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Apostila de Farmacologia

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3
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR
Escola de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária – ECAMV
Curso de Medicina Veterinária
Disciplina de Farmacologia Terapêutica e Toxicologia Veterinária
Professora Carolina Zaghi Cavalcante Hendges
Louise Helene Bacher
FARMACOLOGIA VETERINÁRIA
Curitiba
2015
AULA 1 – CONCEITOS FARMACOLÓGICOS
Farmacologia = substâncias obtidas da natureza com finalidade medicinal/ciência que estuda a ação de substâncias químicas em um organismo vivo
Drogas = qualquer substância química que em quantidades suficientes possa agir sob um organismo vivo, produzindo alterações maléficas ou benéficas
Medicamento = substância química empregada em um organismo vivo visando se obter efeitos benéficos
Fármaco = substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedade farmacológica
Remédio = tudo que cura, alivia ou evita uma enfermidade
Nutracêutico = produto nutricional com valor terapêutico
Genéricos = medicamentos que passaram por testes de bioequivalência e biodisponibilidade, mostrando que são idênticos ao original
Similares = medicamentos sem teste de bioequivalência e biodisponibilidade 
Princípio Ativo = substância principal da fórmula
Adjuvante = substância que reforça a ação do princípio ativo 
Edulcorante ou Corretivo = substância para corrigir sabor ou odor
Veículo ou Excipiente = meio no qual se dissolve o princípio ativo
Farmacodinâmica = estuda o mecanismo de ação dos medicamentos 
Farmacocinética = caminho percorrido pelo medicamento no organismo do animal 
Farmacotécnica = estuda o preparo, a purificação, e conservação dos medicamentos
Farmacognosia = obtenção, identificação e isolamento de princípios ativos naturais
Farmacologia Clínica = animal saudável X animal doente 
Farmacoterapêutica = uso de medicamentos para o tratamento das doenças 
Posologia = estudo das dosagens
Dose = quantidade do medicamento necessária para obter resposta terapêutica 
Dosagem = inclui dose, frequência e duração 
S.i.d = uma vez ao dia
B.i.d = duas vezes ao dia
T.i.d = três vezes ao dia
Q.i.d = quatro vezes ao dia
AULA 2 – VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
Fatores considerados na escolha da via:
Tipo qualitativo da resposta desejada
Tipo de ação desejada:
 Ação local ou tópica – ação exercida no ponto de aplicação. 
 Ação sistêmica ou generalizada – após administração o fármaco tem que ser absorvido, distribuído na corrente sanguínea, metabolizado e excretado
Rapidez de ação desejada:
Depende da vascularização/local de administração 
Obs: quanto maior a vascularização – maior absorção e concentração plasmática – mais rápida será a ação
Natureza do medicamento:
Voláteis – via pulmonar
Sólidos – via oral
Suspenções – menos IV
Obs: medicamentos que não resistem ao suco gástricos devem ter revestimento entérido ou devem ser usados via parenteral 
Finalidade terapêutica:
Dificuldade de cooperação do paciente
Estado patológico do paciente
Classificação das vias de administração:
Via enteral
Via parenteral
Via parenteral transmucosa 
Via transcutânea (pele)
Vias excepcionais 
Via enteral:
Via oral
Via retal
Via sublingual
Via ruminal
** Dissolução do medicamento
** Atravessar barreiras celulares
** Intestino delgado – absorção (bases fortes e ácidos fortes são mal absorvidos por via oral)
Via Oral:
Vantagens:
Conveniente para animais fáceis de manipular
Não precisam ser estéreis
Incidência de reações é baixa
Maior segurança
Indolor
Boa ação
Não necessita aparelhagem 
Desvantagens:
Efeito de primeira passagem
Destruição gástrica
Incerteza na qualidade absorvida
Ação irritante
Efeito de Primeira Passagem (pré-sistêmico):
	Via Oral -> Absorção no TGI -> Sistema Porta Hepático -> Fígado
Metabolismo do fármaco no qual sua concentração é significativamente reduzida pelo fígado antes de atingir a circulação sistêmica, diminuindo a biodisponibilidade do fármaco.
Vias de administração alternativas: intravenosa, intramuscular, sublingual e intradérmica
Sistemas que afetam o sistema de primeira passagem: enzimas do lúmen do TGI, enzimas das paredes intestinais, enzimas bacterianas e enzimas hepáticas
Sistema Porta Hepático:
Nutrientes são absorvidos pelos intestinos
Sangue rico em nutrientes absorvidos é drenado em direção à veia porta
Sangue é metabolizado pelo fígado
Substâncias metabolizadas retornam para o resto da circulação sanguínea 
Via Retal:
Clísteres ou enema = forma líquida 
Supositórios = forma sólida
Vantagens:
Não possui efeito de primeira passagem
Podem ser administrados sem cooperação do paciente
Desvantagens:
Absorção irregular
Irritação da mucosa retal
Via Sublingual:
Vantagens:
Absorção rápida
Alto nível dentro do compartimento intravascular
Ação quase que imediata no coração
Desvantagens:
Pouco utilizada em animais 
Via Parenteral:
Via intravenosa
Via intramuscular
Via subcutânea
Via intradermal
Via intraperitoneal
Via intra-articular
Via intracardíaca
Via intratecal
Via Intravenosa
Vantagens:
Rápido efeito
Grandes volumes
Substâncias irritantes
Melhor controle da dose administrada
Desvantagens:
Risco de embolia
Contaminação (flebite)
Imprópria para administração de substâncias oleosas e insolúveis 
Via Intramuscular:
Vantagens:
Absorção rápida
Volumes moderados de veículos aquosos, oleosos em suspensão 
Utilizada em animais de difícil contenção 
Desvantagens:
Dor
Lesões musculares 
- substâncias irritantes
- pH distante da neutralidade
Local no cão: semimembranoso/semitendinoso, quadríceps, epaxial, tríceps
Via subcutânea:
Vantagens: 
Absorção lenta
pH osmolaridade não devem ser diferentes da pele 
Absorção ocorre por difusão atravessando os grandes poros
Desvantagens:
Produz sensibilização
Dor
Necrose
Via Intradermal:
Utilizadas com menor frequência
Tuberculina 
Teste de alérgenos 
Via Intraperitoneal:
Cavidade peritoneal é ricamente vascularizada
Rápida absorção 
Via Intracardíaca:
Animais de laboratório 
Emergência 
Eutanásia
Via epidural/intratecal:
Espaço epidural -> espaço dentre duramater e a coluna vertebral
Subaracnoide ou intratecal -> Liquor
Via Parenteral Transmucosa:
Via oftálmica
Via rinofaríngea
Via pulmonar
Via geniturinária
Via Oftálmica:
Absorção pelo epitélio do saco conjuntival
Lipossolúveis
Absorção rápida
Atuam no globo ocular
Colírios
- líquidos
- pomadas
- cremes
Via Rinofaríngea:
Soluções para obtenção do efeito local
Antissépticos
Vasoconstritores
Anestésicos Locais
Via Pulmonar:
Comumente utilizada para inalação de substâncias voláteis como gases e anestésicos gerais e aerossóis para tratamento de alergias
Via Geniturinária:
Administração vaginal -> efeitos locais – revestimento mucoso – fácil absorção 
Formas comuns -> cremes, óvulos vaginais, velas uterinas, líquidos para infusão vaginal
Via Transcutânea:
Ação Local
Absorção aumentada
- Emulsões consistentes, gel, óleos, cremes e pastas 
Absorção reduzida 
- Solução aquosa, emulsões finas e suspensões 
Vias Excepcionais:
Membranas Timpânicas
Umbilical
Intra-mamária
AULA 3 – ABSORÇÃO DE MEDICAMENTOS – FARMACOCINÉTICA/FARMACODINÂMICA
Resposta Terapêutica: 
	Efeito ou resposta terapêutica dependem:
Características dos fármacos
Características dos indivíduos 
Interação entre os dois fatores
Farmacodinâmica: estuda o mecanismo de ação dos medicamentos
Farmacocinética: caminho percorrido pelo medicamento no organismo do animal
	Farmacocinética:
Absorção :
- Para um fármaco produzir seus efeitos sistêmicos característicos, deve primeiro ser absorvido e então atingir a concentração eficiente em seu local de ação
- Para que isso ocorra, o fármaco precisa atravessar as membranas biológicas 
- ABSORÇÃO -> passagem do fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea/ uma série de processos, pelos quais, uma substância externa penetra no ser vivo, penetra sem lesão traumática chegando até o sangue .
Fatoresimportantes na absorção de medicamentos: 
	- pH do meio
	- pK (constante de dissociação/ionização) do medicamento
	- constituição das membranas celulares
	- transporte transmembrana
Influência do pH na polaridade de medicamentos:
Medicamentos:
- Propriedades: ácidos fortes/bases fracas
- Em solução aquosa apresentam-se parcialmente ionizados
- Proporção entre partes ionizadas e não ionizadas de um medicamento será determinado pelo: pH do meio no qual se encontra dissolvido/pK do medicamento.
Substâncias químicas (cargas elétricas)
- Apolar
- Aminas orgânicas
- Ácidos orgânicos
APOLAR = sem carga -> ultrapassa qualquer barreira (pele, estômago, intestino)/não sofrem influência do pH do meio em que estão dissolvidos
ÁCIDOS ORGÂNICOS FRACOS = em monogástricos -> ácidos fracos são melhor absorvidos no estômago (pH ácido = 1,2-3,0) que no intestino.
BASES FRACAS= em monogástricos -> bases fracas são bem mais absorvidas no intestino (pH alcalino 7,5-8,0) que no estômago/grupamento AMINA na estrutura molecular
ABSORÇÃO:
MEDICAMENTO ÁCIDO + MEIO ÁCIDO -> ABSORÇÃO ALTA
MEDICAMENTO BÁSICO + MEIO BÁSICO -> ABSORÇÃO ALTA
MEDICAMENTO ÁCIDO + MEIO BÁSICO -> BAIXA ABSORÇÃO
Membranas Celulares:
Tem aproximadamente 7,5mm de espessura
Dupla camada lipídica impermeável a maioria das moléculas polares e permeável às apolares
Substâncias hidrossolúveis precisam de processos especiais para passar as membranas
Passagem de medicamentos pela membrana:
Processos passivos:
Difusão simples:
- membrana porosa
- gradiente de [ ]
- substâncias apolares
- peso molecular compatível com a camada lipídica da membrana
Filtração:
- baixo peso molecular
- hidrossolúveis, polares e apolares
- medicação ultrapassa pelos canais da membrana biológica
- difusão pelo canal aquoso 
Transporte mediado por carreador:
Difusão facilitada:
- a favor do gradiente de concentração 
- sem gasto de energia
- velocidade de difusão maior em relação à difusão simples
- proteína carreadora
Transporte ativo:
- contra o gradiente de concentração
- com gasto de energia
Processo de absorção pelo qual a membrana celular se invagina em torno de várias pequenas moléculas e engloba junto partículas do meio extracelular -> FAGOCITOSE/PINOCITOSE
Barreiras Celulares:
Mucosa gastrointestinal
- células muito unidas
- bloqueio completo dos espaços intracelulares
- lipossolúveis e apolares
Barreiras epiteliais da pele, córnea e bexiga
- células muito unidas
- bloqueio completo dos espaços intracelulares
- difusão simples, apolares
Barreira hematoencefálica
- paredes contínuas de capilares
- células endoteliais
- células da glia
- impedem a entrada de substâncias polares ou de peso molecular elevado no SNC
Barreira placentária
- substâncias de baixo peso molecular e lipossolúveis
-difusão simples/facilitada
- transporte passivo
- pinocitose
Barreiras capilares
- com máculas (células frouxas)
- fenestrados (janelas)
- com bloqueio completo (espaço intracelular ocluído)
- passagem pelas células epiteliais
Fatores que interferem na absorção:
Solubilidade
Peso molecular
pH
carga elétrica ou grau de ionização pKa
forma farmacêutica e via de administração 
velocidade de dissolução
concentração do fármaco no local da absorção 
vascularização do local de absorção
AULA 4 – DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS NO ORGANISMO
Distribuição:
Passagem de um fármaco da corrente circulatória para os tecidos:
- Após absorção (o fármaco ter chegado ao sangue), sai deste compartimento e vai para seu local de ação
O padrão de distribuição descreve a concentração relativa do fármaco que entra em cada órgão ou tecido
A cinética da distribuição do fármaco em cada órgão, sangue e tecido dependem:
DOSE: quanto maior a dose, maior a concentração plasmática
Via de administração
Lipossolubilidade do fármaco
Duração da ligação às proteínas plasmáticas
Velocidade do fluxo sanguíneo pelos órgãos e tecidos 
Após absorção, um medicamento pode ficar sob a forma livre no sangue, ligar-se a proteínas plasmáticas ou então, ser sequestrado para depósito no organismo.
Medicação na forma livre: farmacologicamente ativa/distribuída aos tecidos
Medicação ligada às proteínas plasmáticas: reservatório do medicamento
Ligação dos medicamentos à proteínas plasmáticas:
ALBUMINA:
- mais importante proteína envolvida em ligações com medicamentos
- preferência por medicamentos ácidos 
BETAGLOBULINA E GLICOPROTEÍNA ÁCIDA:
- preferência por medicamentos básicos 
Fatores a considerar:
Hipoproteínemia
Enfermidades
Aumento da fração do fármaco livre
Aumento do efeito farmacológico e da toxidade
Administração concomitante de dois medicamentos com maior afinidade à proteínas plasmáticas
Deslocamento de um deles para forma livre e aumento do efeito farmacológico e de toxidade 
Exemplo: AINEs + ANTICOAGULANTE AUMENTO DO TEMPO DE COAGULAÇÃO
	Os medicamentos abandonam a via circulatória para o espaço intercelular por processo de DIFUSÃO pelas membranas capilares
	A velocidade com que a concentração de um medicamento livre demora para se equilibrar entre o plasma e o líquido dos demais compartimentos depende do grau de VASCULARIZAÇÃO de um determinado tecido
COMPARTIMENTO CENTRAL coração, fígado, rins e cérebro equilíbrio rápido
COMPARTIMENTO PERIFÉRICO pele, ossos e tecido adiposo equilíbrio lento
MODELO MONOCOMPARTIMENTAL distribuição uniforme: organismo se comporta com um único compartimento central
	Na distribuição é importante considerar a ÁGUA CORPORAL, que representa cerca de 50-70% do peso do organismo, distribuída em 4 compartimentos:
Líquido extracelular: plasma sanguíneo 4,5%
Líquido intersticial: 16% linfa 1-2%
Líquido intracelular: 30-40%
Líquido transcelular: cefalorraquidiano, sinovial, intraocular, peritoneal, pleural, secreções digestivas 4,5%
No interior de cada um desses compartimentos aquosos, as moléculas dos medicamentos existem: Forma livre ou ligada/forma molecular ou iônica = depende do pH
	O equilíbrio das distribuições entre os compartimentos depende:
Capacidade do medicamento de atravessar as barreiras teciduais de cada compartimento
Grau de ionização e solubilidade das moléculas dos medicamentos
Ligação do medicamento no interior dos compartimentos 
Acúmulo e estoque dos medicamentos nos diversos compartimentos do organismo:
	Características intrínsecas dos medicamentos tem afinidade por determinadas estruturas orgânicas:
Anestésicos inalatórios tecido adiposo
Fins terapêuticos iodo radioativo em tumores tireoidianos
 Forma inadequada tetraciclina depositada nos dentes e ossos
OBS: importante quando serão dadas doses repetidas saturabilidade dos depósitos aumento de medicamento livre no plasma aumento da toxicidade
Meia vida de eliminação:
	Tempo necessário para que a concentração plasmática de um determinado agente terapêutico se reduza à metade
	Importante para estimar: 
A duração de ação após dose única: quanto maior a meia vida, maior tempo durante a concentração plasmática do medicamento permanecerá no intervalo da efetividade farmacológica
Tempo necessário para alcançar o equilíbrio: quando um medicamento é administrado por período prolongado, pode acumular no organismo até que a quantidade administrada em um determinado período de tempo, seja igual à quantidade eliminada no mesmo período – concentração plasmática atinge um estado de equilíbrio (3-5 meia vidas)
O tempo necessário para eliminação: leva-se uma meia vida da eliminar 50% da concentração total do medicamento/ eliminação total 4-5 meia-vidas
A frequência da dose: o intervalo de administração deve ser igual ou menor ao tempo de meia vida
AULA 5 – BIODISPONIBILIDADE E BIOEQUIVALÊNCIA 
Biodisponibilidade: mede a quantidade de um medicamento contido em determinada forma farmacêutica, que, ao ser administrada à um organismo vivo, atinge a circulação de forma inalterada 
Mede a quantidade de um medicamento que atinge a circulação e também o local de ação (BIOFASE)Os dados de biodisponibilidade são utilizados para determinar:
A quantidade de medicamento absorvido a partir de uma determinada forma farmacêutica
A velocidade de absorção de um medicamento
A permanência do medicamento nos líquidos do organismo e sua correlação com as respostas farmacológicas/tóxicas
Adequação da dose em pacientes com insuficiência hepática/renal
OBS: existem diferenças nas biodisponibilidades entre as espécies de animais (monogástricos/poligástricos) 
Bioequivalência: compara as biodisponibilidades de 2 medicamentos considerados EQUIVALENTES FARMACÊUTICOS e que tenham sido administrados no MESMO ESQUEMA POSOLÓGICO:
MESMO PRINCÍPIO ATIVO MESMA DOSE MESMA VIA MESMA ESPÉCIE
Utilizados na avaliação entre especialidades farmacêuticas com o mesmo princípio ativo, porém de fabricantes diferentes, ou para mudanças em procedimentos farmacotécnicos distintos
Biotransformação dos medicamentos
	Participa de importante mecanismo regulador níveis plasmáticos dos fármacos 
Alteração química que o fármaco sofre no organismo, geralmente por ação de enzimas inespecíficas
FÁRMACO + ENZIMAS = METABÓLITO (PRODUTO DA REAÇÃO)
Transformação química de substancias dentro do organismo vivo, visando favorecer sua eliminação permite a formação de metabólitos MAIS POLARES e MENOS LIPOSSOLÚVEIS que a molécula original favorece a eliminação ou inativação farmacológica 
	A biotransformação poderá gerar:
Inativação farmacológica
Metabolitos com atividade farmacológica similar ou diferente das moléculas originais
METABÓLITOS ATIVOS PRÓFARMACOS/PRÓMEDICAMENTOS
Mecanismos enzimáticos localizados no fígado:
- enzimas localizadas no REL
- biotransformação de compostos lipossolúveis
OBS: Outros órgãos e tecidos possuem enzimas capazes de biotransformar substratos endógenos e exógenos 
Nos processos de biotransformção acontecem 2 etapas:
Reações fase 1 citrocomo P450
Reações fase 2 ácido glicurônico, radicais sulfatos, acetatos e aminoácidos
MEDICAMENTO FASE 1 OXIDAÇÃO/REDUÇÃO/HIDRÓLISE FASE 2 PRODUTOS CONJUGADOS
Reações fase 1:
- Citrocomo P450
Pigmento associado a enzimas ligadas no metabolismo dos medicamentos e esteroides
Convertem o medicamento original em metabólitos mais polares por oxidação, redução e hidrólise
Os metabólitos resultantes podem ser mais ativos do que a molécula original (profarmacos), menos ativos e inativos
Reações fase 2:
- Reações de conjugação ou sintéticas
Acoplamento do metabólito a um substrato endógeno 
Metabolitos originados na Fase 1 sofrem reações mais profundas na fase 2 inativam o medicamento/ maior hidrossolubilidade facilitam a eliminação 
Alguns produtos conjugados são eliminados pela bile, reativados no intestino e depois reabsorvidos
Fatores que interferem na biotransformação:
Espécie:
- GATOS: deficiência em conjugar glicuronídeos
- SUÍNOS: deficiência em conjugar sulfatos
- CÃES: deficiência em conjugar acetato
Idade:
- Atividade enzimática está quase ausente em recém nascidos 
Sexo
Doença 
Mutações genéticas
- COELHOS com atropinase: hidrolisam atropina
Indutores enzimáticos:
- aumenta a atividade do sistema microssômico de oxidação e redução quando administrados repetidamente (tolerância)
- fenobarbital, inseticidas clorados não seletivos, fármacos cancerígenos, etanol
- PARACETAMOL: metabolitos na fase 1 são altamente tóxicos e pode aumentar com o uso de um indutor enzimático
EXCREÇÃO DE MEDICAMENTOS 
	Os fármacos inalterados ou seus metabolitos são excretados por vias diferentes:
Excreção renal: hidrossolúveis ou polares
Excreção biliar: lipossolúveis ou apolares
Excreção pulmonar: gasosas ou voláteis
Outras excreções: saliva, lágrima, leite, suor, secreção nasal
Excreção renal:
A excreção renal de fármacos pela urina é resultante de 3 processos renais:
Filtração glomerular
-permite a passagem de fármacos com PM abaixo de 20 000
PROTEÍNAS PLASMÁTICAS (ALBUMINA) + FÁRMACOS = NÃO PASSAM (PM 68000)
Secreção tubular
- potencialmente o melhor mecanismo mais eficaz de eliminação renal
- penicilinas, ácidos salicínicos
 
Difusão através do túbulo renal
- as substancias mais lipossolúveis, após sofrerem filtração glomerular são reabsorvidas por difusão passiva nos túbulos renais
- tratando-se de soluções de caráter ácido ou básico, o pH do meio intratubular passa a exercer influência no grau de ionização dos eletrólitos determinando maior ou menor absorção
MAIOR PH INTRATUBULAR MENOR ABSORÇÃO DE ÁCIDOS MAIOR ABSORÇÃO DE BASES
MENOR PH INTRATUBULAR MENOR ABSORÇÃO DE BASES MAIOR ABSORÇÃO DE ÁCIDOS
Depuração renal: volume de plasma que contém a quantidade de substâncias removida pelo rim por unidade de tempo 
- varia de acordo com medicamento
- determinação da dosagem
OBS: Fármacos ligados a proteínas plasmáticas ou peso molecular elevado não passam no filtrado glomerular; Fármacos lipossolúveis são reabsorvidos passivamente no túbulo, não sendo eficientemente eliminados na urina; hidrossolúveis ou polares são excretados; Ácidos fracos são eliminados mais rapidamente em urina alcalina e vice-versa; Diversos fármacos importantes são eliminados via renal, podendo causar toxidade em idosos ou pacientes com doença renal
Excreção biliar
Algumas substâncias passam diretamente do fígado para o duodeno juntamente com a bile:
São eliminados com as fezes
São reabsorvidos no intestino fármaco na forma livre
Circulação êntero-hepatica:
FÍGADO METABÓLITO BILE TGI FEZES/REABSORÇÃO MUCOSA INTESTINAL CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA FÍGADO (...)
Excreção hepática seguida de reabsorção intestinal 
AULA 6 – INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
DROGA AGONISTA: tem afinidade pelo receptor e capacidade de ativá-lo
DROGA ANTAGONISTA: tem afinidade pelo receptor mas não tem capacidade de ativá-lo
 As interações levam a diminuição ou a um reforço de ação
Droga + organismo vivo/receptor:
- efeito desejável cura
- efeito indesejável tóxico
Dois tipos de ação:
- Sinergismo aumento da resposta
- Antagonismo diminuição da resposta
Relação entre 2 drogas
Indiferença = cada droga com sua ação independente.
Interferência = competição na ação, ou aumenta a ação dela (sinergismo), ou diminui (antagonismo parcial) ou cessa (antagonismo total).
Sinergismo
Fala-se em sinergismo quando a ação das duas drogas processam-se no mesmo sentido. As drogas tem efeito similar, podendo:
Aumentar a resposta
Diminuir o efeito colateral
Aumentar o tempo de ação
Sinergismo de Ação:
- o efeito combinado de 2 drogas é igual à soma dos efeitos isolados de cada uma
- evita efeitos colaterais
Sinergismo de Adição:
- AAs + Aminopirina AAs alivia a cefaleia mas a dose pode irritar a mucosa gástrica, evita-se associando com outro analgésico, aminopirina, que não tem esse efeito, se administra meia dose de ambas e com isso reduz o efeito colateral
Sinergismo de Potenciação 
-sinergismo propriamente dito; o efeito combinado das drogas é maior do que a soma dos efeitos isolados
- 2 drogas não agem pelo mecanismo; uma droga aumenta o efeito da outra droga, por alterar sua biotransformação, distribuição ou excreção.
Sinergismo de Preservação
- uma droga preserva a ação da outra
Vantagens do sinergismo:
Administração de drogas em doses baixas, evitando ou diminuindo os efeitos colaterais
Aumentar a duração dos efeitos
Aumentar a potência dos efeitos
Antagonismo
Interações entre drogas que levam a uma diminuição dos seus efeitos.
Antagonista = droga que diminui ou anula a ação da outra.
Antagonismo Farmacológico
- antagonista compete com a droga agonista pelos mesmos sítios do receptor complexo inativo
- antagonismo entre atropina e acetilcolina nos músculos lisos, se ligando no mesmo receptor
Antagonismo Fisiológico ou Funcional
- duas drogas agonistas interagem com sistemas de receptores independentes produzindo efeitos opostos que se contrabalançam
- são agonistas para cada um dos seus próprios receptores, mas são antagonistas entre si (efeitos opostos)
Antagonismo Químico
- antagonistanão reage com moléculas do organismo; reage quimicamente com moléculas do próprio agonista quelante
- quelante complexo coordenado formado por um metal mais um composto que contém um ou mais ligantes e é de fácil excreção
Antagonista Físico
- são baseados na interferência do antagonista com a absorção da droga agonista
AULA 7 – SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA)
Sistema nervoso:
Sistema nervoso central
Sistema nervoso periférico 
- sistema nervoso somático
- sistema nervoso autônomo
Sistema nervoso autônomo:
Visceral ou vegetativo
Atividade involuntária 
Fibras aferentes
Fibras eferentes
Simpático (colinérgico)
Parassimpático (adrenérgico)
Atividades:
- diferentes ou independentes 
- interdependentes ou integradoras
Composição:
- centros de controle no SNC
- rede periférica:
Exemplos:
- músculo liso visceral (intestino, bexiga e coração) – efeitos opostos
- glândulas salivares – efeitos complementares
- músculo ciliar – apenas parassimpático
- glândulas sudoríparas – apenas simpático
Fibras Eferentes:
Pré ganglionar origem no SN e fazem sinapse com gânglio autônomo – mielinizadas
Pós ganglionar origem no gânglio autônomo – não mielinizados – inervação da estrutura efetora
SNA Parassimpático
Fibras pré e pós ganglionares
Neurotransmissor: acetilcolina (ACh)
Fibras colinérgicas
Receptores: nicotínicos e muscarínicos 
Nicotínicos:
Placa motora (N1), medula da adrenal e gânglios (N2) – resposta excitatória
Muscarínicos:
Neurônios SNC, células parietais do estômago (M1 – resposta excitatória)
Miocárdio (M2 – resposta inibitória)
Glândulas secretoras, musculatura lisa e SNC (M3 – resposta excitatória)
SNA Simpático
Neurotransmissor:
Pré-ganglionar – Acetilcolina (ACh)
Pós-ganglionar – Noradrenalina (NA)
Fibras pré (colinérgicas) e pós (adrenérgicas) ganglionares
Receptores: alfa (alfa 1 e 2) e beta (beta 1 e 2)
Agonistas Colinérgicos
Drogas parassimpatomiméticas
Drogas ativadoras de receptores colinérgicos
DROGAS DE AÇÃO DIRETA/INDIRETA
Ligação direta nos receptores muscarínicos e nicotínicos 
Nicotínicos:
Nicotina
Muscarínicos:
Pilocarpina
Muscarina
Metacolina
Betanecol
Carbacol
Drogas de ação indireta:
- Inibição da Acetilcolinesterase (protegem a acetilcolina)
Derivados do ácido carbâmico (organocarbamatos)
Neostigmina
Piridostigmina
Fisiostigmina
Carbaril
Propoxur
Metomil
Derivados orgânicos do ácido fosfórico (organofosforados)
Malation
Diclorvós
Coumafós-paration
Triclorfon
Álcoois simples
Edrofônio 
Efeitos sistêmicos:
Junção neuromuscular- aumento da contração
Sistema respiratório – aumento de secreções brônquicas 
Sistema urinário – aumento da contração da bexiga (micção)
SNC – estimulação – convulsões 
Globo ocular – contração do mm liso do esfíncter da íris e mm ciliar – miose e redução da pressão intra-ocular
Sistema gastro-intestinal - aumento das secreções e motilidade GI (vômitos, defecação e cólicas)
Indicações Clínicas:
Glaucoma – pilocarpina
Aumento da motilidade gastro intestinal e urinária – neostigmina
Aumento da atividade da placa motora – reversão bloqueadores neuromusculares – neostigmina
Inseticidas e pesticidas – (MA) Direto
Endo e ectoparasitas – (MA) indireto – triclorfon
Antagonistas Colinérgicos
Drogas parassimpaticolíticas
Drogas bloqueadoras de colinoreceptores
Drogas antimuscarínicas
Drogas antinicotínicas
Classificação das drogas:
	Drogas Antimuscarínicas:
Atropina
Escopolamina (buscopan)
Homatotropina (análogo sintético)
Efeitos sistêmicos:
SNC – excitação e efeitos sedativos (leves)
Globo Ocular – midríase
Cardiovascular – taquicardia relativa e bloqueio av
Sistema respiratório – diminuição das secreções e broncodilatação
Sistema GI – diminuição das secreções e motilidade
Glândulas sudoríparas – inibida
Trato urinário – retenção
Drogas Antinicotínicas ou Bloqueadoras Neuromusculares:
Drogas não despolarizantes ou competitivas
Ex: Galamina, Pancurônio, Vencurônio
Drogas despolarizantes:
SUCCINILCOLINA
Despolarização da placa terminal motora pela ACH
Caracteriza-se pelo aumento da permeabilidade da membrana sináptica ao sódio e ao potássio, bloqueio dos canais de sódio.
AULA 8 – EUTANÁSIA
Questão de bem-estar
Questão polêmica
- abate
- extermínio
- sacrifício – uso coloquial
- misericórdia: doença incurável/tratamento impossível
	Indicações:
Doenças incuráveis
Muita dor e sofrimento
Alterações comportamentais
Problemas econômicos 
Pesquisas científicas 
Critérios que justificam o ato:
Animais gravemente feridos
Animais agressivos
Perda da qualidade de vida
Animais recolhidos das ruas
Controle populacional 
Saúde publica
Animais de experimentação 
Autorização:
Autorização do proprietário (escrita)
Profissional habilitado
O que é o ideal:
Imobilização com um mínimo de estresse
Esteticamente aceitável para o operador e para o cliente
Execução com eficiência pela equipe
Baixo risco para o operador
Critérios do agente ideal:
Não deve causar ansiedade/medo
Deve ser indolor
Deve ter ação rápida 
Deve ser confiável
Deve ser seguro para o manipulador
Deve ser de uso pratico e fácil
Não deve ser uma droga causadora de vícios
Deve ser econômica
Não deve causar problemas de contaminação ambiental
Não deve causar alterações teciduais
Agentes:
Barbitúricos:
Dose excessiva – IV, IC, intratorácica 
Vantagens: depressão do centro cardíaco e respiratório, leva à morte por anóxia
Desvantagem: imobilização
T-61:
Mistura de anestésico geral + anestésico local + neurobloqueador muscular
Métodos:
Insensibilização elétrica
Armas de ar comprimido (pistola etc)
Percussão/concussão 
Armas de fogo
OBS: a escolha do método varia conforme a espécie animal
AULA 9 – ADRENÉRGICO E ANTIADRENÉRGICO
Agonistas Adrenérgicos (simpatomiméticos):
	Mecanismo de ação
Ação direta – atuam diretamente nos receptores adrenérgicos
Ação indireta – atuam na liberação de NA nos receptores adrenérgicos; sucundariamente atuam nos receptores adrenérgicos ou inibem a receptação de NA
Catecolaminas de Ação Direta:
Substâncias que tem capacidade para ligarem-se à alfa e beta receptores:
Noradrenalina (NA)
Adrenalina (AD)
Dopamina (DA)
Isoproterenol
Dobutamina
Efeitos da ativação dos receptores:
ALFA 1 – vasoconstrição, relaxamento da mm lisa, inibição das glândulas salivares, glicogenólise hepática
ALFA 2 – inibição da liberação de NA, agregação plaquetária
BETA 1 – aumento da frequência e força cardíaca, relaxamento da mm lisa e lipólise
BETA 2 – broncodilatação, relaxamento da mm visceral, glicogenólise hepática e tremor muscular
Noradrenalina ou Norepinefrina:
Altamente potente para BETA 1 receptores
Altamente potente para ALFA receptores
Pequena ação para BETA 2 receptores
Adrenalina ou Epinefrina:
Altamente potente tanto para ALFA quanto para BETA receptores
Dopamina:
Neurotransmissor do SNC e do SNA
Precursor da síntese de NA e de AD
Afinidade para ALFA e BETA receptores
Doses baixas ativam receptores dopaminérgicos, e altas doses ativam receptores BETA 1 e doses mais maiores ativam ALFA 1 
Outras substâncias – ação direta
AGONISTAS ALFA 1 – fenilefrina, metoxamina (não estimulam o coração por não agirem em beta 1)
AGONISTAS ALFA 2 – xilazina, clolidina, dexmedetomidina
AGONISTA BETA 1 - dobutamina 
AGONISTA BETA 2 – salbutamol, terbutalina, clembuterol
Ação indireta:
Atuam na liberação de NA nos receptores adrenérgicos, secundariamente inibem a receptação de NA
	Agonistas ALFA e BETA:
Anfetaminas
Efedrina
Cocaína 
Efeitos sistêmicos:
Sistema respiratório – broncodilatação
Globo ocular – contração da mm radial da íris – midríase
Sistema GI – diminuição das secreções e motilidade
Sistema urinário – relaxamento da bexiga
Sistema cardiovascular – vasoconstrição e taquicardia, aumento da pressão arterial
Efeitos hormonais – adrenalina inibe liberação da insulina – hiperglicemia
Uso Clínico:
Vasoconstrição local – anestesia local
Arritmia – parada cardíaca 
Hipotensão e choque
HipertensãoExame oftalmológico 
Asma
Hipersensibilidade (edema glote/ choque)
Descongestionante nasal + contenção animal
Antagonistas Adrenérgicos
Fármacos antiadrenérgicos
Fármacos simpaticolíticos/simpatolíticos
Fármacos bloqueadores de adrenoreceptores 
É seletivo pros adrenoreceptores ALFA e BETA
ANTAGONIZAM AS AÇÕES DO SNA SIMPÁTICO
Baixa atividade simpática
Inibição da interação de NA, AD e fármacos simpatomiméticos com receptores adrenérgicos
Classificação:
Fármacos que bloqueiam receptores ALFA não seletivos
Fármacos que bloqueiam receptores ALFA 1
Fármacos que bloqueiam receptores ALFA 2
Fármacos que bloqueiam receptores BETA não seletivos
Fármacos que bloqueiam receptores BETA 1
Fármacos que bloqueiam receptores ALFA e BETA
Antagonistas ALFA-Adrenérgicos:
São todos os medicamentos que possuem afinidade por esses receptores, mas que não tem capacidade de ativá-los.
Fármacos que bloqueiam receptores ALFA não seletivos:
Princípio ativo = Fenoxibenzamina
Mecanismo de ação = bloqueio irreversível dos ALFA receptores
Utilização clínica = diminui a contração do mm liso vascular, vosodilatação (feocromocitoma), VO, IV
Efeitos adversos = náuseas, vômitos, sedação e fraqueza, aumento da motilidade do TGI (dor + diarreia)
Fármacos que bloqueiam receptores ALFA 1:
Princípio ativo = prazosina
Mecanismo de ação = antagonista seletivo ALFA 1 (arteríolas e veias)
Utilização clínica = hipertensão (vasodilatação), ICC**, VO
Efeitos adversos = Síncope (hipotensão), duração de 4 a 6h, biotransformado no fígado, excretado na urina
** Pós carga – pressão que os ventrículos precisam exercer para ejetar o sangue, Pré carga – quantidade de sangue no ventrículo no final da diástole. Reduz a pré carga e aumenta o DC, diminui a congestão pulmonar
Fármacos que bloqueiam receptores ALFA 2: 
Princípio ativo = Iombina
Mecanismo de ação = antagonista competitivo seletivo ALFA-2
Utilização clínica = reversão de sedações com agonistas ALFA-2, não é muito utilizado devido aos fatores adversos (taquicardia, remoção da analgesia, morte em ovinos e bovinos)
Fármacos que bloqueiam receptores BETA não seletivos:
Princípio ativo = propranolol, timolol
Mecanismo de ação = antagonista não seletivo dos receptores beta
Utilização clínica = Hipertensão primária, arritmias, efeitos da ansiedade (sudorese, tremor e taquicardia), glaucoma, VO, IV, transmucosa
 Efeitos adversos = extremidades frias, insônia, depressão
Riscos = bradicardia (efeito inotrópico e cronotrópico), broncoconstrição (bloqueio da mm bronquiolar lisa), insuficiência cardíaca
OBS: não interromper o tratamento abruptamente
Fármacos que bloqueiam receptores BETA 1:
Princípio ativo = atenolol e esmolol
Mecanismo de ação = antagonista seletivo dos receptores BETA 1
Indicação clínica = arritmias ventriculares, cardiomiopatia hipertrófica, VO, IV
Efeitos adversos = extremidades frias, insônia, depressão 
Fármacos que bloqueiam receptores ALFA e BETA:
Princípio ativo = labetalol
Mecanismo de ação = antagonista não seletivo dos receptores BETA 1, BETA 2 E ALFA 1
Uso clínico = hipertensão
AULA 10 – SISTEMA NERVO CENTRAL (SNC) – OPIÓIDES
Drogas que atuam no sistema nervoso central:
Opióides 
Tranquilizantes
Neuroleptoanalgésicos ou relaxantes musculares
Anestésicos locais
Anestésicos gerais
OPIÓIDES
Opiáceos
Hipnoanalgésicos 
Analgésicos Narcóticos
(estado de sonolência ou torpor)
Qualquer substância natural ou sintética que produz efeitos de analgesia pelo SNC.
Classificação:
Alcalóides do ópio = MORFINA, CODEÍNA
Compostos sintéticos = MEPERIDINA, FENTANIL, TRAMADOL, METADONA
Antagonistas narcóticos = NALOXONA
Compostos de ação mista = BUTORFENOL
Mecanismo de ação:
Atuam nos receptores:
Mi - μ
Kappa - κ
Delta - δ
Sigma - σ
Épsilon – ε
Peptídeos endógenos
Receptores opióides:
Mi – μ:
Efeitos: Analgesia supra-espinhal, depressão respiratória, euforia, dependência
Agonistas: Morfina, Fentanil, Metadona
Kappa – κ:
Efeitos: Analgesia, sedação, miose
Agonistas: Morfina, Fentanil, Butorfanol, Codeína
	Delta – δ:
Efeitos: Alterações de comportamento 
Agonistas: Pentazocina, Nalorfina
Sigma – σ:
Efeitos: Alucinações, estimulação
Agonistas: Morfina (++), Codeína (+)	
Épsilon – ε:
Efeitos: Analgesia
Agonistas: Endorfinas
Farmacocinética:
	Via de administração:
Subcutânea efeito analgésico rápido e período de ação prolongado
Intramuscular
Intravenosa necessidade de efeito rápido
Oral metabolização (1 passagem)
Epidural, intratecal, intra-articular
Distribuição:
SNC
Fígado 
Rins
Pulmão 
Músculos
Metabolização:
Sistema microssomal hepático
Eliminação:
Urina – 90%
Fezes – 7-10%
Farmacodinâmica:
	Efeitos Terapêuticos:
Analgesia
Antitussígeno (centro da tosse)
Analgesia:
Analgesia sem perda da consciência
Diminui o limiar à dor
Indiferença à dor medo, ansiedade, apreensão 
Efeito analgésico mais evidente dor crônica
Efeito específico sobre a dor não altera tato, audição e visão
Sistema Nervoso Central:
DEPRESSÃO do snc (sedação) homens, primatas, cão
EXCITAÇÃO do snc (medo, hiperatividade, febre) felinos, equinos, bovinos, suínos, caprinos e ovinos 
OBS: convulsões = doses elevadas 
Centro Emético:
Estimulação da zona deflageladora dos quimiorreceptores
Suínos, aves, equinos, coelhos e ruminantes não ocorre
Cão potente efeito emético
Gatos doses elevadas 
Sistema respiratório:
Depressão dose-dependente da ventilação (receptores mi)
Agonistas dos receptores mi depressão respiratória
Agonistas dos receptores sigma estimulação respiratória 
Diâmetro pupilar:
Contração humanos, primatas, cães
Dilatação gatos, equinos, suínos, bovinos, caprinos e ovinos
Centro termorregulador:
Frio humanos, primatas, cães
Calor gatos, equinos, suínos, bovinos, caprinos e ovinos
Efeitos endócrinos:
Aumenta a secreção do HAD (retenção de urina pelos rins)
Diminui secreções biliares, gástricas e pancreáticas (constipação intestinal)
Liberação da Histamina:
Urticária e prurido no local da injeção 
Broncoconstrição
Hipotensão 
Efeitos adversos:
Quando o paciente não estiver sentindo dor, ou seja, quando as vias aferentes da dor não estiverem ativadas, os efeitos adversos dos fármacos opioides serão mais intensos.
Principais medicamentos opióides usados na medicina veterinária:
MORFINA
CODEÍNA
FENTANIL
METADONA
BUTORFANOL
TRAMADOL
NALOXONA
MEPERIDINA
MORFINA:
Vias de administração = SC, IM, IT
Efeitos terapêuticos = analgesia 
Efeitos colaterais = sedação, excitação, vômitos, náuseas, antitussígeno, depressor respiratório, miose, midríase, termorregulação, efeitos endócrinos, constipação, bradicardia, liberação de histamina
Cães = 0,5 a 1 mg/kg, equinos = 0,05 a 1mg/kg, felinos = 0,05 a 1 mg/kg
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA = inicia em 2 e acaba em até 8 dias
CODEÍNA: 
Derivado da morfina
Efeito terapêutico = antitussígeno 
Efeito colateral = constipação 
BUTORFANOL:
Derivado da morfina
Agonista (kappa) e antagonista (mi)
Efeito terapêutico = analgesia (4 a 7x > morfina, duração de 4 a 6 horas), antitussígeno (20x > codeína), não promove liberação de histamina e não deprime o centro respiratório
METADONA:
Derivado da morfina – composto sintético 
Efeito terapêutico = analgesia (meia vida plasmática de 15 a 20 horas), antitussígeno
Menor efeito sedativo (morfina)
Menor dependência (morfina)
FENTANIL:
Derivado da morfina – composto sintético
Duração ultra curta de 2h
Efeito terapêutico =analgesia (80 a 100x > morfina)
Transdérmico = 72h
MEPERIDINA:
Composto sintético
Efeito terapêutico = analgesia (10x > morfina), felinos, equinos e ruminantes 
Efeito colateral = excitação (<morfina), liberação de histamina (> morfina)
TRAMADOL:
Composto sintético 
Agonista dos receptores (mi)
Captação de noradrenalina
Liberação de serotonina
Sinergismo analgésico
AULA 11 – TRANQUILIZANTES E SEDATIVOS
Tranquilizantes:
	Medicamentos que acalmam a agitação e hiperatividade do animal
Doses pequenasprovocam depressão central discreta sem efeito narcótico
Facilitam manobras semiológicas
MPA = reduzem doses de anestésicos
Intervenções cirúrgicas 
Terminologia:
Tranquilização: estado de tranquilidade e calma. Paciente calmo, relaxado, consciente, alerta ao meio e com analgesia a estímulos leves
Sedação: depressão dose-dependente do snc, paciente sonolento, não está alerta
Traquilizante: medicamento capaz de diminuir a ansiedade sem provocar estado de sedação (perda ou redução da consciência) mas, obtendo um estado de traquilização
Tranquilizantes:
Contenção química e medicação pré-anestésica 
Classificação:
FENOTIAZÍNICOS = clorpromazina, levomepromazina e acepromazina
BUTIROFENONAS = azaperone e droperidol
BENZODIAZEPÍNICOS = diazepan e midazolam
Farmacocinética de fenotiazínicos e butirofenonas
Absorção: TGI e via parenteral
Distribuição: tecidos (fígado, pulmão, encéfalo)
Biotransformação: oxidação, hidroxilação e conjugação
Eliminação: fezes e urina
Farmacodinâmica de fenotiazínicos e butirofenonas
Mecanismo de ação:
Bloqueio dos receptores dopaminérgicos (antagonista da dopamina) efeito tranquilizante ( dopamina regula comportamento, controle motor fino)
Depressão do sistema ativador reticular (controla grau de atividade do SNS – estado vigília-sono)
Bloqueio ALFA adrenérgico (simpatolíticos)
Efeito anti-emético (agem no sentro do vômito)
Estado de indiferença aos estímulos externos sem efeito hipnótico e sem perda da consciência 
Diminuição da agressividade dos animais
Potencialização dos efeitos dos hipnóticos, dos anestésicos gerais, dos opióides e dos anti-inlamatórios
Diminuição do limiar convulsivo
Efeitos Tóxicos:
SNC sonolência, apatia, excitação paradoxal em animais predispostos, diminuição do limiar convulsivo e hipotermia
SNA hipotensão com taquicardia reflexa (bloqueio dos receptores alfa-1 adrenérgicos) – vasodilatação periférica 
Equinos priapismo (acepromazina) – duração e extensão dose-dependentes, bloqueio das fibras nervosas adrenérgicas relaxamento dos músculos retratores do pênis 
Contra Indicações:
Uso da adrenalina receptores alfa-adrnérgicos bloqueados
Anestésicos epidurais potencializam o efeito hipotensor dos anestésicos locais
Animais epilépticos diminui o limiar convulsivo 
Indicações:
Medicação pré-anestésica
Potencializadores da analgesia (neuroleptoanalgesia)
Antieméticos
Benzodiazepínicos:
Diazepam
Midazolam
Zolazepam 
Farmacocinética:
Absorção: TGI
IM – absorção irregular, formação de precipitados
IV – medicação pré-anestésica, controle de convulsões
Distribuição: Todo organismo
Atravessa barreira hematoencefálica e placentária (lipossolubilidade)
Alta ligação às proteínas plasmáticas (97-98%)
Biotransformação: Microssomos hepáticos
Eliminação: Renal
Farmacodinâmica:
	Mecanismo de ação:
Moduladores de efeitos induzidos pelo ácido gama-aminobutírico (GABA) no cérebro
GABA principal neurotransmissor inibitório do SNC
GABA RECEPTOR PÓS SINÁPTICO ABERTURA CANAIS DE CLORO HIPERPOLARIZAÇÃO PREVINE DESPOLARIZAÇÃO IMPEDE PASSAGEM DO ESTÍMULO NERVOSO
	Efeito Miorrelaxante:
Musculatura esquelética
Deprime reflexos supra-espinhais (tônus muscular)
Efeito Ansiolítico:
Sistema reticular ativador (alerta)
Sistema límbico (ansiedade)
Redução do comportamento agressivo
Efeito sedativo/hipnótico:
Formação reticular e sistema límbico (ciclo sono-vigília)
Efeito anticonvulsivante:
Aumento do limiar para convulsão
Efeitos Tóxicos/antagonista
Escassa incidência de efeitos adversos : Ataxia, excitação paradoxal
1981 FLUMAZENIL – antagonista dos receptores dos benzodiazepínicos
Uso clínico:
Reduzir a agressividade
Promover miorrelaxamento de ação central
Exercer efeto anticonvulsivante
Usados na medicação pré-anestesica 
Sedativos
	Agonistas dos receptores ALFA-2 adrenérgicos (derivados das tiazinas)
XILAZINA
Romifidina
DETOMIDINA
Medetomidina 
Clonidina
DEXMEDETOMIDINA
Agentes sedativos clássicos sedação dose-dependente 
Farmacocinética:
Absorção: via parenteral
Distribuição: tecidos (particularmente SNC)
Biotranformação: hepática
Eliminação: renal
Ruminantes: metabólitos ativos
Farmacodinâmica:
	Mecanismo de ação:
Ação agonista sobre receptores ALFA-2 adrenérgicos no SNC e periférico
Diminui a liberação de noradrenalina central e perifericamente 
Diminuição de catecolaminas e substancias relacionadas ao estresse
Aumento do tônus vagal
Efeitos no SNC:
Sedação
Hipnose 
Relaxamento muscular
Ataxia
Analgesia 
Efeitos no sistema cardiovascular:
Diminui o tônus simpático e aumenta a atividade parassimpática
Bradicardia e arritmias bloqueios atrioventriculares de 1,2,3 graus
Vasoconstrição e hipertensão transitória seguida da diminuição da resistência vascular sistêmica e hipotensão
Vsodilatação esplência e diminuição do hematócrito
Diminuição do débito cardíaco (30-50%)
Outros efeitos:
Diminuição da secreção de hormônio antidiurético
Hiperglicemia (inibe secreção de insulina)
Efeito ocitócico em bovinos
Salivação
Abaixamento da cabeça (equinos)
Efeito analgésico visceral
Antagonistas:
Iombina
Tolazolina
Atipamezole
Indicações:
Contenção de animais
Promoção de analgesia e miorrelaxamento de ação central
Agente pré-anestesico 
Potencializam os efeitos dos anestésicos 
Neuroleptoanalgesia 
AULA 12 – ANESTÉSICOS LOCAIS
	Os anestésicos locais são agentes que bloqueiam reversivelmente a condução nervosa quando aplicados localmente no tecido nervoso sem causar dano ao tecido causando a perda da sensibilidade dolorosa.
Características ideais de um anestésico local:
Resistir a esterilizações 
Ter ação reversível e sem sequela
Período hábil conhecido
Não ser irritante ou tóxico 
Preço acessível + ser estável
Estrutura química:
Porção hidrofílica
Cadeia intermediária
Porção lipofólica
Ligação: éster e amida
Classificação:
Éster:
Procaína
Cloroprocaína
Tetracaína 
AÇÃO RÁPIDA
Amida:
Lidocaína
Bupivacaína 
Ropivacaína 
AÇÃO LENTA
Farmacocinética:
Absorção (difusão): pH do meio, concentração do medicamento, lipossolubilidade
Biotransformação e distribuição: hidrólise enzimática (enzimas hepáticas)
Excreção: AMIDA – biliar ÉSTER – renal 
Farmacodinâmica:
Toxicidade dos AL do tipo amida tem > probabilidade de ocorrer nos pacientes com doença hepática;
	Mecanismo de ação:
Bloqueio dos canais de sódio
Na superfície da membrana
Na matriz da membrana
Receptores proteicos 
Associação com outras substâncias:
ADRENALINA
BICARBONATO
Uso dos anestésicos locais:
Anestesia tópica
Anestesia por infiltração
Anestesia perineural
Anestesia espinhal
Anestesia intravenosa
Anestesia intra-articular
Métodos alternativos 
Anestesia tópica ou superficial:
Drogas mais usadas são: BENZOCAÍNA, LIDOCAÍNA e TETRACAÍNA
Pomadas, colírios ou spray
Anestesia infiltrativa:
Método mais comum e consiste em aplicar numerosas injeções SC, ID ou IM profunda de pequenos volumes da solução anestésica local nos tecidos
Anestesia perineural:
Ocorre injetando-se uma solução de AL na adjacência imediata de um nervo
Ex: enucleação
Bloqueio do plexo braquial
Anestesia espinhal:
Epidural o fármaco é injetado ao redor da membrana dura-máter – injeta-se a solução AL no espaço epidural (duramater), qualquer região (cervical, torácica, lombar e sacral)
Raquianestesia anestésico depositado em contato direto com o líquor – raras vezes emprega-se em animais. Realizada entre a 2 e 3 lombar
Anestesia intravenosa
Injeção IV de AL em um membro com circulação ocluída por breve período por um torniquete
Anestesia intra-articular
Mais utilizada para fins diagnósticos (equinos)
Efeitos colaterais: 
Apreensão comportamento irracional calafrios, vômitos, náuseas, olhar fixo perda da consciência tremores, opistótono, contrações morte
AULA 13 – ANESTÉSICOS BARBITÚRICOS E NÃO BARBITÚRICOS (batbitúricos, propofol e etomidato)
Mecanismos de ação:
Potencializa os efeitos depressores do SNC pela ação do GABA 
Aumentaa afinidade do receptor
GABA RECEPTOR PÓS SINÁPTICO ABERTURA CANAIS DE CLORO HIPERPOLARIZAÇÃO PREVINE DESPOLARIZAÇÃO DIMINUI ATIVIDADE NEURONAL
Farmacocinética barbitúricos:
Via de administração: exclusiva IV
Injeção perivascular: dor, inflamação e necrose tecidual // Ph = 10-11
Cruzam rapidamente as barreiras orgânicas:
Hematoencefálica
Hematoplacentária (alta mortalidade em fetos em cesariana)
Aumento da lipossolubilidade
OBS: cuidado ao anestesiar pacientes obesos ou caquéticos
Ligam-se à albumina plasmática
Hipoalbuminemia
Aumenta a fração de fármacos livres aumenta a potência do fármaco e seus efeitos adversos
Efeito cumulativo doses complementares 
Retarda a recuperação anestésica
Hipotermia, movimentos de pedalagem, excitação e ganidos
Biotranformação e excreção
Dificuldade na biotransformação hepática 
Deficiência em gordura corporal redistribuição
Recuperação agitada
Uso terapêutico e efeitos adversos:
TIOPENTAL
Indução da anestesia
Procedimentos de curta duração – 10,15 min
PENTOBARBITAL 
Agente anestésico único 60-120 min
Não é usado em grandes animais 
> risco de depressão respiratória
Retorno da anestesia tempestuoso
Procedimentos experimentais em animais de laboratório (ratos)
Sistema Cardiovascular:
Bloqueio vagal inicial taquicardia transitória
Diminuição da força de contração (inotropismo negativo)
Diminuição do retorno venoso
Diminuição da pressão arterial
Diminuição do débito cardíaco
Tiopental sensibiliza o miocárdio à ação das catecolaminas 
Sistema respiratório:
Depressão respiratória diminuição da frequência e VM
Deprimem a resposta do centro respiratório ao aumento do PaCo2
SNC:
Desde sedação até coma
Diminuição da pressão intracraniana traumatismo craniano
Efeito anticonvulsivante 
Vantagens:
Obtenção de bons planos anestésicos 
Ação anticonvulsivante (fenobarbital)
Agente de eleição para eutanásia em várias espécies (pentobarbital sódico)
Desvantagens:
Inviabilidade me pacientes cardiopatas, hapatopatas, nefropatas, chocados idosos e cesarianas 
Biotransformação e recuperação tardias – efeito cumulativo
Risco de delírio ou excitação durante a indução
Via de administração somente IV – lesões extravasculares
Não proporcionam bom relaxamento muscular
Depressão cardiorrespiratória dose-dependente
Composto Imidazólico – etomidato
Potente agente hipnótico
Útil na indução da anestesia 
Não possui efeito analgésico
Curta duração de efeito – 10/15 min
Relaxamento muscular razoável
Farmacocinética:
65-75% ligação às proteínas plasmáticas
Rápida distribuição para o cérebro, baço, pulmão, fígado e intestino (rápida indução)
Biotransformação (Rápida recuperação)
Capacidade de hidrolisar ésteres no fígado e no plasma
Excreção 87% urina e 13% bile
Não possui efeito cumulativo
Uso terapêutico:
	Sistema cardiovascular:
Ideal para cardiopatas
Alterações discretas
Aumento discreto da FC, VS, e DC
Não sensibiliza o miocárdio às catecolaminas
Sistema respiratório:
Pode ocorrer apneia respiratória 
Não há depressão respiratória 
SNC:
Diminuição da pressão intracraniana
Diminuição do metabolismo do tecido nervoso
Efeitos adversos:
Dor à injeção, mioclonias, excitação e vômitos
Suprime a secreção de cortisol por inibição enzimática (6h)
Hemólise (propilenoglicol)
Indicações:
Indução em pacientes traumatizados
Distúrbios severos do miocárdio
Instabilidade cardiovascular
Lesão intracraniana 
Afecções hepáticas
Cesarianas
Alquifenol – Propofol 
Coloração branca característica (aspecto leitoso)
Contém óleo de soja, fosfolipídios purificados, glicerol e lecitina de ovo
Não contém conservantes 
Crescimento bacteriano
Não usar depois de aberto por mais de 6h
Ph = 7,0-8,5
Empregado com segurança em animais idosos e debilitados
É o único agente intravenoso que pode ser utilizado tanto na indução quanto na manutenção anestésica 
Anestesia total intravenosa
Farmacocinética:
97-98% ligação às proteínas plasmáticas
Hipoalbuminemia baixa dose
Biotransformação hepática e extra-hepática (plasmática e pulmonar)
Excreção renal
Recuperação mais prolongada em gatos deficiência em conjugar fenóis
Não possui efeito cumulativo
Uso terapêutico:
Anestésico de curta duração
Aplicação única, injeção contínua ou doses repetidas sem despertar tardio
Indução e recuperação satisfatória (sem excitação com MPA)
Dor à injeção 
Ausência de analgesia 
Relaxamento muscular moderado
Sistema respiratório:
Pode ocorrer apneia transitória
Baixa VM e F
Alta PaCO2
Sistema Cardiovascular:
Baixa PA, DC e FC
Inotropismo negativo
Não é arritmogênico
Outros efeitos:
Atravessa barreira placentária
Depressão fetal (dose-dependente)
Efeitos adversos mínimos na função hepática e renal
Indicação:
Empregado com segurança em pacientes de alto risco com ampla margem de segurança
Cesariana 
Reações adversas:
Mioclonias e excitação transitória (menor incidência com administração prévia de benzodiazepínicos)
AULA 14 – ANTICONVULSIVANTES E ANTIDEPRESSIVOS
Convulsões:
- INIBITÓRIO X EXCITATÓRIO 
 
Foco de neurônios excitável recruta outros neurônio propaga a convulsão 
Anticonvulsivantes: agem bloqueando o início e previne a difusão da descarga para neurônios vizinhos.
Barbitúricos 
Benzodiazepínicos 
Brometo de potássio 
Imepitoina 
Barbitúricos – Fenobarbital: 
Mecanismo de ação:
Aumento do GABA
Redução da despolarização 
Bloqueio da entrada de Ca2+
Farmacocinética:
Ácido fraco, lipofílico 
VO, parenteral
Meia vida de 2 dias
Nível sérico: 2 semanas (vo)
Metabolização hepática
Excreção urinária
Indicações clínicas:
Epilepsia 
Efeitos colaterais:
Sedação
Hepatotoxicidade 
Benzodiazepínicos – Diazepam
Mecanismo de ação:
Potencializa a ação do GABA
Farmacocinética:
Lipossolúvel 
IV, IR, IM
Tolerância 1 a 2 semanas 
Indicações Clínicas
Efeitos Colaterais
Brometo de Potássio
Mecanismo de ação:
Decréscimo da excitabilidade neuronal
Farmacocinética:
VO
Meia vida de 25 dias
Nível sérico: 2 a 3 meses (vo)
Indicações Clínicas
Efeitos Colaterais
Antidepressivos: problemas com:
Agressão
Medo
Ansiedade
Compulsão e disfunção comportamental
Fármacos:
Deprenil 
Fluoxetina
Amitriptilina
DEPRENIL:
Mecanismo de ação:
Inibidores da MAO
Farmacocinética:
Vo
Metabolização hepática
Excreção Urinária
Indicações Clínicas
Efeitos Colaterais:
Vocalização 
Inquietação 
Apatia 
FLUOXETINA: (inibidores da captação de serotonina)
Mecanismo de ação:
Aumentam o nível de serotonina 
Farmacocinética:
Vo
Resposta terapêutica em 4 a 5 semanas 
Indicações Clínicas
Efeitos Colaterais:
Sedação 
Sinais de TGI
AMITRIPTILINA: (inibidores da captação de serotonina)
Mecanismo de ação:
Potencializam a ação da serotonina 
Farmacocinética:
Vo
Resposta terapêutica em 5 a 6 semanas
Indicações Clínicas
Efeitos Colaterais:
Constipação 
Ansiolíticos – Benzodiazepínicos 
Diazepam 
Alprazolam 
Clorazepato
Indicações:
Distúrbios da ansiedade
Síndrome da ansiedade da separação
Marcação excessiva urinária pelos gatos
OBS: narcolepsia – amitriptilina, imipramina
AULA 15 – ANESTESIA INALATÓRIA
Características da anestesia inalatória:
Via aérea
Manutenção das vias aéreas associada à administração de O2
Propiciam rápida indução e recuperação 
Maior dificuldade na manutenção dos planos anestésicos 
Taxa de biotransformação menor que os agentes intravenosos (maioria)
Excreção basicamente pulmonar
Utilização de aparelhos específicos para o procedimento
Anestésico Inalatório: Gás ou líquido (com grande pressão de vapor) capaz de produzir anestesia geral quando respirado:
Éter
Clorofórmio
Halotano
Isoflurano
Metoxiflurano
Enflurano
Sevoflurano
Desflurano
Óxido nitroso
Concentração Alveolar Mínima (CAM) – Concentração alveolar de um anestésico necessária para abolir movimentos em resposta a um estímulo doloroso em metade dos pacientes testados.
Pressão Parcial: é a pressão individual de cada gás na mistura gasosa 
PaT somatória daspressões parciais dos gases constituintes – cada gás exerce sua própria pressão parcial
Solubilidade:
Expressa em termos de coeficiente de partição
Capacidade de 2 solventes (gás alveolar, sangue) para alojar um determinado anestésico
Relação entre a concentração do anestésico nos 2 lados após alcançado o equilíbrio das pressões
Coeficiente de solubilidade sangue/gás (Cs/g)
Indica a solubilidade do agente anestésico no sangue
Relacionado à velocidade de indução e recuperação anestésicas, bem como de mudanças de plano anestésico 
Baixo Cs/g rápida indução e recuperação
Alto Cs/g lenta indução e recuperação 
Obs: no final da anestesia: diferença entre as pressões parciais eliminação e recuperação da anestesia.
Objetivo: pressão parcial cerebral
Pp Cerebral Pp sg arterial Pp alveolar
Distribuição dos anestésicos depende do fluxo sanguíneo tecidual
Fatores que alteram a absorção, distribuição e eliminação:
Concentração inspirada
Circuito anestésico
Ventilação alveolar
Débito cardíaco
Tempo de anestesia 
Anestésicos Inalatórios:
Mecanismo de ação:
Impedem a transmissão neuronal em várias áreas do SNC
Agem nas proteínas e nos lipídeos da membrana
Intensificam os inibidores ou deprimem os excitatórios 
Alteram a produção, liberação e captação de vários neurotransmissores
Acetilcolina, noradrenalina, dopamina, serotonina, adrenosina, GABA, glutamato, asparato, Ca+, opióides endógenos, óxido nítrico.
Anestésico geral inalatório ideal:
Estável (sem conservantes)
Não inflamável
Facilmente vaporizado sob condições ambientais
Baixa solubilidade
Potência anestésica
Não ser irritante
Ausência de depressão cardiovascular e respiratória
Não ser biotransformado
Compatível com catecolaminas e outros fármacos vasoativos
Fornecer relaxamento muscular
Baixo custo
ÓXIDO NITROSO:
Características gerais:
Gás inorgânico não explosivo 
Pode provocar hipoxemia
[ ] de 50 a 60%
Baixíssima potencia não produz anestesia geral
Analgésico 
Se difunde facilmente para as cavidades
Não interromper abruptamente hipóxia
Eliminado via respiratória e cutânea 
Estimulação da atividade simpática e liberação de catecolaminas 
Estimulação cardiovascular arritimias
Pouca alteração respiratória 
Diminui o fluxo sanguíneo renal
HALOTANO: 
Características gerais:
Primeiro halogenado
Liquido incolor, não inflamável, instável (se decompõe ao efeito da luz)
Solúvel na borracha
Odor agradável
Indução e recuperação tranquilas
Efeitos cardiovasculares:
Efeitos dependentes da dose
Depressão cardiovascular
Aumento da automaticidade arritmias 
Sensibilidade a catecolaminas
Efeitos respiratórios:
Depressão dose-dependente 
Outros Efeitos:
Hipertermia maligna humanos, suínos, equinos e caninos 
Miopatia farmacogenética
Biotransformação hepática 
Hepatite e necrose hepática
Não é analgésico dor na recuperação
Não é irritante
ISOFLUORANO
Efeitos cardiovasculares:
Efeitos similares ao Halotano
Maior margem de segurança
Potência relativamente alta 
CAM não altera de forma acentuada a função cardiovascular
Não induz arritmias
Outros efeitos:
Depressão respiratória levemente acima do halotano
Broncodilatação 
Não produz lesão hepática
Baixo fluxo sanguíneo e urina 
Recuperação rápida 
Irritação das mucosas
SEVOFLUORANO
Características gerais:
Similar ao isofluorano
Potência média
Indução e recuperação muito rápidas
Odor inexistente 
Efeitos no organismo:
Mantem o fluxo sanguíneo hepático mas reduz o renal
Não induz nefrotoxicidade 
Hipertermia maligna
DESFLUORANO
Características Gerais:
Altíssima pressão de vapor
Inflamável 
Irritante para as vias respiratórias
A mais rápida indução e recuperação anestésica 
Baixíssima potência 
Efeitos no organismo:
Promove aumento da FC, Hipotensão
Deprime a contratilidade do Miocárdio
Não sensibiliza o miocárdio a catecolaminas
Depressão respiratória 
Mínimos efeitos renais e hepáticos 
Recuperação rapidez e excitação 
AULA 16 – ANESTESIA DISSOCIATIVA
Anestésicos Dissociativos
Conceito: Dissociação seletiva entre o córtex cerebral e o sistema límbico, causando analgesia e “desligamento” do meio ambiente, sem perda dos reflexos protetores
Cetamina
Tiletamina
Características:
Estado cataleptoide
Olhos abertos
Nistagmo lento
Reflexos presentes
Midríase
Aumento do tônus muscular
Movimentos musculares dissociados do ato cirúrgico 
Salivação 
Analgesia intensa
Mecanismo de Ação – Derivados da Fenciclidina
- Inibição dos receptores NMDA
CETAMINA
Ph baixo (3,5) irritante para os tecidos (dor à injeção IM)
Rápido início de ação (IV/IM) alta lipossolubilidade
Redistribuição para os tecidos magros (não para gordura)
Metabolismo hepático depuração 
Excreção Renal menos de 5% inalterado
Gato 87% inalterado na urina
Isômeros:
Isômero R (-)
Isômero S (+)
Alta analgesia, baixos efeitos indesejáveis
Anestesia de curta duração
Recuperação rápida 
Mais potente que mistura racêmica (S(+)R(-))
Convulsões:
Não determina convulsões no homem
Subdoses podem ter efeito anticonvulsivante
Em animais pode determinar convulsões (pacientes com histórico prévio)
Em geral deve evitar-se nesse tipo de paciente
Pressão intracraniana:
Alto fluxo sanguíneo cerebral aumento PIC
Evitar uso em casos de traumatismo craniano
Pressão intraocular:
Aumento da PIO (independente da PA)
Aumento do tônus muscular extra-ocular
Lesão corneal grave risco de expulsão do conteúdo intra-ocular
Efeitos no tônus muscular:
Aumento do tônus muscular
Tremores e rigidez do pescoço
Episódios catalépticos
Movimentos involuntários
Efeitos cardiovasculares:
Aumento da FC, DC, PAP, e PVC (aumento do tônus simpático)
Efeito inotrópico positivo (aumento de consumo de o2)
Efeito arritmogênico X anti-arritmogênico
Efeitos respiratórios
Diminuição da F e VC (volta em 15 min)
Apneia transitória 
Doses altas padrão apnêustico
Sobredose apneia persistente 
Aumenta secreções do TR
TILETAMINA – ZOLAZEPAM
Latência = 7-8 min (IM) 30-60 seg (IV)
Período hábil anestésico = 15 a 30 minutos 
Recuperação completa após 4 horas (IM)
Usos terapêuticos e efeitos adversos e/ou tóxicos:
Ampla margem de segurança
Administração por outras vias (além de IV)
Domésticos e selvagens
Indução anestésica
Realização de pequenos procedimentos cirúrgicos ou diagnósticos 
Limitações = período hábil e manutenção do plano anestésico (repetição da dose)
Tipo de anestesia diferente dos demais:
- não há perda dos reflexos protetores
- olhos abertos
- midríase
- não há relaxamento muscular
- sialorreia (felinos e ruminantes)

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