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Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR Escola de Ciências da Vida - ECV Curso de Medicina Veterinária Disciplina de Avicultura e Ornitopatologia Professor Leandro Batista da Costa Louise Helene Bacher AVICULTURA Curitiba 2016 PANORAMA DA AVICULTURA MUNDIAL E BRASILEIRA PANORAMA DA AVICULTURA Até o final da década de 50 – atividade de subsistência; Início da década de 60 – importação das primeiras linhagens híbridas americanas (alterações no manejo e na alimentação); Década de 70 – crescimento aproximado de 12% ao ano (região Sul – milho e soja); Anos 80 (primeira metade) – recessão generalizada no Brasil – baixo crescimento na produção; Anos 80 (segunda metade) – 1986: Plano Cruzado – déficit no abastecimento de carne bovina - aumento nas importações, investimento em melhoramento genético e nutrição – PESQUISAS; A partir dos anos 90 – grande investimento em inovações tecnológicas (alojamento de matrizes, nutrição, manejo, sanidade, genética); 2003 – Gripe Aviária; 2012: Maior crise (milho e soja); Produção: 13 milhões de toneladas - 69% destinado ao mercado interno; Brasileiros: maiores clientes da produção interna – 45 kg/pessoa/ano (12 kg em 1988). 2013: Demanda interna/externa ; ↑ demanda Oriente Médio; ↑ demanda EUA, Rússia e Índia; Crescimento de 1,3%; Aumento do preço de venda da carne; Aumento do custo de produção. RESTROSPECTICA 2014/2015 O frango tornou-se, em 2015, a primeira opção do consumidor brasileiro diante do aumento do preço da carne bovina; Aumento da tarifa de energia elétrica, um dos principais insumos deste segmento, subiu mais de 50%; As exportações acumularam 170 mil toneladas contra 169,8 mil toneladas verificadas em 2014; Paraná embarcou 1,48 milhão de toneladas de carne de frango – maior produtor e exportador de carne de frango do país. PERSPECTIVAS 2016 Recorde de exportações no primeiro mês deste ano (R$ 1,6 bilhão) - aumento de 42,4% sobre jan/15; “ Com esse resultado, completa-se um ano de faturamentos mensais recordes no comparativo com igual mês do ano passado”; • Alta nos custos de produção, principalmente, em relação à energia elétrica e mão de obra; “Os preços do milho e do farelo de soja estão em ascensão ao passo que a elevada oferta e o tradicional consumo mais restrito do começo do ano impediram um movimento de reajustes nas cotações” (Ave World 2016). CUSTOS DE PRODUÇÃO DESTINO DA PRODUÇÃO DE CARNE DE FRANGO PRINCIPAIS ESTADOS PRODUTORES DE CARNE DE FRANGO PANORAMA DA AVICULTURA DE CORTE PRODUÇÃO BRASILEIRA DE FRANGOS DE CORTE MUDANÇAS NA PRODUÇÃO, EXPORTAÇÃO E CONSUMO DE CARNES PRODUÇÃO E MERCADO DE CARNE MUNDIAL Brasil: segundo maior produtor mundial de carne de frango. PRODUÇÃO MUNDIAL DE CARNE DE FRANGO PRINCIPAIS PRODUTORES DE FRANGO NA AMÉRICA LATINA MAIORES PRODUOTRES DE FRANGO DO MUNDO PRODUÇÃO BRASILEIRA DE PINTAINHOS DE CORTE PRODUÇÃO REGIONAL DE PINTAINHOS DE CORTE PRODUÇÃO REGIONAL DE PINTAINHOS DE CORTE PRODUÇÃO REGIONAL DE PINTAINHOS DE CORTE PRODUÇÃO REGIONAL DE PINTAINHOS DE CORTE PRODUÇÃO REGIONAL DE PINTAINHOS DE CORTE PARTICIPAÇÃO REGIONAL DA PRODUÇÃO DE CARNE DE FRANGO CONSUMO E EXPORTAÇÃO DE CARNE DE FRANGO 2004: Brasil se destaca; Grãos; Qualidade; ↓ custo de produção; Cooperativas; Integração. EXPORTAÇÃO DE CARNE DE FRANGO EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE CARNE DE FRANGO EXPORTAÇÃO – DADOS ESTADUAIS CONSUMO DE CARNE DE FRANGO IMPORTAÇÃO DE CARNE DE FRANGO OVOS PRODUÇÃO A produção brasileira de ovos avançou 6,1% em 2015 - 39,5 bilhões de unidades, segundo levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA); Consumo doméstico chegou a 191,7 unidades per capita, número 5,2% superior ao obtido em 2014; "A intensificação das campanhas pró-consumo e o cenário favorável no mercado interno a proteínas mais acessíveis contribuíram para atingirmos este que é o maior índice de consumo per capita já registrado“ (Vice Presidente – ABPA 2016); Grande impulso no setor exportador em 2016 com o reconhecimento japonês da qualidade - abertura do mercado de Hong Kong; A produção deve se manter praticamente estável, com aumento de até 2%, segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal); PERSPECTIVAS DA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE OVOS PANORAMA DA AVICULTURA DE POSTURA 2012: Suspensão das gaiolas matrizes; ↑ preço do ovo; 42% aves em gaiolas especiais; 19% aves alojadas em galpões. Próxima década: ↓ consumo, produção e comércio; Custo com insumos e Influenza. NÚMERO DE CABEÇAS DE POEDEIRAS/TIPO DE GAIOLA PARTICIPAÇÃO DA PRODUÇÃO DE OVOS POR ESTADO FRANGOS DE CORTE GENÉTICA Como surgiu o frango moderno? Linhas puras: populações submetidas a seleção – sem interesse comercial (aves ornamentais); Bisavós: acasalamento entre machos e fêmeas da mesma linha pura (A ou B); Avós: machos ou fêmeas resultantes do acasalamento de bisavós (A ou B); Pais: machos ou fêmeas (reprodutores) resultantes do acasalamento de avós – 1º híbrido (macho A x fêmea B); Frango de corte: machos e fêmeas resultantes do acasalamento de matrizes – duplo híbrido. • 1910 – USA empresas privadas; • 1950 + 100 empresas – POSTURA; • Investimento em carne – GP, CA, rendimento de carcaça; • Objetivo da venda – reprodutores e matrizes; • Enfoque dos programas de melhoramento – CA (recente) 8 a 15 anos; • Seleção de linhagens; •Cruzamento de linhagens - desempenho; • Frango moderno – 3 ou 4 linhagens. GENÉTICA - Como surgiu o frango moderno? GENÉTICA – RAÇAS E LINHAGENS Raças puras que deram origem às principais linhagens comerciais: Cornish Branca (Inglesa – linha macho); Plymouth Rock (Americana – linha fêmea). Principais linhagens comerciais: Cobb 500 (Slow e Fast); Ross 308; AP 91; AP 95; Hubbard Flex. GENÉTICA – ESTRUTURA DE CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE Avozeiros; Matrizeiros; Incubatórios; Criadores de frangos; Abatedouros (1º processamento); Frigoríficos (1º e 2º processamentos); Frango inteiro e em cortes: Mercado interno; Mercado externo; Supermercados, feiras, açougues. MANEJO FASES DE CRIAÇÃO Convencional: Pré-inicial – alojamento a 7 dias; Inicial – 7 a 21 dias; Crescimento – 21 a 35 dias; Final – 35 a 42 dias. Galeto: Inicial – alojamento a 7 dias; Crescimento – 7 a 21 dias; Final – 21 a 35 dias. Abate tardio: Pré-inicial – alojamento a 7 dias; Inicial – 7 a 21 dias; Crescimento – 21 a 42 dias; Final – 42 a 49 dias. O que define? Linhagem; Preferência de mercado; Panorama econômico. Fases de criação – PARTICULARIDADES CONVENCIONAL – pré-inicial – alojamento aos 7 dias. Anatomia e Fisiologia: Intenso desenvolvimento anatômico (42 g - 200g); Sistema digestório completo, porém, imaturo; Alterações morfológicas importantes (enterócitos, enzimas); Regulação da temperatura corporal (aquecimento). Sistema Digestório: Manejo – preparo do galpão: Vazio sanitário (14 dias); Cama (nova x reutilizada) 5 a 8 cm no inverno; 8 a 10 cm no verão; Água de boa qualidade; Aquecimento prévio (31,4 °C) (Sistema termorregulatório deficiente.); Iluminação. MANEJO ANTES DA CHEGADA DOS PINTAINHOS Dias antes – checar: Equipamentos: comedouros/bebedouros/aquecimento/ventiladores; Estoque de combustível; Limpeza e desinfecção prévia; Estoque de alimento (ração); Depósito de água e linhas de distribuição; Material da cama. Vazio sanitário (descanso): Retirar restos de ração; Remover os equipamentos: limpeza e exposição ao sol; Retirar a cama; Varrer ou raspar tetos, telas, paredes, silos e pisos. Primeiro estágio: Limpeza seca - Remoção física de matéria orgânica (ração, cama, esterco) antes da limpeza úmida;Limpeza úmida – envolve uso de água. MANEJO DA CAMA Propriedades da cama: Ter boa capacidade absorvente e de evaporação da umidade; Ser composto de partículas médias e homogêneas; Ser macio e apresentar boa capacidade de amortecimento - confortável; Com disponibilidade na região; Estar livre de contaminação; Apresentar-se atóxico para as aves; Ter baixa condutividade térmica; Ser de baixo custo. Tipos de materiais utilizados: Maravalha (cepilho); Sabugo de milho triturado; Casca de arroz; Casca de café; Casca de amendoim; Feno de gramíneas picado (capim napier); Rama de mandioca picada; Palhadas picadas de culturas em geral. Fatores que umedecem a cama: Bebedouro mal regulado; Mau manejo das cortinas (neblina, chuva); Cama não absorvente (baixa qualidade material); Estresse térmico; Desbalanço Nutricional; Densidade. Problemas que ocorrem com o umedecimento constante da cama: Diarreia; Doenças respiratórias; Menor desempenho do lote; Maior proliferação patógenos; Lesões - feridas na pele, calos no peito e patas. Reutilização da cama: Custos e disponibilidade do material; Mão-de-obra para retirada da cama; Minimizar impacto ambiental. Controle microbiológico para reutilização da cama: Tratar com fungicida (sulfato de cobre 3%) em 3 aplicações: Pulverizar o piso do galpão; Colocar a cama; Aplicar o fungicida; 2 horas após, revolver a cama e pulverizar novamente. Horas antes da chegada – checar: Água e ração (disponibilidade); Distribuição em todo o galpão; Disponibilidade de água e ração à vontade para todas as aves – não deslocar mais que 1 m para consumo; Consumo logo na chagada nas instalações; Temperatura – aquecer ambiente e piso (sem cama) e 2 hs antes espalhar a cama – 30ºC; Umidade – 60 a 70%. Fases de criação – PARTICULARIDADES PRÉ-INICIAL – Alojamento aos 7 dias. MANEJO Recebimento das aves: Sexagem; Círculo de aquecimento; Ensinar a beber água é necessário? Ração disponível; “A passagem do alimento pelo trato digestório de pintos recém-eclodidos favorece o desenvolvimento dos enterócitos nas criptas que, gradualmente, substituem os enterócitos formados na fase embrionária”. MANEJO NA CHEGADA DOS PINTAINHOS Qualidade dos pintainhos: Pintainhos ativos e olhos brilhantes; Umbigo bem cicatrizado; Tamanho e cor uniformes; Canelas brilhantes e lustrosas; Plumagem seca e macia; Sem emplastamento na cloaca ; Ausência de tornozelos avermelhados; Ausência de deformidades (por ex. pernas tortas ou pescoço torcido); Pintainhos pesados - peso médio e uniformidade do lote; Círculos de proteção; Forro de papel no fundo do círculo; Aquecedores hora antes; Água com complexo vitamínico e eletrólitos; Caixas em torno dos círculos; Soltar pintainhos; Ração inicial nos comedouros e sobre o papel; Ficha. Após 2 h verificar comportamento; Adaptação das aves nascedouro/transporte/granja. Início: Nutriente vem da gema do ovo saco vitelínico; Granja logo receber ração. Observar enchimento papo; Ração no intestino – nutrientes do saco vitelínico (anticorpos e nutrientes) – 3 dias; Fornecer ração de 5 a 6 vezes por dia. Aquecimento das aves: Equipamentos: Comedouros: Tipos de comedouros: Tubular; Automático; Calha. Bebedouros: Bebedouros para a fase inicial de criação: Copo de pressão; Manejo manual; Possuem um copo e um prato sendo de metal ou plástico; Vantagem: baixo custo; melhor disponibilidade de água p/ fase inicial; Desvantagem: requer constante abastecimento e limpeza (mãode-obra); Indicação: 80 a 100 aves/ bebedouro. Bebedouros para aves adultas e crescimento: Pendulares; Automáticos e de fácil operação; São confeccionados em plásticos; Alguns modelos podem ser utilizados desde o primeiro dia de vida das aves; Vantagem: custo; Desvantagem: limpeza e regulagem constante; Indicação: 15 a 25 aves/ bebedouro. Fases de criação – PARTICULARIDADES INICIAL – 7 a 21 dias. MANEJO Água e Ração: Retirar o círculo; Fornecimento Ad libitum; Substituição da ração pré-inicial para a inicial (menor % proteína e maior nível energia); Substituição dos equipamentos; Regulagem gradativa; Mudança na forma física da ração; Apartir de 15 dias adequar altura e quantidade ração nos pratos; Relação comedouro ave 1:40; Temperatura e Densidade de aves; Trocar água e limpar bebedouros – desenvolvimento bacteriano. Luz e Temperatura: Regulagem gradativa; Metabolismo; Geração de calor. Ventilação: Repor oxigênio; Manter níveis ideais – T e UR; Eliminar excesso U, CO2 e gases tóxicos. Fases de criação – PARTICULARIDADES CRESCIMENTO – 21 a 35 dias. MANEJO Água e Ração: Fornecimento Ad libitum; Substituição da ração inicial para crescimento (menor proteína, maior energia); Regulagem gradativa. Luz e Temperatura: Regulagem gradativa; Metabolismo; Geração de calor. Fases de criação – PARTICULARIDADES FINAL – 35 a 42 dias. MANEJO Água e Ração: Fornecimento Ad libitum; Substituição da ração crescimento para final (menor proteína, maior energia); Regulagem gradativa. Luz e Temperatura: Regulagem gradativa; Metabolismo; Geração de calor. As exigências de temperatura para que as aves encontrem conforto ambiental para seu crescimento adequado, são as seguintes: INSTALAÇÕES E AMBIÊNCIA Particularidades das construções: Gerais: Baixo custo x produtividade; Orientação Leste-Oeste; Evitar terrenos de baixada (umidade); Declividade de 2 a 5% no sentido da largura. Paredes laterais: Mureta: impede a entrada de água da chuva no galpão; Protege contra a entrada de animais rastejantes; Altura que permita aeração na altura das aves (40 a 60 cm); Importante em galpões que necessitam de manejo de cortina. VENTILADORES, NEBULIZADORES E EXAUSTORES Escolher os equipamentos e planejar o seu uso de acordo com as características climáticas da região. Ventiladores: São confeccionados em metal e plástico e possuem pás; São de baixa rotação; Tem a finalidade de reduzir a temperatura e dispersar altas concentrações de amônia; Indicação: 1 para cada 200 m². Nebulizadores: Utilizadores em regiões de altas temperaturas e umidade relativa do ar baixa; São usados em conjunto com os ventiladores (eficiência p/ diminuir a temperatura); Possuem uma tubulação especial para água, bicos pulverizadores, pressurizadores e reservatório de água. TIPOS DE EQUIPAMENTOS – CONTROLE DE AMBIENTE A Ventilação natural com a adoção dos princípios do Acondicionamento Térmico Natural não é suficiente para promover o adequado conforto térmico para as aves. PRINCÍPIO CIENTÍFICO DA UTILIZAÇÃO DA VENTILAÇÃO NO CONFORTO TÉRMICO DAS AVES O aumento da velocidade do ar sobre a superfície corporal da ave facilita as perdas convectivas de calor sensível para o ambiente; A ventilação reduz o excesso de umidade do ambiente e da cama; A ventilação permite a renovação do ar renovando o nível de O2 e eliminando gases tóxicos; A ventilação proporciona às aves uma sensação térmica confortável, permitindo uma melhor performance zootécnica. VENTILAÇÃO POSITIVA (CORTINA ABERTA) Velocidade do ar desuniforme com formação de pontos não ventilados; Sistema mais antigo; Uso de ventiladores; Menores índices zootécnicos; Maior mão de obra; Pontos sem ventilação. VENTILAÇÃO POSITIVA (CORTINA FECHADA) – VENTILAÇÃO TIPO TÚNEL Velocidade do ar mais uniforme com menor formação de pontos não ventilados. VENTILAÇÃO NEGATIVA (EXAUSTÃO) DARK HOUSE Melhores resultados zootécnicos; Redução na mão de obra; Densidade de 12 a 18 aves/m2; Exaustores; Totalmente vedado; Ambiente totalmente controlado; Permite simulação do amanhecer e anoitecer; Criação orientada sobre 4 aspectos: Correto escurecimento do galpão; Projeto de ventilação adequado; Sistema de manejo de luminosidade; Sistemas de proteção. MANEJO NA RETIRADA DO LOTEJejum e Tempo de Descanso: Um dos mais importante antes do abate; Esvaziamento do trato gastrintestinal; Manejo de restrição alimentar – 6 hs antes; Restrição hídrica a partir do momento da apanha. Captura e Transporte: Requer bastante cuidado e atenção (ESTRESSE); Diretamente relacionado com a qualidade da carcaça; Lesões como hematomas, traumas e quebra de ossos: Condenação parcial ou até mesmo completa da carcaça. Carregamento das aves deve ser feita em horários mais frescos, de preferência à noite; Luzes azuis ou verdes para acalmar as aves e reduzir a atividade; Após o carregamento, tem-se adotado a prática da pulverização de água. Caminhão: Média de 480 caixas no caminhão; Molhar os animais para diminuir o estresse; Centro do caminhão: calor excessivo que pode gerar hipertermia; Laterais do caminhão: frio excessivo. Duas maneiras de apanha: Mecânica – 8.000 aves/hora; Manual; Antieconômica; Método de apanha mecânico apresenta grandes vantagens sobre o manual. ASPECTOS NUTRICIONAIS Quanto um frango consome? Aproximadamente: 3.800 g – 1 a 35 dias (galeto); 5.300 g – 1 a 42 dias (padrão); 7.000 g – 1 a 49 dias (abate tardio). Ingredientes de maior uso (%): Milho – 60 a 70%; Farelo de soja – 20 a 30%. Programas de formulação: Solver (Excel); Super CRAC (UFV - Viçosa); FERA (UNESP – Jaboticabal); Optimum; Alixx. Forma Física: Há diferença no desempenho zootécnico devido à forma física da ração? Vantagens zootécnicas da peletização: Impede a seleção dos ingredientes; Gelatinização de amidos – melhor digestibilidade; Melhor fluxo de ração nos comedouros; Redução de população microbiana; Redução no tempo de consumo – economia de energia. Desvantagens da peletização: Processamento caro! São utilizados hormônios da alimentação de frangos de corte? Avanços no desempenho: pesquisas em genética, nutrição, sanidade e manejo; Hormônios: proibidos no Brasil; Contrabando de produto para 8 milhões de toneladas de ração ao ano? Quais os reais benefícios? Não se sabe, nunca houve pesquisas; Proteína desnatura no proventrículo. Modo de uso: injetável? “O Ministério da Agricultura autorizou, esta semana, às empresas do setor avícola a utilizar em seus rótulos a mensagem "sem uso de hormônio, como estabelece a legislação brasileira". A utilização da mensagem é facultativa e se estende a todas as agroindústrias compreendidas pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF), informou em comunicado a União Brasileira de Avicultura (Ubabef). Nota à imprensa em 27/12/2013. POEDEIRAS COMERCIAIS PANORAMA DA POSTURA COMERCIAL NO BRASIL PRODUÇÃO DE OVOS – NACIONAL PRODUÇÃO MUNDIAL DE OVOS, SEGUNDO PRINCIPAIS PAÍSES CICLO DE VIDA DA POEDEIRA FASES DE CRIAÇÃO Cria - 1 a 42 dias de idade: 6 semanas; Recria - 43 a 112 dias de idade: 10 semanas; Pré-postura (5%); Postura e Produção de ovos. LINHAGENS Linhagens comerciais de postura: Hy-line; Lohmann; Embrapa; Novogen. SISTEMAS DE CRIAÇÃO Criação das pintainhas: Baterias; Chão (cama). Postura: Gaiolas; Chão (ninhos): maior conforto às aves, porém ovos tem pior qualidade (mais sujos e contaminados). Gaiolas: UE: proibição 1 janeiro de 2012; Alemanha: final de 2014; Nova Zelândia: 2022; Itália e Grécia: gaiolas; EUA: gaiolas; Brasil: gaiolas (projeto de Lei do deputado Ricardo Trípoli); Alternativas à gaiola na criação de poedeiras. A Directiva 1999/74/CE do Conselho da União Europeia em Julho de 1999 distinguiu três sistemas de criação para as galinhas poedeiras: Gaiolas “melhoradas” com uma área mínima de 750 cm2 por galinha; Gaiolas “não melhoradas” com uma área de pelo menos 550 cm2 por galinha. A partir de 1 de Janeiro de 2003 as gaiolas “não melhoradas” já não deveriam ser construídas ou utilizadas pela primeira vez. A partir de 1 de Janeiro de 2012 este sistema seria definitivamente proibido; Sistemas alternativos (em solo ou ao ar livre) com ninhos (pelo menos um ninho por cada 7 galinhas), poleiros adequados e uma densidade animal que não deverá exceder 9 galinhas poedeiras por m2 de área útil. INSTALAÇÕES Galpão de cria: Bateria; Criação até 21 dias de idade. Gaiolas de cria: Dimensões: 1m x 0,8m x 0,35m; Densidade de alojamento: 75 aves/m2 até 15 dias - 40 aves/m2 até 45 dias de idade. TEMPERATURA E LUMINOSIDADE GALPÃO DE RECRIA NÃO AUTOMATIZADO GALPÃO DE RECRIA NÃO AUTOMATIZADO GALPÃO DE RECRIA Especificações: Comedouro = 5 cm linear/ave; Bebedouro calha = 2,5 cm/ave; Nipple = 1 bico/8 aves. GAIOLA DE RECRIA 2 divisões 7-8/6-7 aves/divisão (50 x 50 x 38 cm) 357 e 416 cm²/ave GALPÃO DE CRIA E RECRIA AUTOMATIZADO 100 x 80 x 30 cm: 40 pintainhas até 42 dias; 24 aves brancas e 22 vermelhas/gaiola 310 e 360 cm²/ave. GALPÃO DE POSTURA 4 fileiras; 6 fileiras. GALPÃO DE POSTURA SUSPENSO NÃO AUTOMATIZADO Gaiola de postura: 4 divisões; 2/3 aves/divisão; 375 e 562 cm²; (25 x 45 x 38 cm). GALPÃO AUTOMATIZADO VANTAGENS DA COLETA DE OVOS AUTOMATIZADA Redução de mão de obra; Possibilita alojar maior número de aves no galpão; Reduz % de casca quebrada. SALA DE OVOS Máquina classificadora RETIRADA DE ESTERCO AUTOMATIZADA / ESTERQUEIRA NEBULIZADORES / AQUECIMENTO À LENHA SOMBREAMENTO COBERTURAS Telha de fibrocimento; Telha de cerâmica; Telha de cerâmica pintada em branco. RECOMENDÇÕES GERAIS Limpeza fácil e completa; Ventilação e isolamento adequado; Terreno deve ser seco, permeável e com pouca inclinação; Observar o comportamento dos ventos e massas de ar; Orientação no sentido leste-oeste para comprimento; Dimensões: máx (140 m comprimento X 12,0 m de largura) X (mín 3,0 m de pé direito). GRANJAS MODERNAS Plantéis: 50.000 aves em produção (grandes empresas); Uso de alta tecnologia para redução dos custos de produção; Produção de ração na própria granja; Assistência técnica; Classificação e processamento dos ovos; Produção independente não integrada; Instalação totalmente automatizada (tendência); All in all out; Exploração das galinhas por mais de um ciclo de produção; Controle zootécnico informatizado; Possuem bom controle da biosseguridade da granja. MANEJO MANEJO NA FASE DE CRIA O manejo na cria se inicia antes da chegada das pintainhas na granja, com o preparo da instalação. Verificar: Limpeza e desinfecção dos equipamentos e da instalação; Necessidade de reparos; Vazio sanitário (mínimo de 15 dias); Sistema de abastecimento de água (reservatórios) e sua limpeza; Cortinas; Cama; Aquecedores e abastecimento de gás. NA CHEGADA Se criadas no piso, forrar o círculo de proteção com jornal e instalar os equipamentos. Ligar aquecimento 2 horas antes do horário previsto da chegada das aves, regulando para 29-32ºC (gaiola) e 32- 35ºC (piso); Espalhar um pouco de ração inicial no jornal – 7 aves/m2; Abastecer comedouros e bebedouros; Ensinar os animais a beber água; No momento de colocar as pintainhas no círculo ou na bateria, verificar o estado dos animais; Pesar uma amostra de aves (1 a 2%, individualmente), verificar aspecto geral e cicatrização do umbigo. Posteriormente calcular uniformidade; Separar e distribuir uniformemente as pintainhas (idade da matriz ou tamanho da pintainha); Manter luzes acesas durante os primeiros dois dias; Observar se 5 horas após instaladas já ingeriram ração; Abrir ficha do lote (registro dos dados), iniciando o controle zootécnico do plantel. Onfalite: ou Temperatura de incubação; UR • UR. MANEJO NA PRIMEIRA SEMANA Umidade relativa do ar (UR): ideal 40 a 60%; Controle rígido da temperatura ambiente (manejo de campânulas e cortinas). Abertura do círculo de proteção (piso) a partir do 3º dia (retirada após 10 dias); Limpeza diária dos bebedouros; Regulagem da altura dos comedouros; Observar granulometria da ração, ideal que não sejamuito fina (0,6 a 0,8 mm). Uso de óleo é recomendado (1,5%) para evitar poeira, agregar partículas, melhorando ingestão; Suplementação vitamínica na água durante três primeiros dias, trocando a solução a cada dia; Programa de vacinação (Doença de Marek, Newcastle, Bronquite infecciosa e Doença de Gumboro). CONSUMO DE ÁGUA DEBICAGEM A debicagem é o corte e cauterização de parte do bico das frangas de reposição. Por que fazer? Evitar o comportamento natural de bicar – canibalismo; Cloaca, ponta da asa ou dorso. Alguns criadores estão optando por uma única debicagem (7 a 10 dias), com correção posterior caso seja necessário; Não se recomenda debicar após 10a semana; Aumentar quantidade de ração no comedouro para estimular consumo, prevenindo estresse adicional do contato do bico (recém cortado) com fundo do comedouro; Não debicar aves doentes; Debicar nas horas mais frescas do dia (manhã). Finalidades: Evitar bicagem (canibalismo, prolapso, lesões); Auxiliar no consumo homogêneo da ração (Melhora uniformidade do plantel); Máximo aproveitamento da ração. Primeira debicagem: 7 a 10 dias de idade – 550-600°C; 600-800 aves/pessoa/h. Segunda debicagem: 6 a 10 semanas de idade – 600-750°C; 300-400 aves/pessoa/h. TRATAMENTO DO BICO/DEBICAGEM Pode-se adicionar vitaminas K antes e depois da debicagem e uso de ração com maiores níveis de energia e proteína, por alguns dias após a debicagem para evitar perda de peso; A operação de debicagem deverá ser realizada por pessoal treinado, ritmo não superior a 800 aves hora/ pessoa. DEBICAGEM POR INFRA-VERMELHO Método moderno; Aceito para uso na Europa, implantação no Brasil; Realizado no incubatório (primeiro dia de vida); Feixe de luz infra-vermelho (ajustar a intensidade); Dias depois: bico flácido (cai em 2 semanas); Manejo higiênico, preciso e seguro; Efeito anestésico; Não há perda de sangue; 12 sem: forma e tamanho do bico similares ao método tradicional. DEBICAGEM 2018 – Holanda (infra-vermelho); Brasil: projeto de Lei do deputado Ricardo Trípoli. PRECAUÇÕES AO REALIZAR A DEBICAGEM DENSIDADE DO ALOJAMENTO CONTROLE DE DESENVOLVIMENTO CORPORAL O acompanhamento do desenvolvimento corporal é fator de grande importância no manejo inicial das poedeiras ; Os pesos corporais devem ser verificados periodicamente durante o período de crescimento ; Pelo menos 1 a 2% das aves devem ser pesadas individualmente (aleatoriamente); A pesagem deve ser iniciada na 2-3 a semana de idade e repetida semanalmente durante o período de crescimento, até atingirem produção – desenvolvimento sist. digestório e imune; Realizar as pesagens sempre no mesmo horário. Comparar com pesos indicados pelo manual da linhagem. 6 a a 12a semana - desenvolvimento ósseo e muscular – produção de ovos; O peso corporal da ave determina a mudança da ração (Crescimento I e II) na recria!!!! 13 a 18 semana – desenvolvimento sistema reprodutivo e densidade de ossos. Além do peso médio do lote, a pesagem individual permite calcular a uniformidade do plantel; A uniformidade deve ser superior a 85% no final da recria; O acompanhamento rotineiro do peso médio das frangas e a uniformidade do plantel possibilitam tomada de decisão em caso de problemas no crescimento – mudança de ração na recria. FATORES QUE AFETAM A UNIFORMIDADE Debicagem mal realizada; Densidade de alojamento inadequada; Problemas na distribuição/qualidade da ração; Sanidade – doenças e problemas sanitários nas instalações e equipamentos; Estresse do plantel. PROGRAMA DE ILUMINAÇÃO Finalidade: Evitar que as aves não entrem precoces na postura; Produção de ovos com tamanho ideal; Máxima produção de ovos em qualquer época do ano; Estimular o consumo de ração (em estresse calórico). FATORES QUE INFLUENCIAM O PROGRAMA DE LUZ Linhagem; Características dos aviários; Temperatura ambiente - > 32ºC – menos horas/luz até 10 semanas e 14 hs luz/dia até 17 semanas; Data de nascimento do lote – verão ou inverno; Localização geográfica – norte ou sul. TRANSFERÊNCIA PARA GALPÃO DE POSTURA Após completar 15 semanas de idade ou atingido o peso estipulado pelo manual da linhagem. Transportar as aves com cuidado; Favorecer o acesso à água; Manter estímulos constantes de ração durante as 2 semanas seguintes; A produção, o consumo e o peso devem ser acompanhados semanalmente. MANEJO NA PRÉ-POSTURA Período considerado pré-postura é curto, da 17a semana até os 5% de postura do plantel (duas a três semanas); Importante para avaliar como o plantel se comporta no início de produção. Nesta fase, a meta de peso corporal já deverá estar atingida; É uma fase de adaptação da nova realidade da poedeira, que passa a receber uma ração com alto nível de cálcio, diferente do que ocorria na recria; Iniciar estímulo de luz apenas na fase de pré-postura (> 5% de produção), com aumentos semanais de luz artificial até atingir 17 horas. PROGRAMA DE VACINAÇÃO Para um bom desenvolvimento das futuras poedeiras → rígido esquema de vacinações; Não há recomendação única; Deve levar em consideração as condições da instalação, sistema de criação e estado sanitário das aves. MANEJO NA FASE DE PRODUÇÃO Não realizar práticas de manejo (vacinações, pesagens) nas poedeiras após iniciada a produção de ovos (retomar após o pico de postura); Controlar o consumo de ração periodicamente (sem excessos ou desperdícios), verificando a necessidade de alterações na fórmula; As poedeiras tem potencial genético para até 80 semanas de produção (único ciclo). Verificar constantemente o funcionamento do sistema de iluminação e dos bebedouros: Se o manejo diário for manual, fazer cronograma de execução ao longo do dia; Colheita dos ovos antes do arraçoamento; colher ovos sujos, trincados e deformados separadamente dos ovos limpos e íntegros; Durante período da manhã, colher ovos de hora em hora e duas vezes no período da tarde; Controlar focos de umidade no esterco (debaixo das gaiolas), evitando proliferação de moscas; Manter o galpão e seu entorno limpos; Retirar e anotar as aves mortas nas gaiolas → dar destino adequado à carcaça (composteira ou fossa). Verificar declividade da gaiola: Gaiola tradicional (0,30 x 0,40m) = 6 a 8% Gaiola modernas (0,50 x 0,45m) = 9 a 10% Espaço: 375 cm²/ave (brancas) e 450 cm² (vermelha). DESCARTES Após o pico de postura, deve ser feito descarte das aves improdutivas (mensalmente) = culling. PROBLEMAS COMUNS À POSTURA Queda na postura; Queda no consumo de ração; Descoloração da casca do ovo; Newcastle ou Bronquite; Casca fina ou mole; Deficiência de Ca; Cama molhada ou fezes líquidas; Sais minerais e limpeza dos bebedouros. Causas: Problemas sanitários e doenças; Mudança brusca da dieta; Mudança brusca da temperatura; Falta de água ou baixa qualidade; Visitas frequentes; Luz; Barulho. MUDA FORÇADA Técnica - todas as poedeiras entram em muda simultaneamente. Pausa na produção (regressão completa do trato reprodutivo e troca de penas sincronizadas), visando a exploração de mais um ciclo de produção; Somente em plantel de alta qualidade. Métodos: Jejum de ração e água; Jejum de ração; Dieta com níveis excessivos de Zn; Dieta com deficiência nutricional (Ca e Na); Espera-se redução de 25-30% do peso corporal (regressão do oviduto); Recomenda-se a muda entre a 72-76 semanas de idade e para poedeiras leves (brancas) – após 9 semanas voltam a botar. Características do 2° ciclo (pós muda): Aves inicialmente mais leves; Mesmo consumo de ração; Aumento na produção de ovos; Melhoria na CA; Produção de mais de 200 ovos; Pico de 85-87% ; Ovos inicialmente e constantemente maiores; Melhoria na qualidade dos ovos. RECOMENDAÇÕESNUTRICIONAIS ÁGUA = 2 x Consumo de ração; Aumenta com o aumento da produção; Aumenta com a alta temperatura (1,9 litros/100 aves). RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS – CRIA E RECRIA RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS – POSTURA ÍNDICES ZOOTÉCNICOS ÍNDICE DE DESEMPENHO DA POEDEIRA MODERNA REPRODUTORAS PESADAS PANORAMA BRASILEIRO DA CRIAÇÃO DE MATRIZES PESADAS Criação de matrizes de corte no Brasil: Iniciou-se em 1965 com a vinda das avós dos EUA e Escócia para o Brasil. Objetivo da criação de matrizes: Venda de ovos férteis; Venda de pintos de um dia. Principais linhagens: Cobb 500 (EUA); Hubbard Flex (EUA); Ross 308; AP91 e AP95 (BR/EUA). ALOJAMENTO DE MATRIZES PESADAS – 2009-2013 PRODUÇÃO MENSAL DE PINTOS DE CORTE 2011-2015 CARACTERÍSTICAS GERAIS DE MATRIZES DE CORTE E POSTURA Quanto mais pesadas, mais tardias são as aves! A seleção genética para que essas aves tenham um aumento de ganho de peso e aumento no rendimento de cortes é inversamente proporcional ao desempenho reprodutivo das matrizes pesadas! Quanto maior o peso menor o desempenho reprodutivo! CARACTERÍSTICAS DAS MATRIZES REPRODUTORAS PESADAS Reprodutoras pesadas à dão origem ao frango de corte; Possuem uma genética propícia para o ganho de peso; Como são insaciáveis é necessário realizar uma restrição alimentar a partir da 2° semana de vida; Para os “frangos” quanto maior o seu peso, pior a sua qualidade reprodutiva; Criação em 2 fases: recria (23 semanas) e produção 37 semanas) – 60 semanas. A vida produtiva: média de 36 semanas. FASES DE PRODUÇÃO Recria: Do 1° ao 147° dias de vida ou da 1° até a 21°/23° semanas. Produção: 23° até 65° semanas. FASE DE RECRIA – 1 A 28 DIAS DE VIDA Ocorre o desenvolvimento do TGI; Desenvolvimento do sistema músculo esquelético e de tecido adiposo; Desenvolvimento da termoregulação; As aves devem alcançar o peso sugerido de acordo com a linhagem, sendo verificado aos 7, 14 e 28 dias; Ideal: boa uniformidade de peso das fêmeas e dos machos. FASE DE RECRIA – 29 A 147 DIAS OU 5ª A 23ª SEMANA Nesta fase os principais objetivos são: Promover um crescente ganho de peso corporal; Estabelecer uma boa uniformidade de peso de carcaça e uma boa conformação da massa muscular das aves; Necessidade de atingir a maturidade sexual de forma uniforme em todo o lote. MANEJO NA FASE DE RECRIA RECRIA O período de recria dura em média 22 a 24 semanas, tempo necessário para que as aves atinjam a maturidade sexual; O objetivo desta fase é obter um lote homogêneo para o período reprodutivo. ALOJAMENTO As reprodutoras pesadas são alojadas com 1 dia de idade; No incubatório é realizada a vacinação, a sexagem e a cauterização das esporas dos machos; A debicagem não é necessária para reprodutoras que ficam sob iluminação totalmente controlada. É realizada apenas para controlar a bicagem agressiva em galpões sem iluminação controlada; Os machos e as fêmeas são alojados separadamente devido a necessidade de fornecimento de ração em quantidades diferentes para os sexos. A iluminação deve ser contínua nas primeiras 48 horas após o alojamento dos animais, a intensidade deve ser de no mínimo 20 Lux para garantir que os animais encontrem água e ração. CUIDADOS DURANTE O ALOJAMENTO Cortinas fechadas; Campânulas ligadas (pré aquecidas de 24 a 48 horas antes, dependendo das condições climáticas); Bebedouros e comedouros abastecidos; Verificar a qualidade das aves; Pesagem amostral à 42 a 45g; Molhar o bico de alguns pintinhos. CAMA São recriadas em piso coberto por camas, que podem ser de palha, maravalhas ou casca de arroz; Este material deve ser semanalmente nebulizado com antifungicida e mensalmente retirado e reposto com novo material. ILUMINAÇÃO – DARK HOUSE Importante para manter o controle das horas de luz e da intensidade luminosa: entrada na postura, canibalismo, estresse; A atividade sexual aumenta nos dias mais longos e diminui nos dias mais curtos. A luz artificial é muito usada à tanto para retardar como para iniciar a atividade das gônadas. PROGRAMA DE LUZ EM GALPÕES DARK HOUSE É de extrema importância que haja uma intensidade luminosa baixa nas duas últimas semanas para que não ocorra início precoce da postura. APANHA DAS AVES Cuidados no momento da apanha das aves!!! Ideal pegar as aves pelo dorso; Nunca pegar as aves pelo pescoço, por uma única asa ou pelas pernas. CONTROLE DE PESO CORPORAL Para o acompanhamento do peso do lote à pesagens semanais; As pesagens devem ser feitas sempre no mesmo dia da semana, com papo vazio (antes do arraçoamento); A pesagem do lote definirá a quantidade de ração a ser fornecida na semana que se inicia. Existem diferentes tipos de pesagens, como: Por amostragem: pesa-se aproximadamente 20% do lote, individualmente (lote homogêneo); Pesagem total: pesa-se 100% do lote, coletivamente (caixas com 10 a 15 aves) – obtenção do peso médio; Uniformidade: pesa-se 100% do lote, individualmente (seleções); SELEÇÃO DAS AVES Tem como objetivo retirar as aves que não estão em uniformidade com o lote alcançar as metas de peso para a idade. Um lote uniforme de matrizes será mais fácil de manejar e produzirá mais pintos por galinha alojada em comparação com um lote desigual. Retirada de machos linha fêmea e fêmeas linha macho; Seleções por peso x seleções por escore corporal + características secundárias. FATORES QUE INFLUENCIAM NA MÁ UNIFORMIDADE DE PESO Horários irregulares de arraçoamento; Altura incorreta dos comedouros; Quantidade incorreta de ração; Má distribuição de ração; Fornecimento insuficiente de água; Iluminação insuficiente no momento do arraçoamento; Extremos de temperatura; Densidade de alojamento muito alta. CONTROLE DA UNIFORMIDADE DO LOTE Desafio! PESAGEM CORPORAL Com 7 e 14 dias → pesar 1-2% do lote; Com 21 - 28 dias → pesar 100% do lote (fêmeas) → seleção por categorias (super leve, média e pesada) antes da recria. Os machos deverão ser classificados após 35 dias de idade. MATRIZ DE CORTE A matriz de corte tem genética para ganhar peso! Adequar o programa alimentar à evita ganho de peso em excesso à evita prejuízos na performance reprodutiva. LIMITAÇÃO QUANTITATIVA NA ALIMENTAÇÃO A PARTIR DA 4° SEMANA! Restrição diária; Alimentação em dias alternados; Necessidade de montar programas de alimentação. VANTAGENS DOS CONTROLE DA UNIFORMIDADE DO LOTE Melhor uniformidade de peso; Maturidade sexual na idade recomendada; Primeiros ovos serão maiores; Maior produção de ovos em todo o ciclo de postura; Menor taxa de mortalidade das matrizes na fase de reprodução; Melhor incubalidade, fertilidade e qualidade de pintinhos. TEMPERATURA A temperatura influencia no consumo; Conforme a temperatura do ambiente cai, os níveis de alimento devem ser revistos e ajustados; Animais devem estar confortáveis. TEMPERATURA E UMIDADE Sugestão de temperatura e umidade relativa do ar na fase de recria: IMPORTANTE Verificar a T°C e a HR!! MANEJO NUTRICIONAL A quantidade de ração fornecida durante a fase de recria é baseada no peso e na manutenção das aves; Fêmeas e machos consomem a mesma ração durante o período de recria à as exigências nutricionais na recria são muito parecidas; A quantidade de ração fornecida para machos e fêmeas é diferente, pois leva em consideração o peso corporal e a curva padrão da linhagem. RELAÇÃO DE BEBEDOUROS Pendular automático: 1 a 3 semanas de idade = 1/120; 4 a 15 semanas de idade = 1/100; 16 semanas em diante = 1/80 Nipple: 1 a 3 semanas de idade = 1/16; 4 a 15 semanas de idade = 1/16; 16 semanas em diante = 1/8 – 12 RELAÇÃO DE COMEDOUROS Bandeja: (60x40x40cm); 1 a 3 semanas de idade = 1/50. Tubular infantil: 1 a 3 semanas de idade = 1/50. Calha: 4 a 8 semanasde idade = 10 cm linear/ ave; 9 semanas em diante = 13 a 15 cm linear/ ave. MANEJO NUTRICIONAL As rações são separadas em 3 fases: Inicial: 1° dia (alojamento) até 4 semanas de idade; Crescimento: 5 até 19 semanas de idade; Pré-reprodução: 20 até 23 semanas de idade. Exigências nutricionais durante o período de recria (machos e fêmeas): Na primeira semana, o consumo é à vontade; A quantidade de ração fornecida depende do peso das aves– é determinada através da pesagem semanal; Existem pesos específicos de acordo com a idade para cada diferente linhagem; A quantidade de ração fornecida nunca deve ser diminuída, sempre mantida ou aumentada ( as aves não podem perder peso); A quantidade de ração (g/ave) é alterada semanalmente; O fornecimento de ração deve ser feito sempre pela manhã. RESTRIÇÃO ALIMENTAR A restrição alimentar é feita em relação à quantidade de ração fornecida e aos dias de consumo. Sugestão de fornecimento de ração para matrizes em casa fase de criação: MANEJO NA FASE DE PRODUÇÃO TRANSFERÊNCIA ENTRE GALPÕES A recreia e a fase de produção são feitas geralmente em galpões distintos; Neste caso a transferência dos lotes ocorre no início da 23° (fêmeas) e 22° semana (machos – devido fase de adaptação) (alguns recomendam apenas 24 horas antes); Transferência de galpões: noturna ou em caixas vedadas (para aves em Dark House). Aumentar a intensidade luminosa de 10 lux (fase de recria), para 60 lux – ocorre choque luminoso que possibilita desenvolvimento do oviduto – FOTOPERIODISMO! Alojar 1 macho para cada 10 fêmeas; Comedouros previamente preparados (grade de proteção para fêmeas e mais altos para machos). FASE DE PRODUÇÃO Meta da granja de matrizes = produção de ovos para incubação; Início da produção ocorre 3 a 5% da postura diária; A evolução da postura deve ocorrer conforme o estabelecido pelo padrão da linhagem (tabela). DENSIDADE DE AVES Sistema de cama = 3,5 – 5,5 aves/m²; Sistema Slat (cama/piso ripado)= 4,75 – 6,00 aves/m². CAMA Principal fonte de contaminação do meio ambiente; Cama úmida contamina os pés das galinhas que irão levar sujeiras para os ninhos; Regula a qualidade do ar do galpão; Revolver a cama, preferencialmente todos os dias; Cama de má qualidade Formação de cascão (placas) prejudica a fertilidade das aves. NINHOS Ninhos manuais: Conjunto de 2 ou 3 andares; Uma boca para cada 4 galinhas; Madeira ou metal; 30 cm larg. X 35 cm prof. X 25 cm de alt.; Altura do primeiro poleiro < 45 cm da cama; Comprimento do primeiro poleiro diferente de 10 cm. Material para forração: Palhas, maravalhas, casca de arroz, sabugo de milho triturado; O material deve ser semanalmente nebulizado com antifungicida, quinzenalmente desinfetado com paraformol e mensalmente este material deve ser retirado e reposto com novo material. Ninhos automáticos: Reduz rachaduras e trincas; Reduz o número de ovos na cama; Melhora limpeza dos ovos e aproveitamento de recursos humanos; Aumenta a frequência de coletas. EQUIPAMENTOS DE ARRAÇOAMENTO Como alimentar machos e fêmeas separadamente a partir do acasalamento? Diferença de equipamentos. Diferente altura dos comedouros para machos e fêmeas. A regulagem da altura do comedouro depende da altura da ave (dorso). Fêmeas: Normalmente comedouros tipo calha, onde: Espaço livre entre as grades de 43 a 45 mm; Altura da grade de 45 a 55 mm; Espaço disponível por ave de aproximadamente 15 cm/ave. Machos: Comedouros tipo prato automático, pendular manual ou suspenso calha. Dispor 18cm/ave ou 1 prato/5 aves; Regular a altura, conforme o tamanho dos machos = profundidade do comedouro a 50 até 60 cm da cama. GRADE E MANGUEIRA DE PROTEÇÃO – COMEDOURO DAS FÊMEAS Quando as aves atingirem 26 semanas de idade, a mangueira deve ser retirada. CUIDADOS NO ARRAÇOAMENTO Arraçoamento das fêmeas primeiro; Técnica de alimentação separada não é fácil de ser manejada; Exige muita observação, mudanças e adaptações no manejo; Funciona e é essencial para manter níveis de fertilidade e de eclodibilidade; Deve-se fazer checagens periódicas para a correção de grades quebradas ou deslocadas. RESTRIÇÃO HÍDRICA Finalidade: diminuir a umidade da cama (peso das aves); Retirar a água após 2 horas do término do consumo da ração (geralmente o consumo de ração se encerra às 9:00h).. Jejum hídrico nas horas de escuro diminui o estresse!! Pode ser feita também durante o período de recria, quando as condições da cama estão ruins (não é comum – peso da ave); Evitar restrição hídrica severa no período de pico de produção (aproximadamente 32 semanas de idade); Observar o comportamento das aves (procura por água), condições climáticas, peso corporal. MANEJO NUTRICIONAL Fêmeas e machos consomem rações distintas na fase de produção; As exigências nutricionais passam a ser diferentes devido à produção de ovos; A quantidade de ração fornecida leva em consideração o peso corporal (machos) e a produção de ovos (fêmeas), de acordo com o padrão da linhagem; A ração de machos é única durante todo o período de produção. As rações das fêmeas são separadas em 3 fases: Reprodução 1: 24 até 42 semanas de idade; Reprodução 2: 43 até 55 semanas de idade; Reprodução 3: 56 até o descarte (aproximadamente 60 semanas). RESTRIÇÃO ALIMENTAR CUIDADO! A restrição muito severa pode prejudicar a produção!!! CONTROLE DO PESO CORPORAL E UNIFORMIDADE Reduzir a amostra para 1% do lote; Pesagem semanal até o pico de postura (+- 36 semanas de idade); A partir daí, 1 vez a cada 4 semanas (mensalmente), até o descarte do lote. Algumas linhagens recomendam a pesagem semanal. Machos: quinzenais até o descarte do lote. EMPENAMENTO Observação tanto em machos quanto em fêmeas das condições das penas, perdas parciais de penas, parte posterior do pescoço sem penas ou machucado. PREPARO DAS AVES PARA A POSTURA É durante essa fase da vida das aves que os ganhos uniformes de peso são necessários. O objetivo é garantir que as aves tenham quantidade de carne e reservas de gordura suficientes para mantê-las durante o resto da vida. O peso corporal uniforme é um dos critérios para ter uma boa produtividade!! UNIFORMIDADE DA MASSA CORPORAL FATORES QUE AFETAM A FERTILIDADE Relativo aos machos: Qualidade dos machos (peso e uniformidade); Qualidade do espermatozoide; % em relação as fêmeas – excesso; Cópulas incompletas; Número de espermatozoides no oviduto; Taxa de “perfuração” do blastodisco. Relativo as fêmeas: Qualidade das fêmeas (peso e uniformidade); Capacidade de armazenamento de espermatozoides na junção istmo – tubária; Stress calórico. CONTROLE DA PRODUÇÃO Coleta dos ovos diariamente – 4 vezes ao dia. Manter registros sobre: Ovos de ninho; Ovos de cama; Ovos de duas gemas; Bons – inteiros; Quebrados; Trincados. PESO DIÁRIO DO OVO Até que o lote atinja 10% da postura, deve-se seguir o seguinte manejo: Pesar diariamente 120 a 150 ovos, individualmente; Rejeitar ovos com gema dupla, gema pequenas, casca fina e/ou deformadas. CAUSAS DE PROBLEMAS DE FERTILIDADE E ECLODIBILIDADE Obesidade dos reprodutores; Problemas incubatórios e na seleção de ovos; Aproveitamento dos ovos de aves jovens e velhas no plantel; Alta densidade de reprodutoras durante a recria e produção; Condições extremas de temperatura; Doenças. CAUSAS DE MORTALIDADE Problemas reprodutivos; Hemorragias; Enfermidades; Aves machucadas; Distúrbios metabólicos; Agressividade excessiva dos machos; Calor excessivo; Problemas de locomoção; Prolapsos; Canibalismo. MANEJO DOS MACHOS Alojamento é feito separado das fêmeas (criae recria); Relação de 15 machos para cada 100 fêmeas; Machos com excesso de peso são menos férteis (baixo libido e diminuição da cópula); Espaço de piso = após 10 semanas de idade, a densidade não deve ser superior a 3,5 aves por m². COMEDOUROS 0 a 5 semanas de idade = 8cm/macho; 6 a 10 semanas de idade = 15cm/macho; 11 semanas em diante = 20cm/macho. PERÍODOS DE CRESCIMENTO DOS MACHOS Primeiras 6 semanas = permitir crescimento contínuo, para alcançar peso próximo ao padrão; Realização de pesagem semanal; Primeira seleção com 4 semanas de idade à serve para descartar aqueles com baixo desenvolvimento; 6 – 10 semanas = rápido crescimento dos músculos das pernas, ligamentos e tendões. 10 – 13 semanas = inicia-se o desenvolvimento dos órgãos sexuais. ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR A FERTILIDADE DOS MACHOS Utilizar rações diferenciadas para machos e fêmeas; Aumentar a relação macho/fêmea a medida que o lote envelhece; Introduzir machos mais novos no galpão de matrizes a partir de 40 a 45 semanas de idade. QUALIDADE DOS MACHOS Esperteza/estado de alerta e atividade; Condição física: coloração da face, condição da barbela e crista (firme ou flácida), os machos devem ter cor vermelha intensa e uniforme em torno da crista, da barbela e na área dos olhos; Cloaca – deve mostrar algum desgaste de penas, ser grande e úmida, com boa coloração vermelha; Avaliação do tônus muscular, conformação e formato da musculatura do peito. Condições das pernas, articulações e pés. O bico deve ser uniforme; Plumagem – um macho de boa qualidade deve mostrar perda parcial de plumagem, especialmente em torno dos ombros e coxas; Atenção: camas úmidas x lesões no coxim plantar. ACASALAMENTO O Acasalamento é o momento no qual machos e fêmeas são misturados; O acasalamento pode começar por volta da 18/20ª semana; Descartar machos com qualquer tipo de defeito. PRODUÇÃO DE OVOS E INCUBAÇÃO APARELHO REPRODUTOR FEMININO Possui 2 ovários e 2 ovidutos, sendo que o direito é rudimentar e atrofiado por completo, por isso apenas o oviduto esquerdo é funcional nas aves!! A genitália tubular completa da galinha entendese do ovário até a cloaca. Ovário: Quando em atividade apresenta um aspecto de cachos de uvas (gemas ou oócitos), em diferentes estágios de desenvolvimento; O número de oócitos visíveis a olho nú, é de aproximadamente dois mil, mas quando avaliados em microscópio esse número varia de 4 a 12 mil células capazes de se desenvolver em gemas; O ovário esquerdo funcional produz óvulos e age como um órgão endócrino produzindo hormônios esteroides. Oviduto: Apenas o esquerdo é funcional; É um tubo glandular cuja extremidade superior se abre na cavidade abdominal, e a inferior na cloaca; É dividido em: infundíbulo, magno ou câmara albuminífera, istmo, útero ou glândula da casca e vagina. Infundíbulo: É o ponto de fertilização; Logo após a ovulação, o ovulo é recolhido pelo infundíbulo, ficando por aproximadamente 20 minutos; Após isso, pode ser fertilizado e a primeira camada de albumina começa a se formada. Magno: Por contrações musculares, o óvulo fertilizado passa para o magno (maior região), onde grande parte da clara é formada (80%) e a chalaza; Níveis de estrógenos circulantes estimulam a produção e secreção de proteínas, como a albumina; O ovo permanece no magno por 2 a 3 horas, a seguir ele passa para o istmo. Istmo: O istmo se separa do magno por uma região translúcida estreita; Não possui glândulas, apenas uma camada muscular grossa. Ocorre a secreção e formação das duas membranas que recobrem o ovo – a camada interna e externa da casca do ovo; O ovo recebe mais clara; Fica aproximadamente 1h30min. Útero: Unida ao istmo, possui extensa musculatura; Nesse período o ovo agrega líquido (15g) – eletrólitos, anidrase carbônica, bicarbonato, etc; Secreta a casca do ovo - recobre sua superfície com carbonato de cálcio, proteínas, pigmentos, cutícula e outros componentes da casca; Durante este estágio acaba de se forma a chalaza, que se iniciou no infundíbulo, e a estratificação do albúmen. O ovo permanece aproximadamente 20horas, após isso o ovo é expelido pelas contrações da musculatura lisa. Vagina: É uma região curta, que faz a passagem do ovo até a cloaca para a postura. Esta presente as glândulas tubulares capazes de armazenar os espermatozoides. A distensão dessa região libera ocitocina para que ocorra a oviposição. Produz muco com capacidade germicida natural (acidez e composição), que veda os poros dos ovos. ESTRUTURAS DO OVO O OVO O ovo é uma estrutura complexa química e fisicamente. A sua complexidade é determinada pelas necessidades de proteger e nutrir o embrião. O ovo é basicamente formado por 3 componentes: a massa central de vitelo, que é equivalente ao de mamíferos, a clara e a casca. DISCO GERMINATIVO OU BLASTODERMA É uma placa esbranquiçada de 2,5 a 3,5 mm de diâmetro, situada na superfície da gema, por baixo da membrana vitelina. O blastoderma está sempre na parte superior da gema; Contem a vesícula germinativa que constitui o óvulo; Ponto onde se insere o núcleo do espermatozoide quando ocorre a fecundação; Vesícula germinativa invisível a olho nú quando não ocorre fecundação; Quando fecundado, torna-se densa e volumosa devido o início do desenvolvimento embrionário. GEMA OU VITELO Massa amarela ou avermelhada de natureza globulosa, envolvida pela membrana vitelina; Possui 2 camadas: vitelo amarelo, intercaladas por outras mais finas de vitelo branco; O vitelo branco pode estar ausente dependendo do regime alimentar; A cor da gema é influenciada pela alimentação a intensidade do amarelo é determinada pela quantidade de xantofila presente nos alimentos. MEMBRANA VITELINA É uma camada muito fina que recobre a gema, impedindo o seu derramamento; No ovo fresco é resistente; Sua tensão diminui com o tempo achatamento da gema. CLARA OU ALBÚMEN Massa albuminosa, transparente, disposta ao redor da gema em 3 camadas de densidades diferentes. Membrana externa em contato com a testácea, é bem fluida; A camada do meio é a mais densa das três; A ultima camada é a que esta em contato íntimo com a gema, é extremamente fina e a mais fluida das três. As duas calazas/chalazas apresentam-se na gema: Formação espiralada, albuminosa e mais consistente que a clara densa; Possui a função de equilibrar a gema no centro do ovo, protegendo dessa maneira o embrião. MEMBRANAS DA CASCA OU TESTÁCEAS São membranas porosas e permeáveis que envolvem toda a massa albuminóide do ovo; Estão intimamente aderidas entre si em toda extensão do ovo, exceto na região do polo obtuso do ovo, onde se separam e formam um espaço vazio – câmara de ar. A câmara de ar aumenta de tamanho conforme o resfriamento do ovo e a desidratação do seu conteúdo. Logo após a postura a câmara de ar é muito pequena, e conforme o ovo envelhece a câmara cresce. A umidade e a temperatura do ambiente influenciam diretamente no tamanho da câmara: Ovos de 4 dias: Conservado em ambiente seco e quente x conservado em ambiente fresco e úmido. Maior câmara x menor câmara. Condições iguais Quanto + velho o ovo, maior a câmara de ar. CASCA Invólucro de calcário, constituído de duas camadas superpostas: Mamilar e esponjosa; Cutícula e poros. A camada esponjosa é mais espessa, e corresponde a 2/3 da espessura total. A cutícula consiste em uma camada externa de verniz brilhante. Poros origem na camada mamilar e se abrem à superfície externa do ovo. Função permitir trocas gasosas durante o período de desenvolvimento embrionário. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO NO PERÍODO DE INCUBAÇÃO O embrião das aves possui quatro membranas: o saco vitelino, a alantóide, o âmnio e o córion ou serosa. No momento da eclosão não são encontrados vestígios das três ultimas membranas, ao passo que o saco vitelino é incorporado no intestino delgado. MEMBRANA VITELINA Função: reter o material nutritivoque vai alimentar o embrião. Os nutrientes são digeridos pelas enzimas presentes no endoderma do saco vitelino são absorvidas pelos capilares, transportados pelas veias vitelinas até a veia onfalomesentérica e depois distribuídos para todas as partes do embrião e tecidos extra embrionários. ÂMNIO Membrana que envolve o embrião, protegendo-o do contato com o meio ambiente. Entre o embrião e o âmnio espaço cavidade amniótica, que contém líquido salino. Função do âmnio e líquido amniótico manter a umidade do embrião e protegê-lo da desidratação. CÓRION Desenvolve-se em torno do saco vitelino, envolvendo-o no final da segunda semana. Se expande e adere à parte calcária da casca, dentro da membrana interna. Intimamente ligado a alantóide após alguns dias de incubação forma a membrana cório-alantóide infiltrada nos poros da membrana calcária da casca. ALANTÓIDE Presente no embrião com 72 horas de incubação. Divertículo do saco vitelino cresce rapidamente e invade toda cavidade extra embrionária no 4° dia de incubação. Cavidade preenchida por solução salina função de estocar as substâncias excretadas durante o desenvolvimento embrionário através da formação da vesícula urinária. Posteriormente fusão com o córion nos poros da membrana da casca funciona como órgão de respiração e de absorção do cálcio da casca para a formação do esqueleto embrionário. Facilita a ruptura da casca no momento da eclosão. Funciona como um órgão de absorção dos componentes do albume. DIA 01 Início da formação do trato alimentar; Início da formação da prega neural; Início da formação do cérebro e sistema nervoso; Início da formação da cabeça; Aparecimento das ilhotas de sangue; Início da formação dos olhos. DIA 02 O embrião começa a se colocar no seu lado esquerdo. Formação dos vasos sanguíneos e do coração, que começa a bater. Fechamento do canal neural para formar o tubo neural. Início da formação da vesícula auditiva. Término da formação das três regiões do cérebro. Aparecimento dos primeiros sinais de âmnio. DIA 03 Aparece o vestígio da cauda. Formação dos botões dos membros inferiores e superiores. Presença de âmnio e córion. Início da formação das narinas. Aparecimento das lentes oculares. DIA 04 Completa -se a formação das membranas extra - embrionárias (âmnio, córion e alantóide). O corpo do embrião posiciona -se sobre o seu lado esquerdo. A gema, no ponto de implantação, torna -se mais alongada. O embrião se apresenta em forma de C; Início da formação da boca e língua. DIA 05 Aumento do tamanho do embrião, do saco vitelino e da alantoide; Maior diferenciação das partes da boca. Distingue -se a estrutura externa dos olhos (“olho preto grande”). Formação do proventrículo e da moela; Os botões locomotores são mais salientes. DIA 06 Início da formação do bico. O saco vitelino apresenta um número maior de pregas. O coração está grande. Os apêndices locomotores começam a adquirir a forma da ave. DIA 07 Já se tornam proeminentes os dígitos da asa e das pernas; O abdome se torna saliente devido ao desenvolvimento de vísceras. O coração está dentro da cavidade torácica. O ouvido e seus condutos estão completamente visíveis. A alantóide cobre completamente a gema. DIA 08 Início da formação das penas. As asas e pernas estão completamente diferenciadas. DIA 09 O embrião comela a ter aparência própria da espécie. O bico, os apêndices superior e inferior e o pigóstilo* estão bastante diferenciados. *Osso situado na extremidade da coluna vertebral, formado pela fusão das últimas vértebras caudais. DIA 10 Ocorre o endurecimento do bico. Os poros da pele estão visíveis a olho nú. DIA 11 O corpo e o pescoço assumem a forma característica das aves. A cabeça é mais proporcional ao tamanho do corpo. O embrião está coberto por uma camada de penugem fina. DIA 12 Os dedos estão completamente formados. As unhas dos pés começam a se formar. Completa -se o empenamento. Está terminando a utilização do albume. DIA 13 Aparecem as escamas e unhas. Aparecimento da protuberância cálcica (“dente”,diamante) sobre o bico. A cabeça move -se para a direita do corpo. DIA 14 O embrião dirige a cabeça em direção à câmara de ar. DIA 15 O corpo e a cabeça são mais proporcionais ao tamanho. Ocorre a penetração do intestino para o interior da cavidade abdominal. DIA 16 Escamas, bico e unhas estão firmes e cornificados. O embrião está emplumado. Desaparecimento quase total do albume. DIA 17 O bico está voltado para câmara de ar. Há uma diminuição do líquido amniótico. DIA 18 A crista está visível. O embrião está quase no tamanho normal. A cabeça está sob a asa direita. DIA 19 Começa a penetração do saco vitelino na cavidade abdominal. O embrião ocupa totalmente o ovo, exceto a câmara de ar. DIA 20 O saco vitelino está totalmente na cavidade abdominal. O umbigo está aberto. A alantóide para de funcionar e começa a secar. O embrião rompe o âmnio e começa a respirar através da câmara de ar. O embrião atinge o tamanho normal. DIA 21 O pinto bica a casca. O pinto emerge da casca (eclosão). Secam-se as penas e o umbigo é cicatrizado. QUALIDADE DO OVO A qualidade está associada a fatores que envolvem: A produção e manejo com poedeiras (nutrição, higiene das instalações, calendário de vacinações, idade das poedeiras, temperatura ambiente). Manejo com os ovos (colheita, lavagem, armazenamento, transporte e distribuição do produto). NUTRIÇÃO Níveis de cálcio e fósforo, vitamina D e Zinco. Anidrase carbônica se une Co2 e H2O pra formar o bicarbonato da membrana que vai se unir com o Ca e formar o carbonato de cálcio. CALENDÁRIO DE VACINAÇÕES Doenças podem influenciar o funcionamento do oviduto, influenciar a formação dos componentes do ovo (clara, gema e principalmente a casca), ou pode diminuir a produção de proteínas. MANEJO Higiene, estresse pode aumentar o movimento do oviduto e consequentemente não formar a casca. IDADE Aves mais novas produzem ovos com membrana mais densa, albúmen denso e casca mais grossa. TEMPERATURA AMBIENTE Calor – diminui o consumo de ração, falta de nutrientes. ILUMINAÇÃO Fotoperiodismo das aves. MANEJO COM OS OVOS Colheita mal programada, lavagem do ovo, pode levar a entrada de microrganismos, temperatura da água (gelada). ARMAZENAMENTO Em temperatura ambiente ou resfriado, abrigo do sol. TRANSPORTE Tempo e temperatura. QUALIDADE DO OVO - Como avaliar a qualidade externa dos ovos? Integridade da casca; Gravidade específica; Espessura da casca; Deformações. GRAVIDADE ESPECÍFICA É uma estimativa da quantidade de casca depositada e relaciona-se com a resistência da casca dos ovos. Baseia-se no principio da flutuação, onde os ovos são imersos em recipiente contendo solução salina em ordem crescente de concentração (densidade). As soluções salinas devem ser preparadas em baldes, com água a temperatura ambiente e sal, utilizando um decímetro para líquidos. As soluções salinas devem ter densidades ajustadas para 1,062 até 1,102 com intervalos de 0,004. (11 baldes); Para fins de análise de qualidade pode-se reduzir o número de soluções, adotando apenas uma (1,082). Acima desse valor os ovos estão com boa qualidade de casca e abaixo desse valor poderão apresentar problemas de resistência. QUALIDADE DO OVO - Como avaliar a qualidade interna dos ovos? Peso do ovo; Unidade Haugh; Índice de albúmen; Índice de gema; Coloração de gema; Ovoscopia; Manchas de sangue e pH. ALBÚMEN clara deve ser límpida, transparente, consistente, densa e alta, com pequena porção mais fluida. Estes aspectos caracterizam muito bemos ovos frescos. Com o tempo, ocorre contínua decomposição do albúmen denso, aumentando a porção fluida. O albúmen torna-se líquido, perde em altura e se espalha com facilidade, alterando inclusive o grau de acidez. Isto interfere na utilização prática, dificultando o preparo de pratos culinários. UNIDADE HAUGH A unidade Haugh (UH), desenvolvida por Haugh (1937), é uma expressão matemática que correlaciona o peso do ovo com a altura do albúmen espesso. De modo geral, quanto maior o valor da unidade Haugh, melhor a qualidade do ovo. A UH é aceita e amplamente utilizada pela indústria de processamento de ovos. NA AULA PASSADA Aparelho Reprodutor da fêmea; Estruturas do ovo; Desenvolvimento embrionário no período de incubação; Qualidade do ovo; Qualidade externa; Início qualidade interna. Como avaliar a qualidade externa dos ovos? Integridade da casca; Gravidade específica; Espessura da casca; Deformações. Como avaliar a qualidade interna dos ovos? Peso do ovo; Unidade Haugh; Índice de albúmen; Índice de gema; Coloração de gema; Ovoscopia; Manchas de sangue. GEMA Deve ser brilhante, consistente e centralizada no meio do albúmen, fixada pelas chalazas. Ovos velhos: Achatadas; Flácidas; Manchas escuras; Membrana se rompe com facilidade deixando escorrer o conteúdo (membrana vitelina). AVALIAÇÃO DA COR DA GEMA Meio comparativo (subjetivo); Escala de cores valores de 1 até 16 (leque de cores). Leque de cores foi desenvolvido pela Roche (empresa que comercializa pigmentos sintéticos), atualmente DSM. Brasil gema bem amarela; Dieta rica em caroteno. Inclusão de vegetais, fenos, milho amarelo ou seus sub-produtos ricos em pigmentos. Influencia na aquisição do produto. ÍNDECE DE ALBÚMEN E GEMA Relação entre o peso do albúmen ou da gema do ovo e o peso do ovo inteiro (%). OVOSCOPIA O ovo é submetido a um foco de luz numa sala escura. A luz revela a condição da casca, o tamanho da câmara de ar, a nitidez, a cor e mobilidade da gema, bem como da clara. Observa-se o desenvolvimento embrionário, manchas, etc. Sujeira, rachaduras. Durante a passagem para o nascedouro ocorre geralmente uma análise de ovoscopia. O ovo íntegro é colocado diante de um foco de luz, para a avaliação de: Tamanho da câmara de ar; Condições da gema e albúmen; Presença de corpo estranho; Desenvolvimento do embrião. AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE MACHAS NA GEMA Hemorragia no ovário, oviduto; Rompimento de vasos sanguíneos. QUAIS DOS TESTES ESTUDADOS SÃO UTILIZADOS PARA OS OVOS QUE VÃO PARA INCUBAÇÃO? Apenas: Integridade da casca; Peso do ovo; Ovoscopia. As outras análises realizadas para avaliar a qualidade do ovo são utilizadas em ovos destinados ao consumo humano. MANEJO DA INCUBAÇÃO FATORES FÍSICOS DA INCUBAÇÃO Temperatura; Umidade; Ventilação; Viragem. TEMPERATURA Mais crítico; T °C elevadas aceleram o desenvolvimento embrionário gerando embriões anormais (21 dias / 502 a 510 horas). UMIDADE Necessidade de perda da água. VENTILAÇÃO Renovação do ar; Taxa de oxigênio em níveis ideais. ROTAÇÃO OU VIRAGEM DO OVO Evita que o disco germinativo fique aderido a albumina grossa causando a mortalidade do embrião. Auxilia no correto posicionamento do embrião para o nascimento. FLUXOGRAMA DO INCUBATÓRIO INDUSTRIAL RECEPÇÃO DOS OVOS INCUBÁVEIS Plataforma de recepção; Condições sanitárias da plataforma de recepção; Descarregamento das caixas em carrinhos especiais; Conferência do produto: Número de ovos de cada lote; Avaliação da qualidade dos ovos; Divisão e identificação dos lotes. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE Remover e descartar os ovos não aptos para incubação, como: Sujos; Quebrados/trincados; Pequenos (de acordo com a política do incubatório); Ovos de tamanho muito grande ou de gema dupla; Qualidade de casca frágil; Ovos grosseiramente deformados. SALA DE FUMIGAÇÃO • Limpeza e desinfecção dos ovos. Câmara de Fumigação: AGENTES FUMIGANTES E DOSAGENS POR m³ MANEJO DA INCUBAÇÃO Os ovos são selecionados e classificados conforme o peso, e então colocados nas bandejas de incubação. DEFEITOS DOS OVOS E PROVÁVEIS CAUSAS Resultados de uma classificação típica de ovos de reprodutoras pesadas: Quebrados – 1,5%; Deformados – 0,8%; Sujos – 1,6%; INCUBÁVEIS – 96,1% PORCENTAGEM DE NASCIMENTO DE ACORDO COM O TIPO DE ANOMALIAS DOS OVOS FAIXA MÉDIA DE PESO UTILIZADA PARA A CLASSIFICAÇÃO DE OVOS (VARIÁVEL EM CADA INCUBATÓRIO) SALA DE OVOS As bandejas com os ovos classificados são colocadas nos carrinhos das incubadoras carga de ovos para incubação. ITENS A CONSIDERAR PARA O PREPARO DAS CARGAS DE OVOS PARA INCUBAÇÃO Data de produção; Tempo de estocagem dos ovos; Idade das matrizes; Linhagem. Os carrinhos com as cargas de ovos são levadas para a sala de ovos: SALA DE OVOS Temperatura uniforme de 18°C a 21°C; Umidade Relativa de 70 até 85%; Ventilação de 2m³ de ar fresco para cada 1000 ovos; Distante do piso, teto e paredes. SALA DE INCUBAÇÃO Para o completo desenvolvimento embrionário são necessários 21 dias ( 502 – 510 horas), divididos em: 450 horas – 18 dias e 18 horas Fase de incubação; 54 horas – 2 dias e 6 horas Fase de nascimento. Sala de incubação: Temperatura = 24°C ± 3°C; UR – 55 – 60%; Taxa de renovação de ar: 500m³ de ar/1000 ovos/dia; Viragem = 56° a cada hora. CONTROLE DE TEMPERATURA DO OVO TRANSFERÊNCIA DOS OVOS Locomoção dos carrinhos para sala de nascimento; Evitar correntes de ar; Manusear com cuidado trincas no ovo morte do embrião; Vacinação dos ovos para obter vantagens: Melhor eficiência de vacinação; Otimização de mão de obra; Diminuição do estresse. MÁQUINA AUTOMÁTICA PARA VACINAÇÃO DE OVOS Vacinas: Doença de Marek, Bouba aviária, Gumboro; Antibiótico; Desinfetante (casca). VACINAÇÃO IN OVO Acima de 56% da produção avícola de corte é imunizada desta forma; Capacidade para imunizar 30.000 a 35.000 ovos por hora. PLACAS PARA TESTAS AS AGULHAS DE VACINAÇÃO LOCAIS PARA INJEÇÃO Depende do desenvolvimento do embrião na transferência. Pode ser: Líquido amniótico; Intraembrião. No momento da injeção, o embrião deve estar em posição de eclosão, com a cabeça sob a asa direita e a base do saco vitelino já retraída para a cavidade abdominal. Além das vacinas, outras substancias podem ser aplicadas em ovos embrionados: substâncias químicas como Ca, P, antibiótico, ou probióticos. SALA DE NASCIMENTO OU SALA DE ECLOSÃO Ventilação e Umidade: Fornecimento de ar e umidade na máquina nascedouro deve ser igual ao da máquina incubadora. Durante o processo de nascimento, a umidade é importante para manter as membranas da casca macias e maleáveis, assim o pintinho pode sair ileso. Quando começam a bicar, o nível de umidade aumenta, resultando no aumento na temperatura. Temperatura: A temperatura na máquina nascedouro é geralmente um pouco mais baixa do que a temperatura da máquina de incubação, reduzindo o risco de um aquecimento excessivo. RETIRADA DOS PINTINHOS E PROCESSAMENTO Os pintinhos estão prontos para serem retirados quando a maioria deles (95%) está seca e com penugem. 5% ainda apresentam o pescoço úmido. Erro deixar os pintinhos além do tempo necessário dentro da máquina nascedouro desidratação. Enquanto o pintinho é retirado, ele deverá ser separado dos fragmentos da casca, classificados em pintinhos de primeira e/ou descarte, contados e colocados em caixas. Enquanto o pintinho é retirado separar dos fragmentos da casca, classificar em pintinhos de primeira e/ou descarte, contar e colocar em caixas. Alguns incubatórios: Sexagem, na maioria das vezes feitas pelo examedas asas em pintinhos de frango de corte, bem como sexagem pela cloaca em matrizes; Vacinação, em spray ou injeção, manual ou automática; Debicagem. SALA DE PINTINHOS Manter os pintinhos separados por lote; Durante o processamento monitorar o ambiente evitar aquecimento ou resfriamento. Para evitar perda de peso dos pintinhos, manter o nível correto de umidade e T°C: 23ºC ▫ UR 65-70%. SELEÇÃO: ASPECTO VISUAL, PENAS E CICATRIZAÇÃO DO UMBIGO SEXAGEM DE PINTINHOS Para linhagens não auto – sexáveis: Visualização da cloaca pelo método Japonês. Para linhagens auto – sexáveis: Através do empenamento das asas, onde as fêmeas possuem a característica “empenamento rápido” e os machos a característica “empenamento lento” (usado para linhagem de corte); Através da coloração da penugem, onde as fêmeas possuem característica “penugem dourada” e os machos a característica “penugem prateada” (usado para linhagens de postura). LAVAGEM E DESINFECÇÃO Deve ser feita uma limpeza completa das máquinas Todas as partes que ficam expostas ou em contato direto com os pintinhos: Bandeja de ovos; Bandejas de incubação; Bandeja de pintos. EFEITOS DO ARMAZENAMENTO DE OVOS ANTES DA INCUBAÇÃO O estoque prolonga o tempo de incubação Para cada dia de armazenamento, adicionar uma hora ao tempo de incubação. Deve ser levado em consideração quando os ovos são colocados na máquina, isto é, ovos frescos e ovos de estoque devem ser programados em tempos diferentes. Maior tempo de armazenagem = Baixa Eclodibilidade; Após o período de 6 dias, resulta na perda diária de 0,5 a 1,5%; A qualidade do pintinho será comprometida o peso do frango de corte que resultará deste pintinho.
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