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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Instituto de Física Física Geral e Experimental II-E Pêndulo Físico Discentes: Denize Ribeiro da Silva, Eliabe T. S Rocha, Welton Cafezeiro, Stephanie Galvão. Salvador 2016 Sumário Introdução - Página 1; Descrição do Experimento - Página 2; Resultados e Discussões - Páginas 3 e 4; Análise do Experimento (Respostas da folha de questões) – Página 5 e 6; Anexos 1-INTRODUÇÃO Nosso mundo está repleto de oscilações. Na turbulência de aviões, no vento agindo sobre uma linha de transmissão elétrica, nos edifícios quando são postos em oscilações intensas devido a terremotos, em barcos atracados no mar, entre outros. O pêndulo simples é um sistema que realiza oscilações, mas, nesse caso, de um tipo específico, as harmônicas, isto é, periódicas. O que garante isso são os pequenos deslocamentos angulares em relação à posição de equilíbrio. Ele consiste numa massa presa a um fio flexível e inextensível por uma de suas extremidades e livre por outra. Quando tiramos a massa da posição em que encontra-se em repouso, a força restauradora, que é a componente horizontal do peso, faz com que ela inicie sua oscilação. O acoplamento entre dois ou mais pêndulos simples faz com que eles se influenciem mutuamente em trajetórias e em energia. Cada arranjo vai gerar um sistema com características próprias. O chamado pêndulo físico é qualquer pêndulo real. Ele consiste de um corpo rígido, de qualquer forma, com massa bem distribuída, suspenso por um ponto O e que pode girar livremente (sem atrito) em torno desse ponto. Há apenas uma diferença importante entre o pêndulo simples e o pêndulo físico. Para o pêndulo físico a componente restauradora da força gravitacional possui um braço de alavanca em relação ao ponto O de tamanho igual à sua distância de centro de massa, ao invés do comprimento do fio. Seu torque, portanto, será proporcional ao produto do peso pela distância do centro de massa ao eixo (Ƭ=-m g senө s). Esse experimento visa estudar o período de oscilação do pêndulo físico, em função da distância s do eixo de rotação ao centro de massa. 1 2-DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO O material utilizado no experimento foi: 01 Base metálica com um raio de roda de bicicleta; 01 Cronômetro; 01 Balança; 01 Régua; 01 Haste metálica com orifícios; Primeiramente, foi realizada a media do comprimento L da haste metálica, bem como a de sua massa e anotadas na folha de dados. Posteriormente, mediu-se a distancia s do orifício mais acima com relação ao orifício localizado no centro de massa e então, a haste foi inserida no raio de roda de bicicleta por meio desse orifício. Deslocamos a barra num ângulo de 15 graus (pequeno o suficiente para o movimento ser harmônico) e soltamos. Quando a haste começou seu movimento, começamos a contar o tempo de 10 oscilações e posteriormente dividimos esse tempo por 10 para obter o tempo em uma única oscilação, ou seja, o período. Realizamos o processo acima 11 vezes (a quantidade de orifícios, excluindo o localizado no centro de massa, pois a haste entrava em equilíbrio ao inseri-lo no raio de bicicleta e ao deslocar para haver movimento, não oscilando), porém sempre diminuindo a distância do orifício do eixo ao centro de massa. Anotamos todos esses dados na folha de dados (Anexo 01), as distâncias s e seus respectivos períodos. 2 1 3-RESULTADOS E DISCUSSÕES: Após a coleta de dados, foi possível fazer um gráfico do período de oscilação T em função da distância s do eixo de rotação ao centro de massa. De acordo com o gráfico (Anexo 02), pudemos perceber que trata- se de uma função do tipo potencia y=kxn de expoente negativo que, portanto, tem um valor mínimo como esperado. Notamos também o crescimento do gráfico quando s→0 e s→L/2. Traçamos outro gráfico, dessa vez no papel log x log (Anexo 03) para os 4 menores valores de s. Linearizando a equação e considerando n=a e k=b, podemos calculá-la usando o método do gráfico: a = Δy = log 2,1 – log 1,2 = -0,434 Δx log 0,011 – log 0,040 log y = alog x + log b log b = log y – αlog x = log 2,1 – ( -0,434.log 0,011) :logb = -0,528 b = 10-0,528 ; b=0,296. Portanto, a partir dos valores obtidos acima, a dependência funcional entre T e s é dada pela equação: Y=bxa, ou seja, T=0,296s-0,434. Em seguida, plotamos o gráfico de (T2s/4π2) em função de s2 (Anexo 04). Nota-se que o gráfico é uma reta (a melhor reta), e, portanto, essas duas grandezas possuem uma dependência linear entre elas. Procuremos então a equação que determina essa dependência linear. Separando a equação da introdução T2/4π2=[(L2/12)+s2]/gs em T2s/4π2=(L2/12)/g + s2/g podemos considerar (L2/12)/g como coeficiente linear b e 1/g como coeficiente angular a que acompanha a variável independente s2. Ao aplicar mínimos quadrados, temos: a’ = (∑ x)( ∑ y) - n(∑xy) = (∑ x)2 - n(∑x2) a’=0,131 b’ = (∑xy)( ∑x) - (∑x2)( ∑y) = (∑x)2 - n (∑x2) b’= 0,00127 Logo a função será: T2s/4π2=0,131 s2 + 0,00127 (1) 3 Como 1/g =a, logo g=1/a → g= 7,63 m/s² Para determinar a dependência do momento de inércia do pendulo físico em função da distância s a partir dos valores obtidos começamos com a equação T=2π . Elevando tudo ao quadrado, T2 = → = . A partir daí é só substituir na equação (1): I = mg(0,131 s2 + 0,00127). O teorema dos eixos paralelos é dado por I = Icm + ms2 que significa que momento de inércia de um corpo em torno de um eixo qualquer pode ser expresso pela soma do momento de inércia em torno de um eixo paralelo passando pelo centro de massa e de um termo que é o produto da massa total do corpo pelo quadrado da distância entre os dois eixos. Icm = (mL2)/12, então I = (mL2)/12 + ms2. Para verificar se o pêndulo satisfaz o teorema dos eixos paralelos, comparemos o momento de inercia teórico (It) com o prático (Ip): It = (mL2)/12 + ms2 → [0,1284x(0,399)2/12] + 0,1284x(0,399)2 = 0,00640 kg.m² Ip = mg(0,131 s2 + 0,00127) Ip = 0,1284 x 7,63 x [0,131(0,191)²+0,00127] = 0,00593 kg.m² *usamos na substituição L=0,399m, m=0,1284kg, s=0,191m e gexperimental = 7,63 m/s². O erro relativo é calculado: ΔI= ; ΔI = = 7,3%. Logo percebemos que o experimento satisfaz o teorema dos eixos paralelos, visto que, o erro relativo deu abaixo de 10%, que é o valor máximo aceitável. O raio de giração k em função de s é dado por k= . Substituindo temos que: I = mg(0,131 s² + 0,00127), logo a função será k= . 4 4 - Análise do experimento (Respostas da folha de questões) 1) Colocando o eixo no centro de massa da régua, o pêndulo não iria oscilar.O centro de massa de um corpo é a posição pela qual se pendurado ele apresenta um equilíbrio indiferente, pois, afastando-se a régua de posição de equilíbrio, girando-a em torno de O, ela permanece em equilíbrio na nova posição,então,independente da deflexão, ela não oscilaria. É importante ressaltar que o equilíbrio indiferente ocorre quando o centro de gravidade (nesse caso, igual ao centro de massa) coincide com o ponto de suspensão. 2) Paragarantir que a oscilação seja o harmônica simples é necessário restringir para valores pequenos, menores que 25° para ser mais específico, pois, desta forma, poderemos fazer uma aproximação do sen() , obtendo uma força restauradora proporcional ao sen() : T=-mg. O que simplifica as contas e análises. 3) Pela fórmula de Lo, temos que Lo= I/sm, ou seja, s tem expoente negativo, logo quando s tende a zero, Lo tende ao infinito. Usando uma régua de L=0,399 m, calculamos os valores de Lo em função de s e temos apenas três valores de Lo que são maiores que L, esses valores de s são: 0,03m, 0,02m e 0,011m, comprovando que a distância do eixo ao centro de oscilações pode ser sim maior que o comprimento da régua e essa situação acontece quando o valor do s se torna bem pequeno (olhar o gráfico abaixo), nesse caso, a partir de 0,03m. Esse resultado é contraditório devido ao fato de Lo assumir valores maiores que a régua sendo uma distância interior a mesma. 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 Lo K 5 4) Temos que k= , usando o maior valor de s, s=0,191m, obtemos que k= = 0,243 m. Como temos o valor da régua L=0,399m, logo o valor de k nunca será maior que o tamanho da régua para a régua utilizada. 6
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