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Apostila de Defesa Sanitária Animal

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Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR
Escola de Ciências da Vida - ECV
Curso de Medicina Veterinária
Disciplina de Epidemiologia e Defesa Sanitária
Professores José Luiz Moreira e Kelly Mazutti
Louise Helene Bacher
DEFESA SANITÁRIA ANIMAL
Curitiba
2016
DEFESA SANITÁRIA ANIMAL
 Tem como objetivo a prevenção, controle e erradicação de doenças de impacto econômico e de importância zoonótica, visando à valorização do patrimônio pecuário nacional e à saúde pública.
SÃO OBJETIVOS DA DEFESA AGROPECUÁRIA ASSEGURAR
A sanidade das populações vegetais;
A saúde dos rebanhos animais;
A idoneidade dos insumos e dos serviços utilizados na agropecuária;
A identidade e a segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos; agropecuários finais destinados aos consumidores.
Obs: Se aplica a todas as fases da produção, transformação. Distribuição e dos serviços agropecuários. 
SUASA – SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃI À SANIDADE AGROPECUÁRIA – ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
As ações de vigilância e defesa sanitária dos animais e dos vegetais serão organizados no Sistema Unifica de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) – Articulado, no que for atinente á saúde pública, com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Do qual participarão:
Serviços e instituições oficiais;
Produtores e trabalhadores rurais, suas associações e técnicos que lhes prestam assistência;
Órgãos de fiscalização das categorias profissionais diretamente vinculadas à sanidade agropecuária;
Entidades gestoras de fundos organizados pelo setor privado para complementar as ações públicas no campo da defesa agropecuária.
INTER-RELAÇÃO ENTRE O SUS E O SUASA
Sanidade animal e vegetal e qualidade do produto ao consumidor;
Controle de qualidade de vacinas, por exemplo anti-rábica;
Monitoramento de resíduos de agrotóxicos e de drogas veterinárias, de contaminantes em produtos de origem vegetal e animal.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
O SUASA opera em conformidade com os princípio e definições da sanidade agropecuária, incluindo o controle de atividades de:
Saúde;
Sanidade;
Inspeção;
Fiscalização;
Educação;
Vigilância de animais, vegetais, insumos e produtos de origem animal e vegetal.
O SUASA desenvolverá, permanentemente, as seguintes atividades:
Vigilância e defesa sanitária vegetal;
Vigilância e defesa sanitária animal;
Inspeção e classificação de produtos de origem vegetal, seus derivados, subprodutos e resíduos de valor econômico;
Inspeção e classificação de produtos de origem animal, seus derivados, subprodutos e resíduos de valor econômico;
Fiscalização dos insumos e dos serviços usados nas atividades agropecuárias.
PRINCÍPIOS E OBRIGAÇÕES GERAIS
Funciona de forma integrada para garantir a sanidade agropecuária.
Desde o local da produção primária até a colocação do produto final no mercado interno ou sua destinação para exportação;
Todos os envolvidos são responsáveis pela garantia de que a sanidade e qualidade dos produtos de origem animal e vegetal, e a dos insumos agropecuários não sejam comprometidas;
Produtores rurais, industriais, fornecedores, distribuidores, cooperativas, associações, agroindústrias, atacadistas, varejistas, importadores, exportadores etc.
Os processos de controle sanitário incluirão a rastreabilidade:
Dos produtos de origem animal e vegetal;
Dos insumos agropecuários;
Respectivos ingredientes e matérias-primas.
INSTÂNCIAS
As atividades do SUASA serão executadas pelas 3 instâncias:
Instância Central e Superior;
Instâncias Intermediárias;
Instâncias Locais.
Incumbe às autoridades das 3 instâncias assegurar:
A eficácia e a adequação dos controles oficiais em todas as fases das cadeias produtivas;
A contratação, por concurso público, do pessoal que efetua os controles oficiais;
A ausência de quaisquer conflitos de interesses por parte do pessoal que efetua os controles oficiais;
A existência ou o aceso a laboratórios com capacidade adequada para a realização de testes, com pessoal qualificado e experiente em número suficiente, de forma a realizar os controles oficiais com eficiência e eficácia;
A disponibilidade, a adequação e a devida manutenção de instalações e equipamentos, para garantir que o pessoal possa realizar os controles oficiais com segurança e efetividade;
A existência dos poderes legais necessários para enfrentar os controles oficiais e tomar as medidas previstas no regulamento;
A existência de planos de emergência e de contingência, e a preparação das equipes para executar esses planos.
INSTÂNCIA CENTRAL E SUPERIOR
As atividades são exercidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e seus órgãos colegiados, constituídos e disciplinados pelo Conselho Nacional de Política Agrícola (CNPA).
CNPA: 1 membro do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento; 1 do banco do Brasil S.A.; 2 da confederação Nacional da Agricultura; 2 representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag); 2 da Organização das Cooperativas Brasileiras; 1 do Departamento Nacional da Defesa do Consumidor; 1 da Secretaria do Meio Ambiente; 1 da Secretaria do Desenvolvimento Regional; 3 do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária (Mara); 1 do Ministério da Infra-Estrutura; 2 representantes de setores econômicos privados.
Atua nas unidades da federação por meio das Superintendências Federais da Agricultura (SFAs) com quadro próprio (Fiscais Federais Agropecuários – FFAs) e articulação com os Órgãos de Defesa Agropecuária em todo Brasil;
As Unidades Descentralizadas do MAPA são integrantes da Instância Central e Superior;
Superintendências Federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Laboratórios Nacionais Agropecuários.
LANAGROS:
LABORATÓRIOS CREDENCIADOS:
À Instância Central e Superior do SUASA compete:
A vigilância agropecuária de portos, aeroportos e postos de fronteira internacionais e aduanas especiais;
A fixação de normas referentes a campanhas de controle e de erradicação de pragas dos vegetais e doenças dos animais;
A aprovação dos métodos de diagnóstico e dos produtos de usos veterinário e agronômico;
A manutenção do sistema de informações epidemiológicas;
A regulamentação, regularização, implantação, implementação, coordenação e avaliação das atividades referentes à educação sanitária em defesa agropecuária, nas três Instâncias do Sistema Unificado;
A auditoria, a supervisão, a avaliação e a coordenação das ações desenvolvidas nas Instâncias intermediárias e locais;
A representação do País nos fóruns internacionais que tratam de defesa agropecuária;
A realização de estudos de epidemiologia e de apoio ao desenvolvimento do SUASA;
O aprimoramento do SUASA;
A cooperação técnica às outras instâncias do SUASA;
A manutenção das normas complementares de defesa agropecuária;
A execução e a operacionalização de atividades de certificação e vigilância agropecuária, em áreas de sua competência.
O MAPA é responsável por:
Elaborar os regulamentos sanitários e fitossanitários para importação e exportação de animais, vegetais e suas partes, produtos e subprodutos, matérias orgânicas, organismos biológicos e outros artigos regulamentados em função do risco associado à introdução e à disseminação de pragas e doenças;
Organizar, conduzir, elaborar e homologar análise de risco de pragas e doenças para importação e exportação de produtos e matérias-primas;
Promover o credenciamento de centros colaboradores;
Participar no desenvolvimento de padrões internacionais relacionados ao requerimento sanitário e fitossanitário, e à análise de risco para pragas e doenças;
Gerenciar, compilar e sistematizar informações de risco associado às pragas e doenças;
Promover atividades de capacitação nos temas relacionados ao risco associado às pragas e doenças.
 O MAPA também deve:
I - organizar e definir as relações entre as autoridades do SUASA;
II - estabelecer os objetivos e metas a alcançar;
III - definir funções, responsabilidades e deveres do pessoal;
IV -estabelecer procedimentos de amostragem, métodos e técnicas de controle, interpretação dos resultados e decisões decorrentes;
V - desenvolver os programas de acompanhamento dos controles oficiais e da vigilância agropecuária;
VI - apoiar assistência mútua quando os controles oficiais exigirem a intervenção de mais de uma das Instâncias Intermediárias;
VII - cooperar com outros serviços ou departamentos que possam ter responsabilidades neste âmbito;
VIII - verificar a conformidade dos métodos de amostragem, dos métodos de análise e dos testes de detecção;
IX - desenvolver ou promover outras atividades e gerar informações necessárias para o funcionamento eficaz dos controles oficiais.
PRINCIPAIS ÁREAS DE AÇÃO DA DAS
DSV e DSA – Departamento de sanidade vegetal e saúde animal;
IPOV e DIPOA – Departamento de Inspeção de produtos de origem vegetal e animal - Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – SISBI-POA / Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal – SISBI-POV;
DFIA e DFIP – Departamento de Fiscalização de Insumos para agricultura e pecuária - Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos Agrícolas – SISBI-IA / Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos Pecuários – SISBI-IP.
DAS INSTÂNCIAS INTERMEDIÁRIAS
As atividades das Instâncias Intermediárias poderão ser exercidas por instituições definidas pelos Governos Estaduais ou pelo Distrito Federal, podendo representar:
I - regiões geográficas
II - grupos de Estados, Estado ou o Distrito Federal, individualmente
III - pólos produtivos
IV - região geográfica específica
Às Instâncias Intermediárias do SUASA competem as seguintes atividades:
I - vigilância agropecuária do trânsito interestadual de vegetais e animais;
II - coordenação e execução de programas e campanhas de controle e erradicação de pragas dos vegetais e doenças dos animais;
III - manutenção dos informes nosográficos;
IV - coordenação e execução das ações de epidemiologia;
V - coordenação e execução dos programas, dos projetos e das atividades de educação sanitária em sua área de atuação
VI - controle da rede de diagnóstico e dos profissionais de sanidade credenciados.
OBS: A Instância Intermediária tomará as medidas necessárias para garantir que os processos de controle sejam efetuados de modo equivalente em todos os Municípios e Instâncias Locais.
DAS INSTÂNCIAS LOCAIS 
As atividades da Instância Local serão exercidas pela unidade local de atenção à sanidade agropecuária, a qual estará vinculada à Instância Intermediária, na forma definida pelo MAPA.
Poderá abranger uma ou mais unidades geográficas básicas, Municípios, incluindo microrregião, território, associação de Municípios, consórcio de Municípios ou outras formas associativas de Municípios.
PR:
Unidades Regionais de Sanidade Agropecuária (URSA);
Unidades Locais de Sanidade Agropecuária (ULSA).
A instância local é responsável por:
I - cadastro das propriedades;
II - inventário das populações animais e vegetais;
III - controle de trânsito de animais e vegetais;
IV - cadastro dos profissionais atuantes em sanidade;
V - execução dos programas, projetos e atividades de educação sanitária em defesa agropecuária, na sua área de atuação;
VI - cadastro das casas de comércio de produtos de usos agronômico e veterinário;
VII - cadastro dos laboratórios de diagnósticos de doenças; 
VIII - inventário das doenças e pragas diagnosticadas;
IX - execução de campanhas de controle de doenças e pragas;
X - educação e vigilância sanitária;
XI - participação em projetos de erradicação de doenças e pragas;
XII - atuação em programas de erradicação de doenças e pragas.
As Instâncias Locais, pelos escritórios de atendimento à comunidade e pelas unidades locais de atenção à sanidade agropecuária, são os órgãos de notificação dos eventos relativos à sanidade agropecuária.
A área municipal será considerada unidade geográfica básica para a organização e o funcionamento dos serviços oficiais de sanidade agropecuária.
Integrarão o SUASA instituições gestoras de fundos organizados por entidades privadas para complementar as ações públicas no campo da defesa agropecuária.
PR: Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná – FUNDEPEC/PR.
PARANÁ:
Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento – SEAB:
Órgão da administração direta do Estado do Paraná;
Responsável pela execução das políticas públicas voltadas ao setor agropecuário, pesqueiro e de abastecimento;
Desenvolve pesquisas e avaliações da produção e do mercado agropecuário e atua na fiscalização da produção agrícola e vegetal;
Estrutura: 20 núcleos regionais e 120 unidades veterinárias.
Empresas vinculadas:
EMATER - Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural;
IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná;
CODAPAR – Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná;
ADAPAR – Agência de Defesa Agropecuária do Paraná;
CEASA – Centrais de Abastecimento do Paraná;
CPRA - Centro Paranaense de Referência em Agroecologia.
Através destas:
Presta assistência técnica e extensão rural;
Desenvolve pesquisas agropecuárias voltadas à melhoria da produtividade;
Atua no fomento da produção agropecuária e na classificação de produtos;
Executa políticas de abastecimento e promove pesquisa e capacitação.
1995: O setor agropecuário do Paraná se mobiliza e cria o Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná – FUNDEPEC/PR:
Para fazer frente a possíveis situações de saneamento em emergências sanitárias;
Reúne instituições representativas de produtores rurais e da indústria;
Visa promover o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da pecuária e viabilizar ações de defesa sanitária no PR;
Tem atuado no sentido incorporar a iniciativa privada nas ações de defesa da agropecuária e de ajudar o Estado a modernizar o seu sistema de defesa sanitário.
FUNDEPEC – PR
Objetivos:
Viabilizar recursos para a defesa agropecuária do Estado do Paraná;
Sugerir, em conjunto com as autoridades públicas, programas de defesa agropecuária, colaborando na respectiva implantação;
Promover e divulgar campanhas voltadas à profilaxia, erradicação de enfermidades, e ao desenvolvimento técnico da agropecuária e seus produtores;
Receber, administrar e aplicar recursos provenientes de financiamentos de origem pública, privada, estadual, federal e/ou internacional;
Celebrar contratos e convênios com entidades públicas, privadas, municipais, estaduais, nacionais e internacionais para a execução de trabalhos, estudos e pesquisas técnico-científicas e sobre os aspectos econômicos da produção agropecuária e Agroindustrial do Estado do Paraná.
1997: Surge o Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária – CONESA:
Como fórum de discussões entre governo e iniciativa privada para as questões da sanidade agropecuária;
Foi criado para orientar as políticas de Defesa Agropecuária no Estado do Paraná;
Composto por entidades que direta ou indiretamente estão relacionadas com a agropecuária;
Tanto do setor público como do setor privado.
ENTIDADES MEMBROS DO CONESA – OFICIAIS
SEAB - Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento;
AMP - Associação dos Municípios do Paraná;
CEASA/PR - Centrais de Abastecimento do Paraná;
CLASPAR - Empresa Paranaense de Classificação de Produtos;
CORECON - Conselho Regional de Economia do Paraná;
CREA/PR - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;
CRMV - Conselho Regional de Medicina Veterinária;
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA;
DEFIS - Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária;
EMATER - Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural;
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária;
ENSINO SUPERIOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS (UEL e UFPR);
IAPAR - instituto Agronômico do Paraná;
MAPA/SFA/PR - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Superintendência Federal da Agricultura no Paraná;
SEFA - Secretaria de Estado da Fazenda;
SEMA - Secretaria do Estado do Meio Ambiente;
SESA - Secretaria de Estado da Saúde.
ENTIDADESMEMBROS DO CONESA – PRIVADAS
*AFISA - Associação dos Fiscais do Estado do Paraná;
*ANPBC - Associação Nacional dos Produtores de Bovino de Corte;
APASEM - Associação Paranaense de Produtores de Sementes e Mudas;
APAVI - Associação Paranaense de Avicultura;
APCBRH - Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa;
SINDICARNE - Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado do Paraná;
APEPA - Associação Paranaense de Empresas de Planejamento Agropecuário;
APRAS - Associação Paranaense de Supermercados;
APRE - Associação Paranaense de Empresas Florestais;
APS - Associação Paranaense de Suinocultores;
CONSELHO DAS SOCIEDADES RURAIS FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná;
*FEAP - Federação dos Agrônomos do Estado do Paraná;
FEPAC - Federação Paranaense das Associações de Criadores;
FETAEP - Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná;
FUNDEPEC/PR - Fundo de Desenvolvimento da agropecuária do estado do Paraná;
INDÚSTRIA, COMÉRCIO E DISTRIB. DO SETOR DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS;
OCEPAR - Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná;
SINDIAVIPAR - Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas e Associação dos Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná;
SINDILEITE - Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná;
SPGCGL-PR - Sindicato dos Produtores de Gado de Corte e Gado de Leite do Estado do Paraná.
PARANÁ
Final dos anos 90:
Começa a ganhar força a idéia da criação de uma entidade especializada para a execução da defesa agropecuária.
Março de 2010:
Setor privado solicita aos postulantes ao Governo do Paraná a criação de uma entidade nova:
Com metodologia moderna e ágil para executar a sanidade agropecuária no Paraná;
Possibilitar o acesso dos produtos paranaenses aos mercados mais exigentes;
Que remuneram melhor o produto com maior qualidade agregada;
 Gera renda ao produtor, desenvolvimento social ao Estado e alimento seguro às pessoas.
19 de dezembro de 2011:
Governador do Estado do Paraná, Carlos Alberto Richa, assina a Lei nº 17.026;
Criando a AGENCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO PARANÁ – ADAPAR.
ADAPAR
Finalidade:
Promoção da defesa agropecuária e da inspeção sanitária dos produtos de origem animal, a prevenção, o controle e a erradicação de doenças dos animais e de pragas dos vegetais de interesse econômico ou de importância à saúde da população e assegurar a segurança, a regularidade e a qualidade dos insumos de uso na agricultura e na pecuária.
MODELO CONSELHO DE SANIDADE AGROPECUÁRIA (CSA) DO PR
PROGRAMAS SANITÁRIOS DO DAS
Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa;
Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovina;
Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros e outras Encefalopatias;
Programa Nacional de Sanidade Suídea;
Programa Nacional de Sanidade Avícola;
Programa Nacional de Sanidade dos Eqüídeos;
Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos;
Programa Nacional de Sanidade Apícola.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA INTERNACIONAL
Padrões e referências para a defesa agropecuária:
SAÚDE PÚBLICA (MINISTÉRIO DA SAÚDE E ANVISA);
ACORDOS INTERNACIONAIS:
FAO/OMS - CODEX ALIMENTARIUS;
OIE - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE ANIMAL;
OMC - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE ANIMAL – OIE
Organização intergovernamental;
Sede em Paris;
Sucedeu, em 2003, à antiga Organização Internacional das Epizootias (OIE), que havia sido criada em 1924 por um Acordo Internacional.
Objetivos:
Garantir a transparência na situação mundial das doenças dos animais;
Coletar, analisar e divulgar informação científica veterinária;
Incentivar a solidariedade internacional no controle de doenças animais;
Salvaguardar o comércio mundial por meio da publicação de normas de saúde para o comércio internacional de animais e produtos de origem animal;
Melhorar o quadro jurídico e recursos dos Serviços de Veterinária Nacional;
Proporcionar melhor garantia de alimentos de origem animal e promover o bem-estar animal através de uma abordagem baseada na ciência.
A OIE mantém atualizada uma lista com doenças que os países devem obrigatoriamente notificar, se ocorrerem casos em seus territórios:
Doenças de grande importância econômica e/ou zoonoses perigosas
Instrução Normativa MAPA (IN) n° 50, de 24 de setembro de 2013:
Altera a lista de doenças passíveis da aplicação de medidas de defesa sanitária animal e estabelece sua notificação obrigatória.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO (OMC)
Criada em 1995;
 Sitiada em Genebra – Suíça.
Funções:
Administrar os acordos comerciais da OMC;
Fórum para as negociações de acordos comerciais;
Auxilia na resolução das disputas comerciais;
Supervisiona as políticas comerciais nacionais;
Assistência técnica e treinamento para os países em desenvolvimento;
Cooperação com outras organizações internacionais.
Essencialmente, a OMC é um lugar que os governos membros procuram para tentar resolver os problemas comerciais que enfrentam entre si.
Como conflitos por motivos comerciais, derivados por medidas protecionistas de um dos lados.
Membros: 159 países (março de 2013).
OMC – PRINCÍPIO DE ACORDO:
“ Os países tem o direito de aplicar medidas sanitárias e fitossanitárias para proteger a vida e saúde das pessoas, dos animais e das plantas, desde que tais medidas não se constituam num meio de discriminação arbitrário entre países de mesmas condições, ou numa restrição encoberta ao comércio internacional.”
CODEX ALIMENTARIUS
Latim: significa "código alimentar";
Fórum internacional de normatização do comércio de alimentos;
Criado em 1963 ▫ Estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), por ato da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e Organização Mundial de Saúde (OMS).
Finalidade:
Proteger a saúde dos consumidores;
Assegurar práticas equitativas no comércio regional e internacional de alimentos;
Reconhecido pela OMC como um ponto de referência internacional para a solução de disputas sobre segurança alimentar e proteção do consumidor.
As normas Codex abrangem os principais alimentos, sejam estes processados, semiprocessados ou crus:
Carne, leite, vegetais, frutas, cereais, legumes, gorduras, óleos etc.
Também tratam de substâncias e produtos usados na elaboração de alimentos.
Suas diretrizes referem-se aos aspectos de higiene e propriedades nutricionais dos alimentos, abrangendo código de prática e normas de aditivos alimentares, pesticidas, resíduos de medicamentos veterinários, substâncias contaminantes, rotulagem, classificação, métodos de amostragem e análise de riscos. 
Exemplos:
Rótulos de alimentos - Padrão geral, orientações sobre a rotulagem da composição nutritiva, orientações sobre as afirmações sobre o alimento em rótulos;
Aditivos para alimentos - Padrão geral incluindo usos autorizados, especificações para químicos para alimentos;
Contaminações em alimentos - Padrão geral, tolerâncias para contaminantes como micotoxinas;
Resíduos de pesticidas e produtos químicos veterinários - Limites máximos para os resíduos;
Procedimentos de avaliação de riscos para a determinação da segurança para os alimentos derivados da biotecnologia - Alimentos trangênicos, organismos transgênicos, e alérgenos;
Higiene alimentar - Princípios geral, códigos de prática higiênica em indústrias específicas ou estabelecimentos de manipulação de alimentos, orientação para o uso do sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - "HACCP";
Métodos de análises e amostragem.
ISO ( International Organization for Standardization)
Organização Internacional de Padronização;
Sede: Genebra – Suíça;
Responsável pela padronização de 170 países.
Objetivo:
Criar normas que facilitem o comércio e promovam boas práticas de gestão e o avanço tecnológico, além de disseminar conhecimentos.
Suas normas mais conhecidas são:
ISO 9000 - para gestão da qualidade;
ISO 14000 - paragestão do meio ambiente.
ISSO:
Suas normas estabelecem requisitos que auxiliam na melhoria dos processos internos, na capacitação dos colaboradores, no monitoramento do ambiente de trabalho, na verificação da satisfação dos clientes, colaboradores e fornecedore;
Processo contínuo de melhoria do sistema de gestão da qualidade;
Aplicam-se a campos tão distintos quanto materiais, produtos, processos e serviços;
A adoção das normas ISO é vantajosa para as organizações;
Lhes confere maior organização, produtividade e credibilidade;
Aumentando sua competitividade nos mercados nacional e internacional.
DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA
Doença de notificação ou declaração obrigatória é definida como:
“Doença inscrita em uma lista pela autoridade veterinária e cuja presença deve ser levada ao seu conhecimento assim que for detectada ou observada uma suspeita, em conformidade com a regulamentação nacional” – OIE.
Brasil:
Decreto 5.741, de 30 de março de 2006:
Inclui a obrigatoriedade de notificação de doenças animais e reforça as responsabilidades dos diferentes segmentos dos setores públicos e privados envolvidos.
IN 50, de 24 de setembro de 2013:
Atualização do art. 61, do Decreto 24.548, de 03 de julho de 1934;
141 doenças;
Tem como base as doenças inscritas na Lista de Doenças da OIE e outras doenças presentes no País de interesse na pecuária e saúde pública.
As doenças de notificação obrigatória foram selecionadas considerando os seguintes critérios:
Requisitos de notificação internacional segundo a lista de doenças da OIE;
Presença ou ausência da doença no País, zona ou unidade federativa;
Características epidemiológicas e poder de disseminação;
Existência de programa sanitário oficial para prevenção, controle ou erradicação;
Risco para a saúde pública;
Impacto na pecuária e comércio de animais, seus produtos e subprodutos; 
Importância estratégica para a produção pecuária nacional;
Compromissos de certificação sanitária internacional.
A classificação realizada levou à definição de quatro categorias conforme prazo de notificação:
Categoria 1: doenças erradicadas ou nunca registradas no País, que requerem notificação imediata de caso suspeito ou diagnóstico laboratorial.
Categoria 2: doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso suspeito.
Categoria 3: doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso confirmado.
Categoria 4: doenças que requerem notificação mensal de qualquer caso confirmado.
Total de doenças de notificação obrigatória ao SVO, segundo espécie e categoria de classificação:
CATEGORIAS 1, 2 E 3:
Doenças que requerem acompanhamento obrigatório do SVO.
Necessidade de se aplicar medidas para confirmação do diagnóstico, controle, prevenção e erradicação;
Seja para doenças exóticas, emergenciais ou inseridas em programas de controle ou erradicação.
CATEGORIA 4:
Doenças que não são passíveis de aplicação de medidas sanitárias obrigatórias pelo SVO.
É desejável que sua ocorrência seja monitorada devido sua importância para a saúde animal ou saúde pública, e para atender a requisitos de certificação sanitária.
DOENÇAS ERRADICADAS OU NUNCA REGISTRADAS NO PAÍS
DOENÇAS ERRADICADAS OU NUNCA REGISTRADAS NO PAÍS
Requerem notificação imediata de caso suspeito ou diagnóstico laboratorial.
OBS: independentemente da relação de doenças listadas acima, a notificação obrigatória e imediata inclui qualquer doença animal nunca registrada no País.
DOENÇAS QUE REQUEREM NOTIFICAÇÃO IMEDIATA DE QUALQUER CASO SUSPEITO
MÚLTIPLAS ESPÉCIES
Antraz (carbúnculo hemático);
Doença de Aujeszky;
Estomatite vesicular;
Febre aftosa;
Língua azul;
Raiva.
ABELHAS
Loque americana das abelhas melíferas;
Loque europeia das abelhas melíferas.
AVES
Doença de Newcastle;
Laringotraqueíte infecciosa aviária.
BOVINOS E BUBALINOS
Encefalopatia espongiforme bovina.
EQUÍDEOS
Anemia infecciosa equina;
Encefalomielite equina do leste;
Encefalomielite equina do oeste;
Mormo.
OVINOS E CAPRINOS
Scrapie.
SUÍNOS
Peste suína clássica.
DOENÇAS QUE REQUEREM NOTIFICAÇÃO IMEDIATA DE QUALQUER CASO CONFIRMADO
MÚLTIPLAS ESPÉCIES
Brucelose (brucella suis);
Febre Q;
Paratuberculose.
AVES
Clamidiose aviária;
Mycoplasma;
Salmonella.
BOVINOS E BUBALINOS
Brucelose (brucella abortus);
Teileriose;
Tuberculose.
LAGOMORFO
Mixomatose.
OVINOS E CAPRINOS
Agalaxia contagiosa.
DOENÇAS QUE REQUEREM NOTIFICAÇÃO MENSAL DE QUALQUER CASO CONFIRMADO
MÚLTIPLAS ESPÉCIES
Actinomicose;
Botulismo;
Carbúnculo sintomático/manqueira;
Cisticercose suína;
Clostridioses;
Coccidiose;
Disenteria vibriônica;
Ectima contagioso;
Enterotoxemia;
Equinococose/hidatidose;
Fasciolose hepática;
Febre catarral maligna;
Filariose;
Foot-rot/ podridão dos cascos;
Leishmaniose;
Leptospirose;
Listeriose;
Melioidose;
Miíase por cochiliomyia horminovorax;
Pasteureloses;
Salmonelose intestinal;
Tripanossomose;
Tétano;
Toxoplasmose;
Surra.
ABELHAS
Acariose;
Cria giz;
Nosemose;
Varrose.
AVES
Adenovirose;
Anemia infecciosa das galinhas;
Bronquite infecciosa aviária;
Coccidiose aviária;
Colibacilose;
Coriza aviária;
Doença de marek;
Doença infecciosa da Bursa/ doença de gumboro;
EDS- 76 (síndrome da queda de postura);
Encefalomielite aviária;
Epitelioma aviário/bouba/varíola aviária;
Espiroquetose aviária;
Leucose aviária;
Pasteurelose/cólera aviária;
Reovirose/artrite viral;
Reticuloendoteliose;
Salmoneloses;
Tuberculose aviária.
BOVINOS E BUBALINOS
Anaplasmose bovina;
Babesiose bovina;
Campilobacteriose genital bovina;
Diarreia viral bovina;
Leucose enzoótica bovina;
Rinotraqueíte infecciosa bovina/vulvovaginite pustular infecciosa;
Septicemia hemorrágica;
Varíola bovina;
Tricomonose.
EQUÍDEOS
Adenite equina/papeira/garrotilho;
Exantema genital equino;
Gripe equina;
Linfagite ulcerativa;
Piroplasmose equina;
Rinopneumonia equina;
Salmonelose.
OVINOS E CAPRINOS
Adenomatose pulmonar ovina;
Artrite-encefalite caprina;
Ceratoconjutivite rickétsica;
Epididimite ovina;
Linfadenite caseosa;
Salmonelose;
Sarna ovina.
SUÍNOS
Circovirose;
Erisipela suína;
Influenza dos suínos;
Parvovirose suína;
Pneumonia enzoótica;
Rinite atrófica.
NOTIFICAÇÃO
Qualquer cidadão, organização ou instituição que tenha animais sob sua responsabilidade ou que tenha conhecimento de casos suspeitos ou casos confirmados de doenças animais, deve informar o fato ao SVO.
Pode-se utilizar de vários meios, como:
Contato direto (presencial);
Telefone (inclusive números 0800 disponibilizados pelo MAPA e por parte dos SVEs).
Fax;
E-mail.
Importante é que a notificação chegue o mais rápido possível ao SVO.
Independente da classificação ou prazo de notificação, a suspeita ou ocorrência de qualquer doença presente na lista de notificação deve ser informada imediatamente ao SVO, num prazo máximo de 24 horas, quando:
Ocorrer pela primeira vez ou reaparecer no País, zona ou compartimento declarado oficialmente livre;
 Qualquer nova cepa de agente patogênico ocorrer pela primeira vez no País, zona ou compartimento;
Ocorrerem mudanças repentinas e inesperadas nos parâmetros epidemiológicos como: distribuição, incidência, morbidade ou mortalidade de uma doença que ocorre no País, unidade federativa, zona, compartimento ou propriedade; 
Ocorrerem mudanças de perfil epidemiológico, como mudança de hospedeiro, de patogenicidade ou surgimento de novas variantes ou cepas, principalmente se houver repercussões para a saúde pública.
NOTIFICAÇÃO IMEDIATA
Qualquer doença animal que não pertença à lista de notificação, quando tratar-se de doença exótica ou emergente que apresente índices de morbidade ou mortalidade expressivos ou repercussões para saúde pública.
“Doença Emergente: infecção ou infestação nova resultante da evolução ou modificação de um agente patógeno existente, infecção ou infestação conhecida que se estende a uma nova área geográfica ou população, um agente patógeno não identificadoanteriormente ou uma doença diagnosticada pela primeira vez e que tem repercussões importantes na saúde animal ou humana (Código Terrestre da OIE)”.
A notificação também pode ser realizada utilizando-se o Formulário de notificação de suspeita ou ocorrência de doenças animais – FORM NOTIFICA:
Esse formulário deve ser disponibilizado especialmente para laboratórios, universidades, institutos de pesquisa e médicos veterinários em geral;
Contempla algumas informações primárias para apoiar o SVO na investigação da suspeita ou ocorrência zoossanitária.
Outra importante modalidade de notificação:
Comunicação de resultados diagnósticos entre a rede de laboratórios do MAPA e as diferentes unidades do DSA responsáveis pelos programas zoossanitários, referentes às doenças alvo de vigilância.
Para alguns casos particulares a notificação é realizada em formulários específicos:
Vigilância em matadouros e avaliação de taxas de mortalidade em granjas de suínos e de aves:
Para vigilância da peste suína clássica, achados de lesões hemorrágicas em vísceras deverão ser notificados por meio de formulário próprio, estabelecido pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA;
Notificação de mortalidade acima de 9% de leitões em terminação deverá ser realizada por meio da Norma Interna DSA Nº 5/2009 ;
A notificação de mortalidade em aves deverá ser realizada por meio do Oficio Circular DSA Nº 7, de 24 de janeiro de 2007.
Destacam-se algumas doenças com particularidades na notificação ao SVO:
A notificação imediata das ocorrências de Mycoplasma synoviae, gallisepticum e melleagridis (Categoria 3) em aves está limitada a granjas avícolas de reprodução, mas a notificação mensal inclui também os estabelecimentos de corte e postura comercial, de acordo com as diretrizes do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA);
A notificação de casos de cisticercose suína/ equinococose/hidatidose e fasciolose (Categoria 4) é atualmente realizada através de registro no SIGSIF/DIPOA dos achados de lesões em matadouros sob inspeção federal;
A notificação de casos de leishmaniose (Categoria 4) se refere à leishmaniose visceral (L. chagasi), diagnosticada na espécie canina (ou canídeos silvestres - raposas e marsupiais):
Essa doença faz parte de um programa específico de vigilância em saúde do MS;
Doença está no âmbito da saúde pública (grave zoonose);
Para evitar a duplicidade de informações e a sobreposição de obrigatoriedade da notificação, os casos de leishmaniose canina detectados pelos serviços municipais de saúde serão obtidos pelo MAPA através dos registros consolidados fornecidos pelo Ministério da Saúde;
Dispensa a notificação direta ao serviço de defesa sanitária animal.
A definição de caso das doenças notificáveis e os testes diagnósticos recomendados são elementos fundamentais para estabelecimento dos critérios de notificação e confirmação dos casos:
O DSA considera as definições de caso de doenças publicadas no Código Terrestre da OIE;
O padrão de referência considerado para os testes diagnósticos é o Manual de Testes de Diagnóstico e de Vacinas para os Animais Terrestres, da OIE.
Doenças animais sob acompanhamento dos programas zoossanitários nacionais:
Devem ser utilizados os testes diagnósticos e as definições de caso estabelecidos nos atos normativos dos respectivos programas ou em atos específicos publicados pelo DAS.
Para validação e confirmação da ocorrência dos casos de doenças de notificação imediata classificadas nas categorias 1, 2 e 3, exóticas ou emergentes:
Necessária a avaliação pelo SVO de todas as informações epidemiológicas, sinais clínicos e resultados de diagnóstico laboratorial.
A notificação da suspeita ou de caso confirmado de doença de notificação obrigatória imediata deve ser compartilhada entre as diferentes instâncias do SVO:
A prioridade da comunicação deve ser sempre para a instância responsável pela execução das medidas de prevenção e controle da doença;
Caso a notificação seja apresentada diretamente a uma instância superior, essa deverá repassá-la imediatamente às instâncias inferiores, articulando para que as providências cabíveis sejam adotadas;
Investigação, inspeção in loco, colheita e envio de material a laboratório para diagnóstico, interdição do estabelecimento, abate, destruição de animais, entre outras.
Suspeita, casos prováveis ou confirmados das doenças de notificação obrigatória:
O DSA fará a comunicação a todos os SVEs sobre os casos confirmados de doenças no País:
Em conformidade com as normas acordadas no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária – SUASA – seguindo os fluxos estabelecidos pelo Departamento.
Essa comunicação também inclui outras unidades da SDA:
 Destaque para o DIPOA;
Quando a ocorrência envolver a suspensão de exportação de produtos de origem animal.
O prazo para o SVO realizar o atendimento e investigação de casos de doenças:
Deve atender ao estabelecido em legislação específica dos respectivos programas.
Doenças incluídas nas categorias 1, 2, 3, exóticas ou emergentes:
Atendimento deve ser imediato (até 12 horas);
Visando à reação rápida para sua contenção e erradicação
O DSA também tem a responsabilidade de realizar a comunicação internacional sobre os casos confirmados de doenças no País, a países terceiros ou blocos comerciais e a organismos regionais (ex.: CVP, PANAFTOSA) e internacionais, em conformidade com as normas vigentes, em especial com as diretrizes da OIE:
Para alguns países, a comunicação é realizada pela SDA ou pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio – SRI, com base em proposta elaborada pelo DAS;
CVP - Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul;
PANAFTOSA - Centro Pan-americano de Febre Aftosa.
CAPTAÇÃO E FONTES DE INFORMAÇÃO
Fontes de dados e informações para o SIZ:
 SVO = SVEs e SFAs;
Comunidade e produtores rurais, MV privados (autônomos, habilitados, RT’s de empresas), a rede de laboratórios de diagnóstico em saúde animal e as instituições de ensino e pesquisa;
DAS;
MAPA (DIPOA, CGAL, DFIP, VIGIAGRO);
MPA;
MS;
ANVISA;
IBAMA;
IBGE.
REGISTRO DE NOTIFICAÇÃO IMEDIATA
O SVO deve registrar todas as informações prestadas pelo notificante:
FORM NOTIFICA;
Formulário de Investigação de Doenças – Inicial (FORM IN);
FORM COM – Atendimentos Complementares.
Inicialmente, o registro deverá incluir, preferencialmente, as seguintes informações:
Data da notificação;
Identificação do local onde estão os animais doentes ou suspeitos;
Síntese da ocorrência (sinais clínicos, resultados laboratoriais preliminares, espécies envolvidas, doentes, mortos etc);
Informações clínicas e epidemiológicas disponíveis.
REGISTRO DA VIGILÂNCIA DE SÍNDROMES ESPECÍFICAS NO SIVCONT
A notificação de suspeitas e o acompanhamento de eventos sanitários baseados na vigilância sindrômica também devem ser inseridas no Sistema Continental de Vigilância Epidemiológica – SivCont:
Esse sistema foi desenvolvido pelo PANAFTOSA (2004);
Mecanismo para registro e análise de dados e informações;
Permite demonstrar que os sistemas nacionais de vigilância dos países participantes possuem adequada sensibilidade e especificidade para assegurar a condição sanitária do país em relação a determinadas doenças.
Atualmente, o serviço veterinário do Brasil utiliza quatro síndromes configuradas no sistema pelo PANAFTOSA:
Síndrome vesicular;
Síndrome nervosa;
Síndrome hemorrágica dos suínos;
Síndrome respiratória e neurológica das aves.
Informações sobre doença-alvo e diagnóstico diferencial para as síndromes cadastradas no SivCont:
FLUXO GERAL
Quando a notificação envolver suspeita compatível com doença-alvo incluída na vigilância sindrômica (síndromes vesicular, nervosa, hemorrágica dos suínos e respiratória e neurológica das aves);
Ocorrência deve ser registrada no SivCont e mantida atualizada até seu encerramento.
No caso de ocorrência em matadouros com serviço de inspeção federal – SIF:
Registrosdevem ser incluídos também no SIGSIF;
Segundo orientações e recomendações do DIPOA;
Lesões indicativas de doenças das categorias 1, 2 e 3 da lista de notificação obrigatória devem ser notificadas imediatamente às demais unidades do SVO.
De acordo com o resultado da investigação realizada pelo SVO, podem ocorrer duas possibilidades:
Caso descartado de notificação imediata:
Quando não for compatível com os critérios de caso das doenças de notificação imediata (onde se incluem também as doenças sob vigilância sindrômica);
Nessa situação, o FORM IN deve ser arquivado na respectiva unidade de atendimento, não devendo ser enviado ao DAS;
O fluxo dos documentos de investigação entre SVE e SFA deve ser avaliado e definido no âmbito estadual.
Destacam-se, ainda, as seguintes possibilidades em caso descartado de doença de notificação imediata:
Quando se tratar de caso descartado de qualquer outra doença não listada como de notificação obrigatória;
 Atendimento e investigação pode ser encerrado pelo SVO;
Quando o caso for descartado para doença de notificação imediata e tiver diagnóstico confirmado para alguma doença da Lista 4;
Deverá ser registrado na FEPI – Ficha Epidemiológica Mensal ou no Informe Mensal de Aves, dependendo da doença e espécie envolvidas.
Tratando-se de caso provável de doença de notificação imediata é necessário o envio imediato dos respectivos formulários de investigação para o SVE:
Deve enviá-los às SFAs e ao DAS;
Sendo que para algumas doenças as informações também devem ser incluídas nos respectivos informes mensais.
Quando a ocorrência for detectada pelas fontes identificadas nos itens 4, 5 e 6 do fluxo, e envolver caso confirmado de doença da Categoria 4, deve ser notificada mensalmente ao SVO, que irá compilar os dados na FEPI ou nos demais informes mensais para envio ao DSA:
FLUXO ESPECÍFICO DOS INFORMES MENSAIS E SEMESTRAIS
PROGRAMA NACIONAL DE ERRADICAÇÃO E PREVENÇÃO DA FEBRE AFTOSA
Doença viral altamente contagiosa:
Perda de peso, crescimento retardado, dano permanente nos cascos e mastite crônica são algumas sequelas da infecção;
Elevada morbidade e baixa mortalidade.
A detecção da FA em um país afeta o comércio internacional:
Perdas econômicas importantes.
A infecção humana pelo vírus da febre aftosa é rara:
 Homem é hospedeiro acidental;
 Pouco mais de 40 casos diagnosticados desde 1921;
As lesões vesiculares podem ser detectadas, mas os sinais são geralmente brandos;
Não é considerada um problema de saúde pública.
DOENÇAS VESICULARES
Toda suspeita de doença vesicular é de notificação imediata e obrigatória.
Qualquer pessoa que verifique a existência de sinais clínicos, tais como:
Babeira, manqueira, feridas na boca, patas e úbere de bovinos, búfalos, caprinos, ovinos, suínos, além de outras espécies de casco fendido;
Deve comunicar imediatamente e solicitar uma visita do Serviço de Defesa Sanitária Animal de seu estado através dos escritórios locais de atendimento;
Um veterinário oficial fará a inspeção dos animais;
Caso se confirme como uma doença vesicular - tomará as providências necessárias, como:
Colheita de amostras para diagnóstico laboratorial;
Estabelecimento de medidas emergenciais de proteção para evitar que a doença se espalhe.
As doenças vesiculares com sinais clínicos indistinguíveis da febre aftosa são:
Estomatite vesicular - Endêmica em algumas regiões do Brasil - Acomete também equídeos.
Doença vesicular dos suínos - Nunca registrada nas Américas – baixa incidência mundial.
Exantema vesicular dos suínos - Erradicada mundialmente em 1959.
Somente são diferenciadas por meio de testes laboratoriais.
Outros diagnósticos diferenciáveis:
Peste bovina;
Doença das mucosas;
Rinotraqueíte infecciosa bovina;
Língua azul;
Mamilite bovina;
Estomatite papulosa bovina;
 Diarreia viral bovina.
PROGRAMA NACIONAL DE ERRADICAÇÃO E PREVENÇÃO DA FEBRE AFTOSA (PNEFA)
O Brasil segue na luta contra a febre aftosa em busca de um país livre da doença;
O PNEFA tem como estratégia principal a implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença - De acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
A execução do PNEFA é compartilhada entre os diferentes níveis de hierarquia do serviço veterinário oficial com participação do setor privado:
Cabendo a cada um as devidas responsabilidades;
Os governos estaduais, representados pelas secretarias estaduais de agricultura e instituições vinculadas (PR: ADAPAR);
 Responsabilizam-se pela execução do PNEFA no âmbito estadual.
INN 44, de 2 de outubro de 2007:
Aprova as diretrizes gerais para a Erradicação e a Prevenção da Febre Aftosa;
A serem observadas em todo o território nacional;
Com vistas à implementação do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa (PNEFA);
Conforme estabelecido pelo SUASA.
DEFINIÇÕES
Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA):
Emprega definições técnicas e científicas estabelecidas por órgãos e instituições internacionais dos quais o País é membro signatário;
Especialmente a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE);
FAO;
Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA);
Fundado em 1951;
Proporciona cooperação técnica a todos os países membros nas Américas, para melhorar o estado de saúde da população e promover o desenvolvimento dos países.
CONCEITOS
ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS
Bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, suínos, ruminantes silvestres e outros nos quais a infecção foi demonstrada cientificamente.
ÁREA DE PROTEÇÃO SANITÁRIA
Área geográfica estabelecida em torno dos focos de FA, de acordo com a estratégia para contenção e eliminação do agente infeccioso.
A definição dos seus limites geográficos é de responsabilidade do SVO.
Sua implantação deve ser realizada por meio de ato específico que deverá incluir as ações sanitárias a serem executadas.
Levar em consideração: 
As características epidemiológicas da doença ;
Os sistemas de produção pecuária predominantes;
A estrutura de comunicação e de rede viária disponível;
Presença de barreiras naturais capazes de impedir a disseminação da doença.
A área de proteção sanitária deverá abranger:
Área perifocal;
Área de vigilância;
Área tampão.
ÁREA PERIFOCAL
Área imediatamente circunvizinha ao foco de febre aftosa, compreendendo, pelo menos, as propriedades rurais adjacentes ao mesmo;
Como apoio à sua delimitação, pode ser empregado um raio de 3 Km traçado a partir dos limites geográficos do foco confirmado.
ÁREA DE VIGILÂNCIA
Área imediatamente circunvizinha a área perifocal;
Como apoio a sua delimitação, podem ser consideradas as propriedades rurais localizadas até 7 Km dos limites da área perifocal.
ÁREA TAMPÃO
Área imediatamente circunvizinha a área de vigilância, representando os limites da área de proteção sanitária;
Podem ser consideradas as propriedades rurais localizadas até 15 Km dos limites da área de vigilância.
DOENÇA VESICULAR INFECCIOSA
Conjunto de doenças transmissíveis caracterizadas por febre e pela síndrome de claudicação e sialorréia;
Decorrente de vesículas ou lesões vesiculares nas regiões da boca, focinho patas ou úbere.
Nessa categoria estão: 
Febre aftosa;
Estomatite vesicular;
Doença Vesicular do Suíno – exótica;
 Exantema Vesicular – exótica.
EMERGÊNCIA VETERINÁRIA
Condição causada por focos de doenças com potencial epidêmico para produzir graves consequências sanitárias, sociais e econômicas;
Comprometem o comércio nacional e internacional, a segurança alimentar ou a saúde pública;
Exigem ações imediatas para seu controle ou eliminação:
Dentro do menor espaço de tempo e com o melhor custo-benefício;
Visando ao restabelecimento da condição sanitária anterior.
PLANO DE CONTINGÊNCIA
Documento que estabelece os princípios, estratégias, procedimentos e responsabilidades em caso de uma emergência veterinária;
Com o intuitode treinar, organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias a resposta rápida para o controle e eliminação da doença.
PLANO DE AÇÃO
Parte do plano de contingência;
Inclui os procedimentos específicos para investigação de casos suspeitos de doença vesicular e atuação durante ocorrência de focos de febre aftosa.
SISTEMA DE EMERGÊNCIA VETERINÁRIA
Conjunto de recursos, estruturas e procedimentos, organizado com o objetivo de desenvolver a capacidade de detecção rápida e pronta reação na ocorrência de doenças visando a seu controle ou erradicação;
Inclui a elaboração de planos de contingência e de ação.
SACRIFÍCIO SANITÁRIO
Eliminação de todos os animais que representam risco para difusão ou manutenção do agente biológico;
Segundo avaliação epidemiológica do SVO;
Seguida de destruição das carcaças por incineração, enterramento ou qualquer outro processo que garanta a eliminação do agente infeccioso e impeça a propagação da infecção, acompanhada de limpeza e desinfecção.
UNIDADE EPIDEMIOLÓGICA
Grupo de animais com probabilidades semelhantes de exposição ao vírus da febre aftosa.
Dependendo das relações epidemiológicas estabelecidas e da extensão da área das propriedades rurais envolvidas, pode ser formada por:
Uma propriedade rural;
Grupo de propriedades rurais (ex.: assentamentos rurais ou pequenos vilarejos);
Parte de uma propriedade rural;
Ou estabelecimentos onde se concentram animais susceptíveis à doença (ex.: recintos em um parque de exposições ou leilões);
A constituição de uma unidade epidemiológica é de responsabilidade do SVO.
VÍNCULO EPIDEMIOLÓGICO
Estabelece a possibilidade de transmissão do agente infeccioso entre casos confirmados da doença e animais susceptíveis, localizados ou não em uma mesma exploração pecuária.
Pode ser estabelecido pela: 
Movimentação animal;
Proximidade geográfica que permita o contato entre doentes e susceptíveis;
Presença de outros elementos capazes de carrear o agente infeccioso;
A caracterização do vínculo epidemiológico é de responsabilidade do SVO.
ZONA
Conceito implantado pela OIE e adotado nas estratégias do PNEFA;
Representar uma parte de um país claramente delimitada, com uma subpopulação animal com condição sanitária particular para determinada doença dos animais;
No caso da febre aftosa, são considerados os seguintes tipos de zona (Código Sanitário para os Animais Terrestres da OIE):
Zona livre;
Zona tampão;
Zona Infectada;
Zona de Contenção.
ZONA LIVRE
Com ou sem vacinação;
Representa o espaço geográfico com certificação, pelo MAPA, do cumprimento das seguintes condições:
Ausência de ocorrência de focos e de circulação viral pelos prazos estabelecidos;
Existência de adequado sistema de vigilância sanitária animal;
Existência de marco legal compatível;
Presença de adequada estrutura do SVO.
ZONA TAMPÃO
Espaço geográfico estabelecido para proteger a condição sanitária dos rebanhos de uma zona livre frente aos animais e seus produtos e subprodutos de risco oriundos de um país ou de uma zona com condição sanitária distinta;
Mediante a aplicação de medidas baseadas na epidemiologia da doença ;
Destinadas a impedir a introdução do agente patogênico;
Essas medidas podem incluir, entre outras, a vacinação, o controle do movimento de animais e a intensificação da vigilância da doença.
ZONA INFECTADA
Espaço geográfico de um país que não reúne as condições necessárias para ser reconhecido como zona livre, com ou sem vacinação.
ZONA DE CONTENÇÃO
Espaço geográfico estabelecido no entorno de explorações pecuárias infectadas ou supostamente infectadas;
Extensão é determinada levando em consideração fatores epidemiológicos e os resultados das investigações realizadas;
São aplicadas medidas de controle para impedir a propagação da infecção.
INVESTIGAÇÃO
Todo caso suspeito de doença vesicular;
Deve ser notificado no prazo máximo de 24h e investigado pelo SVO em um prazo de até 12h;
O médico veterinário do SVO deve estar preparado para descartar ou confirmar uma suspeita de doença vesicular - Exige conhecimento sobre a patogenia e epidemiologia das doenças vesiculares, experiência de campo e domínio das técnicas de semiologia.
TIPOS DE CASOS NA INVESTIGAÇÃO DE DOENÇAS VESICULARES
Caso suspeito de doença vesicular;
Caso confirmado de doença vesicular;
Caso descartado de doença vesicular;
Caso ou foco de febre aftosa;
Caso descartado de febre aftosa.
CASO SUSPEITO DE DOENÇA VESICULAR
Notificação apresentada por terceiros ao SVO;
Indicando a possibilidade de existência de um ou mais animais apresentando sinais clínicos compatíveis com doença vesicular infecciosa.
CASO CONFIRMADO DE DOENÇA VESICULAR
Constatação pelo SVO de animais apresentando sinais clínicos compatíveis com doença vesicular infecciosa;
Exige adoção imediata de medidas de biossegurança e de providências para o diagnóstico laboratorial.
CASO DESCARTADO DE DOENÇA VESICULAR
Todo caso suspeito de doença vesicular investigado pelo SVO cujos sinais clínicos não são compatíveis com doença vesicular infecciosa.
CASO OU FOCO DE FEBRE AFTOSA (FA)
Registro, em uma unidade epidemiológica, de pelo menos um caso que atenda a um ou mais dos seguintes critérios:
1. isolamento e identificação do vírus da FA em amostras procedentes de animais susceptíveis, com ou sem sinais clínicos da doença, ou em produtos obtidos desses animais;
2. detecção de antígeno viral específico do vírus da FA em amostras procedentes de casos confirmados de doença vesicular, ou de animais que possam ter tido contato prévio, direto ou indireto, com o agente etiológico;
3. existência de vínculo epidemiológico com outro foco de febre aftosa, constatando-se, também, pelo menos uma das seguintes condições:
 3.1. presença de um ou mais casos confirmados de doença vesicular;
 3.2. detecção de anticorpos contra proteínas estruturais ou capsidais do vírus da FA em animais não vacinados contra essa doença; ou 
3.3. detecção de anticorpos contra proteínas não-estruturais ou não-capsidais do vírus da FA, desde que a hipótese de infecção não possa ser descartada pela investigação epidemiológica.
CASO DESCARTADO DE FEBRE AFTOSA
Todo caso confirmado de doença vesicular que não atenda aos critérios para confirmação de caso ou foco de febre aftosa.
ATENDIMENTO ÀS SUSPEITAS DE DOENÇA VESICULAR E AOS FOCOS DE FEBRE AFTOSA
NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS VESICULARES
Notificação compulsória em até 24h;
No caso de o notificante ser proprietário ou responsável pela exploração pecuária com casos suspeitos de doença vesicular;
Deverá interromper a movimentação dos animais, produtos e subprodutos de origem animal, até autorização por parte do SVO;
Todas as notificações de casos suspeitos devem ser registradas pelo SVO;
Deverá atendê-las dentro do prazo de 12 (doze) horas contadas a partir de sua apresentação A infração deverá ser devidamente apurada pelo SVO que, quando for o caso, representará contra o infrator junto ao Ministério Público;
Caso o infrator seja médico veterinário, o SVO deverá encaminhar denúncia formal ao CRMV.
CASO CONFIRMADO DE DOENÇA VESICULAR
Implica a adoção de medidas sanitárias para identificação e contenção do agente etiológico.
As ações imediatas envolvem:
I - registro e comunicação da ocorrência às instâncias superiores por meio do formulário de atendimento inicial e dos fluxos definidos pelo MAPA;
 II - definição e interdição da unidade epidemiológica com casos confirmados de doença vesicular;
III - colheita de material para diagnóstico laboratorial, acompanhada de avaliação clínica e epidemiológica;
IV - realização de investigação epidemiológica inicial, considerando análise do trânsito de animais susceptíveis;
V - suspensão temporária do trânsito de animais e de produtos de risco oriundos de propriedades rurais limítrofes ou com vínculo epidemiológico com a unidade epidemiológica onde foram confirmados os casos de doença vesicular.
A interdição compreende:
Lavratura de auto de interdição;
Dando ciência do ato aosprodutores rurais ou seus representantes que possuam explorações pecuárias na unidade epidemiológica envolvida;
Incluindo orientações quanto às medidas de biossegurança necessárias;
proibição de saída de animais susceptíveis ou não à doença e de quaisquer outros produtos ou materiais que possam veicular o agente viral, assim como o trânsito de veículos e de pessoas não autorizadas.
Caso descartado de FA:
A não confirmação de foco de FA ou de outra doença exótica ou erradicada no país permite a suspensão da interdição.
CONFIRMAÇÃO DE FOCO DE FA
Leva à declaração de: ESTADO DE EMERGÊNCIA VETERINÁRIA;
O MAPA deverá definir e coordenar as ações a serem implantadas.
Essas ações podem incluir:
Sacrifício sanitário;
Vacinação emergencial;
Medidas de interdição.
Até a definição e delimitação das áreas de proteção sanitária no entorno do(s) foco(s) de FA registrado(s), MAPA estabelecerá a interdição de uma área de segurança mais abrangente:
Poderá envolver municípios, Unidades da Federação ou outra divisão geográfica;
Necessária para evitar a dispersão do agente infeccioso para outras regiões do País.
A confirmação de doença vesicular pelo serviço veterinário de inspeção em matadouros:
No exame ou no post-mortem;
Deve ser imediatamente comunicada ao SVO antemortem da Unidade da Federação envolvida.
Deverão ser aplicadas as medidas sanitárias e os procedimentos técnicos estabelecidos pelo MAPA:
A comercialização das carnes, produtos e subprodutos obtidos no abate deverá ser suspensa até definição pelo SVO quanto à destinação.
Investigação:
Uma vez confirmado o diagnóstico de FA ou de alguma doença exótica no País:
O DSA/SDA/MAPA tem, no máximo, 24 h para comunicar a ocorrência à:
OIE;
PANAFTOSA
Países vizinhos;
Blocos econômicos;
E outros parceiros comerciais do Brasil.
PASSO A PASSO NO ATENDIMENTO E NA INVESTIGAÇÃO DE DOENÇAS VESICULARES
1º Registrar a notificação da suspeita imediatamente no livro de ocorrências sanitárias;
2º Levantamento inicial de informações (sistema) - Rebanho existente; intensidade de movimentação de animais; data da última vacinação; localização geográfica e vias de acesso etc;
 3º Deslocamento para atendimento à notificação - FORM-IN (formulário de investigação);
4º Ações na propriedade - Investigação, entrevista e inspeção clínica dos animais /Descarte de Doença Vesicular (traumatismos, falsa denúncia etc.) /Suspeita: Colheita de material para diagnóstico /Levantamento de informações (investigação epidemiológica) / Atividades de biossegurança;
5º Retorno à unidade veterinária local - Confirmação ou descarte de Doença Vesicular.
COLHEITA DE MATERIAL PARA DIAGNÓSTICO
Animal com identificação individual permanente ou de longa duração.
Antes de colher ou enviar qualquer amostra de suspeita de doença vesicular, as autoridades competentes devem ser contatadas;
As amostras só devem ser enviadas sob condições de segurança e para laboratórios autorizados;
Como as doenças vesiculares não podem ser distinguidas clinicamente, e algumas são zoonóticas, as amostras devem ser colhidas e manuseadas com todas as precauções.
Material de eleição:
Fragmentos de epitélio vesicular, incluindo as bordas das lesões;
Caso as vesículas estejam íntegras (não rompidas) deve-se obter líquido vesicular;
Material colhido das regiões oral e nasal é mais adequado em função da menor presença de sujidades;
Líquido esofágico-faríngeo (LEF) – animais tratados ou com lesões antigas;
Colocar em frascos separados o material colhido da região oral e nasal daquele colhido das patas e úbere;
 Buscar estabelecer a idade das lesões.
AMOSTRAS
1 g de tecido de vesícula intacta ou recentemente aberta;
Colocar as amostras epiteliais em meio para transporte que mantenha um pH de 7,2 a 7,4 (Líquido de Vallée) e conservá-las sob refrigeração (ver o Manual da OIE);
Soro;
Líquido esofágico-faríngeo colhido mediante uma sonda esofágica (PROBANG);
Manter as amostras congeladas a, pelo menos, -40 °C imediatamente após a colheita (manter congeladas em freezer).
TESTES LABORATORIAIS
Procedimentos;
Identificação do agente;
ELISA;
Prova de fixação de complemento;
Isolamento viral: inoculação de células primárias tireóideas de bovinos e células primárias renais de suínos, bezerros e cordeiros; inoculação de linhas celulares BHK-21 e IBRS-2; inoculação de camundongos;
Provas sorológicas (prescritas no Manual da OIE);
ELISA;
Prova de neutralização viral;
Importante considerar vacinação***.
LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES – INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Buscar determinar a data do início do evento sanitário, sua possível origem e avaliar o grau de risco de difusão;
Verificar o ingresso de animais suscetíveis e de veículos nos últimos 30 dias;
Verificar a existência de possível relação do proprietário ou funcionários com outros rebanhos localizados no País ou em outros países;
Levantar a presença recente de pessoas que mantiveram contato com animais suscetíveis.
ATIVIDADES DE BIOSSEGURANÇA
Atividades empregadas para evitar ou minimizar os riscos de difusão da doença;
Vários os procedimentos a serem utilizados ainda na propriedade onde foi confirmada a suspeita.
ISOLAMENTO
Separação de animais enfermos e de seus contatos diretos;
Em lugares e sob condições que evitem a transmissão do agente infeccioso dos animais infectados a outros suscetíveis;
Inclui isolamento de animais de espécies naturalmente não-suscetíveis → possíveis veiculadores do vírus.
QUARENTENA
Restrição da movimentação e observação de grupos de animais aparentemente sadios expostos ao risco de contágio, mas que não tiveram contato direto com animais infectados.
Pode ser:
Quarentena completa - Restrição total da movimentação dos animais durante um período não menor do que 30 dias, depois do sacrifício sanitário, envio ao abate ou da aparição do último caso clínico;
Quarentena atenuada - Restrição seletiva e parcial da movimentação de animais, produtos e subprodutos.
DESINFECÇÃO
Instalações e equipamentos devem ser desinfetados;
Desinfetantes efetivos são hidróxido de sódio 2%, carbonato de sódio 4%, ácido cítrico 0,2% e Virkon-S.
VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AFTOSA
Somente poderão ser comercializadas no país vacinas contra FA registradas e controladas pelo MAPA;
O registro somente será concedido para vacinas inativadas e aprovadas pelo SVO;
Cabe ao SVO fiscalizar e controlar todas as etapas de produção, comercialização, distribuição, transporte e utilização da vacina contra a FA, bem como o seu descarte.
As estratégias de vacinação são definidas pelo SVO, de acordo com a situação epidemiológica de cada Unidade da Federação, zona ou outras áreas geográficas, considerando os seguintes aspectos:
I - as épocas e a duração das etapas de vacinação sistemática deverão ser definidas pelo MAPA;
Elaborada após avaliação das características geográficas e agroprodutivas predominantes na região.
II - a vacinação sistemática e obrigatória, em áreas definidas pelo MAPA, deve ser realizada em bovinos e bubalinos de todas as idades;
É proibida a vacinação de caprinos, ovinos e suínos e de outras espécies susceptíveis, salvo em situações especiais com aprovação do MAPA;
III - são reconhecidas as seguintes estratégias de vacinação sistemática e obrigatória de bovinos e bubalinos:
 a) vacinação semestral de todos os animais, em etapas com duração de 30 dias;
b) vacinação semestral de animais com até 24 meses de idade e anual para animais com mais de 24 meses de idade, em etapas com duração de 30 dias;
Somente poderá ser adotada em Unidades da Federação onde o cadastro de propriedades rurais esteja consolidado e com realização de vacinação semestral por pelo menos dois anos consecutivos, observando-se índices globais de vacinação superiores a 80%;
 c) vacinação anual de todos os animais, em etapas de 45 a 60 dias;
Em regiões onde as características geográficas possibilitam o manejo das explorações pecuárias apenas durante período limitado do ano;
d) outras estratégias de vacinação poderãoser adotadas após análise pelo MAPA.
A vacinação contra a FA é de responsabilidade dos produtores rurais:
Deverão comprovar a aquisição da vacina em quantidade compatível com a exploração pecuária e declarar sua aplicação dentro dos prazos estabelecidos.
O SVO poderá realizar o acompanhamento da vacinação contra FA em qualquer exploração pecuária localizada no âmbito estadual:
Pode também assumir a responsabilidade pela aquisição ou aplicação da vacina em áreas de risco ou em explorações pecuárias consideradas de importância estratégica;
O SVO desenvolverá estudos epidemiológicos visando à supressão da vacinação sistemática contra a FA.
CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DO TRÂNSITO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FEBRE AFTOSA
ASPECTOS GERAIS
Toda movimentação de animal susceptível à FA;
Deve ser acompanhada da Guia de Trânsito Animal (GTA) e de outros documentos estabelecidos pelo SVO.
Toda carga de animais susceptíveis à FA em desacordo com o estabelecido na IN 44;
Deverá ser apreendida e encaminhada para sacrifício sanitário ou outra destinação prevista pelo SVO;
Após avaliação dos riscos envolvidos;
 Toda carga de animais susceptíveis à FA, quando lacrada pelo SVO de origem, somente poderá ter seu lacre rompido sob supervisão do SVO.
Quando o trajeto for superior a 12 h em transporte rodoviário:
Deverá ser estabelecido um ponto intermediário para o descanso e alimentação dos animai;
 Nesse caso, o lacre da carga será rompido e a carga novamente lacrada sob supervisão do SVO + Acrescentando na GTA o número dos novos lacres.
A emissão de GTA para movimentação de bovinos e bubalinos oriundos de região onde a vacinação contra a FA é obrigatória, deve considerar os seguintes requisitos:
I - respeitar o cumprimento dos seguintes prazos, contados a partir da última vacinação contra a FA: 
a) 15 dias para animais com uma vacinação; 
b) 7 dias para animais com duas vacinações; 
c) a qualquer momento após a terceira vacinação;
II - durante as etapas de vacinação contra FA;
Animais somente poderão ser movimentados após terem recebido a vacinação da referida etapa ;
Obedecidos os prazos de carência previstos no inciso I do presente artigo, exceto quando destinados ao abate imediato;
III - durante a etapa de vacinação e até 60 dias após o seu término, os animais destinados ao abate imediato ficam dispensados da obrigatoriedade da vacinação contra FA.
IV - animais acima de 3 meses de idade não poderão ser movimentados sem a comprovação de no mínimo uma vacinação contra FA; 
V - animais oriundos de regiões onde se pratica a estratégia de vacinação contra a FA, para participação em aglomerações de animais (exposições, feiras, leilões) em regiões onde a vacinação contra a FA é obrigatória;
Deverão apresentar histórico de pelo menos duas vacinações contra a doença ;
Sendo a última realizada no máximo até 6 meses do início do evento.
VI - a critério do SVO, considerando a situação epidemiológica para FA em determinada região ;
A participação de animais susceptíveis à FA em aglomerações de animais (exposições, feiras, leilões) poderá ser suspensa temporariamente nas localidades de risco para difusão da doença ;
Ou submetida a normas sanitárias complementares, podendo incluir o reforço da vacinação contra FA;
VII - a realização de exposições, feiras, leilões e outras aglomerações de animais em regiões onde as características geográficas possibilitam o manejo das explorações pecuárias somente durante período limitado do ano;
Deverá ser submetida a normas específicas definidas pelo SVO, após aprovação do MAPA.
INGRESSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FA EM ZONAS LIVRES, ZONA TAMPÃO OU UNIDADES DA FEDERAÇÃO CLASSIFICADAS COMO, PELO MENOS, BR-3 (RISCO MÉDIO)
Trânsito de animais susceptíveis à FA envolvendo passagem por regiões com diferentes condições zoossanitárias;
Deverá ser definido pelo MAPA, considerando a adoção dos seguintes procedimento;
I - autorização pelo MAPA, após avaliação dos riscos sanitários envolvidos;
II - estabelecimento de fluxo de documentos e de informações, incluindo requerimento de ingresso, atestado zoossanitário e autorização de trânsito emitidos pelos SVO das Unidades da Federação envolvidas;
III - entre os procedimentos técnicos empregados poderão ser incluídos:
 lacre da carga dos veículos transportadores;
estabelecimento da rota de transporte;
especificação dos postos fixos de fiscalização para ingresso dos animais;
realização de limpeza e desinfecção dos veículos transportadores.
INGRESSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FA EM ZONA LIVRE COM VACINAÇÃO
Deve atender aos seguintes requisitos zoosanitários:
I - animais com origem em zona livre de febre aftosa sem vacinação:
a) ovinos, caprinos, suínos e outros animais susceptíveis, com exceção de bovinos e bubalinos, estão dispensados de requisitos adicionais com referência à FA;
b) bovinos e bubalinos, com exceção daqueles destinados ao abate imediato, deverão ser imediatamente vacinados contra a FA na Unidade da Federação de destino;
II - animais susceptíveis com origem em zona tampão ou Unidade da Federação classificada como BR-3 (risco médio) para FA:
a) proceder diretamente da referida região ;
Onde tenham permanecido por, pelo menos, 12 meses anteriores à data de expedição da autorização ou desde o seu nascimento (no caso de animais com menos de 12 meses de idade);
E de exploração pecuária onde a FA não foi oficialmente registrada nos 12 meses anteriores à data do embarque ;
E que, num raio de 25km a partir dela, a doença não foi registrada nos seis meses anteriores ;
Os animais não devem apresentar sinais clínicos da doença no dia do embarque;
b) permanecer isolados por um período mínimo de 30 dias antes do embarque, em local oficialmente aprovado e sob supervisão do SVO , sendo submetidos a provas laboratoriais para FA;
As amostras para diagnóstico deverão ser colhidas após 14 dias, no mínimo, do início da quarentena e analisadas em laboratórios pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários ;
A critério do MAPA, as provas de diagnóstico poderão ser dispensadas quando a finalidade for o abate imediato;
c) quando a finalidade da movimentação não for o abate, no caso de se identificar pelo menos um animal positivo às provas laboratoriais empregadas, todo o grupo de animais deve ser impedido de ingressar na zona livre de FA com vacinação;
Para fins de abate:
 Somente os animais com reação positiva ficarão impedidos de ingressar na zona livre, estando os demais liberados para o trânsito com destino direto ao abatedouro;
 d) no destino: 
Animais deverão ser mantidos isolados por um período mínimo de 14 dias em local oficialmente aprovado e sob supervisão do SVO.
INGRESSO DE ANIMAIS EM ZONA LIVRE DE FA SEM VACINAÇÃO
É proibido o ingresso de animais vacinados contra a FA em zona livre sem vacinação.
O ingresso de animais susceptíveis à FA em zona livre sem vacinação fica autorizado para:
I - animais nascidos ou que permaneceram, imediatamente antes de seu ingresso, por um período mínimo de 12 meses em outra zona livre de FA sem vacinação, transportados em veículos lacrados;
II - ovinos, caprinos, suínos e outros animais susceptíveis à FA, oriundos de zona livre de febre aftosa com vacinação, após atendimento das seguintes condições:
a) animais não vacinados contra FA, nascidos ou que permaneceram, imediatamente antes de seu ingresso, por período mínimo de 12 meses em zona livre de FA com vacinação, e oriundos de propriedades rurais cadastradas pelo SVO;
b) transportados em veículos com carga lacrada pelo SVO da Unidade da Federação de origem;
c) quando destinados ao abate imediato, os animais deverão ser encaminhados diretamente a estabelecimentos com serviço de inspeção veterinária oficial;
d) para outras finalidades que não o abate, o ingresso deve obedecer os seguintes procedimentos zoossanitários:
os animais deverão: 
Receber identificação individual, permanente ou de longa duração;
Permanecer isolados pelo período de, pelo menos, 30 dias antes do embarque, em local aprovadopelo SVO de origem e sob sua supervisão; 
2. realização de testes de diagnóstico para FA em amostras colhidas após 14 dias, no mínimo, do início da quarentena;
3. apresentação de resultados negativos para os testes de diagnóstico realizados; 
4. os animais deverão permanecer isolados no destino, sob supervisão do SVO, por período de, pelo menos, 14 dias
Durante o período de avaliação, fica proibida a saída de quaisquer outros animais susceptíveis à febre aftosa existentes na propriedade de destino, exceto para abate imediato.
TRÂNSITO DE ANIMAIS DENTRO DA ZONA INFECTADA
I - os animais devem proceder de exploração pecuária na qual:
Nos 60 dias anteriores, não se tenha constatado nenhum foco de FA;
E que, nas suas proximidades, num raio de 25km, também não tenha ocorrido nenhum caso nos 30 dias anteriores.
II - para bovinos e bubalinos oriundos de regiões onde a vacinação contra a FA for obrigatória:
SVO deverá comprovar a sua realização
III - bovinos e bubalinos provenientes de zona livre de febre aftosa sem vacinação deverão ser vacinados na chegada, sendo revacinados após 30 dias sob controle do SVO:
Caso a vacinação contra a FA seja obrigatória na região de destino.
PARA ERRADICAÇÃO DE FA:
Rigoroso controle de trânsito de animais, produtos e subprodutos;
Controle de focos;
Vacinação;
Educação sanitária.
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE E ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE E TUBERCULOSE ANIMAL
Visa ao controle e erradicação da brucelose e tuberculose bovina e bubalina:
 Zoonoses causadoras de consideráveis prejuízos econômicos e sociai;
 Impacto na produtividade dos rebanhos e risco para a saúde humana.
Estão disseminadas por todo o território nacional:
Prevalência varia entre diferentes regiões;
Requerem notificação imediata de qualquer caso confirmado – Categoria 3.
Brucelose e tuberculose em suínos são controladas especialmente em reprodutores:
Granjas de reprodutores suídeos certificada (GRSC) – IN 19.
A brucelose ovina e caprina de importância epidemiológica:
Causada por Brucella melitensis;
Não foi até hoje diagnosticada no Brasil.
A epididimite ovina:
Causada por Brucella ovis;
Controle está a cargo do Programa Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos.
Não existem dados sobre tuberculose ovina e caprina no Brasil que justifiquem a implantação de medidas específicas visando ao controle sistemático da doença em pequenos ruminantes.
DEFINIÇÕES
BRUCELOSE
Zoonose causada pela Brucella abortus;
Caracterizada por causar infertilidade e aborto no final da gestação;
Afetando principalmente as espécies bovina e bubalina;
Atinge tanto o gado de corte quanto o gado de leite;
Prevalência de animais positivos no Brasil manteve-se entre 4% e 5% no período entre 1988 e 1998.
TUBERCULOSE
Zoonose de evolução crônica;
Causada pelo Mycobacterium bovis;
Provoca lesões granulomatosas;
Afeta principalmente as espécies bovina e bubalina;
É um problema mais sério para os produtores de leite + Prevalência média nacional de 1,3% de animais reagentes à tuberculina no período de 1989 a 1998.
SACRIFÍCIO
Abate sanitário de animais reagentes aos testes de diagnóstico para brucelose ou tuberculose;
Realizado em estabelecimento sob serviço de inspeção oficial.
DESTRUIÇÃO
Procedimento de eliminação de animais reagentes aos testes de diagnóstico para brucelose ou tuberculose no próprio estabelecimento de criação.
ESTABELECIMENTO DE CRIAÇÃO EM CERTIFICAÇÃO
Estabelecimento de criação que está cumprindo os procedimentos de saneamento previstos no PNCEBT;
Visando obter o certificado de livre de brucelose e tuberculose.
ESTABELECIEMNTO DE CRIAÇÃO LIVRE DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE
Estabelecimento que obteve certificado de livre de brucelose e tuberculose após concluir saneamento para estas enfermidades e mantém rotina de diagnóstico.
ESTABELECIMENTO DE CRIAÇÃO MONITORADO PARA BRUCELOSE E TUBERCULOSE
Estabelecimento de criação especializado em pecuária de corte;
Criação extensiva com muitos animais;
Que mantém rotina de diagnóstico para brucelose e tuberculose ;
Em fêmeas com idade igual ou superior a 24 (vinte e quatro) meses e em machos reprodutores.
OBJETIVOS DO PNCEBT
 Baixar a prevalência e a incidência de casos de brucelose e de tuberculose bovina e bubalina;
Criar número significativo de propriedades certificadas como livres ou monitoradas para brucelose e tuberculose;
Que ofereçam ao consumidor produtos de baixo risco sanitário;
Diminuir o impacto negativo dessas zoonoses na saúde humana e animal;
Promover a competitividade da pecuária nacional.
MEDIDAS SANITÁRIAS DESTACADAS
I - Vacinação obrigatória de fêmeas, entre 3 e 8 meses de idade, contra a brucelose:
Vacina viva atenuada;
Visa baixar a prevalência e a incidência desta enfermidade.
II - Controle do trânsito interestadual de animais destinados à reprodução e da participação de machos e fêmeas reprodutores em exposições, feiras, leilões e outras aglomerações animais:
Com o objetivo de evitar a disseminação da brucelose e da tuberculose.
 III - Certificação voluntária de estabelecimentos de criação livres de brucelose e tuberculose:
Nos quais são aplicadas rigorosas medidas de saneamento e vigilância sanitária ativa;
Contribuirão para combater essas doenças e melhorar o padrão sanitário dos produtos de origem animal.
IV - Certificação voluntária de estabelecimentos de criação monitorados para brucelose e tuberculose:
 Mesmos objetivos definidos no inciso anterior;
Porém utilizando procedimentos de gestão de risco adaptados às condições de manejo e ao tamanho dos rebanhos de corte.
CREDENCIAMENTO DE MV E LABORATÓRIOS
Para execução de atividades previstas no PNCEBT:
O SVO habilitará médicos veterinários que atuam no setor privado e credenciará laboratórios que não pertencem à rede do MAPA;
Para habilitação de médicos veterinários deverão ser realizados cursos específicos de “Treinamento em Métodos de Diagnóstico e Controle da Brucelose e Tuberculose”;
Oferecidos por instituições de ensino ou pesquisa.
VACINAÇÃO CONTRA BRUCELOSE
Vacina B 19 (viva atenuada);
Pode causar orquite nos machos e provocar aborto se administrada durante a gestação;
Não vacinar machos nem fêmeas gestantes;
B19 induz pode interferir no diagnóstico sorológico da brucelose:
A persistência dos anticorpos está relacionada com a idade de vacinação;
Fêmeas vacinadas > a 8 meses – grande probabilidade de produção de anticorpos que perdurem e interfiram no diagnóstico da doença após os 24 meses de idade;
Vacinação ocorre até os 8 meses de idade – anticorpos desaparecem rapidamente;
Animais > de 24 meses são normalmente negativos nas provas sorológicas.
É obrigatória a vacinação de todas as fêmeas das espécies bovina e bubalina:
Entre 3 a 8 meses de idade.
A marcação das fêmeas vacinadas é obrigatória:
Utilizando-se ferro candente;
No lado esquerdo da cara:
“V acompanhado do algarismo final do ano de vacinação”.
A vacinação será efetuada sob a responsabilidade técnica de médico veterinário habilitado.
Dose única de vacina viva liofilizada - amostra 19 de Brucella abortus (B19):
É proibida a utilização da vacina B19 em machos de qualquer idade e em fêmeas com idade superior a 8 (oito) meses.
É obrigatória a comprovação da vacinação das bezerras na unidade local do SVO, no mínimo uma vez por semestre:
 A comprovação será feita por meio de atestado emitido por médico veterinário cadastrado.
PRODUÇÃO, CONTROLE E COMERCIALIZAÇÃO DE VACINAS CONTRA A BRUCELOSE
Para comercialização de vacina será exigida a apresentação de receita emitida por MV cadastrado - Que ficará retida no estabelecimento comercial à disposição da fiscalização do SVO;
O estabelecimento responsável pela comercialização da vacina fica obrigado a comunicar a compra, venda e estoque de vacina, na unidade local do SVO.
DIAGNÓSTICO INDIRETO DA BRUCELOSE
Os testes sorológicos de diagnóstico para brucelose serão realizados em:
I - fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses, vacinadas entre três e oito meses de

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