Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GAAL Exerc´ıcios 6: Umas soluc¸o˜es 1. Quais dos seguintes vetores sa˜o combinac¸a˜o linear de u = (5,−3, 1), v = (0, 4, 3), w = (−10, 18, 7)? (a) (10,−2, 5) (b) (10, 2, 8) (c) (−2− 1, 1) (d) (−1, 2, 3). O conjunto {u, v, w} e´ L.I ou L.D.? Caso que seja L.D., escreve um deles como combinac¸a˜o linear dos outros. R: Vamos fazer a u´ltima parte primeiro. Para achar as soluc¸o˜es da equac¸a˜o x1u + x2v + x3w = 0, queremos achar as soluc¸o˜es do sistema homogeˆneo AX = 0, onde A e´ a matrix com colunas os vetores u, v, w. A matriz aumentada de A e´ [A|0] = 5 0 −10 0−3 4 18 0 1 3 7 0 que tem forma escalonada reduzida1 0 −2 00 1 3 0 0 0 0 0 . O conjunto soluc¸a˜o (colocando a varia´vel livre x3 = α) e´ 2α−3α α . Ja´ que o sistema possui soluc¸o˜es na˜o triviais, os vetores u, v, w sa˜o linear- mente independentes. A soluc¸a˜o com α = 1 nos permite escrever w = 3u− 2v. Segue deste fato que um vetor e´ uma combinac¸a˜o linear de u, v, w se, e somente se, ele e´ combinac¸a˜o linear de u, v. Olhando pra primeira parte agora. Dado o vetor (a, b, c) (da questa˜o), queremos saber se existem x1, x2 tais que (a, b, c) = x1(5,−3, 1) + x2(0, 4, 3) = (5x1,−3x1 + 4x2, x1 + 3x2). Ja´ que temos x1 = a/5, segue que x2 = (c − x1)/3, conseguimos resolver as questo˜es facilmente: 1 (a) x1 = 2, x2 = (5− 2)/3 = 1. Temos (5x1,−3x1 + 4x2, x1 + 3x2) = (5 · 2,−6 + 4, 2 + 3) = (10,−2, 5) logo (10,−2, 5) e´ combinac¸a˜o linear dos vetores. (b) x1 = 2, x2 = (8 − 2)/3 = 2. Obtemos 2u + 2v = (10, 2, 8), logo (10, 2, 8) e´ combinac¸a˜o linear dos vetores. (c) x1 = 2/5, x2 = 1/5. Obtemos (2/5)u + (1/5)v = (2,−2/5, 1) 6= (−2,−1, 1), logo (−2,−1, 1) na˜o e´ combinac¸a˜o linear dos vetores. (d) x1 = −1/5, x2 = 16/15. Na˜o da´ o vetor procurado. Com partes (a)− (d), tambe´m pode reduzir a matrix 5 0 −10 a−3 4 18 b 1 3 7 c onde (a, b, c) e´ o vetor dado na questa˜o. 2. Quais dos seguintes conjuntos sa˜o linearmente independentes? (a) {(1,1,2), (1,0,0), (4,6,12)}, (b) {(1,-2,3), (-2,4,-6)}, (c) {(1,-2,3), (-2,4,6)}, (d) {(1,3,6), (2,1,2), (3,4,5), (0,0,1)}, (e) {(1,1,1), (2,3,1), (3,1,2)}. R: (a) Ja´ que temos 3 vetores em R3, podemos calcular o determinante da matriz A com colunas os vetores dados. Calculando, obtemos det(A) = 0, logo os vetores sa˜o L.D. (b) Temos (−2, 4,−6) = −2(1,−2, 3), logo o segundo e´ multiplo escalar do primeiro. Ou seja, o conjunto e´ L.D. (c) As u´nicas combinac¸o˜es lineares de um vetor sa˜o os mu´ltiplos escalares deles. Ja´ que o segundo vetor na˜o e´ mu´ltiplo escalar do primeiro, nem o primeiro mu´ltiplo escalar do segundo, o conjunto e´ L.E. (d) Quatro vetores em R3 sa˜o sempre L.D. (e) Colocando os treˆs vetores numa matriz 3 × 3, obtemos que o deter- minante dela e´ 0. Logo os vetores sa˜o L.D. 3. Para quais valores de λ o conjunto {(3, 1, 0), (λ2 + 2, 2, 0)} e´ L.D.? R: Para resolver a equac¸a˜o x1(3, 1, 0) + x2(λ 2 + 2, 2, 0), vamos reduzir a matrix aumentada 3 λ2 + 2 01 2 0 0 0 0 2 Trocando as primeiras duas linhas e depois fazendo L2 → L2− 3L1, obte- mos 1 2 00 λ2 − 4 0 0 0 0 . Logo o sistema possui soluc¸a˜o na˜o trivial se, e somente se, λ2− 4 = 0. Ou seja, o conjunto e´ L.D se, e somente se, λ = ±2. 4. Suponha que o conjunto {v1, v2, v3} e´ L.I. Decida se o conjunto {u1, u2, u3} e´ L.I. ou L.D., onde (a) u1 = v1 + v2, u2 = v1 + v3, u3 = v2 + v3. (b) u1 = v1, u2 = v1 + v2, u3 = v1 + v2 + v3. R: (a) Considere a equac¸a˜o 0 = x1u1 + x2u2 + x3u3 = x1(v1 + v2) + x2(v1 + v3) + x3(v2 + v3) = (x1 + x2)v1 + (x1 + x3)v2 + (x2 + x3)v3. Ja´ que {v1, v1, v3} e´ L.I., a u´nica soluc¸a˜o desta u´ltima equac¸a˜o e´ x1 + x2 = 0, x1 + x3 = 0, x2 + x3 = 0. Logo x1 = −x2 da primeira igualdade, e das segundas duas obtemos x2 + x3 = 0 = x1 + x3 = −x2 + x3, logo x2 = −x2, mostrando que x2 = 0. Daqui segue que x1 = 0, x3 = 0. Logo a u´nica soluc¸a˜o da primeira equac¸a˜o e´ x1 = x2 = x3 = 0, mostrando que {u1, u2, u3} e´ L.I. (b) Similar. De novo, mexendo com 0 = x1u1 + x2u2 + x3u3 para deixar os vi em evideˆncia, obtemos (x1 + x2 + x3)v1 + (x2 + x3)v2 + x3v3, logo (pois {v1, v2, v3} e´ L.I.), obtemos que x3 = 0, logo x2 = 0, logo x1 = 0. Ou seja, {u1, u2, u3} e´ L.I. 5. Seja A uma matriz n×n. Mostre que as colunas de A sa˜o L.I. se, e somente se, as linhas de A sa˜o L.I. R: As colunas de A sa˜o L.I. se, e somente se, det(A) 6= 0. Mas det(A) = det(At), logo as colunas de A sa˜o L.I. se, e somente se, as colunas de At sa˜o L.I. Mas as colunas de At sa˜o as linhas de A. 6. Seja {v1, v2, . . . , vn} um conjunto L.I. de vetores em Rn. Seja A uma matriz invert´ıvel. Mostre que o conjunto {Av1, Av2, . . . , Avn} e´ L.I. 3 R: Seja B a matrix n× n com colunas os vetores {v1, v2, . . . , vn}. Ja´ que este conjunto e´ L.I., temos que det(B) 6= 0. Mas agora a matriz [Av1Av2 . . . Avn] = A[v1v2 . . . vn] = AB. Ja´ que AB e´ o produto de duas matrizes invert´ıveis, obtemos que AB e´ invert´ıvel. Logo as colunas de AB sa˜o L.I. Mas as colunas de AB sa˜o os vetores {Av1, Av2, . . . , Avn}. 7. Encontre uma base para o espac¸o soluc¸a˜o do sistema homogeˆneo AX = 0, em que (a) A = 1 0 1 01 2 3 1 2 1 3 1 , (b) A = 1 1 2 −12 3 6 −2 −2 1 2 2 . Quais sa˜o as dimenso˜es dos espac¸os de partes (a) e (b)? R: (a) A forma escalonada reduzida da matriz aumentada [A|0] e´1 0 1 0 00 1 1 0 0 0 0 0 1 0 . Logo a varia´vel x3 e´ livre. A soluc¸a˜o geral (colocando x3 = α) e´ −α −α α 0 . Este espac¸o tem dimensa˜o 1. Uma base do espac¸o e´ qualquer vetor na˜o nulo do espac¸o. Escolhendo α = 1 por exemplo, uma base do espac¸o e´ −1 −1 1 0 . (b) A forma escalonada reduzida da matriz aumentada [A|0] e´1 0 0 −1 00 1 2 0 0 0 0 0 0 0 . logo as varia´veis x3, x4 sa˜o livres e (colocando x3 = α, x4 = β), a soluc¸a˜o geral e´ β −2α α β . 4 Este espac¸o tem dimensa˜o 2. Para achar uma base no´s podemos (sempre) colocar uma varia´vel ser 1 e o resto 0 para cada varia´vel. Neste caso: α = 1, β = 0 : 0 −2 1 0 , α = 0, β = 1 : 1 0 0 1 . Logo nossa base e´: 0 −2 1 0 , 1 0 0 1 . Pode confirmar que este conjunto e´ L.I. e gera o espac¸o soluc¸a˜o, se quiser. 8. Encontre os valores de λ tais que o sistema homogeˆneo (A − λIn)X = 0 possui soluc¸a˜o na˜o trivial para as matrizes A seguintes. Para estes valores de λ, ache uma base para os espac¸os soluc¸a˜o correspondentes: (a) A = 0 0 11 0 −3 0 1 3 , (b) A = 2 2 3 4 0 2 3 2 0 0 1 1 0 0 0 1 , (c) A = 1 1 −2−1 2 1 0 1 −1 , (d) A = −1 2 2 0 −1 2 1 0 −1 1 2 0 0 0 0 1 , (e) A = 2 3 00 1 0 0 0 2 . R: (a) O sistema homogeˆneo (A− λIn)X = 0 possui soluc¸a˜o na˜o trivial se, e somente se, det(A− λIn) = 0. Temos det(A− λI) = det −λ 0 11 −λ −3 0 1 3− λ = −λ3 + 3λ2 − 3λ+ 1. 5 Enta˜o estamos procurando λ tal que 0 = −λ3 + 3λ2 − 3λ + 1. Esta equac¸a˜o possui a soluc¸a˜o o´bvia λ = 1, e da´ı conseguimos escrever o polinoˆmio como −(λ− 1)3. Segue que (A− λI)X = 0 possui soluc¸a˜o na˜o trivial se, e somente se, λ = 1. Vamos calcular o espac¸o soluc¸a˜o correspondente. A forma escalonada reduzida da matrix aumentada [A− 1I|0] e´ 1 0 −10 1 2 0 0 0 Logo a varia´vel x3 e´ livre, e o espac¸o soluc¸a˜o tem dimensa˜o 1. A soluc¸a˜o geral e´ α−2α α e uma base (colocando α = 1) e´: 1−2 1 . (b) Similar de (a). Temos det(A − λI) = (2 − λ)2(1 − λ)2. Logo temos soluc¸o˜es na˜o triviais se, e somente se, λ = 1 ou λ = 2. Quando λ = 2, o espac¸o soluc¸a˜o tem dimensa˜o 1 e uma base e´ α 0 0 0 . Quando λ = 1, o espac¸o soluc¸a˜otem dimensa˜o 1 e uma base e´ 3α −3α α 0 . (c) - (e) Omitidas. 9. Dados v1 = (2, 1, 3), v2 = (−2, 1, 3) (a) Por que {v1, v2} e´ claramente na˜o uma base de R3? (b) {v1, v2} e´ L.I ou L.D.? (c) Quais sa˜o as condic¸o˜es sobre um vetor v3 ∈ R3 para que {v1, v2, v3} seja uma base de R3? (d) Encontre um vetor v3 tal que {v1, v2, v3} e´ base de R3. R: (a) R3 tem dimensa˜o 3, logo qualquer base de R3 tem treˆs elementos. 6 (b) L.I. (c) Seja v3 = (x, y, z). Estamos procurando valores de x, y, z tais que det 2 −2 x1 1 y 3 3 z 6= 0. Chama esta matrix por A. Calculando o determinante (achei mais fa´cil usar a terceira coluna), obtemos det(A) = −2y + 4z. Logo det(A) 6= 0 se, e somente se, z 6= 3y. (d) Enta˜o um exemplo de um vetor v3 = (x, y, z) tal que z 6= 3y e´ (0, 1, 1). Pode confirmar que estes treˆs vetores sa˜o L.I. logo (ja´ que R3 tem dimensa˜o 3), {v1, v2, v3} e´ uma base de R3. 10. Seja r uma reta em R3. Mostre que r e´ subespac¸o de R3 se, e somente se, 0 ∈ r. R: Tem va´rios jeitos mostrar este fato. Seja W um subespac¸o qualquer de Rn (n qualquer). Vamos mostrar que 0 ∈ W : ja´ que subespac¸os sa˜o na˜o vazios, seja w ∈W um elemento qualquer. Ja´ queW e´ subespac¸o e w ∈W , enta˜o (−1) · w = −w ∈ W (segunda propriedade de subespac¸os). Mas agora ja´ que w,−w ∈ W , temos −w + w = 0 ∈ W (primeira propriedade de subespac¸os). Em particular, caso nossa reta r for subespac¸o, ele vai conter 0. Noutra direc¸a˜o, uma reta r = (a, b, c) + tw t ∈ R onde (a, b, c) ∈ r e´ um ponto da reta qualquer e w e´ vetor diretor. Mas se (0, 0, 0) ∈ r enta˜o a reta e´ {tw | t ∈ R} que e´ um subespac¸o de R3. 11. (a) Sejam W1,W2 subespac¸os de Rn. Mostre que W1 ∩W2 := {v ∈ Rn | v ∈W1 e v ∈W2} e´ subespac¸o de Rn. (b) Mostre que os conjuntos W1 = {(x, 0) |x ∈ R} W2 = {(0, y) | y ∈ R} sa˜o subespac¸os de R2 mas que W1 ∪W2 := {v ∈ R2 | v ∈W1 ou v ∈W2} na˜o e´ subespac¸o de R2. R: 7 (a) Sejam u, v ∈W1 ∩W2. Enta˜o u, v ∈W1 e u, v ∈W2. Agora u+ v ∈W1 pois u, v ∈W1 e W1 e´ subespac¸o, e tambe´m u+ v ∈W2 pois u, v ∈W2 e W2 e´ subespac¸o. Segue que u+ v ∈W1 +W2. Similarmente, dado v ∈ W1 ∩ W2 e α ∈ R, enta˜o αv ∈ W1 pois v ∈ W1 e W1 e´ subespac¸o, e tambe´m αv ∈ W2 pois v ∈ W2 e W2 e´ subespac¸o. Logo αv ∈ W1 ∩W2, mostrando que W1 ∩W2 satisfaz a segunda condic¸a˜o de subespac¸o. Logo W1 ∩W2 e´ subespac¸o de Rn. (b) O elemento (1, 0) ∈ W1, logo (1, 0) ∈ W1 ∪W2. O elemento (0, 1) ∈ W2, logo (0, 1) ∈W1 ∪W2. Mas o elemento (1, 0) + (0, 1) = (1, 1) e (1, 1) 6∈W1 e (1, 1) 6∈W2, logo (1, 1) 6∈W1∪W2. Ja´ que W1∪W2 na˜o satisfaz a primeira condic¸a˜o de ser subespac¸o, ele na˜o e´ um subespac¸o de R2. 8
Compartilhar