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AULA EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL 
 
“O Direito Penal surge com o homem e o acompanha através dos tempos, 
isso porque o crime, qual sombra sinistra, nunca dele se afastou" (grifo nosso) 
 (Magalhães Noronha) 
 
PERÍODOS DA EVOLUÇÃO DO DIREITO PENAL: 
 
1-PERÍODO DA VINGANÇA PENAL 
2-PERÍODO HUMANITÁRIO 
3-PERIODO CIENTÍFICO ou CRIMINOLÓGICO 
 
1.PERÍODO DA VINGANÇA PENAL 
(tempos primitivos até fins do século XVIII) 
 
1.1Vingança privada (olho por olho, dente por dente = instituto do Talião e da 
composição) 
1.2Vingança divina (a repressão ao crime é a satisfação dos deuses) 
1.3Vingança pública (o crime passa a ser contra o Estado, à sociedade). 
 
1.3.1Direito Romano (separação do Direito e Religião) 
1.3.2Direito Germânico (influência do Direito romano) 
1.3.3Direito Canônico (Direito Penal da Igreja, apogeu do 
cristianismo, pela humanização das penas) 
 
Obs.: essas fases não se sucederam uma às outras de forma distinta. 
Uma fase convive com a outra por largo período, a separação é feita por 
idéias. 
 
2.PERÍODO HUMANITÁRIO (o homem deve conhecer justiça) 
(aproximadamente entre 1750 e 1850) 
 
Marquês de Beccaria: “A pena deve ser pública, justa, rápida e eficaz”. 
- Autor do pequeno grande livro “Dos delitos e das penas”, em 1764, 
inspirados nas idéias de Rousseau (Contrato Social). 
- Princípios básicos do Direito Penal Moderno e adotados pela Declaração 
dos Direitos do Homem da Revolução Francesa. 
2.1 Escola Clássica: 
Grande expoente é Francesco Carrara: O crime é infração da lei do Estado, 
promulgada para proteger a segurança dos cidadãos, resultante de um ato 
externo do homem, positivo ou negativo, moralmente imputável e 
politicamente danoso”. 
 
3.PERÍODO CIENTÍFICO ou CRIMINOLÓGICO 
(a justiça deve conhecer o homem – a partir do século XIX) 
 
Escola Positivista (Direito penal é produto social, obra humana): 
Cesar Lombroso – (antropologia criminal) 
O homem criminoso apresenta características biológicas: 
é insensível fisicamente (uso de tatuagens); 
resistente ao traumatismo; 
vaidoso; 
preguiçoso; 
moralmente impulsivo; 
canhoto ou ambidestro; 
assimetria craniana; 
cabelos abundantes; 
face larga; 
rosto pálido; 
barba escassa. 
 
Enrico Ferri (sociologia criminal) 
O criminoso sofre influência de fatores mesológicos dividindo-se em 05 
categorias: 
o nato – o louco – o habitual, - o ocasional – o passional. 
Dividiu as paixões em: sociais (amor, piedade,etc) anti-sociais (ódio, 
avareza, inveja, etc) 
 
Rafael Garófalo (criminologia) 
propunha estudo do delito, do delinquente e da pena, abordando fatores 
jurídicos. 
 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO DO DIREITO PENAL NO BRASIL 
 
BRASIL - COLÔNIA 
1500 a 1514 – vigoraram as ordenações Afonsinas (1ª grande compilação 
de leis desde Afonso I) vindas de Portugal (1º ordenamento jurídico). 
 
1514 a 1603 – entraram em vigor as ordenações Manuelinas que não 
constituíram fonte do direito aplicável no Brasil, pois prevalecia o arbítrio 
dos donatários (vingança). 
 
1603 – passou a viger as ordenações Filipinas que reflete o Direito Penal 
dos tempos medievais. Compostas de 05 livros, sendo o Livro V (1º 
Código Penal Brasileiro). 
 
Características: 
O crime se confundia com pecado, as penas eram severas e cruéis, as mais 
comuns da época: 
açoite; 
mutilação; 
degredo; 
 pena de morte: natural (forca), natural cruelmente (antecedida de tortura) 
ou para sempre (corpo dependurado em um alto lugar até a 
decomposição). 
Obs.: as datas relativas à vigência das ordenações não são fidedignas. 
 
BRASIL - IMPÉRIO 
1830 – foi sancionado o Código Criminal em 16 de dezembro. 
Características: 
- Índole liberal; 
- esboço de individualização da pena; 
previa circunstâncias que atenuam a pena ou agravam; 
pena de morte somente para crimes cometidos por escravos. 
 
BRASIL -REPÚBLICA 
1890 – elaborado em 03 meses, passou a viger a partir de 11 de outubro o 
Código Penal. Alvo de duras críticas pelas falhas contidas, embora tivesse 
abolido a temida pena de morte e estabelecido o regime penitenciário de 
caráter correicional. 
 
1932 – Consolidação de Piragibe 
(Dec.-lei 22.213 de 14 de dezembro de 1932) 
Reunião das várias leis penais criadas pela deficiência do Código de 1890 
pelo Des. Vicente Piragibe e vigeram até 1940 com 410 artigos em 04 
livros. 
1940 – promulgado o atual Código Penal 
(Dec. Lei 2848 de 07 de dezembro de 1940) 
Entrou em vigor a partir de 01 de janeiro de 1942 para viger junto com o 
Código de Processo Penal. 
Projeto de Alcântara Machado e comissão revisora: 
Nelson Hungria 
Vieira Braga 
Narcélio de Queiroz 
Roberto Lyra 
 
Sem compromisso com qualquer escola, apresenta legislação eclética. 
 
1969 - surge outro código, projeto de Nelson Hungria, mas antes de entrar 
em vigor, foi revogado em 10/10/1978. 
 
1984 – Reforma do Código Penal (Dec. Lei 2848/40) 
Foi alterada a parte geral do Código pela Lei 7.209 de 11 de julho de 1984 
com novos e modernos princípios básicos do Direito Penal, além da 
adoção do sistema vicariante de sanção penal (pena ou medida de 
segurança). 
Foi promulgada juntamente a Lei 7.210 tratando especificamente a 
Execução Penal. 
 
1998 – alteração da parte relativa às penas alternativas pela Lei 9714 
acrescentando outras penas alternativas e regulamentando melhor sua 
aplicação. 
 
2009 – alteração dos crimes contra os costumes, com a Lei nº 12.015, após 
a publicação da citada Lei o Título VI da parte especial do Código Penal 
passou à denominação de crimes contra a dignidade sexual. 
 
2012 – criminalização de delitos informáticos com a publicação da Lei nº 
12.737, criando os crimes dos artigos 154-A e B do Código Penal.

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