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As contribuições de Lev Vygotsky para a educação - O bom ensino é o que se adianta ao aluno, pois a aprendizagem gera desenvolvimento. - O bom ensino parte daquilo que o aluno já sabe e re-significa seu conhecimento. - Toda construção de conhecimento é uma ação partilhada e internalizada. - O professor pode provocar avanços que não aconteceriam sozinhos. -O professor também está em processo de desenvolvimento. -O professore o mediador entre o sujeito e o conhecimento organizado. Zona de Desenvolvimento Proximal Vygotsky percebeu que para o professor era mais importante identificar os processos em via amadurecimento nos alunos e não, apenas o que já está consolidado. Seria mais indicativo do seu desenvolvimento o que consegue fazer em cooperação, para ele poder incidir sobre esta construção. Portanto, era preciso trabalhar com dois níveis de desenvolvimento: Nível de desenvolvimento real – é o indicativo da capacidade mental. Conseguem fazer sozinhos, pois processos já consolidados. ZDP NDR NDP Zona de desenvolvimento proximal – é a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com um companheiro mais capaz.. A ZDP define funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação. Portanto, ela permite delinear o futuro imediato do aluno e seu estado dinâmico de desenvolvimento. ZDP (hoje) Nível de Desenvolvimento Real (amanhã) O que faz com assistência hoje, fará sozinho num futuro mais próximo O contexto no qual a interação ocorre é crucial para incidir na ZDP dos alunos. A ZDP pode ser criada com: Colegas - Professores – Instrumentos culturais. Elementos importantes no trabalho com pares: ■ Afetividade – nem sempre os pares conseguem interagir para se desenvolverem. Há interações que imobilizam e não levam a intersubjetividade. Ex.: trabalhos em grupos grandes. ■ Motivação – para incidir sob a ZDP dos alunos é necessário criar um desejo de alcançar coletivamente a resolução de um problema. Ex. Projetos. ■ Cooperação – para que a interação seja efetiva, os alunos devem trabalhar no sentido de alcançar objetivos comuns. O raciocínio precisa fazer parte do trabalho em equipe. A lógica da não competição. ■ Cuidado com a regressão – pesquisas verificaram que crianças podem se desenvolver, mas também, regredir no trabalho em cooperação. E no caso dos adultos? Estratégias para incidir na ZDP dos alunos “... não se deve restringir à transmissão de conteúdo, mas principalmente, ensinar o aluno a pensar, ensinar formas de acesso, e apropriação do conhecimento elaborado, de modo que ele possa praticá-los autonomamente, ao longo de sua vida” (Rego, 2003, p. 108) - Cada aluno apresenta diferentes ZDPs. - Trabalhar com ZDPs mais amplas - Cooperação de alunos com níveis diferentes de desenvolvimento. - Escalonar o grau de dificuldade do exercício para incidir sobre diferentes ZDPs. - Incentivar trabalhos entre pares que colaboram entre si. - Mostrar a importância do conteúdo abordado, re-contextualizando-o. - Partir dos conhecimentos que o aluno já apresenta, pois aprendizagem é ressignificação dos conhecimentos. - uso de diferentes linguagens e materiais de apoio. “ Para incidir sobre a ZDP dos alunos é necessário estabelecer interações que permitam o diálogo, a cooperação, a troca de informações mútuas, o confronto de pontos de vista divergentes e que implicam na divisão de tarefas onde cada um tem uma responsabilidade que, somadas, resultarão no alcance de um objetivo comum” Professor como facilitador da ZDP Mediação Aluno Conhecimento Professor e instrumentos culturais Exemplo de uma atividade: Etapas Procedimentos Explicação Narração e solicitação para que os alunos repitam com suas próprias palavras. Demonstração Contextualização a outros fatos e a situações conhecidas e vividas pelos alunos. Aplicação explícita Relação entre o tema e temas anteriores e sua relação aos conteúdos futuros. Exploração de novas linguagens. Tarefas Enigmas, pistas, situações problemas, desafios. Questões individuais, para duplas e para grupos. Emprego de diferentes habilidades operatórias. Descrever, interpretar, analisar, classificar, criticar, sintetizar. Uso autônomo dos conhecimentos Resolução de exemplos em casos práticos. Aplicação em outras disciplinas do currículo. Atividades do Ensino Superior que podem promover avanços, reestruturações e ampliação do conhecimento dos alunos: - Observação - Pesquisa - Análise de documentos, leis, pareceres, diagnósticos ... - Resolução de problemas. - Projetos. - Palestras. - Jogos. - Utilização de diferentes linguagens (raciocinar em outra linguagem) - Utilização de equipamentos “Uma escola em que as pessoas possam dialogar, duvidar, discutir, questionar e compartilhar saberes. Onde há espaço para transformações, para as diferenças, os erros, para as contradições, para a colaboração mútua e para a criatividade. Um escola em que professores e alunos tenham autonomia, possam pensar, refletir sobre o seu próprio processo de construção de conhecimentos e ter acesso a novas informações. Uma escola em que o conhecimento já sistematizado não é tratado de forma dogmática e esvaziado de significado” (Rego, 2003, p. 118).
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