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1
Psicologia da Educação: 
Desenvolvimento e 
Aprendizagem
Behaviorismo Radical de B. F. 
Skinner e a Educação 
Aula 2
Prof. Carlos Eduardo de 
Souza Gonçalves
Mestre em Educação
Psicólogo – CRP 08/11014
Objetivos da Aula 2:
Conhecer e desmistificar os principais conceitos 
da Teoria de Aprendizagem proposta pelo 
Behaviorismo Radical de B. F. Skinner, dando 
ênfase ao papel da educação na aprendizagem e 
no desenvolvimento de comportamentos 
funcionais dos aprendizes.
Psicologia da educação: 
desenvolvimento e aprendizagem
Behaviorismo (Comportamentalismo)
Ivan Pavlov
Condicionamento 
Reflexo
John Watson
Behaviorismo
Metodológico
B. F. Skinner
Behaviorismo
Radical
Fonte: 
http://coisasdenanna.blogs
pot.com.br/2015/09/os-
pensadores-da-psicologia-
da-educacao.html
Fonte: 
http://www.biograph
y.com/people/john-
b-watson-37049
Fonte: 
http://www.nobelprize.or
g/nobel_prizes/medicine
/laureates/1904/pavlov-
bio.html
Quem foi B. F. Skinner?
Vídeo
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=fsw-SbafVt0
Comportamentos são ações, falas, reações, 
sentimentos, emoções, pensamentos, crenças, ou 
seja, toda a atividade de um indivíduo com relação 
ao seu ambiente. 
Podem ser observáveis e não-observáveis.
O que são comportamentos?
Fonte: http://piadas-
infames.blogspot.com.br/2007_06_
01_archive.html
Fonte: 
http://guilhermemiller.com.br/os-
meios-de-comunicacao-social-e-
a-crianca/
anderson
Texto digitado
 comentários, digamos, mais pessimistas quanto ao Behaviorismo: “isso é adestramento de criança”, “o Behaviorismo simplifica muito as coisas, elas não são assim”, “essa Psicologia é muito fria, não lida com o sentimento das pessoas” etc.nullNo entanto, posso afirmar para você que essas e outras ideias injustas são distorções que infelizmente ganharam força, em parte devido a um período da história do próprio Behaviorismo (já ultrapassado) e em parte devido aos teóricos e críticos culturais que se agarraram a este passado
anderson
Texto digitado
Behaviorismo vem de “Behaviorism” em inglês, que por sua vez vem de “Behavior” que significa “Comportamento”. Assim, também poderíamos usar o termo Comportamentalismo para essa abordagem da Psicologia.
anderson
Texto digitado
 Alguns comportamentos são observáveis publicamente, aqueles que podem ser diretamente vistos pelas pessoas que estão ao redor de quem pratica a ação. Outros não são observáveis publicamente e os chamaremos de comportamentos privados que, de início, só são percebidos diretamente pela própria pessoa que está executando a ação. Por exemplo: pensar, ler para si mesmo, alegrar-se etc. nullO behaviorismo entende que esses comportamentos se dão em função de interações entre organismo e ambiente. Ambiente se refere ao lugar onde vivemos e nos comportamos, mas também se refere a qualquer evento capaz de afetar o indivíduo. Logo, o ambiente, neste sentido, possui um papel ativo na produção do comportamento (CANAAN-OLIVEIRA, 2002).
2
Ambiente se refere ao lugar onde vivemos e nos 
comportamos, mas também se refere a qualquer 
evento capaz de afetar o indivíduo. 
Eventos ambientais são estímulos e podem ser 
externos, sejam físicos ou sociais (sons, luzes, cheiros, 
toque de uma pessoa, elogio, contato visual etc.) e
internos (estímulos e comportamentos privados das 
pessoas, como, por exemplo, batimentos cardíacos, 
respiração e emoções que os 
acompanham) 
(CANAAN-OLIVEIRA, 2002).
Ambiente e estímulos
O comportamento respondente é uma reação do 
indivíduo provocada por um estímulo que o
antecede. Essa reação é imediata e involuntária, 
um comportamento reflexo. Por exemplo: 
contração das pupilas após aumento da 
intensidade da luz. (CANAAN-OLIVEIRA, 2002). 
Comportamento respondente
Fonte: http://psicologia51.zip.net/
Comportamento respondente
O comportamento operante é aquele que opera sobre o 
ambiente, modificando-o de algum modo. Essa modificação, 
como uma consequência do próprio comportamento, opera 
de volta sobre ele, alterando sua probabilidade futura de 
ocorrer novamente em situações semelhantes (CANAAN-
OLIVEIRA, 2002). 
Comportamento operante
Fonte: 
http://gestaoescolar.org.br/blo
gs/aluno-em-foco/page/5/
Fonte: 
http://mamaeantesdos20.bl
ogspot.com.br/
Comportamentos Voluntários são 
Comportamentos Operantes
Comportamento operante
Uma consequência que fortalece (intensidade e/ou frequência) um 
comportamento chamamos de estímulo reforçador.
Estímulos reforçadores são necessários não só para ensinar novos 
comportamentos, mas também para manter os que o aluno já 
aprendeu. 
Mas atenção: o que é reforçador para um, pode não ser para 
outro...
Estímulo reforçador (Reforço)
Fonte: 
http://noticias.universia.com.br/educacao/noticia/2015/04/28/1124168/prof
essor-engajar-alunos-desinteressados-classe.html
anderson
Texto digitado
Comportamentos respondentes podem ser aprendidos, passando a ocorrer de forma reflexa. Esse comportamento é aprendido a partir do emparelhamento (associação) entre duas situações (CANAAN-OLIVEIRA, 2002). Ex.: se um aluno vê a imagem do professor e ao mesmo tempo ouve o professor agredindo ele com gritos ou deboches humilhantes, ele reage primeiramente sentindo tristeza ou raiva pela humilhação e depois, graças ao emparelhamento entre a visão da imagem do professor e suas expressões de agressão, ele pode vir a sentir tristeza ou raiva apenas ao ver imagens de professores em geral.
anderson
Texto digitado
Podemos dizer que o comportamento operante é controlado pelas consequências que o seguem, ou seja, se a consequência é desejada pelo sujeito, ele tende a repetir o comportamento, se a consequência é desagradável ou se nenhuma consequência ocorre novamente, o comportamento tende a diminuir ou se extinguir.
3
Uma consequência que enfraquece (intensidade 
e/ou frequência) um comportamento chamamos 
de estímulo aversivo.
Atenção: o que é aversivo para um, pode não ser 
para outro...
Estímulo aversivo (Punitivo)
Fonte: http://mamaeantesdos20.blogspot.com.br/
Atenção: todo reforço, positivo ou negativo, é 
uma consequência que tende a fortalecer um 
comportamento.
Reforço positivo e reforço negativo
Consiste na apresentação de uma consequência reforçadora 
positiva (no sentido de “soma” na matemática, não no sentido 
de bom), ou seja, qualquer ganho ou acréscimo de algo que 
seja considerado desejado pelo indivíduo.
Quanto mais rápido ocorrer após o comportamento, maior seu 
poder reforçador.
Reforços Arbitrários X Reforços Naturais
Reforço positivo
Fonte: 
http://noticias.universia.com.br/educacao/noticia/2015/04/28/1124168/prof
essor-engajar-alunos-desinteressados-classe.html
Reforço positivo
Reforçamento Negativo (no sentido de “subtração” em matemática, 
não no sentido de mau), ocorre quando agimos de maneira a retirar 
ou afastar alguma coisa que não é agradável para nós (estímulos 
aversivos). 
Este comportamento específico que acaba com o que é ruim é que 
será fortalecido (reforçado) pelas consequências agradáveis que 
garantem que não haverá mais estímulo aversivo.
Reforço negativo
Fonte: http://ouvindocriancas.com.br/2013/01/22/adaptacao-escolar-o-que-
levar-na-mochila-alem-de-amor-e-seguranca/
Reforço negativo
anderson
Texto digitado
 
anderson
Texto digitado
 Recebemos reforçadores naturais ao simplesmente sentir prazer pelo que fazemos.
anderson
Texto digitado
Mas também podemos receber reforçadores arbitrários, aqueles que exigem necessariamente a intervenção direta de outra pessoa, ou seja, o indivíduo se comporta de forma que as consequências são liberadas por outra pessoa. Os reforçadores sociais (abraços, elogios, sorrisos, atenção dada) devem ser preferidos aos materiais (notas, prêmios).
anderson
Texto digitado
É possível usar reforçamento negativo para educar também. Exemplo: no início da tarefa em saladizemos para a turma que aqueles que demorarem muito para terminar precisarão ficar em sala depois do sinal do intervalo (supondo que não gostem de ficar em sala no intervalo); o comportamento de terminar a tarefa no tempo correto seria nesse caso negativamente reforçado (subtrai a possibilidade do estímulo aversivo de ficar em sala no intervalo) e, logo, tenderia a se repetir.
anderson
Texto digitado
Atenção! O mesmo comportamento pode produzir mais do que um tipo de consequência. Por exemplo, numa sala de aula, o comportamento da professora de "dar uma bronca" no aluno quando este se comporta mal, pode ser reforçado negativamente quando o aluno logo fica quieto. Entretanto, levar uma bronca da professora pode ser um evento aversivo (consequência não desejada), mas também pode ser uma forma de obter atenção (consequência desejada) valiosa para a criança e difícil de conseguir. Assim, uma bronca tanto pode ser uma punição como pode funcionar como um evento reforçador positivo, dependendo da percepção do aluno.
4
Ao longo da vida, recebemos do ambiente 
estímulos reforçadores e aversivos como 
consequência dos nossos comportamentos. 
Outros estímulos estavam presentes no ambiente 
(circunstâncias) junto com os estímulos 
reforçadores e aversivos que recebemos e foram 
associados a estes.
Estímulos discriminativos
Criança rabiscou a parede = Comportamento Inadequado
Grito do pai = Estímulo Aversivo
Cara de zangado do pai = Estímulo Associado
Criança disse “Bom dia, mãe!” = Comportamento Adequado
Abraço da mãe = Estímulo Reforçador
Sorriso da mãe = Estímulo Associado
Estímulos discriminativos
Fonte: 
http://ed238729.no.comunidades.
net/distimia-mau-humor-pode-
ser-doenca
Fonte: 
http://wesharepics.info/imageagkl
-african-woman-smiling.asp
Como estas circunstâncias (cara de zangado do 
pai e sorriso da mãe) eram estímulos associados 
aos estímulos consequentes (grito do pai e abraço 
da mãe), passaram a servir como “dicas” para a 
criança no futuro escolher, ou seja, discriminar
que comportamento apresentar, dependendo da 
consequência que espera receber.
Estímulos discriminativos
1. Cara de zangado do pai quando chega em casa = 
Estímulo Discriminativo
2. Não rabiscar nada proibido hoje = Comportamento
Escolhido pela criança
3. Pai ir descansar sem gritar com a criança = Reforço 
Negativo que fortalece comportamento da criança de 
não rabiscar coisas proibidas (é negativo porque 
elimina a chance do pai gritar com ela, o estímulo 
aversivo que um dia ela recebeu).
Estímulos discriminativos
1. Sorriso da mãe ao chegar em casa = Estímulo 
Discriminativo
2. Dizer “Boa noite, mamãe!” = Comportamento
Escolhido pela criança
3. Mãe dar abraço na criança = Reforço Positivo que 
fortalece comportamento da criança de sempre dizer 
“bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite”.
Estímulos discriminativos
anderson
Texto digitado
SABER DISCRIMINAR ESTÍMULOS E CONTROLAR O PRÓPRIO COMPORTAMENTO PARA OBTER CONSEQUÊNCIAS DESEJÁVEIS E SE ESQUIVAR DE CONSEQUÊNCIAS INDESEJÁVEIS É TER LIBERDADE, AUTONOMIA SOBRE SI MESMO! É O QUE OS ANALISTAS DO COMPORTAMENTO CHAMAM DE INTELIGÊNCIA!
5
Tríplice contingência (= contexto)
Aprender segundo B. F. Skinner
Vídeo
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=fsw-SbafVt0
O comportamento de uma pessoa também pode ser 
influenciado por meio de regras implícitas ou 
explícitas em ordens, conselhos, avisos, orientações, 
instruções e leis. Regras são dicas que orientam a 
ação dos indivíduos, já que indicam uma condição 
"se..., então..." vigente em determinado ambiente ou 
situação.
Regras, portanto, servem como Estímulos 
Discriminativos que possibilitam 
ao aluno escolher seus 
comportamentos em função das 
consequências anunciadas.
Tríplice contingência e regras
Dicas úteis no estabelecimento de limites:
1 - pense primeiramente nos limites que deseja estabelecer
2 - explicite os limites antecipadamente
3 - seja claro
4 - seja breve
5 - seja firme
6 - seja consistente
7 - aprenda a tolerar a frustração e o sofrimento da criança 
8 - faça com que os limites sejam respeitados (contingências boas e 
ruins garantidas) 
(CANAAN-OLIVEIRA, 2002).
Regras = limites
PUNIÇÃO: procedimento no qual uma consequência 
ruim para o sujeito segue determinado 
comportamento dele, fazendo com que este 
desapareça ou reduza de frequência. 
Punição tipo 1: ocorre quando, após o 
comportamento desagradável do sujeito, acrescenta-
se, imediatamente, algo ruim do ponto de vista dele, 
com o objetivo de diminuir esse comportamento.
Punição tipo 2: ocorre quando se 
retira algo de bom ou positivo 
para o sujeito após o 
comportamento indesejado.
Punição (Estímulo aversivo)
6
1. Não tem efeito duradouro, pois os reforçadores não foram 
retirados do ambiente.
2. Reforça negativamente o comportamento de quem aplica a 
punição
3. É ineficaz se não for realmente aversivo para a pessoa punida.
4. Não reforça o comportamento desejado.
5. Perde efeito com a repetição.
6. Provoca consequências emocionais nocivas.
7. Comportamentos desejáveis paralelos 
podem desaparecer
8. A pessoa pode generalizar o evento 
desagradável para estímulos associados.
Alguns efeitos da punição
1. Reforçamento de comportamentos incompatíveis.
2. Modificar o ambiente do aluno, usando extinção de 
comportamento. Extinção é identificar e eliminar os estímulos 
que reforçam determinado comportamento.
A extinção é um processo gradual, ou seja, o comportamento 
indesejado vai diminuindo aos poucos. 
Quando se aplica a extinção, ocorre normalmente o aumento 
inicial do comportamento que se pretende diminuir, exigindo 
tolerância e persistência de quem educa.
3. Usar Modelação e Modelagem de 
comportamentos... 
Alternativas à punição
O comportamento é aprendido por Modelação quando passa a 
ocorrer a partir da observação da forma de agir de uma outra 
pessoa. Quando o comportamento observado do outro é 
recompensado (seja esse comportamento desejável ou 
indesejável), aumenta a probabilidade de que a pessoa que 
observou a ação venha a agir da mesma forma.
Modelagem é o procedimento no qual a pessoa aprende aos 
poucos, passo a passo, cada etapa necessária para alcançar o 
comportamento final; utiliza-se um estímulo reforçador 
positivo que é apresentado após a 
ocorrência das ações em cada etapa. 
(CANAAN-OLIVEIRA, 2002)
Modelação e modelagem
Ensino individualizado
Vídeo
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=fsw-SbafVt0
CANAAN-OLIVEIRA. S. et al. Compreendendo seu filho: uma 
análise do comportamento da criança. Belém: Paka-tatu, 2002. 
BANACO, Roberto Alves (Org.). Sobre comportamento e 
cognição. 2. ed. Santo André: Arbytes, 1999. 
BAUM, William M. Compreender o behaviorismo. Artmed 
Editora, 2009.
SKINNER, Burrhus Frederic. Questões recentes na análise 
comportamental. Campinas: Papirus, 1991. 
SKINNER, Burrhus Frederic. Ciência e comportamento 
humano. 10. ed. São Paulo: 
Martins Fontes, 1994.
Referências
anderson
Texto digitado
A punição não é recomendável de acordo com a Análise do Comportamento. Em último caso, é utilizada quando: o comportamento é muito frequente e existe perigo para o próprio aluno ou para outros, e o educador já tentou todos os outros procedimentos.
anderson
Texto digitado
Na Extinção, o educador simplesmente ignora o comportamento inadequado. Antes de se aplicar o procedimento da extinção, faz-se necessário identificar o estímulo reforçador que controla aquele comportamento, identificar o que acontece antes e depois daquele determinado comportamento. A extinção é um processo gradual, ou seja, o comportamento indesejado vai diminuindo aos poucos, até chegar ao desaparecimento. Além disso, quando se aplica a extinção, ocorre normalmente o aumento inicial do comportamento que se pretende diminuir. Não cometa assim o erro de reforçar intermitentementeo comportamento.nullA extinção é mais efetiva se combinada com um reforçamento positivo de comportamentos incompatíveis com aquele indesejado, como explicado a respeito da punição (CANAAN-OLIVEIRA, 2002).

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