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DIREITO DAS COISAS - RESUMO

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DIREITO DAS COISAS:
POSSE
PROPRIEDADE
DIREITOS REAIS SOBRE AS COISAS ALHEIAS (gozo, garantia e aquisição)
PROPRIEDADE RESOLUVEL:
NO PROPRIO TERMO OU CONDIÇAO (estabelecido em ato, documento, pode ser extinta) (Art. 1.359)
SUPERVENIENTE (REVOGAVEL) (Art. 1.360).
PROPRIEDADE RESOLÚVEL
"Propriedade resolúvel é a que encontra, no seu título constitutivo, uma razão de sua extinção, ou seja, as próprias partes ou a lei estabelecem uma condição resolutiva. É aquela que no próprio título de sua constituição encerra o princípio que a tem de extinguir, realizada a condição resolutória, ou vindo o termo extintivo, seja por força da declaração de vontade, seja por determinação da lei." (Clóvis Beviláqua)
Regra: semel dominus, semper dominus (uma vez dono, sempre dono).
Exceção: É possível que uma propriedade se extinga, em situações especiais (termo ou condição).
É também designada propriedade revogável.
O Código Civil estabelece regras sobre a propriedade resolúvel no Capítulo VIII, quando trata do direito de propriedade, nos seus artigos 1.359 e 1.360.
NO PROPRIO TERMO OU CONDIÇÃO:
Art. 1.359 CC:
 Resolvida a propriedade pelo 
implemento
 da condição ou pelo
 
advento do termo, entendem-se também resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e o proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou detenha.
1) PACTO DE RETROVENDA: Tenho um imóvel. Preciso de dinheiro. Vendo o imóvel para meu pai. Ele me dá o dinheiro e tenho o prazo de três anos para comprar o imóvel pelo mesmo valor. Tal contrato é averbado no Cartório de Registro de Imóveis. O pai pode vender o imóvel para terceiros?
Pode. É um risco. Porque dentro dos três anos posso comprar o imóvel, pelo mesmo valor. 
Produz efeitos ex tunc. Porque retroage à transmissão. Figura como dono, como se nunca houvesse deixado de ser dono. (ART. 505 CC)
2) VENDA A CONTENTO (superveniente): Especialmente para imóveis. Compro uma propriedade. No contrato especificamos uma cláusula de venda a contento, com prazo de resolução. Se gostar, fico com o imóvel, se não, devolvo.
3) FIDEICOMISSO (exemplo clássico de propriedade resolúvel): É uma hipótese de substituição testamentária. Substituição testamentária porque interpõe uma pessoa entre os herdeiros, quando o implemento da condição ou o termo ocorrer. (ART. 1951 a 1960 CC)
Existem, no fideicomisso, três figuras:
Fideicomitente: é o autor da herança ou testador, que transfere o patrimônio (além de todos os direitos relativos ao domínio).
Fiduciário: aquele que recebe a propriedade, que é resolúvel, no termo ou condição, quando o patrimônio será transferido para o fideicomissário. 
 Fideicomissário: o herdeiro legítimo.
EXEMPLO:
O pai tem dinheiro e está doente. Tem câncer. Seu filho é drogado.
O pai, em testamento, institui o fideicomisso, em favor do tio, para que tudo não vire pó.
O filho pega AIDS.
O termo final era que o filho tivesse 40 anos (tem pai que coloca "quando o filho se formar na faculdade");
Se o filho morre primeiro, o fideicomisso caduca.
Se o pai morre primeiro, os bens são transferidos ao fiduciário.
Se o fiduciário morre primeiro, os bens são 
transferidas
 para o fideicomissário (o filho).
SUPERVENIENTE: propriedade ad tempus, ou revogável
Art. 1360
 CC
:
 Se a propriedade se resolver por outra causa superveniente, o possuidor, que a tiver adquirido por título anterior à sua resolução, será considerado proprietário perfeito, restando à pessoa, em cujo benefício houve a resolução, ação contra aquele cuja propriedade se resolveu para haver a própria coisa ou o seu valor
.
Art. 557
 CC:
 Podem ser revogadas por ingratidão as doações:
I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra ele;
II - se cometeu contra ele ofensa física;
III - se o injuriou gravemente ou o caluniou;
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava.
EXEMPLO:
Andando na rua, sinto um carro me jogando para fora da pista. Conheço esse carro.
Conheço o motorista. 
Tentativa de homicídio doloso. Detalhe: eu doei o carro para o Sérgio. 
Quando fiz a doação, pensava outra coisa. 
Cabe uma causa de revogação da doação por ingratidão do donatário.
Se Sérgio tivesse vendido o bem para outra pessoa, não poderia tomá-lo, mas pedir o equivalente em dinheiro. 
Por isso, a propriedade resolúvel tem uma natureza especial, um modo especial de domínio.
O Pacto de São José da Costa Rica, ao qual o Brasil aderiu, proíbe, em seu artigo. 7°., n. 7, a prisão civil por dívida, excetuando apenas o devedor voluntário de pensão alimentícia.
E se o fiduciário extrapolar, quando na propriedade dos bens? Pode ele aliená-los, dar em garantia de dívidas? Pode. Mas deve prestar contas. Responde como tutor/administrador.
CONDIÇÃO NA PROPRIEDADE RESOLÚVEL: EVENTO FUTURO E INCERTO.
TERMO NA PROPRIEDADE RESOLÚVEL:
Evento futuro e incerto;
Condição é falível;
Implemento da condição ou advento de termo
EFEITOS DA PROPRIEDADE RESOLÚVEL:
O proprietário resolúvel comporta-se como proprietário pleno;
O domínio é condicional. 
Subsiste enquanto não verificada a condição ou termo, o implemento daquela ou o vencimento deste, resolve o domínio e com a revogação volta para o primitivo dono. (art. 1359 CC)
Operam retroativamente de maneira que todos os direitos que se constituíram em sua pendência serão desfeitos, como se nunca tivessem existido. 
Se a revogação advier de causa superveniente, estranha ao título, posterior a transmissão da propriedade, se aplicará o disposto no artigo 1.360 do Código Cilvil.
ESPÉCIES DE PROPRIEDADE RESOLÚVEL
PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA: transmissão do bem ao credor fiduciário em garantia de uma divida, sendo o bem resgatado pelo devedor no momento da quitação do debito.
FIDEICOMISSO: o testador institui fiduciário, proprietário de um bem por determinado tempo, sob determinada condição ou até sua morte.
RETROVENDA: pacto adjeto à compra e venda, pelo qual o vendedor se reserva o direito de recobrar a coisa vendida em certo prazo decadencial, mediante a devolução do valor pago e reembolso das despesas.
DOAÇÃO: é facultado ao doador estipular a clausula prevendo que os bens doados voltem ao seu patrimônio se sobrevier ao donatário.
COMPRA E VENDA COM RESERVA DE DOMINIO: uma pessoa aliena um bem a outrem, reservando-se na propriedade e na posse indireta da coisa até o completo adimplemento da obrigação. (Art. 521 a 528)
DIREITOS AUTORAIS: propriedade resolúvel sujeita a termo, duração limitada a 70 anos contados de 1º de janeiro do ano seguinte ao óbito do autor. (Art. 41 Lei 9.610/98)
DIREITOS REAIS SOBRE AS COISAS ALHEIAS:
ENFITEUSE (2038 CC)
Código Civil de 1916: dá-se a enfiteuse "quando por ato entre vivos, ou de última vontade, o proprietário atribui a outrem o domínio útil do imóvel, pagando a pessoa, que o adquire, e assim se constitui enfiteuta, ao senhorio direto uma pensão, ou foro, anual, certo e invariável".
Código Civil de 2002: não mais permite a constituição de enfiteuse, sendo que as já existentes deverão seguir as disposições do antigo código até sua extinção, sendo proibida a cobrança de laudêmios ou prestações análogas. Continuam em vigor e são reguladas por lei especial, porém, a enfiteuse dos terrenos de marinha e acrescidos.
SERVIDAO PREDIAL (1225, II 1378 e 1389 CC)
A servidão é uma relação entre dois prédios distintos, o serviente e o dominante. O serviente sofre um gravame em beneficio do dominante. A vantagem ou desvantagem adere ao imóvel e transmite-se com ele independente da pessoa do proprietário.
É necessário que os prédios pertençam a donos diversos. Se pertencerem ao mesmo proprietário, este estará simplesmente usando o que é seu, sem que se estabeleça uma servidão, e sim uma serventia que pode se transformar em direito real se o domínio dos prédios passarem a titulares diferentes.Nas servidões serve a coisa e não o seu dono, isto porque o proprietário não tem uma obrigação de fazer, mas de não fazer ou de suportar o exercício da servidão.
A servidão não se presume, pois só se constitui mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e por posterior registro no Cartório de Imóveis (Art. 1378, CC).
A servidão deve ser útil ao prédio dominante, ela deve trazer alguma vantagem de modo a aumentar o valor do imóvel dominante. Essa vantagem não precisa ser necessariamente reduzida a dinheiro, podendo constituir maior utilidade ou simples comodidade para o prédio dominante.
A servidão é direito real e acessório. É direito real porque incide diretamente sobre os imóveis. Sendo assim, está munido de seqüela e ação real e é oponível a terceiros. E é acessório porque decorre do direito de propriedade e acompanha os imóveis mesmo que sejam alienados.
A servidão tem duração indefinida, pois perderia sua característica se fosse estabelecido um limite de tempo. Ela dura por tempo indefinido, enquanto não seja extinta por nenhuma causa legal, ainda que os prédios mudem de donos.
A servidão é indivisível porque não se desdobra em caso de divisão do prédio dominante ou do serviente. Ela só pode ser reclamada em sua totalidade, mesmo que o prédio dominante pertença a várias pessoas (Art. 1386, CC).
A servidão é inalienável. Por decorrer de uma necessidade do prédio dominante, não se concebe sua transferência a outro prédio, pois isso extinguiria a servidão e constituiria outra.
Art. 1389 do CC “a servidão se extingue pela reunião dos dois prédios no domínio de uma mesma pessoa, pela supressão das respectivas obras e pelo não uso contínuo durante dez anos.
USO (1225 V, 1412, 1413 CC)
O proprietário concede ao usuário o direito de usar e fruir, assim como no usufruto, porém, a finalidade do uso e fruição no direito real de uso é, exclusivamente, suprir as necessidades da família. ( usufruto limitado).
Quanto às hipóteses de extinção, aplicam-se as mesmas regras do usufruto, contudo, o uso, assim como a habitação, não se extinguem pelo “não uso”.
Indivisível;
Incessível: o usuário não poderá ceder o direito ou o exercício dos direitos, pois a finalidade de uso é a necessidade de sua família, portanto, é um direito personalíssimo (que não se transfere);
Percepção de frutos é limitada a necessidade do usuário e de sua família.
Pode ser objeto de uso o bem imóvel e o bem móvel, porém, no ultimo caso, o bem deve ser fungível e inconsumível, pois, cumpre repetir, o uso segue subsidiariamente as regras do usufruto, portanto, assim como este aquele deve devolver o bem ao final.
Denomina-se “quase uso” quando o bem móvel é fungível ou consumível.
HABITAÇAO (12125 VI, 1414 a 1416 CC)
O proprietário concede ao habitante o direito de usar bem imóvel para nele estabelecer sua residência e de sua família.
Cumpre esclarecer que, se por um lado o uso é modalidade restrita do usufruto, pode-se afirmar que a habitação é uma modalidade restrita do uso.
Cunho personalíssimo, não podendo ser transferido, nem mesmo seu exercício. O titular o exerce, residindo na casa alheia. Tem, portanto, destinação invariável. A casa não pode ser habitada por outrem, nem ser usada para outro fim.
A habitação só incide sobre o bem imóvel e o exercício será, única e exclusivamente, do titular do direito e da família.
Incessível: Assim como no uso, não se pode ceder a terceiros;
Divisível: Ao contrário do uso, pode ser dividido entre vários habitantes;
Não autoriza a percepção de frutos, sequer para cobrir necessidades da família, pois a finalidade única e exclusiva da habitação é a moradia.
As hipóteses e extinção são as mesmas do usufruto, todavia, não se extinguem pelo “não uso”.
SUPERFICIE (Estatuto da Cidade) (1225 II, 1369, 1377 CC)
Criado para substituir a enfiteuse. Garante a outrem, por tempo determinado ou indeterminado, o direito de construir ou plantar em seu terreno, de forma gratuita ou onerosa. 
Não é perpétua;
O proprietário poderá receber a propriedade com coisa construída sobre ela e, portanto, valorizada (em regra).
A propriedade deve cumprir a função social, é importante não deixar a terra improdutiva (se rural) ou o imóvel sem moradores (se urbano).
Caso a superfície seja onerosa, a contraprestação é denominada “solarium”.
Características: Divisível: é possível dividir/ fracionar entre superficiários. Impessoal: pode ser transferida a terceiro por contrato ou sucessão. Temporária: a superfície não é perpétua. Prazo máximo de 30 anos (art. 1.369 CC/02).
Se constitui por “inter vivos”, “causa mortes” e pela usucapião
DIREITOS E DEVERES DO SUPERFICIARIO:
Os direitos são os seguintes:
1. Direito de utilizar o solo, conforme estabelece o contrato;
2. Direito de utilizar a construção/ plantação: pode 
usar,
 fruir, reaver e, inclusive, dispor da superfície (note que há todos os direitos inerentes ao domínio, por isso, trata-se do mais amplo direito real de gozo e fruição).
3. Direito de Constituir ônus real sobre construção/ plantação;
4. Direito de preferência na aquisição do solo, caso o proprietário venda. Cuidado, pois, se for negócio jurídico gratuito (ex. doação), não há de se falar em direito de preferência do 
superficiário
.
5. Direito de Reconstruir ou replantar o que perder durante o contrato.
Os deveres são os seguintes:
1. Quando oneroso, deve pagar o “
solarium
”;
2. Deve construir ou plantar (note que a construção/ plantação é um direito e um dever!);
3. Deve pagar tributos que incidem sobre superfície, salvo disposição diversa no contrato (lembrar – Enunciado 321 do CJF – a superfície forma patrimônio distinto e autônomo);
4. Deve conservar a plantação;
5. Deve dar preferência ao dono do solo, caso tente dispor da superfície (note: o Direito de Preferência atinge o 
superfíciário
 na aquisição da propriedade e o proprietário na aquisição da superfície).Se extingue: Pelo termo final (fim do contrato); Pela consolidação (uma das partes adquire da outra o direito); Pela resilição (acordo entre as partes) – vide resumo contratos; Pela desapropriação (art. 1.376 CC) forma de aquisição originária da propriedade pelo Estado. Na ação de desapropriação, proprietário e superficiário estarão no polo passivo e a indenização será dividida.
USOFRUTO ( 1225 IV, 1390, 1411 CC)
O usufrutuário terá metade dos direitos que integram a propriedade (usar + fruir), ao passo que o nu-proprietário (aquele que concede o usufruto) terá a outra metade (dispor + reaver).
 O usufruto é, necessariamente, temporário, e a coisa, objeto de usufruto, é infungível, devendo ser devolvida ao final. O Princípio da Elasticidade, já estudado anteriormente, justifica o usufruto.
 
CARACTERISTICAS:
1. Inalienável: não pode ser alienado, salvo para o proprietário;
 2. Intransmissível: não se transmite aos herdeiros do usufrutuário;
3. Impenhorável: Não posse penhorar aquilo que não posso alienar;
4. Temporário: o contrato determina o prazo ou, caso não determine, será até a morte ou, no máximo, de 30 anos.
CLASSIFICAÇÕES DO USUFRUTO
1. Modo de constituição:
a. Legal: Instituído por lei (ex. os pais tem o usufruto dos bens de seus filhos, enquanto menores)
b. Voluntário: Nasce do acordo de vontades e pode ser:
 b.1 Por alienação: Por exemplo, X concede usufruto a Y, reservando a nua-propriedade;
b.2 Por retenção: Por exemplo, X vende a propriedade para Y, mas reserva usufruto para se garantir.
b.3 Por usucapião: segue a lógica da usucapião ordinária (10 anos) e extraordinária (15 anos) da propriedade. (vide resumo de propriedade: usucapião)
b.4 Por decisão judicial: Trata-se de solução menos gravosa para pagamento de determinado débito.
 
2. Objeto:
a. Próprio: recai sobre bem infungível. É o mais comum.
b. Impróprio: recai sobre bem fungível e consumível. No usufruto, ao final, deve-se devolver o bem, pois ele é temporário, contudo, a devolução do bem é inviável aqui, motivo pelo qual é chamado de usufruto impróprioou quase usufruto.
 
3. Duração:
a. Temporário: No contrato, fica expresso o termo final (fim) do usufruto. Repita-se que, em se tratando de Pessoa Jurídica, será de, no máximo, 30 anos.
b. Vitalício: Aqui, o termo final é incerto (ex. morte) – vide resumo negócios jurídicos.
EXTINÇÃO DO USUFRUTO
Renuncia: Por meio de ato solene(por meio de escritura pública, há o cancelamento do registro no CRI), o usufrutuário renuncia o direito de usufruto;
Morte do usufrutuário ou extinção da pessoa jurídica: pois o usufruto não é perpétuo(no máximo 30 anos para Pessoa Jurídica);
Termo final: aqui, o fim do contrato fora determinado expressamente;
Cessação do motivo: Por exemplo, usufruto dos pais em relação aos bens dos filhos menores. A partir do momento que o filho completa 18 anos, cessão o motivo e, por conseguinte, o usufruto;
Destruição da coisa, objeto de usufruto;
Pela consolidação: Por exemplo, X, nu-proprietário, compra de Y, usufrutuário, o usufruto. X, então, passa a ter todos os direitos da propriedade (usar, gozar, dispor e reaver). Esse fenômeno é chamado de consolidação;
Por culpa do usufrutuário: usufrutuário tem de cuidar do bem objeto de usufruto. O desrespeito ao art. 1.395 CC também implica na extinção do usufruto, em razão desta modalidade;
Pelo não uso ou não fruição, ou seja, pela não utilização dos atributos do usufruto.
· DIREITOS E DEVERES DO USUFRUTUÁRIO
São direitos do usufrutuário:
Direito de usar e fruir, bem como receber os frutos em caso de desapropriação. Neste caso, a indenização deve ser aplicada e os frutos são do usufrutuário; Em caso de destruição, o capital subsistente segue o mesmo procedimento.
São deveres do usufrutuário:
1. Manutenção da coisa, objeto de usufruto;
2. Pagar o prêmio do seguro, se o bem estiver segurado;
3. Caucionar: deve oferecer caução, caso exija o nu-proprietário;
4. Comunicar danos da coisa, objeto de usufruto;
5. Inventariar: significa que deve descrever o que fora objeto de usufruto;
6. Arcar com despesas e impostos
 
relacionados à posse e exploração econômica da coisa (lembre-se que o usufrutuário é quem tem o direito de fruir – obter frutos – portanto, ele deve arcar com esse tipo de imposto.
· DIREITOS E DEVERES DO NU-PROPRIETÁRIO
São direitos do nu-proprietário:
1. Dispor 
da 
nu-propriedade
; (direito de dispor)
2. Melhorar o bem;
3. Defender a propriedade (direito de 
sequela
)
São deveres do nu-proprietário:
a.
 Pagar os tributos relacionados a propriedade do bem;
b.
 
Arcar
 com despesas extraordinárias
 
do bem (reparar alguns tipos de danos), bem como arcar com despesas que ultrapassem 2/3 do rendimento liquido anual.
CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA (MP 2220-2001)
CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO (Decreto 271-67)

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