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Anotações de Aula Educação Especial

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AULA 001 - EDUCAÇÃO ESPECIAL
Políticas Afirmativas – ações afirmativas são conjunto de ações que visa atender a grupos que são excluídos com o objetivo de incluí-las em sociedade. Essas ações envolvem questões como de gênero, etnia, socioeconômicas, deficiências, etc. Visam sempre de alguma forma corrigir algum tipo de problema. 
O que é educação especial? Que relação existe entre ações afirmativas e educação especial? – (Imagens do slide) é possível ver um atendimento diferenciado para determinados alunos. Porém, nem sempre foi assim. Educação especial há muito tempo era inclusive vista como pedagogia dos anormais ou pedagogia curativa. Pensava-se sempre a vida dos indivíduos com necessidades especiais como abrigo, terapia e assistência, um indivíduo que não poderia superar suas dificuldades. Não se pensava em incluir esses indivíduos na sociedade.
A história da educação especial é bem fundada nessa ideia, que hoje, felizmente, está ultrapassada. Contudo, alguns lugares tem esse pensamento ainda, infelizmente. 
Pedagogia ligada a esses grupos sempre teve esse aspecto de terapia, mas vai alem quando se pensa na questão de educação. Vai além até da cidadania, se pensarmos em educação como transformadora. Passa-se a entender que esse aluno com necessidades não deve ser visto como o individuo que deve se esforçar para superar as dificuldades, mas que a sociedade deve acolher esses alunos. O enfoque muda do aluno para a sociedade. É nesse momento que as políticas afirmativas entrar.
Como se constituiu a Edu especial no Brasil? – o primeiro doc q trouxe esses aspectos para o Brasil foi a Constituição de 1988 no artigo 208, que traz pela primeira vez a contribuição para pessoas com necessidades especiais. Esses docs são de momentos históricos e trazem conceitos usados naquele momento. Hoje se sabe que pessoas com deficiência devem ser chamadas como tais – pessoas com deficiência. 
Para a educação, a LDBEN, lei Nº 9394/96, Art. 58 e 59. traz duas contribuições importantes. Art 58 traz a definição de educação especial: “Entende-se por educação especial, para os efeitos esta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de e, para educandos portadores de necessidades especiais.”
Art 59: “Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;” A lei é importante, senão se colocariam alunos com necessidades juntos com outros alunos e sem ninguém especializado para cuidar dela. Mesmo com a lei há várias escolas que não atendem a necessidades dessas crianças, sem lei seria pior.
Deficiência – segundo a ONU, uma pessoa que tem deficiência é uma pessoa com impedimentos naturais, intelectuais ou sensoriais que a impedem de participar de maneira plena na sociedade. No caso da educação, as barreiras da deficiência não podem impedir que o aluno tenha escolarização plena. 
Atendimento Educacional Especializado – AEE – visa atender as normas de currículo especializado, atenção diferenciada, etc. É um conjunto de atividades e recursos que visam ajudar as crianças com necessidades especiais. Ela sempre pensa preferencialmente no ensino regular.
Diversidade – ligada aos conceitos de pluralidade, multiplicidade, diferente ângulos de visão ou abordagem. Proposta de comunhão de contrários, intersecção de diferenças e tolerância mutua. 
Diversidade cultural – engloba diferenças ligadas a cultura – língua, vestimenta, tradições, religião, questões morais.
Multiculturalismo – coexistência de formais culturais diferentes no seio da sociedade moderna. Traz uma luta para outros grupos que são minoria também e favorece o debate quanto a preconceito e discriminação. Auxilia na compreensão da luta dos movimentos sociais dentro da nação. 
Portador de necessidades especiais ou portador de deficiência? – Numa convenção da ONU para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidade das Pessoas com Deficiência ficou definido que não se usa o termo portador de deficiência, já que a pessoa não possui aquilo porque quer, aquilo é nato dela, faz parte dela. Por conta dessa questão, elegeu-se o termo “pessoa com deficiência” como sendo o termo correto a ser usado. Foi escolhido por dois motivos:
Pessoas não querem mais camuflar suas deficiências e sim buscar seus direitos na sociedade;
Combater neologismos como “eficiências diferentes” e “pessoas especiais”.
Importância de entender a luta das pessoas com deficiência e sua história? – importante para saber o que já foi tentado e conseguido pelas pessoas com deficiência e pra onde isso caminha.
EXERCÍCIO 001
Que relação fazer e que cuidados tomar entre os seguintes conceitos?
Educação especial – surge no debate do pais com a constituição de 1988, quando se percebe necessidade de atendimento diferenciado para pessoas com deficiência no país. Começou perjorativo, e o individuo devia se alterar. Hoje há ideia de que a sociedade precisa mudar
Portador de deficiência ou portador de necessidades especiais – não se usa mais o termo e sim pessoa com deficiência porque trabalha sob a ótica da diversidade e multiculturalismo, ótica de reafirmar sua situação como individuo para lutar e gerar mudanças na realidade. 
Diversidade – multiplicidade de ótica, situações e sujeitos. Envolve questões como deficiência, idade, etnia, gênero, etc.
Multiculturalismo – ideia da sociedade com diversidade e diferentes culturas coexistindo. 
AULA 02 – EDUCAÇÃO ESPECIAL	
Aspectos históricos da constituição para educação especial no Brasil
Quatro períodos históricos da ideia de deficiência:
Exclusão – Idade antiga 
Segregação – Idade Média – ligada, sobretudo a igreja católica.
Integração – séc. XVI até meados do séc. XX 
Inclusão – a partir de meados do séc. XX. Demorou muito para que pensamento chegasse aqui.
Exclusão
Durante a história antiga havia uma noção até cruel em quanto ao ser humano. Permitia-se até sacrificar crianças nascidas com deficiência. As crianças eram verificadas pelos anciões e se fosse encontrado alguma deficiência elas eram mortas (jogados do Monte Taigeto) e a prática era aceita por toda a sociedade. Crianças eram vistas como miniaturas de adultos e, portanto não havia muito importância da criança para a sociedade. A deficiência era sinal de mau agouro para a sociedade. Naquele momento valorizava-se muito a imagem e o corpo. Esparta, por exemplo, valorizava o corpo esculpido e perfeito para guerra. Isso é muito visto nas obras artísticas da época. 
As crianças saudáveis ficavam com a mãe até os 7 anos e em seguida governo assumia sua tutela para treina-las para serem soldados. 
A ciência não explicava deficiências. A mitologia fez com que deficiência fosse carregada de significados ruins e por isso sociedade deveria excluir essas pessoas. 
Segregação
Igreja católica passa a dominar a maior parte da estrutura social e política da Europa e misticismo dá lugar à religião, principalmente a preceitos da igreja Católica. Igreja não poderia permitir assassinato e sacrifício das crianças. Igreja permite que haja uma exclusão velada. Na Grécia exclusão era escancarada, mas aqui não seria possível. Porém, por se dizer que as pessoas devem ter imagem e semelhança com Deus (perfeitas), a igreja permite espaços para que as pessoas com deficiências sejam excluídas. Havia espaços em que as crianças eram deixadas e a igreja acolhia essas crianças. Não permite o sacrifício, mas permite a exclusão. Dentro desses centros há atendimento mais assistencial. Havia ainda certa concepção mística – deficiência como meio de castigo à família da criança, por exemplo. Primeiros movimentos desse tipo começaram na Europa, se estenderam para EUA e Canadá e posteriormente para o Brasil. 
Segregação ocorre do séc. XVI até XX. Apesar de ser baseada em misticismo e ocultismo ainda, há uma certa evolução sobre concepção de deficiência. Foi quando se iniciou um estudo mais científico quanto a deficiência também. 
IntegraçãoA ideia de se incluir pessoas com deficiência se inicia com estudos de Bonet em 1620. 
Em 1829 Braille desenvolve o sistema Braille.
Em 1838 – há estudos, por Itard, sobre a privação cultural das pessoas com deficiência. Deficiência causa problemas não só motores, mas também de aceitação. 
Em 1880 – Seguin realiza pesquisas sobre treinamento motor e sensorial.
1956 – Montessori apresenta materiais didáticos para serem trabalhados com pessoas com deficiência. São utilizados hoje em grande escala com crianças, não só com deficiência. 
A partir desse momento a deficiência passa a ser explicada a partir do inatismo . Inatismo é um aspecto muito ligado a hereditariedade e a causas orgânicas ocorridas no inicio do desenvolvimento e que dificilmente seriam modificadas. Individuo era visto como um sujeito fechado que será capaz de desenvolver certas habilidades com a qual nasceu, e somente aquelas. É uma explicação ultrapassada mas que fazia sentido àquele momento. A criança dificilmente teria avanços em situações que não fosse entendido como sua habilidade. Concepção, apesar de tudo, trouxe novas concepções: 1) necessidade da detecção dos distúrbios das crianças e encontrou forças nas pesquisas sobre testes de inteligência e 2) conscientização de que essa clientela precisava de atenção educacional especial e começam a surgir as escolas de educação especial. 
Durante as décadas de 40 e 50 passou-se a questionar a influencia das questões sociais e culturais. Deficiência poderia estar vinculada a falta de estimulação adequada do sujeito e então se reforça intervenção mediante conceitos de adaptação social e aprendizagem. 
História da educação especial no Brasil
No Brasil há algumas instituições importantes:
Sec. XVI – casas de misericórdia – instituições religiosas que cuidavam de quem era abandonados
Sec. XVII – rodas de expostos 
Constituicao de 1824 – garante primaria gratuita para todos, mas direito d político das pessoas com deficiena era restristo
Sec. XIX – atendimento das crianças com def. era o mesmo para crianças q estavam nas casas religiosas. Eram contratados religiosos, pelas províncias, para educar essas crianças: meninos após os 7 anos eram enviados para seminários onde ficavam até conseguir uma profissão e meninas após 7 anos eram encaminhadas para seminário da glória e ali permaneciam até conseguir um casamento. 
Instituições especializadas 
Posteriormente começam a surgir esses lugares especializados:
1854: fundação do instituto Benjamin Constant - IBC
1857: instituto nacional dos surdos-mudos que mudou o nome para Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).
1889: escolas para pessoas com deficiência em SP, RJ, RS – pessoas especializadas passam a debater como ensinar efetivamente pessoas com necessidades especiais. 
1891: estado vai se eximir da sua responsabilidade desencadeando implantação de escolas particulares e especializadas como Instituto Pestalozzi no RS, considerada a primeira instituição particular especializada na área de deficiência intelectual no Brasil. 
Década de 30 – avanço – constituição brasileira de 1934 – por conta do desenvolvimento do país é preciso capacitação do povo e educação é meio para isso. 
Década de 40 - constituição brasileira de 1946 divulga concepção de educação como direito de todos, devendo ser inspirada nas ideias de solidariedade humana, possibilitando abertura de instituições sem fins lucrativos para auxilio a pessoas com deficiência – assim é fundada a Associação de Pais e Amigos Excepcionais – APAE do RJ. 
L.D.B. nº 4.024/61: afirmou legalmente a modalidade de ensino especializada. – Confirmada pela constituição de 88.
Reforma Educacional Lei nº 5.692/71: a educação é necessária para o progresso da sociedade, ao oferecer meios de adaptação do indivíduo. – pelo desenvolvimento todos devem ter acesso a educação
Constituição de 1988: artigo 208 - defesa da inclusão de pessoas com deficiência no ensino regular. – deixa de ter noção de lugares próprios para isso, e sim que alunos venham para ensino regular.
L.D.B. nº 9394/96: preferencialmente, o aluno com necessidades especiais deve ser atendido no ensino regular. Possui dois eixos importantes na resolução 2 de 2002 – 1) trata da capacitação de pessoas q vão trabalhar com educação especial e 2) define como vai ocorrer o atendimento das crianças na educação regular (num. de crianças por sala, o que deve existir na escola, como devem ser os materiais). 
EXERCÍCIO 02
Por que é importante resgatarmos a luta da pessoa com deficiência, levantando os quatro períodos históricos dessa trajetória?
Inclusão – ideia de que sociedade tem que ser capaz de incluir e se modificar para incluir o indivíduo com deficiência e necessidades especiais. 
História é importante para que se tenha visão geral da trajetória percorrida por pessoas com necessidades especiais e da educação especial e se possa ter noção do que já foi conquistado e do que ainda é preciso lutar pra conquistar. 
AULA 03 – EDUCAÇÃO ESPECIAL
Aspectos da inclusão, aspectos da educação especial, conceitos de dificuldade de aprendizagem e outros conceitos relacionados à educação especial.
Revisão:
Idade antiga – eliminação e abandono de deficientes
Idade Média – outra visão – sociedade via deficiência como sobrenatural(castigo divino ou possessão por exemplo) – via-se como solução a proteção da igreja, ainda vista como maus tratos as vezes.
Séculos XVII a XIX – deficiência vista como hereditária ou lesões e disfunções, porque começam os estudos voltados a essa área, porem deficiência ainda gera segregação social. 
Século XX – Multideterminação de fatores – normalização e integração 
Final Século XX até início XXI – Influências múltiplas - não só fatores biológicos causam deficiências – inclusão = sociedade responsável por incluir individuo, que não precisa mais mudar para viver em comunidade. 
No fim de XIX e inicio de XX nova concepção é formulada e passa a ser discutida porque há ampliação de vagas na escola a atendimento de um numero maior de crianças e consequentemente casos diferentes, como por exemplo o de crianças com deficiência. Surge então a figura de um aluno que tem dificuldade de aprendizado, mas sem fundo orgânico. Dentro dessa discussão de uma nova visão há duas explicações ligadas a concepções anteriores: deficiência era inata do individuo e ele aprenderia até um certo limite pessoal – passado disso não evoluiria mais – isso fez com que se tivesse ideia de que individuo precisava mudar para viver em sociedade. Os problemas estavam sempre na pessoa e não na sociedade – pensamento foi alterado com o tempo mas na época era assim. Eram explicações de cunho unicamente organicista e não tinham capacidade de responder a nova demanda de alunos com deficiência q chegava.
Essas ideias fizeram a abordagem passar de segregação (abrigo e assistência) para movimento de integração social, que buscava inserir pessoas com deficiência nos sistemas gerais(familiares, sociais, escolares). Surge nesse momento o conceito de Normalização que contribui muito, posteriormente, para o debate de inclusão. Normalização surge nos países Europeus e difundido depois para outros países e tem noção MT importante pq passa a propor que pessoa com deficiência tem um direito próprio de ter acesso a todos os serviços que uma pessoa sem deficiência tem - ou seja, todos deveriam ter o mesmo estilo de vida e poder usufruir de todos os serviços. Normalização de serviços, por exemplo, é deixar os serviços acessíveis a todos, com ou sem deficiência. Pensamento traz contribuição no fato do pensamento de tirar pessoas internadas em casas ou hospitais e eliminar esses espaços, integrando as pessoas aos espaços públicos. 
Mainstreaming – é outro conceito que passa a ser trabalhado depois desse debate. Foi muito usado na dec. De 80 com o avanço da integração das pessoas com deficiência na sociedade. É a possibilidade de acesso aos serviços mais próximos ao seu ambiente de moradia. Indivíduo deve ter acesso aos serviços mais próximos de suacasa. É uma forma de desinstitucionalizar os ambientes de ensino. Ex. um aluno com deficiência intelectual pode acompanhar matérias diferentes em anos diferentes, de acordo com sua capacidade – permite o aluno a se integrar na escola, em sociedade, mas ainda é um problema porque estrutura da escola não muda, o aluno ainda tinha q se modificar e não a sociedade. Mesmo assim, foi um avanço ao que diz respeito a pessoas com deficiencia. 
Educação especial – em países onde houve a integração escolar, desencadeou-se a criação de um subsistema de educação especial – a escola não se altera, apenas se criam pequenos sistemas para atender alunos com necessidades especiais. Nesse tipo de interação, o esforço é unilateral, somente o individuo deve se esforçar para ser parte da sociedade. Não há nada por parte das outras pessoas. Essa ideia de integração está estruturada no modelo médico de deficiência que entende que deficiência é um problema da pessoa, do próprio individuo – quem ajudaria o individuo a se integrar eram os profissionais da saúde. 
Sassaki trabalha pensamento de que esse modelo ainda é responsável pela resistência da sociedade em compreender e adaptar suas estruturas para atender pessoas com necessidades especiais. Consequentemente, pouco se exige da sociedade, em questões de habito, estrutura, entendimento, etc. 
Inclusão, segundo Mrech, a inclusão teve inicio com uma lei americana de 75 que chegou posteriormente ao Brasil, onde a inclusão começou a tomar forma verdadeiramente somente em 1990 baseado no modelo social da deficiência. Modelo social não é o modelo médico, e entende q problema n está nas pessoas, mas na ideia de que sociedade cria barreira a esses indivíduos. Nesse modelo a sociedade tem responsabilidade de eliminar a barreira social e física. Essa concepção de inclusão é baseada em três pilares importantes: autonomia, independência e empowerment. 
Autonomia e independência é parte do que o individuo pode e deve ter. 
	Autonomia - condição de domínio no ambiente físico e social, preservando ao máximo a privacidade e a dignidade da pessoa que a exerce
	Independência - capacidade de decidir sem depender de outras pessoas, como, por exemplo, da família e/ou de profissionais especializados.
Empowerment – termo não tem tradução mas há tentativa de traduzi-lo como “empoderamento”. É o processo pelo qual a pessoa passa, utilizando da sua situação (gênero, deficiência, etnia), agir para que possa ter autonomia e fazer com quer seu meio seja alterado. 
Equiparação de oportunidades – processo pelo qual atividades e recursos da sociedade sejam postos a disposição de todos, sobretudo, pessoas com deficiência. 
Esforço bilateral – há parceria com sociedade para que se busque soluções para pessoas com deficiência. Busca promover autonomia, independência e empowerment.
Inclusão é um processo que espera que pessoas com necessidades especiais tenham direito a autonomia, independência e empowerment.
AULA 04 – EDUCAÇÃO ESPECIAL
Aspectos Patológicos quanto a questão das pessoas com deficiência
Inclusão e Escola Inclusiva – a Conferencia Mundial sobre Necessidades Especiais organizadas pela UNESCO em 1994 foi muito marco importante na questão da inclusão das pessoas com necessidades especiais, e também questão de gênero. Gerou um documento norteador para a área, porem há também um conceito histórico ao quais se precisa prestar atenção. Na época surgem vários documentos que visam a inclusão. É uma época em que há a nova ordem mundial – isso é, processo de integração das economias, da sociedade que traz Idea de que todos devem ser incluídos. Porém, muitas vezes essa concepção traz possibilidade de pessoas se integrarem, mas às vezes ficam só documentadas ou na lei. É um longo caminho até sair das leis e virar realidade. 
Conceito de diferenciação sempre gerou curiosidade e necessidade de compreensão do ser humano, do que é normal. Desde a Filosofia, Socrates, Platao e Aristoteles defendem condição intrínseca entre homens e mulheres de serem compostos pela diferença – gera debate de quem somos nós, se algo comum a todos os seres humanos – pensamento sempre esteve presente. Essa pensamento norteia educação especial. Foi pensamento sobre o que é normal, o que é patológico, etc. que definiu mts ações dentro da Edu especial durante história. 
Norma – do latim significa “esquadro” – esquadro serve para traçar linhas retas e calcular conjunto de números para resultado. Norma nada mais é do que uma regra a ser seguida. O que é normal sempre esteve baseado no que é um estado comum habitual, que é um estado ideal, de equilíbrio, sendo qq situação que ameace esse estado normal é considerado anomalia. Essa concepção ajuda a entender pq na antiguidade a Grécia entendia anomalia como algo escabroso – estava baseada numa concepção de normalidade. 
Ballone – 3 conceitos diferentes referentes a normalidade:
Capacidade de aprender por meio das vivencias e experiências e sendo capaz de se adaptar ao ambiente em transformação
Capacidade de adaptar-se ao mundo externo, com satisfação, dominando processo de aculturação – não há dificuldade em lidar com o externo, sem resistência e dominar o ambiente
Capacidade de viver sem medos, angustia e culpas, assumindo sempre a responsabilidade pelas próprias ações. 
3 ideias completam a Idea que temos de normalidade. Idea de normalidade está ligada a adaptação a mudança sem grandes dificuldades. Nosso estado então, é ora normal e ora anormal? Há diferença entre normal e patológico? Durkheim – para ele, dois estados estão relacionados à oposição entre saúde e doença. Normal e patológico está relacionado à doença e saúde. 
Doença – é uma situação em que há dor e sofrimento. Alguns estados, como fome, são considerados normais, apesar do sofrimento, o que tornam esse critério insuficiente para dizer o que é normal e o que é doença. Assim, próprio autor inclui nos seus trabalhos a questões biológicas e sociais para definir o que é normal ou doença. Coloca a seguinte regra: analisa-se fenômenos da sociedade e se separa em dois extremos – um que esta totalmente fora da normalidade e o que se está dentro. Analisa-se então as duas realidades e chega-se a um padrão (regra de normalidade) e o que está fora do padrão é uma patologia. Porem, próprio autor diz que a linha entre normal e patológico é muito tênue e que é necessário avaliar frequência dos fenômenos. Para definirmos se é doença ou não temos que analisar a frequência do fenômeno na sociedade. É MT importante ser considerado os fatos sociais. Para dizer se é patológico, Durkheim coloca 3 critérios importantes:
Um fato social é normal para um tipo social determinado, considerando a fase de desenvolvimento e o que é a média pra o grupo em geral nessa fase de dev. 
Generalidade do fenômeno está ligada às condições da vida coletiva do tipo social considerado – deve-se considerar a vida daquele grupo,não deve ser comparativo a outra sociedade
Diversificação é necessária quando um fato diz respeito a uma espécie social que ainda não cumpriu uma evolução integral – tem q se entender se processo está completo ou não
Patologia – é então definida como desvio do que se considera uma normalidade média pela frequência com que se apresenta, destacando importância das condições gerais da vida coletiva – regras, normais, hábitos, valores, td criado socialmente – que precisam de processos educativos para serem internalizados e permitir ajuste à sociedade. Associa-se aqui também fatores sociais e não só biológicos. 
Porém, para Canguilhem, patologia é caracterizada por valores determinados pelo coletivo. Excepcionalidade vai se configurar na totalidade humana de um indivíduo que é membro de um grupo social. A norma pode ser referencia de uma ordem possível que pode e deve ser contestada por uma contra norma. 
Ex. estigma e astigmatismo – um ser com astigmatismo dentro de uma sociedade agrícola será considerado normal. Mas para a marinha, por exemplo, é considerado anormal. Um óculos poderia corrigir, por exemplo. É umexemplo de como o avanço tecnológico pode levar a variações da norma. Norma que torna o indivíduo normal ou patológico muda ao longo do tempo. Os indivíduos que não se adéquam as normas são estigmatizados. 
Estigma é um termo criado por Gregos. Estigma é uma marca, um símbolo que diferenciavam pessoas com algum tipo de problema ou situação fora do normal na sociedade para evidenciar os sinais corporais com o intuito de marcá-las e evidenciar algo de extraordinário e/ou mau em seu status moral. Sempre marcou a concepção de Edu. Especial durante a história. Os estigmas ajudaram na identificação de escravos e criminosos, por exemplo. É a sociedade quem cria os critérios que vão considerar quem é normal ou desviante. 
Sociedade – em relação como a sociedade propaga os estigmas – sociedade vive criando métodos ou maneiras de fazer diferenciações e assim não conseguimos conviver com as diferenças – a consequência é a exclusão do sujeito que se mostra desviante. A concepção de estigma deve ser alterada!
No sentido de alteração da Idea de estigma, cria-se o conceito de Necessidades Educacionais Especiais, que propõe a abolição da classificação em deficiências devido a várias causas:
Dificuldade de incluir um aluno em categoria específica de patologia ou deficiência – gerava vários estigmas. 
Estereótipos – item um tinha como consequência a estereotipação 
Baixo nível de expectativas gerado pelo sistema de categorias – gera certa resistência, certa dificuldade de socialização dos indivíduos. 
Escola não deve ser ambiente homogeneizador e sim multicultural e multifacetado porque tem que atender as várias dificuldades e vários tipos de alunos diferentes que vão chegar. Nossa sociedade exige atendimento diferenciado, o que é um processo muito difícil. Há luta muito grande para que docs. norteadores saiam do papel e mudanças venham para a realidade. 
AULA 05 – EDUCAÇÃO ESPECIAL
Evolução dos conceitos
A noção ligada a evolução dos conceitos é propriamente histórica. Nomenclaturas são permeadas por questões ideológicas e buscam atender necessidades de um determinado momento histórico. Termos usados são sempre influenciados por questões sociais, culturais, etc.
Conceito se inicia no séc. XX e termo era pejorativo – utilizava-se termo inválido. Era uma época de efervescência do capitalismo e então pessoas que não podiam trabalhar, de produzir, eram isoladas e tidas como inválidas. Pessoa com deficiência era tida como inútil e levadas para centros de confinamentos (hospitais, clínicas em que pessoas era confinadas).
De XX até dec. De 50 - termo mudou para “incapacitado”. Indivíduos eram visto como com capacidade residual, isso é, capacidade reduzida. Apesar de termo ainda desqualificar, há avanço quanto ao termo anterior. Deficiência reduzia capacidade das pessoas em todos os aspectos. 
De 50 a 80 – há surgimento de algumas associações – a criança “defeituosa” (AACD, que hoje mudou para “deficiência”). Aqui é ideia de defeituoso – indivíduo com deformidade física ou psicológica. Sociedade passou a focalizar esse termo para focar deficiência em si e que indivíduos não conseguem fazer algo como maioria das pessoas, mas que tem alguma capacidade. Nos termos é possível ver os pequenos avanços da sociedade. Nesse momento há avanço nos direitos de pessoas com deficiência. Termo “excepcional” era usado para pessoas com problemas mentais, mas também para pessoas superdotadas. 
De 1981 a 87 – temos momento importante porque há pressão da ONU para que se passe a utilizar um termo mais apropriado - passa a se usar “pessoas deficientes” – no sentido de qualificar o indivíduo, não para trazer algo pejorativo novamente. Essa noção vai ser atribuído como valor bom.
De 88 até dias atuais – termo “deficiente” é contestado, porque palavra é um termo pejorativo. Novo termo passa a ser “pessoas portadoras de deficiente”. 
De 93 até hoje – artigo da resolução do conselho nacional da educação número 2 de 2001 – o nome passa a ser “pessoas com necessidades especiais” – surgiu para substituir noção de deficiência, porem termo é muito amplo e não tem definições exatas (ex. se pessoa é portadora de deficiência ou se está com necessidades especiais no momento somente).
1994 – Declaração de Salamanca – fala das necessidades educacionais especiais – especialmente da questão educacional não se preocupando com questão da deficiência, mas com todos os tipos de dificuldade de aprendizado. 
Atualmente – termo mais defendido pelas pessoas com deficiência – em 96 houve reunião entre pessoa com deficiência de todo o planeta para que fossem discutidos situações e o termo e nessa reunião chegou-se a conclusão de que melhor termo era “pessoa com deficiência”. É o termo mais correto atualmente.
Diferenciação de Educação Especial e Necessidades Educacionais especiais
Termo “Educação especial” sempre serviu como noção de isolamento. Termo era usado para caracterizar doença como algo ruim – não se podia frequentar espaços regulares porque precisava de atenção diferenciada. Ao longo da evolução histórica, Edu especial estava sempre ligado a isso. 
Noção de “Necessidades Educacionais especiais” trabalha com noção de inclusão. Isso é, inclusão é ponto principal e atendimento deve acontecer nos espaços regulares. Obrigam espaços a incluir pessoas e não que pessoas tenham q se adaptar ao sistema. Trabalha reorganização da sociedade e toca em temas políticos inclusive. 
Decreto nº 5296 de 2004 – altera termo deficiente para conceito de deficiência. Termo deficiência não deixa de existir, pois ajuda na compreensão e na qualificação, explicação da situação de uma pessoa. 
Termo deficiente – “deficiência” permanece, mas deficiente não. Com “deficiente” parece que falta algo, que algo está errado e “deficiência” é algo natural da pessoa. 
“Pessoa portadora de deficiência” – ngm “porta” olhos verdes, por exemplo. Pelo mesmo motivo o termo não é mais utilizado – não se porta uma deficiência, mas “tem” deficiência. 
Convenção sobre direitos das pessoas com deficiência – da ONU – pessoa com deficiência são aquelas que tem algum impedimento físico, sensorial ou intelectual que obstrui participação plena daquela pessoa. 
Pessoa com necessidades especiais substitui pessoa com deficiência? - Pessoa com necessidades especiais não é sinônimo de pessoa com deficiência. Termo Pessoa com necessidades especiais é muito amplo e não caracteriza a deficiência específica da pessoa. Pessoa com necessidades especiais pode ser a pessoa que precisa de algo especial de acessibilidade naquele momento (ex. pessoa que quebra a perna) mas não é necessariamente pessoa com deficiência. 
Necessidades Educacionais Especiais – abre outra noção que abrange não só pessoa com deficiência, mas todos aqueles que possuem algum tipo de dificuldade no aprendizado. Abre para todo e qualquer tipo de dificuldades e escola passa a ter q ser múltipla e atender a todas as dificuldades de aprendizagem. Muitas crianças apresentam algum tipo de dificuldade durante sua escolarização e escola deve buscar formas de educar tais crianças, incluindo aquelas que possuam desvantagens severas. 
Art. 5º da declaração 2 de 2001 – I. educando com necessidades educacionais especiais são os que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares compreendidas em dois grupos: 
Aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica.
Aquelas relacionadas a condições de disfunções, limitações ou deficiências. 
II. As dificuldades podem ser de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando utilização de linguagens e códigos aplicáveis. 
III. Altas habilidades que proporcionam grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes – no ensino regular muitas vezes não sabem lidar com isso.
Desafio da escola de fundo inclusiva é ser capacitada e poder atender a todos os tipos de dificuldade. Desafio passa a ser ajustar osrecursos e metodologias para atender a diversidade de todos os alunos. 
Necessidades Educacionais Especiais ou Necessidades Educativas Especiais – Sassaki aponta diferença nos termos – educativo significa algo que educa. Necessidades não educam e portanto são educacionais, concernentes à educação. 
Todos os termos são corretos em relação a sua época histórica. O problema decorrente do uso de termos incorretos reside no fato de os conceitos obsoletos e ideias equivocadas serem perpetuados. 
EXERCÍCIO 05
Pessoa deficiente – foi criado por questões históricas e de luta para qualificar pessoas com algum tipo de deficiência, mas tempo depois as pessoas deficientes passaram a achar o termo pejorativo, com impressão de que falta algo. Termo inutilizado atualmente. 
Pessoa portadora de deficiência – Noção de “portar” é de algo que se segura, mas a deficiência é algo que se possui. Pessoa “tem” deficiência e não a porta. 
Pessoa com deficiência – é o termo mais correto hoje para se referir a uma pessoa com deficiência. 
Pessoa com necessidade especiais – é um termo utilizado mas é um termo amplo. Inclui não só deficiência que se porta, mas também deficiências temporárias. 
AULA 006 – EDUCAÇÃO ESPECIAL
Objetivo – trabalhar principais docs norteadores da educação especial.
Principais documentos – norteiam estudos e orientação da educação especial dentro das escolas.
1975 – Declaração dos Direitos da pessoa deficiente. – Possui esse nome ultrapassado por conta do momento em que foi escrito. Foi primeiro doc trabalhado na ONU com relação a atendimento, a direitos, etc. relacionados a pessoas com deficiência. Estruturou todo o pensamento em relação a pessoas com deficiência. Em seguida doc influenciou nas leis de vários países na criação das diretrizes sobre pessoas com deficiência (nos países que acataram). Alguns pontos importantes: capacidade de desenvolver as capacidades e habilidades das pessoas com deficiência; tratamento médico, psicológico, vocacional, entre outros; atividades sociais e recreativas, mesmo quando for necessária a permanência em estabelecimento especializado; possibilidade de inclusão social e profissional. 
1999 – Decreto 3.298 – Política nacional para a integração da pessoa portadora de deficiência – muito importante. Reafirma no Brasil o que se havia colocado na declaração da ONU. Demorou muito para que declaração virasse lei aqui. Possui definição de vários tipos de deficiência:
Deficiência permanente – aquela situação que se estabilizou durante um período e que não há recuperação. Há estabilidade e impedimento de recuperação.
Incapacidade – redução da capacidade de participação social, e implica no uso de equipamentos adaptados ou recursos especiais para ter participação na vida social.
Deficiência física – algum tipo de alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo, que são alterados e são comprometidos. 
Deficiência auditiva – perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras variando em graus. Classificação é de acordo com o volumo, em decibéis. A lei coloca exatamente os níveis de deficiência auditiva existentes. 
Deficiência visual – trabalha com noção de acuidade visual, ou seja, capacidade de enxergar detalhes de determinado objeto. Deficiência é acuidade menor que 20/200 ou campo visual inferior a 20º na tabela de Snellen (a dos Es) – dificilmente corrigidas com ajuda de lentes. Pode ocorrer também as duas situações.
Deficiência intelectual – compromete o comportamento intelectual de maneira significativa e deve ser identificada antes dos 18 anos. São relacionadas a uma ou mais áreas – relações sociais, alimentação, higiene. 
Deficiência múltipla – duas ou mais deficiências
Mecanismos de inclusão – integração de ações de órgãos e entidades, desenvolvimento de programas setoriais e de políticas publicas, formação de recursos humanos especializados, prevenção e atendimento especializado. Há órgãos para verificar se serviços veem sendo aplicados de forma correta – Ex. CONADE. CONADE é um conselho que faz parte do ministério dos direitos humanos e faz avaliação de todas as atividades propostas a pessoas com deficiência estão sendo aplicadas. Para cada setor social são estipuladas medidas que órgãos e adm publica deve viabilizar. É uma forma de garantir com que programas possam dar orientação e que leis saiam do papel e possam ser aplicadas corretamente. Porém, as vezes são capengas e não conseguem dar conta de tudo. Por esse motivo os movimentos sociais são importantes, porque pressionam para que tudo aconteça de forma correta. 
Decreto de nº 3298/99 – Saúde – promoção de ações preventivas (planejamento familiar) e de prevenção de acidentes. A casa de uma pessoa com deficiencia, por exemplo, deve ser diferente. Há criação de serviços regionais, para evitar que se precise procurar serviços em outros municípios. Agentes de saúdes especializados. 
Decreto de nº 3298/99 – Educação – viabilização da matricula, principalmente na rede publica, e intenção é que sejam atendidas na rede publica. Classes hospitalares para impossibilitados de ir a escola, materiais escolares, transporte, merenda. 
2000 – Lei 10098 – Promoção da Acessibilidade – acessibilidade é a capacidade de ir e vir sem barreiras ou com adaptação correta para circulação sem dificuldade. Estrutura arquitetura de espaços públicos para pessoas q necessitam de adaptação nos espaços. Prédios públicos e sociais foram repensados nos últimos anos. Meios: supressão de barreiras e obstáculos nas vias e espaços públicos – mts cidades ainda não tem rebaixamento para cadeira de rodas ainda!; construção e reforma de edifícios, meios de transporte e comunicação; planejamento e urbanização das vias publicas, parques e demais espaços públicos. Hoje, todos os projetos em uma cidade já deve vir com adaptações para serem aprovados. 
2001 – Lei 10216 – Lei do transtorno mental – essa lei garante sigilo nas infos prestadas a pessoas com transtornos mentais (Ex. necessidade de psicólogo – tratamento vai ser em sigilo), ter livre acesso a meios de comunicação, receber o maior numero de infos a respeito de sua doença e ser preferencialmente tratado por serviços comunitários de serviço mental. Pessoa tem direito a serviço comunitário. 
2001 – decreto 3952 - Conselho Nacional de combate a discriminação – órgão colegiado integrante da estrutura básica do Ministério da Justiça – garante proposta, acompanhamento e avaliação das políticas publicas afirmativas de promoção da igualdade de proteção dos direitos de indivíduos e grupos sociais e étnicos afetados por discriminações racial e demais formas de intolerância. 
2004 – Decreto 5296 – Atendimento prioritário – tratamento diferenciado para pessoas com deficiência, em ambientes públicos, alem de pessoas especializadas para prestar atendimento a essas pessoas. 
2004 – lei 10845 – Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às Pessoas (com) portadores de deficiência – traz noção de garantir universalização do atendimento especializado de educando com deficiência cuja situação não permita inclusão no ensino regular. Garantir progressivamente, a inserção dos educandos portadores de deficiência nas classes comuns de ensino regular. 
EXERCÍCIO 006 
A Legislação Brasileira garante os direitos da pessoa com deficiência? 
A legislação, por si garante os direitos? Apesar de termos várias leis, sabemos que na prática, as coisas não são bem assim. Muitas vezes é preciso entrar com meios jurídicos para que as leis sejam seguidas e cumpridas. Na prática, se não houver a luta, as políticas publicas não dão conta. 
AULA 007 - EDUCAÇÃO ESPECIAL
História das pessoas com deficiência passou pelas fases de exclusão total, de inclusão assistencial sem foco no desenvolvimento, de processo longo pauto nos aspectos de que pessoa era responsável pelo sua deficiência e deveria por conta própria se integrar na sociedade e mais recentemente de visão de inclusão onde sociedade deve mudar para acomodar a pessoa com deficiência. 
Tema educaçãoespecial esteve na maior parte do tempo atrelada a ideia de atendimento particular. Havia escolas especificas para pessoas com deficiência. Mas atualmente há necessidade de mudar essa visão, e principalmente defender o atendimento de pessoas com deficiência em escolas publicas regulares. 
Documentos que falam propriamente da questão da educação
Constituição Federal de 88
	3 capitulo fala da educação, cultura e desportos. Artigos 205, 206 e 207 são importantes para concursos.
Artigo 205 – A educação é direito e dever do estado e da família. Prevê educação para todas as pessoas e visa pleno desenvolvimento, cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Artigo 206 – “Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.” Não basta haver basta, deve haver permanência e meios para tal nas escolas. 
Artigo 208 – “Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.” Artigo importante porque fixa ideia de atendimento especializado e na rede regular. Antigamente, por precisar de ensino especializado, crianças eram transferidas para outro lugar. A partir da constituição, escolas devem ser adaptadas. 
Estatuto da Criança e do Adolescente
Doc importante pq reafirma direitos da constituição e é tbm doc norteador. 
“Assegura condições de igualdade para acesso e a permanência da criança na escola.” Já estava em 88.
Garantir a frequência das pessoas com necessidades especiais na rede regular de ensino.
Declaração de Salamanca
Primeiro doc internacional de peso, de 1994. 92 paises e 25 instituicoes se juntaram para pensar em como incluir a pessoa com deficiência. Tratou não só da deficiência, mas das minorias em geral. 
Apresenta medidas para promover a educação para todos. 
Principios: td criança tem direito a educação. Td criança tem particularidades. Sistemas Edu devem se adequar. Garantir atendimento em escola regular.
Pedagogia passa a ser centrada no aluno.
Todas as crianças compartilham mesmas situações de aprendizagem, mas possuem meios diferentes de aprender. Faz-se necessário cv apropriado, arranjo organizacional diferenciado, estratégias de ensino diferenciadas, usa de recursos variados e parceria com as comunidades. 
Escolas ou classes especiais? 
Há preferência para classes regulares. Há também escolas de ensino especializado. Isso acontece porque há casos em que as crianças não podem ser atendidas somente pelo ensino regular. As escolas especiais ainda servem e são muito importantes porque servem como centros de formação, metodologia e conteúdos. Servem de apoio as escolas regulares, prestando suporte extra às pessoas com deficiência. 
Lei de Diretrizes e Bases da Edu Nacional de 1996
Capitulo V: Educação Especial
Artigo 58
“Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.”
Condições de inclusão: (5 fatores importantes)
Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos;
Terminalidade específica;
Professores com especialização;
Educação especial para o trabalho;
V. acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares.
Conselhos Estadual e Nacional de Educação
Parecer 17/2011 – fixa as diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Trata especificamente das adaptações necessárias e serviços de apoio para quem precisa de educação especializada. 	
Plano Nacional de Educação 
Foi votado em 2001 e vencia em 2011. Tinha metas a serem conquistadas. Pode-se avaliar que algumas coisas ficaram para trás e foram colocadas novamente no plano da Educação de 2011 para 2020. 
elevação do nível de escolaridade da população;
melhoria na qualidade de ensino;
redução das desigualdades sociais e regionais;
democratização da gestão do ensino público.
PNE trabalha Edu especial nos âmbitos social e educacional.
Social – reconhecimento de crianças, jovens e adultos como cidadãos. 
Educacional – qualificação dos professores e demais profissionais. 
PNE de 2001 prevê programas de formação de profs. e atendimentos aos alunos, disponibilização de recursos, transporte escolar, equipamentos para deficientes físicos. 
Atual PNE coloca Incentivo à formação inicial e continuada de professores, estímulo a expansão do estágio, programa de prestação continuada destinado a pessoas com deficiência, determina a ampliação progressiva do investimento público em educação até atingir o mínimo de 7% do produto interno bruto (PIB) do país, com revisão desse percentual em 2015.
Muitos países tem investimento muito maior do que o previsto na PNE. Ainda precisamos trabalhar muito esse aspecto. 
EXERCÍCIO 007
Condições para inclusão escolar?
currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos;
terminalidade específica; 
professores com especialização;
educação especial para o trabalho;
acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares.
AULA 008 - EDUCAÇÃO ESPECIAL
Práticas de sala de aula ligadas efetivamente ao processo de inclusão no aluno na escola
Quando se trata do conceito de escola inclusiva se fala em todo tipo de dificuldade de aprendizagem, não somente a relacionadas a pessoas com deficiência. 
Como pode se fazer efetivamente a inclusão? Há necessidade de adaptações curriculares ou tecnologias assistivas. Há cinco pontos a serem tratados: escola no contexto de inclusão, necessidades educação especiais, currículo escolar, adaptações curriculares e tecnologias assistivas, processos de avaliação e promoção. 
Escola no contexto de inclusão – vamos trabalhar novamente com a ideia de envolvimento coletivo das diferenças que requer lembrar que toda e qualquer criança com deficiência ou necessidade de adaptação tem direito ao acesso a educação. Quando se tem essa noção de que a educação é direito de todos, nos sabemos também que nenhuma escola pode negar a matricula por conta disso. Profissionais da educação devem ajudar na aquisição desse direito, que é acompanhado também do direito da permanência e qualidade de ensino. Apropriação do saber e do conhecimento para que escolas proporcionem inclusão. 
O segundo item de pensamento é a questão da criança já estando na escola. Lá também há necessidade de adaptações. O que fazer para que escola se adapte a pessoas com deficiência? Isso cabe as Secretarias de Ensino. Elas são responsáveis por fazer a verificação e garantir que os espaços estejam de acordo com a lei que implica que todas as estruturas públicas e financeiras tenham que ser adaptadas. As Secretarias de Ensino devem fazer esse acompanhamento nas escolas e requerer sistema educacional diferente, que implica na inserção de todos. É preciso pensar também em sistemas educacionais planejados e organizados para que situações específicas de atendimento aconteçam de forma natural, sem conflitos. Sobre as adaptações da escola ainda, é preciso oferecer respostas adequadas as necessidades especificas de cada aluno.
Investimentos
Envolve várias situações, como disponibilidade da verba pública, repasse financeiro correto dos municípios para educação, etc. É importante pensar na forma como a política pública acontece também. 
Investimentos têm que ser muito bem direcionados para surtir efeito. 
	Formação de professores – formação adequada não significa ser exatamente especialista, mas saber minimamente como trabalhar com as situações de inclusão. Professor deve ter educação continuada para se adaptar as novas situaçoes. 
	Demais profissionais – fonoaudiólogo, psicólogo, terapeutas, etc. 
	Metodologia específicas 
	Materiais didáticos – em Braille, pessoas que falam em libras, etc. Lei prevê que existam esses profissionais nas escolas para quando há pessoas com essas necessidade. Há necessidade também de materiais adaptados – vídeos adaptados, por exemplo.
	Adaptações no espaço físico – são fundamentais para acessibilidade. 
Escola deve ser um ambientede transformação do projeto político pedagógico. E um projeto que norteia tudo que acontece na escola e por isso ele é tão importante. É o que da a cara da escola e a partir dele se faz as mudanças. 
Necessidades educacionais especiais
Aqui é direcionado mais a sala de aula realmente. É de responsabilidade do professor. Como ele pode promover isso?
O atendimento inclusivo é geralmente um atendimento que requer muita atenção. Vai muito do que professor observa no dia a dia e é muito particular. Cada professor deve fazer as adaptações relacionadas a cada aluno individualmente. É preciso observar por qual objeto e interesse o aluno tem mais apreço, por exemplo. Assim será possível trabalhar a motivação desse aluno e trabalhar suas capacidades intelectuais e seus conhecimentos. 
Dentro desses aspectos ainda é preciso pensar nos seguintes aspectos:
nas crianças com condições físicas, sociais, emocionais e sensoriais diferenciadas;
nas deficiências e nos bem dotados (preparar sempre algo a mais para lidar com super dotação);
nas trabalhadoras e que vivem nas ruas;
da população distante, refugiados ou nômades;
de minorias linguísticas, étnicas ou culturais;
de grupos desfavorecidos ou marginalizados.
Temos que pensar que necessidades educacionais sempre estiveram relacionadas ao fracasso escolar. Esse discurso deve ser desconstruído porque, se garantimos que todos tenham inclusão, fracasso não deve existir. Fracasso está ligado à falta de método, materiais e outros recursos adequados. 
Currículo Escolar
Projeto político pedagógico – mudança no pensamento da escola e seus profissionais.
Execução e finalidade das atividades escolares
O quê, quando e como ensinar e avaliar?
Definição das praticas escolares
Desenvolvimento da capacidade de aprendizado do aluno
Possibilidades que viabilizam o processo de aprendizagem:
Organizativas – agrupamento de alunos, organização didática da aula, organização dos períodos para realização das atividades. 
Objetivos e conteúdos – capacidades básicas de atenção, adaptação do aluno, sequência pormenorizada, reforço, eliminação de conteúdos menos relevantes (professor não precisa ficar nos detalhes). 
Avaliativas – técnicas e instrumentos
Procedimentos didáticos – alteração de atividades, recursos de apoio, adaptação de materiais. 
Temporalidade – alteração do tempo destinado a realização de atividades e alteração no período programado para alcançar determinados objetivos. Crianças não tem todas o mesmo tempo de aprendizagem. 
EXERCÍCIO 08
Quais investimentos são necessários para a eficácia do uso de tecnologias assistivas nas escolas?
• Formação de professores e demais profissionais – se não há professores preparados, não há porque ter as tecnologias assistivas. 
• Metodologia.
• Materiais didáticos.
• Adaptação do espaço físico.
• Transformação do projeto político pedagógico.
AULA 009 - EDUCAÇÃO ESPECIAL
Importância das adaptações
Adaptações são feitas em 3 níveis. 
	Nível do projeto pedagógico – são de nível mais geral. Estão na estrutura da escola, ajustes no cv escolar, flexibilização para atender as necessidades dos alunos.
	Currículo da sala de aula – feitas pelo professor que precisa de autonomia para fazer essas adaptações. Ele é quem conhece melhor os seus alunos e podem trazer atividades adaptadas as necessidades da turma.
	Individualizadas do currículo – como o professor avalia o rendimento do aluno e o que pode fazer para que aquele aluno possa adquirir certos conteúdos e evoluir. 
Cada caso de dificuldade é um caso. Professore precisa de atenção e criatividade para lidar com isso. 
Medidas adaptativas
	Deficiência visual – materiais desportivos adaptados – ex. bola de guizo (guizo é um sininho) é uma forma para que criança com deficiência possa encontrar a bola numa brincadeira. Outro exemplo são livros táteis ou falados. É preciso pensar também a questão do posicionamento do aluno na sala de aula. É necessário que haja explicação verbal de tudo, de maneira clara, com discurso pausado. Braille, reglete, sorobã, bengala longa. Prestar atenção a organização espacial, apoios físicos, etc. 
	Deficiência auditiva – prótese auditiva, treinadores de fala (ajuda a treinarem a fala), tablado (ajuda a sentirem a vibração do som), softwares educativos específicos; Utilizacao de linguagem gestual e língua de sinais, leitura orofacial. Sala-ambiente para treinamento auditivo de fala, rítmico, posicionamento do aluno na sala, material visual.
	Deficiência intelectual – atelier, continhos, oficinas para desenvolvimento de habilidades adaptativas, sociais, de comunicação, cuidado pessoal e autonomia. Cantinhos demonstram cuidado com a criança e ela demonstra segurança. 
	Deficiência física – sistema de símbolos, auxílios físicos ou técnicos, comunicação total (através de imagens e símbolos, não somente com palavras). Adaptação do prédio, mobiliário e materiais de apoio escolar. Prestar atenção no espaço para movimentação. Utilização de pranchas e presilhas caso crianças tenham dificuldade motora – ex. para prender a Mao para que criança sinta mais segurança. Textos escritos e com complementos de outras linguagens – ex. de símbolos. 
	Altas habilidades / superdotação – evitar sentimentos de superioridade – que prejudica a criança pois causa rejeição dos colegas e sentimento de isolamento. Fazer com que aluno pesquise e possa persistir na tarefa em que está desenvolvendo – promove engajamento do aluno que não acha a atividade tão fácil assim. Ambientes favoráveis – laboratórios, biblioteca, etc.
	Deficiências múltiplas – cantinhos, oficinas. Acesso a atenção do professor. Mostrar objetos a alunos, estimula-los a brincar e participar. 
	Condutas típicas e síndromes de quadros clínicos – encorajar o estabelecimento de relações do ambiente físico e social. Oportunizar e exercitar competências das crianças e estimular atenção dos alunos para atividades escolares. Utilizar instruções e sinais claros, oferecer modelos adequados e corretos de aprendizagem. Favorecer bem estar emocional.
Redes de apoio
Família, amigos, profissionais, colegas. Recursos físicos e materiais. Atitudes, valores, crenças do professor – se professor não tiver não consegue atenção da criança. Deliberações e decisões políticas e adm. 
Recursos tecnológicos, programas e serviços de atendimento genéricos e especializados. 
Modalidades de rede de apoio
	Intermitente – criadas em momento de crise
	Limitados – quando são atendimentos periódicos
	Extensivo – atendimento constante
	Pervasivo – atendimento diário
Processos de promoção e avaliação
Aluno – prof. tem q levar em consideração o dev de aspectos biológicos, intelectual, motor, emocional, social, comunicação, linguagem. Para isso é preciso adaptar estilo de aprendizagem e competências do currículo escolar. O professor tem que ver o avanço dentro da capacidade do aluno. 
Contexto educacional – metodologia, organização, atuação do professor, relações interpessoais, individualização do ensino, condições físico ambientais, flexibilidade curricular. Projeto Político: funcionamento da equipe docente e técnica, currículo, clima organizacional, gestão. 
Contexto familiar – atitudes e expectativas com relação ao aluno, participação dos pais, situação socioeconômica, dinâmica familiar. 
Importante – verificar as possibilidades de acesso às situações escolares regulares e com menor número possível de apoio especial. Verificar permanência com colegas, o que favorece o seu dev, comunicação, autonomia e aprendizagem. Estudar a habilidade de competência curricular para atingir os objetivos e atender aos critérios de avaliação previstos no currículo adaptado. Analisar o efeito emocional da promoção ou retenção para o aluno e sua família. Uma retenção pode ter grande impacto no emocional do aluno e até fazer com que criança perca toda evolução que veio tendo até aquele momento. Nesses casos é preciso pensar em como dar apoio a esse aluno nos anos seguintes e pensar em avaliar o aluno quando ao seu avanço.EXERCÍCIO 09
Quais adaptações são necessárias para a inclusão do aluno com NEE?
Projeto pedagógico = ajustes feitos no currículo em geral (flexibilização para atender as necessidades dos alunos).
Currículo da sala de aula = realizadas pelo professor (programação de atividade).
Individualizadas do currículo = atuação do professor na avaliação e no atendimento ao aluno.
AULA 010 - EDUCAÇÃO ESPECIAL
Diferenciações entre deficiência, dificuldades de aprendizagem e transtornos de aprendizagem
Quando falamos em necessidades educacionais especiais, o assunto é muito amplo, e vai muito além de deficiências. 
Deficiência – perda da normalidade biológica, anatômica que faca com que a pessoa tenha dificuldade de interação com o meio. É uma diferença do que é considerado normal pela OMS. Deficiências intelectuais, auditivas ou visuais podem afetar o aprendizado. Nesse âmbito, a explicação para a dificuldade no aprendizado é a própria deficiência. 
Dificuldade de aprendizado – resposta insuficiente do aluno a uma exigência mínima ou demanda da escola. É bastante ampla porque é preciso analisar um quadro MT extenso que não é um quadro biológico ou psicológico. O quadro envolve questões emocionais, sociais, econômicas, culturais. Não é só a questão cognitiva e pode estar relacionada a vários outros aspectos. Deve-se ter o cuidado de observar situações além escola. 
Transtorno de Aprendizagem – são identificadas por testes padronizados de matemática, leitura, escrita, que são consideradas, nesse caso, abaixo do esperado para sua idade, escolarização e nível de inteligência. Os transtornos de aprendizado mostram que as crianças tem um rebaixamento cognitivo. Não é uma deficiência mental.
O que pode afetar a aprendizagem?
As dificuldades envolvem questões muito amplas, como:
• Pobreza – é preciso saber a realidade do aluno e não julgar. 
• Falta de oportunidades – sistema Edu é meritocrata, isso é, vence-se pelo mérito. Mas é difícil falar nesse sistema quando as crianças vem de realidades diferentes. Se condições não são iguais, é difícil ter um sistema meritocrata que funciona. 
• Condições de saúde 
• Alimentação – crianças as vezes vão para a escola para comer
• Políticas educacionais – se o cotidiano do aluno é levado em conta, se há gestão efetiva e envolvimento da comunidade, a escola é muito melhor. 
• Questões cognitivas e/ou emocionais 
• Desvalorização do magistério pela sociedade – professor que da aula em vários lugares não tem tempo para pensar individualizado
• Não utilização de metodologias adequadas às necessidades das crianças – se professor não consegue identificar bem o aluno, ele não evolui. 
É preciso compreender as dificuldades como um todo e de alunos individualmente. 
Transtorno de Aprendizagem
Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares. Os padrões normais de aquisição de habilidades são perturbados desde os estágios iniciais do desenvolvimento. Pensa-se que os transtornos originam-se de anormalidades no processo cognitivo, que derivam em grande parte de algum tipo de disfunção biológica.
Eles são de algum tipo de anormalidade do processo cognitivo. Geralmente se trata como disfunção biológica.
	Transtorno da matemática – tem relação a cálculos aritméticos e raciocínio matemático em relação à idade cronológica. Dificuldade acentuada comparada ao grupo e ao que é normal a idade daquele aluno. 
		Discalculia x acalculia – discalculia: afeita o raciocínio matemático, realizações de contas, etc. Acalculia: é causada por uma lesão cerebral – individuo perde as capacidades matemáticas já adquiridas, em diferentes níveis. 
	Transtorno da escrita – dificuldade para escrever, pontuar, organização de parágrafos, erros ortográficos, caligrafia ruim. A presença de uma característica somente não caracteriza transtorno. 
		Disgrafia e disortografia – disgrafia se refere ao desenho na escrita e pode ser causada por um problema psicomotor ou visomotor. Disortografia se refere a dificuldade de escrita ligada a processos ortográficos:
			adições: coletivividade;
omissões: cadeira/cadera, prato/pato, ou
inversões: batata, tabata.
	Transtorno de Leitura – criança apresenta dificuldade significativa em relação a seus companheiros na questão da leitura. É preciso fazer um diagnóstico diferenciado, que prof. sozinho não faz, para excluir possibilidade de problemas terem fundo cultural, social ou pedagógico. 
		Dislexia - Um comprometimento específico e significativo no desenvolvimento das habilidades de leitura, o qual não é unicamente justificado por idade mental, problemas de acuidade visual ou escolaridade inadequada. A habilidade de compreensão da leitura oral e o desempenho de tarefas que requerem leitura podem estar todos afetados. Características:
• Presença de inteligência normal. 
• Ausência de deficiências cognitivas, sensoriais e motoras associadas.
• Presença de fatores neurobiológicos.
• Presença de incidência familiar.
• Presença de alterações cognitivas.
• Persistência dos sintomas da infância até a fase adulta.
• Causas: falha no SNC, problemas nas bases psicomotoras e inadequado processamento auditivo.
	TDAH – Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade – aluno tem grande dificuldade de organização, facilidade de perder material, não se concentra. Sintomas devem ser observados em todos os ambientes em que essa criança convive. Os sintomas também devem estar presentes antes dos sete anos de idade e persistirem por no mínimo 6 meses. Sintomas causam prejuízo no funcionamento acadêmico, social e ocupacional do sujeito. Há quatro tipos de TDAH:
			• Predominante desatento: com mais características de desatenção.
• Predominante hiperativo/impulsivo: com mais características de hiperatividade e impulsividade.
• Tipo combinado: com igual quantidade de sintomas de hiperatividade, impulsividade e desatenção.
• TDAH em remissão parcial: termo usado para indivíduos (geralmente adolescentes e adultos) que não teriam o mínimo de sintomas, mas que mesmo assim apresentam comprometimento funcional significativo. 
Psicopedagogo e/ou psicólogo escolar
É importante saber que o professor sozinho não da conta de alunos com necessidades educacionais especiais. É preciso que haja uma rede de pessoas envolvidas e interessadas para que a escola inclusiva funcione. É preciso contar com a ajuda de outros profissionais, como pedagogos, psicólogos, e é preciso que o professor tenha algum tipo de relacionamento com esses profissionais. 
Esses profissionais podem trabalhar em relação ao currículo escolar, ao vinculo afetivo entre docentes e discentes. Realizam trabalho em conjunto com outros profissionais – ex. ajuda para preparar material próprio pra esses alunos - e orientam famílias. 
Outro profissional importante é o fonoaudiólogo, que trabalha na prevenção no sentido da comunicação escrita e oral, voz e audição. Pode ajudar no planejamento, assessorar no atendimento dos alunos, pode prestar consultoria ou “despatologizar” o sujeito, isso é, mostrar que ele não tem transtorno. 
EXERCÍCIO 10
Qual é a importância de uma equipe multidisciplinar na escola?

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