2008), 2008), 2008) Beck (2008) propõe uma expansão do modelo Beck (2008) propõe uma expansão do modelo Beck (2008) propõe uma expansão do modelo Beck (2008) propõe uma expansão do modelo cognitivo original que chamou de modelo cognitivo original que chamou de modelo cognitivo original que chamou de modelo cognitivo original que chamou de modelo desenvolvimental, onde incorpora em estdesenvolvimental, onde incorpora em estdesenvolvimental, onde incorpora em estdesenvolvimental, onde incorpora em estáááágios gios gios gios sucessivos os pensamentos automsucessivos os pensamentos automsucessivos os pensamentos automsucessivos os pensamentos automááááticos, ticos, ticos, ticos, distordistordistordistorçççções cognitivas, crenões cognitivas, crenões cognitivas, crenões cognitivas, crençççças disfuncionais e as disfuncionais e as disfuncionais e as disfuncionais e vieses no processamento de informavieses no processamento de informavieses no processamento de informavieses no processamento de informaçççções. ões. ões. ões. No modelo expandido, as experiências iniciais No modelo expandido, as experiências iniciais No modelo expandido, as experiências iniciais No modelo expandido, as experiências iniciais traumtraumtraumtraumááááticas e a formaticas e a formaticas e a formaticas e a formaçççção de crenão de crenão de crenão de crençççças as as as disfuncionais são concebidas como fatores disfuncionais são concebidas como fatores disfuncionais são concebidas como fatores disfuncionais são concebidas como fatores predisponentes, enquanto eventos predisponentes, enquanto eventos predisponentes, enquanto eventos predisponentes, enquanto eventos estressoresestressoresestressoresestressores que ocorrem mais tarde na vida são vistos como que ocorrem mais tarde na vida são vistos como que ocorrem mais tarde na vida são vistos como que ocorrem mais tarde na vida são vistos como fatores precipitantes. fatores precipitantes. fatores precipitantes. fatores precipitantes. ““““Hoje Hoje Hoje Hoje éééé posspossposspossíííível delinear os caminhos genvel delinear os caminhos genvel delinear os caminhos genvel delinear os caminhos genééééticos e ticos e ticos e ticos e neuroquneuroquneuroquneuroquíííímicosmicosmicosmicos que interagem com varique interagem com varique interagem com varique interagem com variááááveis cognitivas. Uma veis cognitivas. Uma veis cognitivas. Uma veis cognitivas. Uma amamamamíííígdalagdalagdalagdala hipersenshipersenshipersenshipersensíííível estvel estvel estvel estáááá associada tanto com um polimorfismo genassociada tanto com um polimorfismo genassociada tanto com um polimorfismo genassociada tanto com um polimorfismo genéééético tico tico tico quanto com um padrão de vieses cognitivos negativos e crenquanto com um padrão de vieses cognitivos negativos e crenquanto com um padrão de vieses cognitivos negativos e crenquanto com um padrão de vieses cognitivos negativos e crençççças as as as disfuncionais (que são fatores de risco para o desenvolvimento ddisfuncionais (que são fatores de risco para o desenvolvimento ddisfuncionais (que são fatores de risco para o desenvolvimento ddisfuncionais (que são fatores de risco para o desenvolvimento de e e e depressão). Uma combinadepressão). Uma combinadepressão). Uma combinadepressão). Uma combinaçççção de ão de ão de ão de amamamamíííígdalagdalagdalagdala hiperhiperhiperhiper----reativa e regiões reativa e regiões reativa e regiões reativa e regiões prefrontaisprefrontaisprefrontaisprefrontais hipoativashipoativashipoativashipoativas estão associadas com avaliaestão associadas com avaliaestão associadas com avaliaestãoassociadas com avaliaçççção cognitiva ão cognitiva ão cognitiva ão cognitiva negativa e ocorrência de depressão. Polimorfismos gennegativa e ocorrência de depressão. Polimorfismos gennegativa e ocorrência de depressão. Polimorfismos gennegativa e ocorrência de depressão. Polimorfismos genééééticos ticos ticos ticos estão envolvidos na reaestão envolvidos na reaestão envolvidos na reaestão envolvidos na reaçççção exagerada ao estresse e hipersecreão exagerada ao estresse e hipersecreão exagerada ao estresse e hipersecreão exagerada ao estresse e hipersecreçççção ão ão ão de de de de cortisolcortisolcortisolcortisol no desenvolvimento da depressão, provavelmente no desenvolvimento da depressão, provavelmente no desenvolvimento da depressão, provavelmente no desenvolvimento da depressão, provavelmente mediados pelas distormediados pelas distormediados pelas distormediados pelas distorçççções cognitivasões cognitivasões cognitivasões cognitivas”””” ((((BeckBeckBeckBeck, 2008), 2008), 2008), 2008) BeckBeckBeckBeck (2008) aponta como um poss(2008) aponta como um poss(2008) aponta como um poss(2008) aponta como um possíííível correlato neurobiolvel correlato neurobiolvel correlato neurobiolvel correlato neurobiolóóóógico do gico do gico do gico do modelo cognitivo modelo cognitivo modelo cognitivo modelo cognitivo desenvolvimentaldesenvolvimentaldesenvolvimentaldesenvolvimental o estudo de o estudo de o estudo de o estudo de CaspiCaspiCaspiCaspi e colegas e colegas e colegas e colegas (2003), que mostra a intera(2003), que mostra a intera(2003), que mostra a intera(2003), que mostra a interaçççção complexa geneão complexa geneão complexa geneão complexa gene----ambiente que se ambiente que se ambiente que se ambiente que se estabelece na gênese da depressão. estabelece na gênese da depressão. estabelece na gênese da depressão. estabelece na gênese da depressão. Estes pesquisadores investigaram a relaEstes pesquisadores investigaram a relaEstes pesquisadores investigaram a relaEstes pesquisadores investigaram a relaçççção entre o gene que codifica ão entre o gene que codifica ão entre o gene que codifica ão entre o gene que codifica a mola mola mola moléééécula transportadora da cula transportadora da cula transportadora da cula transportadora da serotoninaserotoninaserotoninaserotonina e a ocorrência de mause a ocorrência de mause a ocorrência de mause a ocorrência de maus---- tratos na infância, na modulatratos na infância, na modulatratos na infância, na modulatratos na infância, na modulaçççção de transtornos depressivos na ão de transtornos depressivos na ão de transtornos depressivos na ão de transtornos depressivos na idade adulta frente a condiidade adulta frente a condiidade adulta frente a condiidade adulta frente a condiçççções adversas. ões adversas. ões adversas. ões adversas. InteraInteraInteraInteraçççção geneão geneão geneão gene----ambienteambienteambienteambiente Os alelos do gene que codifica esta molOs alelos do gene que codifica esta molOs alelos do gene que codifica esta molOs alelos do gene que codifica esta moléééécula cula cula cula transportadora de transportadora de transportadora de transportadora de serotoninaserotoninaserotoninaserotonina podem ser classificados podem ser classificados podem ser classificados podem ser classificados em longos (L) ou curtos (C). O alelo curto deste gene em longos (L) ou curtos (C). O alelo curto deste gene em longos (L) ou curtos (C). O alelo curto deste gene em longos (L) ou curtos (C). O alelo curto deste gene apresenta uma eficiência apresenta uma eficiência apresenta uma eficiência apresenta uma eficiência transcricionaltranscricionaltranscricionaltranscricional àààà molmolmolmoléééécula cula cula cula transportadora da transportadora da transportadora da transportadora da serotoninaserotoninaserotoninaserotonina bem mais reduzida bem mais reduzida bem mais reduzida bem mais reduzida quando comparada com o alelo longo. quando comparada com o alelo longo. quando comparada com o alelo longo. quando comparada com o alelo longo. InteraInteraInteraInteraçççção geneão geneão geneão gene----ambienteambienteambienteambiente Os sujeitos com alelos curtos tem uma Os sujeitos com alelos curtos tem uma Os sujeitos com alelos curtos tem uma Os sujeitos com alelos curtos tem uma predisposipredisposipredisposipredisposiçççção genão genão genão genéééética para apresentar uma tica para apresentar uma tica para apresentar uma tica para apresentar uma desreguladesreguladesreguladesregulaççççãoãoãoão nos nnos nnos nnos nííííveis de veis de veis de veis de serotoninaserotoninaserotoninaserotonina, o que , o que , o que , o que afeta o funcionamento de diversas regiões afeta o funcionamento de diversas regiões afeta o funcionamento de diversas regiões afeta o funcionamento de diversas regiões cerebrais, em especial a cerebrais, em especial a cerebrais, em especial a cerebrais, em especial a amamamamíííígdalagdalagdalagdala, que pode , que pode , que pode , que pode tornartornartornartornar----se hiperse hiperse hiperse hiper----reativareativareativareativa Genes e Genes e Genes e Genes e amamamamíííígdalagdalagdalagdala Caspi e colegas (2003) observaram a variaCaspi e colegas (2003) observaram a variaCaspi e colegas (2003) observaram a variaCaspi e colegas (2003) observaram a variaçççção em ão em ão em ão em um gene denominado de 5um gene denominado de 5um gene denominado de 5um gene denominado de 5----HTTLPR apresentada HTTLPR apresentada HTTLPR apresentada HTTLPR apresentada em um grupo de adultos que havia passado por em um grupo de adultos que havia passado por em um grupo de adultos que havia passado por em um grupo de adultos que havia passado por eventos traumeventos traumeventos traumeventos traumááááticos na infância. ticos na infância. ticos na infância. ticos na infância. Os pesquisadores notaram que a relaOs pesquisadores notaram que a relaOs pesquisadores notaram que a relaOs pesquisadores notaram que a relaçççção entre os maus ão entre os maus ão entre os maus ão entre os maus tratos sofridos na infância e a ocorrência da depressão tratos sofridos na infância e a ocorrência da depressão tratos sofridos na infância e a ocorrência da depressão tratos sofridos na infância e a ocorrência da depressão na fase adulta foi detectada somente entre aquelas na fase adulta foi detectada somente entre aquelas na fase adulta foi detectada somente entre aquelas na fase adulta foi detectada somente entre aquelas pessoas que apresentavam pelo menos uma cpessoas que apresentavam pelo menos uma cpessoas que apresentavam pelo menos uma cpessoas que apresentavam pelo menos uma cóóóópia do pia do pia do pia do alelo curto (CC ou CL), mas não entre homozigalelo curto (CC ou CL), mas não entre homozigalelo curto (CC ou CL), mas não entre homozigalelo curto (CC ou CL), mas não entre homozigóóóóticos que ticos que ticos que ticos que não apresentavam este tipo de alelo (LL)não apresentavam este tipo de alelo (LL)não apresentavam este tipo de alelo (LL)não apresentavam este tipo de alelo (LL) GenGenGenGenéééética da resiliênciatica da resiliênciatica da resiliênciatica da resiliência Pessoas com duas cPessoas com duas cPessoas com duas cPessoas com duas cóóóópias do alelo curto (CC) foram pias do alelo curto (CC) foram pias do alelo curto (CC) foram pias do alelo curto (CC) foram extremamente sensextremamente sensextremamente sensextremamente sensííííveis aos eventos estressantes na veis aos eventos estressantes na veis aos eventos estressantes na veis aos eventos estressantes na vida adulta, e os sintomas depressivos produzidos por vida adulta, e os sintomas depressivos produzidos por vida adulta, e os sintomas depressivos produzidos por vida adulta, e os sintomas depressivos produzidos por estes eventos foram muito mais intensos do que os estes eventos foram muito mais intensos do que os esteseventos foram muito mais intensos do que os estes eventos foram muito mais intensos do que os sintomas dos dois outros grupos que apresentaram uma sintomas dos dois outros grupos que apresentaram uma sintomas dos dois outros grupos que apresentaram uma sintomas dos dois outros grupos que apresentaram uma (CL) ou nenhuma (LL) c(CL) ou nenhuma (LL) c(CL) ou nenhuma (LL) c(CL) ou nenhuma (LL) cóóóópia deste alelo. pia deste alelo. pia deste alelo. pia deste alelo. Pessoas com uma Pessoas com uma Pessoas com uma Pessoas com uma úúúúnica cnica cnica cnica cóóóópia do alelo curto (CL) pia do alelo curto (CL) pia do alelo curto (CL) pia do alelo curto (CL) apresentaram sintomas intermediapresentaram sintomas intermediapresentaram sintomas intermediapresentaram sintomas intermediáááários de depressão rios de depressão rios de depressão rios de depressão frente ao nfrente ao nfrente ao nfrente ao núúúúmero de eventos estressantes, enquanto mero de eventos estressantes, enquanto mero de eventos estressantes, enquanto mero de eventos estressantes, enquanto pessoas que não possupessoas que não possupessoas que não possupessoas que não possuííííam este tipo de alelo (LL) foram am este tipo de alelo (LL) foram am este tipo de alelo (LL) foram am este tipo de alelo (LL) foram muito pouco sensmuito pouco sensmuito pouco sensmuito pouco sensííííveis a estes eventos estressantes, ou veis a estes eventos estressantes, ou veis a estes eventos estressantes, ou veis a estes eventos estressantes, ou seja, foram seja, foram seja, foram seja, foram resilientesresilientesresilientesresilientes aos eventos estressantes na vida aos eventos estressantes na vida aos eventos estressantes na vida aos eventos estressantes na vida adulta a despeito de terem passado por experiências adulta a despeito de terem passado por experiências adulta a despeito de terem passado por experiências adulta a despeito de terem passado por experiências traumtraumtraumtraumááááticas na infância.ticas na infância.ticas na infância.ticas na infância. Pesquisas fornecem evidências desta idPesquisas fornecem evidências desta idPesquisas fornecem evidências desta idPesquisas fornecem evidências desta idééééia de ia de ia de ia de vulnerabilidade genvulnerabilidade genvulnerabilidade genvulnerabilidade genéééética para depressão modulada por tica para depressão modulada por tica para depressão modulada por tica para depressão modulada por estressoresestressoresestressoresestressores ambientais (o modelo estresseambientais (o modelo estresseambientais (o modelo estresseambientais (o modelo estresse----didididiáááátese). tese). tese). tese). Existem evidências que mostram a relaExistem evidências que mostram a relaExistem evidências que mostram a relaExistem evidências que mostram a relaçççção entre este gene ão entre este gene ão entre este gene ão entre este gene 5555----HTTLPR com o processamento cognitivo. HTTLPR com o processamento cognitivo. HTTLPR com o processamento cognitivo. HTTLPR com o processamento cognitivo. VVVVáááários estudos que enfocam o processamento cognitivo rios estudos que enfocam o processamento cognitivo rios estudos que enfocam o processamento cognitivo rios estudos que enfocam o processamento cognitivo levam em consideralevam em consideralevam em consideralevam em consideraçççção a variaão a variaão a variaão a variaçççção destes genes que ão destes genes que ão destes genes que ão destes genes que modulam o modulam o modulam o modulam o neurotransmissorneurotransmissorneurotransmissorneurotransmissor serotoninaserotoninaserotoninaserotonina ((((BeeversBeeversBeeversBeevers, , , , GibbGibbGibbGibb, , , , McGearyMcGearyMcGearyMcGeary & Miller, 2007; & Miller, 2007; & Miller, 2007; & Miller, 2007; HaydenHaydenHaydenHayden etetetet al., 2008; al., 2008; al., 2008; al., 2008; CanliCanliCanliCanli & & & & LeschLeschLeschLesch, 2007). , 2007). , 2007). , 2007). Estes estudos demonstraram que o processamento Estes estudos demonstraram que o processamento Estes estudos demonstraram que o processamento Estes estudos demonstraram que o processamento cognitivo negativo e cognicognitivo negativo e cognicognitivo negativo e cognicognitivo negativo e cogniçççção negativa em geral estão ão negativa em geral estão ão negativa em geral estão ão negativa em geral estão associados com a presenassociados com a presenassociados com a presenassociados com a presençççça do alelo curto.a do alelo curto.a do alelo curto.a do alelo curto. Quando os sujeitos com alelos curtos passaram por Quando os sujeitos com alelos curtos passaram por Quando os sujeitos com alelos curtos passaram por Quando os sujeitos com alelos curtos passaram por situasituasituasituaçççções experimentais que eliciam estados de humor ões experimentais que eliciam estados de humor ões experimentais que eliciam estados de humor ões experimentais que eliciam estados de humor depressivos (como imaginar cenas perturbadoras ou ver depressivos (como imaginar cenas perturbadoras ou ver depressivos (como imaginar cenas perturbadoras ou ver depressivos (como imaginar cenas perturbadoras ou ver filmes tristes), exibiam vieses negativos no sistema filmes tristes), exibiam vieses negativos no sistema filmes tristes), exibiam vieses negativos no sistema filmes tristes), exibiam vieses negativos no sistema atencional, nas mematencional, nas mematencional, nas mematencional, nas memóóóórias das situarias das situarias das situarias das situaçççções e na ões e na ões e na ões e na interpretainterpretainterpretainterpretaçççção dos eventosão dos eventosão dos eventosão dos eventos Para muitos deprimidos, ocorre uma ativaPara muitos deprimidos, ocorre uma ativaPara muitos deprimidos, ocorre uma ativaPara muitos deprimidos, ocorre uma ativaçççção excessiva do ão excessiva do ão excessiva do ão excessiva do sistema do estresse em resposta a avaliasistema do estresse em resposta a avaliasistema do estresse em resposta a avaliasistema do estresse em resposta a avaliaçççções distorcidas ões distorcidas ões distorcidas ões distorcidas ((((BeeversBeeversBeeversBeevers, 2005). Uma pesquisa recente (, 2005). Uma pesquisa recente (, 2005). Uma pesquisa recente (, 2005). Uma pesquisa recente (GotlibGotlibGotlibGotlib etetetet. al., . al., . al., . al., 2008) relacionou o alelo curto do gene 52008) relacionou o alelo curto do gene 52008) relacionou o alelo curto do gene 52008) relacionou o alelo curto do gene 5----HTTLPR com HTTLPR com HTTLPR com HTTLPR com excesso de ativaexcesso de ativaexcesso de ativaexcesso de ativaçççção do eixo ão do eixo ão do eixo ão do eixo hipothipothipothipotáááálamolamolamolamo----pituitpituitpituitpituitááááriariariaria---- adrenaladrenaladrenaladrenal, o que explicaria a hipersecre, o que explicaria a hipersecre, o que explicaria a hipersecre, o que explicaria a hipersecreçççção de ão de ão de ão de cortisolcortisolcortisolcortisol tipicamente observada em pacientes deprimidos tipicamente observada em pacientes deprimidos tipicamente observada em pacientes deprimidos tipicamente observada em pacientes deprimidos ((((ParkerParkerParkerParker, , , , SchatzbergSchatzbergSchatzbergSchatzberg & & & & LyonsLyonsLyonsLyons, 2003). , 2003). , 2003). , 2003). As interpretaAs interpretaAs interpretaAs interpretaçççções da situaões da situaões da situaões da situaçççções de vida são ões de vida são ões de vida são ões de vida são fundamentais para determinar a excitafundamentais para determinar a excitafundamentais para determinar a excitafundamentais para determinar a excitaçççção do ão do ão do ão do sistema do estresse, e distorsistema do estresse, e distorsistema do estresse, e distorsistema do estresse, e distorçççções na percepões na percepões na percepões na percepçççção ão ão ão das reladas reladas reladas relaçççções humanas são uma fonte importante ões humanas são uma fonte importante ões humanas são uma fonte importante ões humanassão uma fonte importante de eventos potencialmente estressantes. de eventos potencialmente estressantes. de eventos potencialmente estressantes. de eventos potencialmente estressantes. Estudo revelou um aumento da ativaEstudo revelou um aumento da ativaEstudo revelou um aumento da ativaEstudo revelou um aumento da ativaçççção do eixo ão do eixo ão do eixo ão do eixo hipothipothipothipotáááálamolamolamolamo----pituitpituitpituitpituitááááriariariaria----adrenal e de secreadrenal e de secreadrenal e de secreadrenal e de secreçççção de cortisol ão de cortisol ão de cortisol ão de cortisol nos sujeitos que eram expostos a situanos sujeitos que eram expostos a situanos sujeitos que eram expostos a situanos sujeitos que eram expostos a situaçççções de ões de ões de ões de laboratlaboratlaboratlaboratóóóório avaliadas como ameario avaliadas como ameario avaliadas como ameario avaliadas como ameaçççças de rejeias de rejeias de rejeias de rejeiçççção social, ão social, ão social, ão social, mostrando a ligamostrando a ligamostrando a ligamostrando a ligaçççção entre as interpretaão entre as interpretaão entre as interpretaão entre as interpretaçççções nas ões nas ões nas ões nas relarelarelarelaçççções humanas e o acionamento de respostas ões humanas e o acionamento de respostas ões humanas e o acionamento de respostas ões humanas e o acionamento de respostas neurohormonaisneurohormonaisneurohormonaisneurohormonais (Dickerson & Kemeny, 2004)(Dickerson & Kemeny, 2004)(Dickerson & Kemeny, 2004)(Dickerson & Kemeny, 2004) Segundo o modelo Segundo o modelo Segundo o modelo Segundo o modelo desenvolvimentaldesenvolvimentaldesenvolvimentaldesenvolvimental da depressão da depressão da depressão da depressão baseado em genes anômalos (baseado em genes anômalos (baseado em genes anômalos (baseado em genes anômalos (BeckBeckBeckBeck, 2008, p. 6), uma , 2008, p. 6), uma , 2008, p. 6), uma , 2008, p. 6), uma predisposipredisposipredisposipredisposiçççção genão genão genão genéééética como duas ctica como duas ctica como duas ctica como duas cóóóópias do alelo curto pias do alelo curto pias do alelo curto pias do alelo curto modula a modula a modula a modula a setotoninasetotoninasetotoninasetotonina deixando a deixando a deixando a deixando a amamamamíííígdalagdalagdalagdala hiperhiperhiperhiper----reativa, reativa, reativa, reativa, o que leva a vieses cognitivos, induzindo o sujeito a o que leva a vieses cognitivos, induzindo o sujeito a o que leva a vieses cognitivos, induzindo o sujeito a o que leva a vieses cognitivos, induzindo o sujeito a avaliaavaliaavaliaavaliaçççções distorcidas e exageradas dos eventos ões distorcidas e exageradas dos eventos ões distorcidas e exageradas dos eventos ões distorcidas e exageradas dos eventos estressantes.estressantes.estressantes.estressantes. O estresse produzido pelo exagero na avaliaO estresse produzido pelo exagero na avaliaO estresse produzido pelo exagero na avaliaO estresse produzido pelo exagero na avaliaçççção das situaão das situaão das situaão das situaçççções ões ões ões estressantes deixa o eixo estressantes deixa o eixo estressantes deixa o eixo estressantes deixa o eixo hipothipothipothipotáááálamolamolamolamo----pituitpituitpituitpituitááááriariariaria----adrenaladrenaladrenaladrenal mais mais mais mais ativado, aumentando a secreativado, aumentando a secreativado, aumentando a secreativado, aumentando a secreçççção de ão de ão de ão de cortisolcortisolcortisolcortisol e atividade le atividade le atividade le atividade líííímbica, mbica, mbica, mbica, que passa a predominar sobre a funque passa a predominar sobre a funque passa a predominar sobre a funque passa a predominar sobre a funçççção frontal. ão frontal. ão frontal. ão frontal. O O O O desbalandesbalandesbalandesbalanççççoooo entre as funentre as funentre as funentre as funçççções frontais diminuões frontais diminuões frontais diminuões frontais diminuíííídas e a atividade das e a atividade das e a atividade das e a atividade aumentada da aumentada da aumentada da aumentada da amamamamíííígdalagdalagdalagdala que leva a um dque leva a um dque leva a um dque leva a um dééééficit no teste de ficit no teste de ficit no teste de ficit no teste de realidade do sujeito e da capacidade de reavaliar cognirealidade do sujeito e da capacidade de reavaliar cognirealidade do sujeito e da capacidade de reavaliar cognirealidade do sujeito e da capacidade de reavaliar cogniçççções ões ões ões negativas, desembocando assim nos sintomas depressivosnegativas, desembocando assim nos sintomas depressivosnegativas, desembocando assim nos sintomas depressivosnegativas, desembocando assim nos sintomas depressivos Neste modelo cognitivo expandido, Beck (2008) integra as recenteNeste modelo cognitivo expandido, Beck (2008) integra as recenteNeste modelo cognitivo expandido, Beck (2008) integra as recenteNeste modelo cognitivo expandido, Beck (2008) integra as recentes s s s pesquisas em neurociências, em especial a idpesquisas em neurociências, em especial a idpesquisas em neurociências, em especial a idpesquisas em neurociências, em especial a idééééia de que na ia de que na ia de que na ia de que na depressão o sistema de controle cognitivo (representado pelas depressão o sistema de controle cognitivo (representado pelas depressão o sistema de controle cognitivo (representado pelas depressão o sistema de controle cognitivo (representado pelas regiões do cregiões do cregiões do cregiões do cóóóórtex prefrontal e cingulado), ou processamento rtex prefrontal e cingulado), ou processamento rtex prefrontal e cingulado), ou processamento rtex prefrontal e cingulado), ou processamento toptoptoptop---- downdowndowndown, est, est, est, estáááá enfraquecido, enquanto o processamento enfraquecido, enquanto o processamento enfraquecido, enquanto o processamento enfraquecido, enquanto o processamento esquemesquemesquemesquemáááático de baixo para cima, ou tico de baixo para cima, ou tico de baixo para cima, ou tico de baixo para cima, ou bottombottombottombottom----upupupup (associado ao (associado ao (associado ao (associado ao aumento de atividade na amaumento de atividade na amaumento de atividade na amaumento de atividade na amíííígdala e outras regiões lgdala e outras regiões lgdala e outras regiões lgdala e outras regiões líííímbicas) mbicas) mbicas) mbicas) éééé prepotenteprepotenteprepotenteprepotente Um estudo com pacientes deprimidos revelou que Um estudo com pacientes deprimidos revelou que Um estudo com pacientes deprimidos revelou que Um estudo com pacientes deprimidos revelou que todos tinham funtodos tinham funtodos tinham funtodos tinham funçççção prefrontal reduzida, e mais ão prefrontal reduzida, e mais ão prefrontal reduzida, e mais ão prefrontal reduzida, e mais da metade apresentava atividade aumentada da da metade apresentava atividade aumentada da da metade apresentava atividade aumentada da da metade apresentava atividade aumentada da amamamamíííígdalagdalagdalagdala (Siegle et al., 2007)(Siegle et al., 2007)(Siegle et al., 2007)(Siegle et al., 2007) Os processos Os processos Os processos Os processos prefrontaisprefrontaisprefrontaisprefrontais de reavaliade reavaliade reavaliade reavaliaçççção dos ão dos ão dos ão dos estestestestíííímulos estão deficientes em deprimidos, mulos estão deficientes em deprimidos, mulos estão deficientes em deprimidos, mulos estão deficientes em deprimidos, o que ressalta a importância da terapia o que ressalta a importância da terapia o que ressalta a importância da terapia o que ressalta a importância da terapia cognitiva ao estimular avaliacognitiva ao estimular avaliacognitiva ao estimular avaliacognitiva ao estimular avaliaçççções mais ões mais ões mais ões mais realistas neste transtornorealistas neste transtornorealistas neste transtornorealistas neste transtorno Pesquisas recentes em neurociências mostraram que a Pesquisasrecentes em neurociências mostraram que a Pesquisas recentes em neurociências mostraram que a Pesquisas recentes em neurociências mostraram que a amamamamíííígdala de pacientes depressivos apresenta elevada gdala de pacientes depressivos apresenta elevada gdala de pacientes depressivos apresenta elevada gdala de pacientes depressivos apresenta elevada atividade, ocasionando vieses na avaliaatividade, ocasionando vieses na avaliaatividade, ocasionando vieses na avaliaatividade, ocasionando vieses na avaliaçççção e ão e ão e ão e interpretainterpretainterpretainterpretaçççção de estão de estão de estão de estíííímulos emocionalmente carregados, mulos emocionalmente carregados, mulos emocionalmente carregados, mulos emocionalmente carregados, e ate ate ate atéééé mesmo na expectativa de estmesmo na expectativa de estmesmo na expectativa de estmesmo na expectativa de estíííímulos ameamulos ameamulos ameamulos ameaççççadores adores adores adores (Siegle et al., 2007; Johnstone et. al., 2007; Abler et. al., 20(Siegle et al., 2007; Johnstone et. al., 2007; Abler et. al., 20(Siegle et al., 2007; Johnstone et. al., 2007; Abler et. al., 20(Siegle et al., 2007; Johnstone et. al., 2007; Abler et. al., 2007)07)07)07) No modelo cognitivo expandido (No modelo cognitivo expandido (No modelo cognitivo expandido (No modelo cognitivo expandido (BeckBeckBeckBeck, 2008), a hiper, 2008), a hiper, 2008), a hiper, 2008), a hiper---- reatividade da reatividade da reatividade da reatividade da amamamamíííígdalagdalagdalagdala éééé apontada como o correlato apontada como o correlato apontada como o correlato apontada como o correlato neural para os vieses cognitivos negativos encontrados neural para os vieses cognitivos negativos encontrados neural para os vieses cognitivos negativos encontrados neural para os vieses cognitivos negativos encontrados em depressivos, causando a secreem depressivos, causando a secreem depressivos, causando a secreem depressivos, causando a secreçççção massiva de ão massiva de ão massiva de ão massiva de hormônios de estresse como hormônios de estresse como hormônios de estresse como hormônios de estresse como cortisolcortisolcortisolcortisol que que que que éééé observada observada observada observada nestes pacientes (nestes pacientes (nestes pacientes (nestes pacientes (AblerAblerAblerAbler etetetet. al., 2007). . al., 2007). . al., 2007). . al., 2007). Segundo Beck (2008), o foco seletivo nos aspectos Segundo Beck (2008), o foco seletivo nos aspectos Segundo Beck (2008), o foco seletivo nos aspectos Segundo Beck (2008), o foco seletivo nos aspectos negativos da experiência resulta nas distornegativos da experiência resulta nas distornegativos da experiência resulta nas distornegativos da experiência resulta nas distorçççções ões ões ões cognitivas como personalizacognitivas como personalizacognitivas como personalizacognitivas como personalizaçççção, supergeneralizaão, supergeneralizaão, supergeneralizaão, supergeneralizaçççção e ão e ão e ão e exagero, e conseqexagero, e conseqexagero, e conseqexagero, e conseqüüüüentemente, entemente, entemente, entemente, àààà formaformaformaformaçççção de atitudes ão de atitudes ão de atitudes ão de atitudes disfuncionais em reladisfuncionais em reladisfuncionais em reladisfuncionais em relaçççção a visão do self (sou inaceitão a visão do self (sou inaceitão a visão do self (sou inaceitão a visão do self (sou inaceitáááável, vel, vel, vel, inadequado, etc)inadequado, etc)inadequado, etc)inadequado, etc) Na sua formulaNa sua formulaNa sua formulaNa sua formulaçççção atual, o modelo cognitivo concebe o ão atual, o modelo cognitivo concebe o ão atual, o modelo cognitivo concebe o ão atual, o modelo cognitivo concebe o surgimento de transtornos mentais como a depressão surgimento de transtornos mentais como a depressão surgimento de transtornos mentais como a depressão surgimento de transtornos mentais como a depressão como produto de como produto de como produto de como produto de desreguladesreguladesreguladesregulaççççãoãoãoão entre o processamento entre o processamento entre o processamento entre o processamento inconsciente e o consciente. O papel da psicoterapia inconsciente e o consciente. O papel da psicoterapia inconsciente e o consciente. O papel da psicoterapia inconsciente e o consciente. O papel da psicoterapia éééé atuar no fortalecimento do sistema consciente para atuar no fortalecimento do sistema consciente para atuar no fortalecimento do sistema consciente para atuar no fortalecimento do sistema consciente para controlar as distorcontrolar as distorcontrolar as distorcontrolar as distorçççções na interpretaões na interpretaões na interpretaões na interpretaçççção causados pelos ão causados pelos ão causados pelos ão causados pelos esquemas inconscientesesquemas inconscientesesquemas inconscientesesquemas inconscientes ““““Os esquemas cognitivos negativamente enviesados Os esquemas cognitivos negativamente enviesados Os esquemas cognitivos negativamente enviesados Os esquemas cognitivos negativamente enviesados funcionam como processadores de informafuncionam como processadores de informafuncionam como processadores de informafuncionam como processadores de informaçççção ão ão ão automautomautomautomááááticos. O processamento enviesado ticos. O processamento enviesado ticos. O processamento enviesado ticos. O processamento enviesado éééé rrrráááápido, pido, pido, pido, involuntinvoluntinvoluntinvoluntáááário, e pleno em recursos. A dominância deste rio, e pleno em recursos. A dominância deste rio, e pleno em recursos. A dominância deste rio, e pleno em recursos. A dominância deste sistema (eficiente, mas sistema (eficiente, mas sistema (eficiente, mas sistema (eficiente, mas maladaptativomaladaptativomaladaptativomaladaptativo) na depressão ) na depressão ) na depressão ) na depressão pode causar os vieses negativos pode causar os vieses negativos pode causar os vieses negativos pode causar os vieses negativos atencionaisatencionaisatencionaisatencionais e e e e interpretativos. Em contraste, o papel do sistema de interpretativos. Em contraste, o papel do sistema de interpretativos. Em contraste, o papel do sistema de interpretativos. Em contraste, o papel do sistema de controle cognitivo (consistindo de funcontrole cognitivo (consistindo de funcontrole cognitivo (consistindo de funcontrole cognitivo (consistindo de funçççções executivas, ões executivas, ões executivas, ões executivas, solusolusolusoluçççção de problemas e reavaliaão de problemas e reavaliaão de problemas e reavaliaão de problemas e reavaliaçççção) ão) ão) ão) éééé atenuado na atenuado na atenuado na atenuado na depressão. A operadepressão. A operadepressão. A operadepressão. A operaçççção deste sistema ão deste sistema ão deste sistema ão deste sistema éééé deliberada, deliberada, deliberada, deliberada, reflexiva e necessita esforreflexiva e necessita esforreflexiva e necessita esforreflexiva e necessita esforçççço (demanda recursos), pode o (demanda recursos), pode o (demanda recursos), pode o (demanda recursos), pode ser reativada em terapia, e assim, ser utilizada para ser reativada em terapia, e assim, ser utilizada para ser reativada em terapia, e assim, ser utilizada para ser reativada em terapia, e assim, ser utilizada para avaliar as falhas na interpretaavaliar as falhas na interpretaavaliar as falhas na interpretaavaliar as falhas na interpretaçççção depressivas e diminuir ão depressivas e diminuir ão depressivas e diminuir ão depressivas e diminuir a saliência do modo depressivoa saliência do modo depressivoa saliência do modo depressivoa saliência do modo depressivo”””” ((((BeckBeckBeckBeck, 2008), 2008), 2008), 2008) As tAs tAs tAs téééécnicas cognitivas de reestruturacnicas cognitivas de reestruturacnicas cognitivas de reestruturacnicas cognitivas de reestruturaçççção se ão se ão se ão se mostraram eficazes emmobilizar e fortalecer o mostraram eficazes em mobilizar e fortalecer o mostraram eficazes em mobilizar e fortalecer o mostraram eficazes em mobilizar e fortalecer o processamento consciente dos pacientes para o processamento consciente dos pacientes para o processamento consciente dos pacientes para o processamento consciente dos pacientes para o treinamento do processamento inconsciente. treinamento do processamento inconsciente. treinamento do processamento inconsciente. treinamento do processamento inconsciente. Na terapia cognitiva, são examinados os pensamentos Na terapia cognitiva, são examinados os pensamentos Na terapia cognitiva, são examinados os pensamentos Na terapia cognitiva, são examinados os pensamentos automautomautomautomááááticos do paciente para ticos do paciente para ticos do paciente para ticos do paciente para conceitualizarconceitualizarconceitualizarconceitualizar o caso (a o caso (a o caso (a o caso (a construconstruconstruconstruçççção de uma teoria singular sobre o sofrimento do ão de uma teoria singular sobre o sofrimento do ão de uma teoria singular sobre o sofrimento do ão de uma teoria singular sobre o sofrimento do paciente), inferindopaciente), inferindopaciente), inferindopaciente), inferindo----se as crense as crense as crense as crençççças condicionais e as as condicionais e as as condicionais e as as condicionais e as centrais (com uso da tcentrais (com uso da tcentrais (com uso da tcentrais (com uso da téééécnica chamada de seta cnica chamada de seta cnica chamada de seta cnica chamada de seta descendente), que refletem esquemas impldescendente), que refletem esquemas impldescendente), que refletem esquemas impldescendente), que refletem esquemas implíííícitos mais citos mais citos mais citos mais antigos, os esquemas iniciais antigos, os esquemas iniciais antigos, os esquemas iniciais antigos, os esquemas iniciais desdaptativosdesdaptativosdesdaptativosdesdaptativos. . . . Os pensamentos automOs pensamentos automOs pensamentos automOs pensamentos automááááticos são resultados conscientes do ticos são resultados conscientes do ticos são resultados conscientes do ticos são resultados conscientes do processamento esquemprocessamento esquemprocessamento esquemprocessamento esquemáááático inconsciente, que emerge na vida tico inconsciente, que emerge na vida tico inconsciente, que emerge na vida tico inconsciente, que emerge na vida mental explmental explmental explmental explíííícita como imagens ou pensamentos verbais. Produtos cita como imagens ou pensamentos verbais. Produtos cita como imagens ou pensamentos verbais. Produtos cita como imagens ou pensamentos verbais. Produtos declarativos do processamento inconsciente, os pensamentos declarativos do processamento inconsciente, os pensamentos declarativos do processamento inconsciente, os pensamentos declarativos do processamento inconsciente, os pensamentos automautomautomautomááááticos são resultado da traduticos são resultado da traduticos são resultado da traduticos são resultado da traduçççção em palavras, ou em ão em palavras, ou em ão em palavras, ou em ão em palavras, ou em imagens mentais conscientes, dos resultados da operaimagens mentais conscientes, dos resultados da operaimagens mentais conscientes, dos resultados da operaimagens mentais conscientes, dos resultados da operaçççção de ão de ão de ão de mecanismos de avaliamecanismos de avaliamecanismos de avaliamecanismos de avaliaçççção implão implão implão implíííícitos, produzidas por esquemas citos, produzidas por esquemas citos, produzidas por esquemas citos, produzidas por esquemas ttttáááácitoscitoscitoscitos Os pensamentos automOs pensamentos automOs pensamentos automOs pensamentos automááááticos disfuncionais podem ticos disfuncionais podem ticos disfuncionais podem ticos disfuncionais podem ser reavaliados pelo pensamento consciente e ser reavaliados pelo pensamento consciente e ser reavaliados pelo pensamento consciente e ser reavaliados pelo pensamento consciente e assim reestruturados, ocasionando novas assim reestruturados, ocasionando novas assim reestruturados, ocasionando novas assim reestruturados, ocasionando novas interpretainterpretainterpretainterpretaçççções mais condizentes com a realidade ões mais condizentes com a realidade ões mais condizentes com a realidade ões mais condizentes com a realidade e mais adaptativase mais adaptativase mais adaptativase mais adaptativas No inNo inNo inNo iníííício da terapia, cio da terapia, cio da terapia, cio da terapia, éééé necessnecessnecessnecessáááário esforrio esforrio esforrio esforçççço e ateno e ateno e ateno e atençççção ão ão ão consciente, mas com a contconsciente, mas com a contconsciente, mas com a contconsciente, mas com a contíííínua repetinua repetinua repetinua repetiçççção, vão ão, vão ão, vão ão, vão amalgamando na personalidade os novos amalgamando na personalidade os novos amalgamando na personalidade os novos amalgamando na personalidade os novos padrões de atribuipadrões de atribuipadrões de atribuipadrões de atribuiçççção de significado, que vão se ão de significado, que vão se ão de significado, que vão se ão de significado, que vão se tornando inconscientestornando inconscientestornando inconscientestornando inconscientes O treinamento com tO treinamento com tO treinamento com tO treinamento com téééécnicas cognitivas vai cnicas cognitivas vai cnicas cognitivas vai cnicas cognitivas vai mudando o circuito neural de processamento mudando o circuito neural de processamento mudando o circuito neural de processamento mudando o circuito neural de processamento esquemesquemesquemesquemáááático, permitindo que o ctico, permitindo que o ctico, permitindo que o ctico, permitindo que o céééérebro rebro rebro rebro executivo do cexecutivo do cexecutivo do cexecutivo do cóóóórtex prrtex prrtex prrtex préééé----frontal reavalie as frontal reavalie as frontal reavalie as frontal reavalie as situasituasituasituaçççções. ões. ões. ões. A repetiA repetiA repetiA repetiçççção do processamento nestas vias diferentes cria ão do processamento nestas vias diferentes cria ão do processamento nestas vias diferentes cria ão do processamento nestas vias diferentes cria novos hnovos hnovos hnovos háááábitos mentais, onde automatismos mais bitos mentais, onde automatismos mais bitos mentais, onde automatismos mais bitos mentais, onde automatismos mais funcionais substituem os esquemas funcionais substituem os esquemas funcionais substituem os esquemas funcionais substituem os esquemas desadaptativosdesadaptativosdesadaptativosdesadaptativos. . . . Integrando o arsenal de ferramentas clIntegrando o arsenal de ferramentas clIntegrando o arsenal de ferramentas clIntegrando o arsenal de ferramentas clíííínicas de nicas de nicas de nicas de mudanmudanmudanmudançççça, as ta, as ta, as ta, as téééécnicas comportamentais, por sua vez, são cnicas comportamentais, por sua vez, são cnicas comportamentais, por sua vez, são cnicas comportamentais, por sua vez, são fundamentais para reforfundamentais para reforfundamentais para reforfundamentais para reforççççar as mudanar as mudanar as mudanar as mudançççças e na as e na as e na as e na aprendizagem aprendizagem aprendizagem aprendizagem pavlovianapavlovianapavlovianapavloviana, operante e vic, operante e vic, operante e vic, operante e vicáááária de novos ria de novos ria de novos ria de novos esquemas implesquemas implesquemas implesquemas implíííícitoscitoscitoscitos Como um exemplo clComo um exemplo clComo um exemplo clComo um exemplo clíííínico, podemos citar o nico, podemos citar o nico, podemos citar o nico, podemos citar o enfrentamento da ruminaenfrentamento da ruminaenfrentamento da ruminaenfrentamento da ruminaçççção, quando tão, quando tão, quando tão, quando téééécnicas cnicas cnicas cnicas cognitivas treinam a capacidade de monitorar e cognitivas treinam a capacidadede monitorar e cognitivas treinam a capacidade de monitorar e cognitivas treinam a capacidade de monitorar e interromper padrões repetitivos interromper padrões repetitivos interromper padrões repetitivos interromper padrões repetitivos ruminativosruminativosruminativosruminativos de de de de avaliaavaliaavaliaavaliaçççção distorcida e buscar interpretaão distorcida e buscar interpretaão distorcida e buscar interpretaão distorcida e buscar interpretaçççções ões ões ões alternativasalternativasalternativasalternativas Obrigado pela atenObrigado pela atenObrigado pela atenObrigado pela atençççção!ão!ão!ão! www.ictc.com.brwww.ictc.com.brwww.ictc.com.brwww.ictc.com.br marco@ictc.com.brmarco@ictc.com.brmarco@ictc.com.brmarco@ictc.com.br
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