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A Unificação da Itália e da Alemanha Prof. Cláudio Souza

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A Unificação da Itália e da Alemanha
Mudanças no xadrez político da Europa
Prevest - História
Prof. Cláudio Souza
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Itália - Antecedentes
Desafios para quem pretendesse promover a unificação italiana: 
expulsar os austríacos da península itálica (que controlavam a Veneza-Lombardia)
enfrentar os Estados Pontifícios (territórios da Igreja Católica defendidos com a ajuda de Napoleão III)
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Divisão da Itália em 1850
Reino das Duas Sicílias
Estados Pontifícios
Ducados de Toscana, Parma e Módena
Reino do Piemonte-Sardenha
Reino da Veneza-Lombardia (ocupado pela Áustria)
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Risorgimento 
Movimento liberal que dirigiu a luta pela unificação do país, dirigido pelo conde Camilo Cavour, o “pai da unidade italiana”.
Carbonários 
grupos populares que lutaram pela unificação, com várias influências: monarquistas, republicanas e socialistas.
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Pacto ítalo-prussiano
Os grupos que lutam pela unificação italiana e alemã lutam contra um inimigo comum: forças austríacas e francesas.
Em 1866 assinaram um pacto militar
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Reino da Itália - 1861
Criado a partir do ataque de Garibaldi ao Reino das Duas Sicílias (1860). Chefiando os Camisas Vermelhas, conquistou a capital, Nápoles. 
Simultaneamente, o Piemonte ocupou a parte oriental dos Estados Pontifícios, ligando o norte ao sul da Itália.
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1866 – Guerra Austro-Prussiana
O conflito acelerou a unidade italiana.
A aliança ítalo-prussiana venceu os austríacos, que tiveram que abrir mão do território de Veneza.
A Itália renunciou, entretanto, às províncias do Tirol, Trentino e Ístria, que permaneceram sob controle austríaco.
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1870 – Guerra Franco-Prussiana
A derrota da França para os alemães abriu espaço para a incorporação de Roma pela Itália.
O novo país surgia em 1870 sob a forma de uma monarquia parlamentar, tendo como rei Vítor Emanuel II e como Primeiro Ministro, o conde de Cavour.
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Pendências I – Questão irredentista
No Tirol, Trentino e Ístria persistiram confrontos com a Áustria. A questão foi um dos motivos que levou a Itália a envolver-se na I Guerra e apenas seria resolvida ao seu fim.
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Pendências II - Questão Romana
Após a anexação de Roma, Pio IX exilou-se na catedral de São Pedro e não reconheceu o novo estado. O problema perdurou até 1929, quando foi assinado o Tratado de Latrão entre Pio XI e Mussolini, reconhecendo o Estado do Vaticano e a sua soberania sobre a Praça de São Pedro e pagando uma indenização pela perda de Roma.
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Confederação Germânica
Foi criada pelo Congresso de Viena (1815), agrupando 39 estados alemães e presidida pela Áustria, tendo a Prússia como o maior e o principal estado. 
Prússia e Áustria disputavam, assim, a hegemonia sobre a Confederação.
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Rebeliões de 1848 na Alemanha
As rebeliões de 1848 enfraqueceram os projetos constitucionais e parlamentares. Fortaleceram-se os grupos que defendiam a guerra contra a Áustria como estratégia para a unificação.
O nacionalismo enfraqueceu os defensores da integração com a Áustria através da participação no parlamento.
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Passos para a unificação - Criação do Zollverein (1834) 
Extinguiu as tarifas alfandegárias entre os estados alemães, dinamizando suas economias. 
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Guerra dos Ducados (1864) 
A Prússia tomou de volta as províncias de Holstein e Schleswig, de populações alemãs, mas sob controle dinamarquês desde o Congresso de Viena. 
A Paz de Viena garantiu a reincorporação dos ducados ao território alemão.
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Guerra Austro-Prussiana (1866)
A Áustria entrou no conflito, ficando o episódio conhecido como “a guerra das sete semanas”. 
O Tratado de Praga reconheceu o fim da Confederação Germânica e a entrega de Veneza aos italianos.
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Guerra Franco-Prussiana (1870)
Em 1869 o trono espanhol ficou vago, devendo ser ocupado por Leopoldo Hohenzollern, um primo de Guilherme I (Prússia). Napoleão III vetou Leopoldo, criando uma tensão que foi habilmente explorada por Bismarck, primeiro-ministro prussiano.
Os estados alemães uniram-se contra a França, derrotando-a na Batalha de Sedan.
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A Alemanha unificada
Em janeiro de 1871 Guilherme I foi coroado imperador do II Reich, em Versalhes.
A Alemanha conquistou da França a Alsácia-Lorena (ferro e carvão mineral) e uma indenização de 5 bilhões de francos.
Em 1900 superou a Inglaterra na produção de aço.
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História e Positivismo
A unificação alemã precisou ser acompanhada pela construção cultural da nação.
Era preciso encontrar, construir uma história para a Alemanha.
Submetida por longo tempo pela Áustria-Hungria, onde encontrar a “autêntica história alemã”?
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Folclore e Romantismo
A busca pela “alma” alemã levou os intelectuais a tentar encontrar a autenticidade nas tradições orais. 
O folclorista era um “coletor” dessas tradições, deveria ouvir e registrar, numa espécie de “fotografia”.
Tanto os folcloristas quanto os românticos voltaram-se para o interior, para o povo, para o campo, para o passado.
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História metódica ou positivista
A história também enfrentava o problema de não ser reconhecida como portadora de um status científico.
Ao contrário da física ou química, a história não permite a reprodução do experimento, nem a previsibilidade.
Como atingir, então, um status científico?
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O método como critério para caracterizar a história-ciência
O historiador deve procurar os documentos escritos sobre o fato que pesquisa.
Estes passam pela críticas
Externa (verificação do material: tipo de papel, tinta, forma da escrita, etc.)
Interna (coerência textual, linguística)
Os documentos devem, então, ser postos em ordem cronológica para que se reconstitua em um texto narrativo o acontecimento “tal como ele realmente se deu” (Ranke) 
									
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A consequência lógica é que nesta forma de fazer a história:
Fontes: documentos escritos;
Pressuposto de neutralidade, de imparcialidade do historiador;
Os “grandes homens” são os personagens centrais;
A história na perspectiva do Estado, dos vencedores;
Os metódicos criaram uma geração de eruditos, avançaram nas técnicas de exame da documentação, investigaram e ajudaram a revelar arquivos impressionantes sobre o passado alemão.
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Positivismo e Progresso
O positivismo constituiu-se em uma ideologia cuja marca era a crença no “progresso”: a humanidade caminharia linearmente do primitivismo para o Progresso. A ciência e a razão seriam as condutoras desta caminhada.
Na geografia, Hatzel e o determinismo geográfico. Note também que suas idéias estão ligadas ao processo de unificação alemã.
Na biologia, o Darwinismo. A criação da Sociologia. 
Na política, a defesa de um governo que imponha a ordem social. A criação de uma democracia de massas era vista com desconfiança. A república era a forma de governo pretendida.
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