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MANIPULAÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL

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MANIPULAÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL
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Introdução
		A manipulação é uma mobilização passiva que tende a levar os elementos de uma articulação ou de um conjunto de articulações, para além de seu jogo habitual, até o limite anatômico possível. Portanto, ao nível da coluna vertebral, esta consiste na execução de movimentos de rotação, lateroflexão, flexão ou extensão isolada e/ou combinada sobre o segmento vertebral escolhido.
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		A manipulação é um ato terapêutico destinado à indicações definidas, é um gesto ortopédico preciso, cujas coordenadas são determinadas por um exame prévio.
		“Infelizmente a palavra manipulação abrange, na linguagem comum, tanto manobras terapêuticas precisas quanto manobras vertebrais “estalantes”, feitas por qualquer pessoa diante de qualquer problema.”
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Desenvolvimento da Manipulação
		Uma manipulação compreende três tempos:
O posicionamento do paciente e do operador;
A colocação “ em tensão” do segmento a ser tratado;
A impulsão manipuladora propriamente dita.
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		A manipulação deve sempre ser efetuada a partir da “colocação em tensão” com um movimento de fraca amplitude. Um movimento precipitado não é controlável e pode ser doloroso e perigoso.
		O movimento manipulativo deve ser feito de ponto a ponto pelo operador. Isto depende de uma experiência adquirida de longo tempo sendo que o aprendizado correto das manipulações requer certas disposições e um treinamento artístico, que pode desencorajar várias práticas.
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		A manipulação deve ser perfeitamente indolor, e pode ser executada em todos os pontos da coluna vertebral por um manipulador treinado em pacientes normais, de maneira que nenhum desses movimentos sejam dolorosos ou desagradáveis.
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As diferentes variedades de técnicas manipulativas
Manipulações diretas:
		Elas consistem (estando o paciente em decúbito ventral) em efetuar com a região tenar da mão, pressões diretas sobre a coluna vertebral, tomando apoio sobre apófises espinhosas. A pressão deve ser progressiva e seguida de um relaxamento bem rápido essas técnicas não são dosadas, e várias vezes elas podem ser desagradáveis para o paciente mas, sobretudo, suas possibilidades são muito limitadas e elas tem apenas interesse relativo.
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Manipulações indiretas:
Utilizam-se os braços de alavanca natural do corpo para agir sobre a coluna vertebral. 
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		As manobras assim praticadas são suaves e progressivas. Elas podem ser utilizadas em mobilizações, e tem também a grande vantagem de poderem ser experimentadas antes de serem completamente executada. O operador vai até a colocação em tensão e analisa se a manobra será indolor ou não.
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As manipulações semi-indiretas:
		A precisão das manobras indiretas pode ser melhorada pela utilização de técnicas que nós conhecemos como semi-Indiretas.
		O movimento global é dado a distância, como nas manobras manipulativas indiretas, mas o operado, graças a uma pressão ou contra-pressão feita, conforme o caso, no nível ou sob o segmento a ser tratado, pode obter uma localização muito precisa do efeito manipulador.
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Objetivos da manipulação
 		A maioria das escolas de manipulação tem um objetivo essencial:
 **Restaurar a amplitude articular normal!**
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Freqüência e Número de Sessões
		Pode ocorrer que somente uma única manipulação alivie uma dor vertebral aguda ou crônica. Mas o freqüente, é o tratamento ter de ser progressivo no decorrer das sessões sucessivas dos quais, raramente ultrapassam o número de cinco a seis sessões.
		Podem ser duas sessões por semana ou uma a cada 15 dias.
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Reações ao Tratamento
		Reações ao tratamento podem existir, porém são benignas.
As dores musculares: após a primeira sessão as dores musculares são banias, mesmo existindo, são discretas. Duram cerca de 6 a 48 horas e aparecem em 40% dos casos.
Alterações transitórias da dor tratada: não são raras depois da primeira manipulação.
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Indicações
Problemas cervicais: cervicalgia, cervicovraquialgia;
Problemas torácicos: dorsalgial;
Problemas lombares: lombalgia, lombociatalgia;
Sacralgia;
Cefaléias;
Distúrbios de ATM;
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Contra - Indicações
Gravidez: Nos últimos meses de gestação, pois a gravidez apresenta problemas mecânicos e funcionais. Porém, se a dor tem origem claramente definida, na coluna vertebral, não existe impedimento para a manipulação, desde que sejam tomadas as devidas precauções. 
Doença da medula espinhal ou cauda eqüina: Qualquer pressão sobre a cauda eqüina ou sobre a medula espinhal é uma verdadeira contra-indicação para qualquer forma de mobilização ou manipulação. 
 
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Espondilolistese: É uma contra-indicação para a manipula’’cão forçada, porém, o tratamento é freqüentemente bem-sucedido quando dirigido à medida da dor, originada em um ponto mais alto na coluna.
Osteoporose: Esta restrição se aplica também às condições que possam causar osteoporose, incluindo o tratamento com estilóides.
Espondilite anquilosante e artrite reumatóide: Elas afetam os ligamentos medulares que, ocasionalmente, podem levar a uma subluxação, na coluna cervical e raramente a morte súbita. 
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Comprometimento arterial: Antes de realizar qualquer mobilização ou manipulação do pescoço, é indispensável perguntar especificamente sobre qualquer sintoma que sugira problema da artéria vertebral, particularmente vertigem ou distúrbio da visão, com a posição da cabeça. O fisioterapeuta deve rodar gentilmente o pescoço do paciente, em ambas as direções e manter por alguns segundos, para estar certo de que isto não produz sintomas, antes de tentar qualquer movimento, por mais suave que seja. 
Doenças vertebrais: Uma classificação de causas vertebrais para dor espinhal inclui muitas desordens patológicas bem conhecidas. Freqüentemente, há um parâmetro de mudanças degenerativas básicas que é, algumas vezes, agravada por esforço ou traumas menores 
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Acidentes das manipulações
		Mal utilizados ou mal executados, as manipulações vertebrais podem ser responsáveis por acidentes. A quase totalidade desses acidentes, são praticados por leigos, já que essas técnicas são praticadas sem diagnóstico ou sob indicações aberrantes e com técnicas aproximativas.
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  Acidentes dramáticos: eles são mais frequentemente, a conseqüência de um erro ou de uma ausência de diagnóstico. Se trata essencialmente de acidentes neurológicos. Eles são aliás, extremamente raros, tendo em conta o número considerável de manipulações feitas cada dia, sobre indicações mais ou menos válidas e com técnicas mais ou menos boas mas eles são muito graves. Exemplo de acidentes vasculares de tronco cerebral ou de medula cervical.
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Acidentes sérios: são aqueles onde o prognóstico vital, não está em jogo, mas que deixam pesadas seqüelas ao paciente.
Incidentes menores: são os exageros da dor distúrbios que seriam aliviados por manipulações sensatas. São fraturas de costela, são dores provocadas pela manipulação.
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