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FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS E SOCIAIS DE PETROLINA – FACAPE CURSO DE DIREITO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO – IED PROF. ANDERSON FREIRE 30 SET. 2015 NEUTON H. VASCONCELOS JR RESENHA: A LUTA, ESSÊNCIA DO DIREITO VON IHERING, RUDOLF A Luta pelo Direito. Rio de Janeiro: Forense, 24ª EDIÇÃO, 2011. Jurista, Doutor em Direito, Professor Universitário e Escritor que viveu 1818 – 1892, entre suas obras estão: A Finalidade do Direito, O Espírito do Direito Romano nas Diversas Fases de sua Evolução, O Universo do Direito, Teoria Simplificada da Posse. Dividido em três capítulos “A LUTA PELO DIREITO” foi desenvolvida tendo como base a conferência realizada na Sociedade Jurídica de Viena, em 1872 pelo jurista RUDOLF VON IHERING. Mais de 140 anos depois, conserva ideias bem atuais, que mostram claramente através de exemplos a importância da luta pelo direito. Já na introdução o Professor defende o direito como uma força viva, quando diz: “A espada sem a balança é a força bruta; a balança sem a espada é a impotência do direito.” (Pag.1), demonstrando assim que a luta é a própria essência do direito, reafirmando em suas palavras que: “Todas as grandes conquistas que a história do direito registra: abolição da escravatura, da servidão pessoal, liberdade da propriedade predial, da indústria, das crenças, etc... foram alcançadas assim á custas das lutas ardentes, na maior parte das vezes continuando através de séculos.” (Pag. 7 e 8). Faz também um paralelo entre as teorias de PUCHAT e SAVIGNY com sua tese. RUDOLF acredita que toda pessoa tem duas opções ao ter um direito seu lesado, se acovardar, abandonando seu direito ou lutar, essa segunda opção considerada um dever para consigo mesmo e para com a sociedade. Dando continuidade à sua tese, no segundo capítulo, intitulado “A luta pelo direito é um dever do interessado para consigo próprio.”, IHERING traz a lume a luta do ser humano pela existência moral através do direito, mostrando que cada pessoa tem seus valores morais baseados em sua própria existência. O jurista afirma que “o direito é a condição da existência moral da pessoa; a defesa do direito constitui, portando, a conservação moral da mesma.” (Pag. 40), mostrando assim que a moral e o direito estão interligados, e que de acordo com a moral de cada pessoa alguns delitos serão tratados com mais importância por uns que por outros. No terceiro e último capítulo, “A defesa do direito é um dever para com a sociedade.”, o escritor faz um correlato entre o direito no sentido objetivo e o direito no sentido subjetivo, afirmando: “O direito concreto não recebe somente a vida e a força do direito abstrato, mas devolve-lhas por sua vez.” (Pag. 45). Todos que lutam pelos seu direito ou de outro querem ter seus anseios de moral e justiça respeitados, cabendo ao estado dar essa resposta, mas deixando claro que todos tem a missão de combater o arbítrio e a ilegalidade, nas palavras do jurista: “A responsabilidade de tais estados de coisas não recai sobre parte da população que infringe a lei, mas sobre a que não tem coragem de defender.” (Pag. 49), Rudolf faz críticas ao materialismo, onde se esquece o sentimento jurídico lesado dando prioridade somente ao valor pecuniário. Considerado por mim um ótimo livro, destinados a todos que tenham interesse no direito e de leitura obrigatória para os operadores do direito, com um conteúdo bastante atual e de fácil compreensão. Enfatizando sempre a importância da luta pelo direito.” A luta é o trabalho eterno do direito.” (Pág. 92) e “...só na luta encontrarás o teu direito.” (Pag.93).
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