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Entre as diversas preocupações que acompanham a profissão docente, certamente uma das mais recorrentes é com a forma como podemos aproximar os conteúdos da nossa disciplina da realidade dos alunos. O que fazer para atrair a atenção de crianças e adolescentes que crescem numa sociedade em que as informações são cada vez mais acessíveis a todos? Como desenvolver uma didática envolvente e ao mesmo tempo, comprometida com os conteúdos e com a necessária reflexão a respeito deles? E no caso específico da disciplina de História: como aproximar os alunos de realidades tão distantes no tempo?
Na busca por respostas a esses questionamentos, muitos professores de História têm apontado para a necessidade de prepararmos aulas que permitam que os alunos tenham prazer em aprender. Neste sentido, a utilização de documentos históricos em sala de aula tem sido considerada uma estratégia interessante por permitir que os alunos se aproximem do cotidiano daqueles que viveram no passado. Além disso, através do contato com diferentes tipos de fontes históricas, os alunos podem compreender um pouco melhor o próprio processo de construção do conhecimento histórico, ao mesmo tempo em que aprendem a interpretar alguns desses vestígios do passado.
Soma-se a isso, ainda, a possibilidade de tornar as aulas mais dinâmicas, atrativas e incitar a participação dos alunos através da utilização de uma grande variedade de materiais. Apesar do consenso em torno dos benefícios que a utilização de documentos pode trazer às aulas de História, o emprego desses materiais no contexto da sala de aula exige cuidados. Se apresentados de forma apressada, os documentos adquirem o papel de “prova” do real, perspectiva superada pela historiografia ao longo do século XX.
Neste sentido, ao trazer fontes históricas para a sala de aula, o professor precisa superar a simples ilustração (ou comprovação) dos conteúdos. É preciso ensinar os alunos a interpretar e questionar os documentos, compreendendo a variedade de pontos de vista que eles carregam e também suas diferentes linguagens.
No texto Não é monumento: documentos históricos podem levar a equívocos em sala de aula quando encarados como prova dos fatos, Nilton Mullet Pereira e Fernando Seffner, é realizada uma análise crítica acerca da utilização de documentos históricos em sala de aula. A reflexão, publicada pela Revista de História da Biblioteca Nacional, é interessante por destacar os cuidados que os professores precisam tomar ao propor a utilização didática de documentos.
Como dissemos, na aula de hoje iremos nos deter na utilização didática de documentos escritos. Neste sentido, é importante pensar sobre as seguintes questões:
De que forma podemos utilizar documentos considerados canônicos sem trata-los como “prova” dos acontecimentos do passado?
Como selecionar fontes para o trabalho em sala de aula?
Como montar atividades a partir dos documentos?
Como fontes históricas escritas podem ajudar os alunos a aprenderem História de forma mais prazerosa?
Documentos Oficiais do Ensino de História - Durante muito tempo, os documentos escritos e oficiais foram considerados as principais fontes para o conhecimento histórico. Seu conteúdo era confundido com o próprio discurso historiográfico, que se voltava principalmente para os grandes acontecimentos e para os personagens da História política. Como vimos, ao longo do século XX, essa crença no documento como um reflexo da verdade foi desconstruída no campo da Historiografia, que se abriu para uma vasta variedade de fontes documentais. Essa mudança, no entanto, não invalida a utilização de documentos escritos produzidos pelo poder institucional nas aulas de História, desde que o professor tome determinados cuidados.
Neste sentido, o texto dos PCNs de História (BRASIL, 1998, p. 86) traz algumas observações que devem ser sempre consideradas:
Tópicos – 
O documento não fala por si mesmo, isto é, ele precisa ser interrogado a partir do problema estudado, construído na relação presente-passado;
Para interrogar o documento, é preciso fazer a escolha de um método, isto é, escolher procedimentos que orientem na observação, na identificação de ideias, temas e contextos, na descrição do que foi identificado, na distinção de relações de oposição, associação e identidade entre as informações levantadas e na interpretação dos dados, considerando a relação presente-passado;
Os métodos mais adequados são aqueles que possibilitam extrair dos documentos informações de suas formas (materiais, gráficas e discursivas) e de seus conteúdos (mensagem, sentidos e significados) e que permitam compreendê-los no contexto de sua produção.
Os chamados “documentos oficiais” podem ser úteis para o trabalho em sala de aula com temas relacionados à constituição da cidadania, às noções de direito e ao poder político de uma forma geral. Entre os diversos tipos de documentos que correspondem a essa categoria (leis, decretos, regulamentos, discursos, entre outros), o professor deve selecionar aqueles que melhor correspondem ao seu objetivo. Neste sentido, no Ensino Fundamental, muitos professores têm se utilizado de certidões de nascimento e de carteiras de trabalho, por exemplo, para iniciar introduzir os conceitos de trabalho e cidadania com os alunos.
Outro documento fundamental para que os alunos desenvolvam noções de cidadania é a Constituição brasileira. Através do contato com o texto constitucional, os alunos podem conhecer os principais direitos e deveres dos cidadãos brasileiros, além de refletir sobre a importância da democracia para que estes sejam preservados.
Para fornecer exemplos de utilização desse documento nas aulas de História, recomendamos a leitura de dois textos. Veja a seguir!
O primeiro, da autoria de Carolline Martins de Andrade, é um relato de experiência sobre a utilização do texto constitucional como um ponto de partida para a produção de uma reflexão a respeito do lugar reservado à população indígena na sociedade brasileira atual.
O segundo é um plano de aula publicado pela Revista Nova Escola, onde se propõe uma comparação entre as constituições brasileira e norte-americana. Trata-se de um texto interessante, não apenas pela proposta de contextualizar a criação das cartas constitucionais dos dois países, mas principalmente pela indicação de outros materiais que podem ser utilizados pelo professor que deseja trabalhar com esse documento em sala de aula, como um infográfico, um vídeo e outros textos de apoio.
Importante - O professor que estiver interessado em trabalhar com as constituições anteriores ou com outras leis que tenham tido grande importância histórica, pode encontrar essa documentação no Portal da Legislação, mantido pelo Governo Federal. Nele, estão disponibilizados, além de todas as constituições federais, leis e decretos promulgados desde o Império até a Ditadura Militar.
Vale lembrar que, para fins didáticos, o professor pode inserir documentos oficiais em dossiês, contendo um conjunto de documentos sobre o tema que se deseja estudar, a fim de contrapor os documentos oficiais ao cotidiano das pessoas que viviam naquele período, sendo, então, fundamental para a compreensão do impacto social gerado pela promulgação de leis como o AI-5, por exemplo, além de permitir a construção de um diálogo em sala de aula baseado num corpusdocumental mais variado e atrativo para os alunos.
Com o auxílio de exposições virtuais montadas em sites mantidos por centros de documentação, o professor pode facilmente selecionar documentos para montar seus próprios dossiês. Assim, conheça os sites do CPDOC e do projeto Memórias Reveladas, com exposições virtuais de importantes documentos sobre a História da República Brasileira, que podem ser explorados em diversas situações de sala de aula.
Imprensa: Utilizando Jornais e Revistas na Sala de Aula – 
Os materiais produzidos pela imprensa são importantes registros de acontecimentos do presente e do passado. Por meio deles, é possível localizar indícios de transformações e permanências de projetospolíticos, dos modos de vida das pessoas, dos pensamentos produzidos pela sociedade em diversos períodos históricos.
Trabalhar com a leitura de jornais e revistas em sala de aula é importante para que os alunos tornem-se leitores críticos, capazes de selecionar, interpretar e comparar as informações que habitualmente recebem através da mídia. Isso implica, necessariamente, na compreensão desse tipo de documento como um produto cultural e, ao mesmo tempo, como mercadoria, sujeita, portanto, a interesses e linhas editoriais bastante variados. Ao trazer notícias para a sala de aula, o professor precisa discutir com seus alunos a forma como as informações veiculadas pela imprensa são produzidas, chamando a atenção dos alunos para a ausência de neutralidade nesse tipo de discurso.
Para que os alunos desfrutem da leitura de jornais e revistas como uma forma de se aproximar do passado e ainda possam desenvolver a habilidade de realizar leituras críticas dos meios de comunicação, é fundamental que o professor apresente esse tipo de fonte histórica a partir de seu contexto de produção. Devem ser ressaltados os lugares sociais ocupados pelas empresas de comunicação de massa e chamar a atenção dos alunos para as ênfases e as omissões que se fazem presentes no texto jornalístico.
Durante muito tempo, os professores que pretendiam se utilizar de materiais produzidos pela imprensa em suas aulas precisavam realizar o exaustivo trabalho de consultar arquivos ou hemerotecas para selecionar notícias adequadas ao conteúdo que estavam trabalhando com seus alunos. Hoje, no entanto, com o crescente processo de digitalização do acervo de arquivos históricos, essa busca tornou-se muito mais fácil e acessível a todos.
No artigo Por trás da notícia, Tânia Regina de Luca realiza indicações importantes de sites em que podemos encontrar esse tipo de documento, além de sugerir temas para o trabalho em sala de aula com periódicos.
História e literatura: Possibilidades didáticas – 
À primeira vista, Literatura e História podem parecer disciplinas bastante distantes. Isso porque, enquanto a História possui métodos específicos para construir uma narrativa que se aproxima do real, a Literatura, ainda que possa se referir ao passado, é essencialmente ficcional. Apesar dessa diferença existente entre esses dois tipos de discurso, ambos são aproximados pela experiência narrativa e é esse ponto em comum que permite a realização de interessantes atividades a partir de textos literários na disciplina de História.
Romances, poemas e contos podem ser abordados pelo professor de História como documentos de época, cujos autores são portadores de uma cultura que está exposta em suas criações. Neste sentido, consideramos que a Literatura constrói representações sobre o mundo, registrando o modo de ser, viver, sentir, pensar e agir dos homens do passado. Assim sendo, encontramos nesses textos elementos para produzir análises mais profundas a respeito da História. Além disso, o trabalho com esse tipo de documento em sala de aula, pode contribuir para o desenvolvimento do gosto pela leitura nos alunos.
Como ocorre com outros documentos, para que o professor de História tenha sucesso na realização de atividades construídas a partir de textos literários, é preciso que eles sejam analisados e não apenas utilizados como uma forma de ilustrar a aula.
Utilizar-se de textos literários também pode ser uma forma de aproximar os alunos de temáticas que, muitas vezes, são consideradas distantes por eles. Um exemplo disso é o estudo sobre a Grécia Antiga, que pode ser enriquecido através de uma abordagem que traga para a sala de aula os textos clássicos de Homero “A Ilíada” e “A Odisseia”. As duas epopeias são escritas na forma de grandes aventuras, o que pode envolver os alunos enquanto eles aprendem sobre a cultura Grega.
Conheça um pouco mais sobre essas duas narrativas e as possibilidades de utilização delas em sala de aula, através da leitura do artigo Lições de Deuses e Heróis, de Isabela Fernandes.
Outra possibilidade interessante e que permite que a leitura das narrativas aconteça em sala de aula é o trabalho com contos. Através de um projeto de melhoria do Ensino Fundamental e Médio promovido pela Universidade Federal de Goiás, estudantes da rede pública do município de Catalão adquiriram o gosto pela leitura de contos utilizados nas aulas de História. O relato dessa experiência foi publicado pela Revista de História da Biblioteca Nacional.
Trabalhando com correspondência – 
A carta foi, durante séculos, o principal meio de comunicação entre pessoas que estavam distantes. Declarações de amor, solicitações, notícias de familiares, despedidas, comunicações de fatos diversos, tudo isso foi registrado por correspondências trocadas tanto por chefes de estado, quanto por pessoas comuns. Hoje, graças ao advento da internet, as cartas têm sido deixadas de lado, principalmente pelas novas gerações, que as substituíram pelo e-mail e por diversas redes sociais.
Ainda assim, as cartas permanecem como importantes registros históricos, que podem ser explorados por professores e alunos nas aulas de História. Aliás, devemos lembrar que o primeiro registro escrito que possuímos da História do Brasil é uma carta: a de Pero Vaz de Caminha. Veja no vídeo a seguir um comentário sobre essa obra e algumas indicações sobre como trabalhar com correspondências nas aulas de História.
Além da Carta de Pero Vaz de Caminha, há muitas outras que já foram muito exploradas por historiadores e professores de História. A carta deixada por Vargas explicando as razões pelo seu suicídio, por exemplo, costuma ser apresentada aos alunos quando estudam os momentos finais da vida do ex-presidente. O que torna a utilização de cartas uma estratégia interessante para o trabalho em sala de aula, no entanto, é a possibilidade de inserirmos narrativas produzidas por pessoas comuns a respeito de importantes acontecimentos históricos.
Neste sentido, vale à pena visitar o site da Fundação Casa de Rui Barbosa e conhecer as coleções “O registro da escravidão na vida privada” e “A abolição e seus registros na vida privada”. Trata-se de dois catálogos com índices bem organizados em que foram reunidos importantes documentos sobre a escravidão brasileira. A maior parte dessas fontes são cartas que foram cuidadosamente transcritas e permitem ao professor trabalhar em sala de aula com aspectos do cotidiano dos escravos e libertos, contribuindo para a construção e olhares mais complexos a respeito do tema.
Por fim, outra indicação preciosa é a exposição virtual Manuscritos na História, mantida pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo. A coleção revela diferentes tipos de documentos manuscritos, desde documentos oficiais, até correspondências trocadas na esfera privada. O site é particularmente interessante para os professores de História, pois além de apresentar os documentos, contém uma seção de atividades pedagógicas preparadas a partir deles e prontas para serem levadas para a sala de aula.
Aula 2 - Contextualizando Vivemos mergulhados em um mundo de imagens. Elas estão na televisão, no cinema, nos jogos eletrônicos, nas redes sociais, nas histórias em quadrinhos, nos cartazes, nos folhetos, nos murais, nos outdoors, nas fotografias, nos celulares, na publicidade... Todos os dias, nas mais diversas situações do cotidiano, passamos por inúmeras delas. O gosto da humanidade pelas imagens não é recente. As civilizações mais antigas também preencheram o seu mundo com imagens que eram registradas nas cerâmicas, nas pinturas, nos mosaicos, nos amuletos, nos adornos. Antes da invenção da escrita, as imagens eram a principal forma de registro do cotidiano das sociedades humanas e, ainda hoje, seu poder de comunicação é indiscutível. Em meio a essa profusão de imagens com as quais convivemos, muitas vezes, nossa capacidade de análise fica reduzida. Numa interessante entrevista concedida ao site Educar para Crescer, o professor João Kulcsár falou a respeito da importância de ensinarmosas crianças a lerem as imagens do mundo de forma crítica. Leia o texto acessando o material on-line (http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/alfabetizacao-visual-787135.shtml)
Como vimos, as imagens são produtos culturais, construções que nos informam sobre seu autor, sobre a época em que foram feitas, sobre a sociedade de uma forma geral.
A Leitura de Imagens nas Aulas de História A leitura de imagens nas aulas de História se justifica, em primeiro lugar, pela necessidade de ensinar os alunos a pensar criticamente sobre esses materiais, que, em última instância, podem ser vistos como representações de sonhos, opiniões, medos, desejos de homens que viveram no passado. Também há que se considerar o fato de que o uso de recursos visuais em sala de aula pode contribuir para despertar o interesse dos alunos pela matéria, que deixa de ser vista como pronta e acabada. Historiadores e professores já há muito tempo reconhecem esse poder da imagem, mas muitas vezes a utilizam apenas como uma forma de ilustrar os conteúdos trabalhados através de exposições orais. Nesta aula, pretendemos expandir as possibilidades de utilização desse documento nas aulas, considerando-os como fontes que podem ser analisadas em conjunto por professores e alunos. Para realizar a análise de uma imagem, é preciso desconstruí-la, compreendendo seus limites enquanto representação do real. É muito comum que pinturas históricas e fotografias sejam encaradas como comprovações de determinados acontecimentos, mas utilizar imagens a partir dessa prerrogativa pode ocasionar problemas, uma vez que nenhuma imagem (e como vimos na CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 4 aula anterior, nenhuma fonte histórica) é capaz de retratar efetivamente os acontecimentos do passado. Em artigo publicado no Portal da Educação, Emanuelle dos Santos Gonçalves defende o uso de imagens em sala de aula como uma estratégia válida para desenvolver o senso crítico dos alunos. Para a autora, o uso desse recurso é essencial para as aulas de História, mas deve ser acompanhado de questionamentos que levem os alunos a pensarem sobre o contexto em que a imagem foi construída. Observe no material on-line: . Num modelo ideal, a análise de imagens em sala de aula deveria ser realizada a partir de um roteiro de trabalho que considerasse como primeira etapa de observação livre, em que os alunos poderiam realizar suas próprias observações a respeito da imagem que está sendo exibida. Em seguida, o professor poderia solicitar o registro daquilo que foi observado para que, a partir disso, fosse realizado um exercício de análise propriamente dita: quando decompomos o documento em partes, realizando observações sobre os diferentes elementos que o compõem. Para encerrar essa atividade, o ideal seria que fosse solicitada uma síntese, onde os alunos registrariam as conclusões de sua observação. Na prática, no entanto, o professor precisa ter em vista o fato de que é preciso ensinar o aluno a realizar cada um desses procedimentos e que, portanto, é preciso interferir e desenvolver atividades concentradas em cada uma das etapas, de acordo com as necessidades da turma naquele momento. Em outras palavras, não é possível que um aluno escreva uma análise se ele ainda não sabe como observar uma imagem. A Revista Nova Escola produziu uma série de reportagens em que especialistas da área de educação visitam escolas para auxiliar professores a resolverem algumas questões relacionadas à sala de aula. No terceiro episódio da série, a professora de História de uma turma de EJA desejava saber como iniciar seus alunos na leitura de imagens e recebeu a visita do professor Juliano CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5 Sobrinho. O resultado dessa experiência você pode acompanhar lendo a matéria, veja no material on-line: . Observe a forma como o professor realiza intervenções ao dialogar sobre as imagens com a turma e, também, as considerações que ele faz a respeito da atividade quando dialoga com a professora. Na sequência, acesse o site da Revista de História da Biblioteca nacional () para ver exemplos de atividades que relacionam textos históricos e imagens, conforme foi comentado na aula. Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. História e Artes Visuais As obras de arte, enquanto manifestações da atividade humana, podem ser utilizadas como fontes documentais para historiadores e como recursos pedagógicos em sala de aula. Ainda que os professores de História não possuam o repertório de especialistas em Educação Artística, é possível desenvolver roteiros de análise das artes visuais nas aulas de História, em que os alunos são convidados a apreciar, interpretar e compreender os contextos de produção desses documentos. Alguns conteúdos habitualmente trabalhados nas aulas de História rementem, por si só, ao trabalho com obras de arte. É o caso do Renascimento Artístico, cuja descrição nos livros didáticos costuma vir acompanhada de reproduções de pinturas famosas e, também, do Modernismo Brasileiro que costuma estar bem representado nos materiais que fazem parte do cotidiano escolar. Outros demandam mais pesquisa por parte dos professores ou mesmo sugerem trabalhos interdisciplinares. Para fornecer ideias para esse tipo de trabalho, sites de museus e arquivos são excelentes aliados. É o caso do site Arte na Escola, que conta com uma interessante midiateca, onde professores podem encontrar materiais educacionais voltados especificamente para o ensino CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 6 através da arte. Ao professor de História, recomendamos as coleções Colher o pão de cada dia sobre o tema trabalho e, também, a De todos um pouco, voltada para a questão da formação étnica brasileira. Em todos os casos as obras são acompanhadas de um roteiro para a realização da análise e de propostas de atividades que podem ser realizadas em sala de aula (consultar material on-line). Os materiais ainda fornecem caminhos para a realização de atividades transdisciplinares, indicando os conteúdos que professores de diferentes disciplinas podem explorar para realizar um trabalho conjunto a partir da série de imagens apresentada. Vale a pena fazer uma visita e conhecer esses materiais. Outra indicação bastante pertinente é o blog Ensinar História (), mantido pela professora Joelza Ester Domingues. O site conta com um layout bastante atraente e é frequentemente atualizado pela historiadora, contendo inúmeras sugestões de temas e materiais para serem utilizados em sala de aula. Sobre o tema específico desta nossa aula, destacamos as postagens que contêm análises da obra de Frans Post e de Debret, importantes artistas que retrataram o cotidiano do Brasil do século XVII e XIX, respectivamente. Visite as páginas e boa leitura! Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. História e Fotografia: propostas didáticas A invenção da fotografia, no século XIX, pode ser considerada uma grande revolução não apenas no campo artístico, mas, também, na sociedade em que vivemos. Para perceber o impacto dessa mudança, basta observar o quanto as fotografias estão presentes no nosso cotidiano. Elas registram fatos, acontecimentos, situações vividas tanto na esfera pública quanto na privada. Guardadas em álbuns, penduradas nas paredes, expostas nos museus ou arquivadas no computador, elas se transformaram em objetos valorosos para a preservação da memória individual e coletiva. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 7 Para os historiadores, as fotografias são fontes importantes porque testemunham o passado em dois sentidos: tanto como prática social traduzida no ato de fotografar, quanto como imagens que representam um presente que logo vira passado. A historiadora Ana Maria Mauad é atualmente uma importante referência na área de estudos históricos a partir de imagens e trata dessas questões em seu artigo “Através da Imagem: fotografia e história interfaces”. No texto, ela faz uma reflexão sobre a dimensão histórica da fotografia e destaca as possibilidadesefetivas de utilizá-la na composição de um conhecimento sobre o passado. Leia o texto disponível no material on-line (). Muitos professores têm tido bons resultados utilizando fotografias dos próprios alunos ou da cidade para trabalhar com temáticas referentes à História Local. Nas grandes cidades do Brasil, há arquivos especializados que mantêm essas imagens organizadas e disponíveis para consulta on-line. É o caso do acervo fotográfico do arquivo Histórico de São Paulo, que conta com cerca de 5000 fotografias que documentam diferentes cenários da cidade entre as décadas de 1920 e 1950. Vale à pena conhecer, acesse o site a seguir e boa pesquisa (ver o material on-line: ). O Arquivo Nacional preserva um dos mais importantes acervos fotográficos do país. Nem todos esses documentos estão digitalizados, mas, recentemente, o arquivo lançou o livro “Retratos Modernos”, mostrando a produção de fotógrafos que contribuíram para a difusão da fotografia no Brasil do século XIX. Totalmente interativo, o site do projeto pode ser um excelente recurso para ser explorado por professores e alunos que desejam conhecer mais sobre a História da fotografia no Brasil (ver o material on-line: ). O álbum Brasil Pitoresco, de Victor Frond, pode ser utilizado pelo professor de História como um recurso para trabalhar com questões referentes CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 8 ao projeto de Nação construído no Brasil do século XIX. Essa é a proposta defendida por Amanda Camargo Pereira e Jean Carlos Moreno em seu artigo “Fotografia e Escravidão: uma proposta de utilização da produção de Victor Frond no Ensino de história”. Aqui, recomendamos a leitura do artigo tanto pela proposta de análise que os autores apresentam, quanto pela possibilidade de se trabalhar com essas fotografias comparando-as com as pinturas produzidas por Rugendas e Debret a respeito da mesma temática. Leia o texto para conhecer a proposta de trabalho dos pesquisadores (ver o material on-line: ). Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. Trabalhando com as Imagens dos Livros Didáticos Muitos professores afirmam que a falta de recursos tecnológicos disponíveis em suas escolas dificulta muito o trabalho com fontes históricas e outros materiais diferenciados que poderiam enriquecer suas aulas. De fato, compreendemos que a maior parte das escolas do país, infelizmente, não conta com uma estrutura física ideal. No entanto, acreditamos que um professor que queira trabalhar com a análise de imagens nas aulas de História, e tenha o livro didático como único recurso, também pode realizar um ótimo trabalho. Afinal, mesmo nos livros mais antigos, as imagens sempre foram preocupações de autores e editores. Analisando imagens de livros didáticos de História, a historiadora Circe Maria Fernandes Bittencourt constatou que duas imagens se repetem exaustivamente, desde o início do século XX. São imagens que se tornaram canônicas, acompanhando a formação de muitas gerações e se cristalizando no imaginário social. Em função do efeito que elas possuem, precisam ser analisadas pelos professores de História à luz de uma historiografia mais atualizada. A primeira dessas imagens é O grito do Ipiranga, de Pedro Américo. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 9 Outra dessas imagens que podem ser consideradas canônicas, tamanha a sua repetição nos manuais didáticos, é o quadro A Primeira Missa no Brasil, de Victor Meirelles. A historiadora Maria de Fátima Morethy Couto fez uma excelente análise desse quadro em seu artigo “Imagens Eloquentes: a primeira missa no Brasil”. No texto, ela explica sobre o contexto em que a obra foi produzida e também explora os diálogos que outros dois artistas brasileiros fizeram com a obra, produzindo outras pinturas para retratar esse mesmo acontecimento: a primeira missa de Cândido Portinari (1948) e a de Glauco Rodrigues (1970). Nas representações construídas posteriormente, o projeto de Estado que é representado pela tela de Meirelles é desconstruído e assume novos significados. Leia o texto ver o material on-line: ). Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. Trocando Ideias Observe as duas imagens a seguir: A primeira missa no Brasil, 1860. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 10 Após ter realizado os estudos sobre o uso de imagens nas aulas de História, qual dessas duas imagens você escolheria para trabalhar com seus alunos? Por quê? Que atividades você realizaria e com quais objetivos? Compartilhe suas ideias com os colegas. Na Prática Após o debate no fórum sobre as imagens de João Teófilo, escolha uma das atividades da discussão e desenvolva-a. Aproveite e pesquise nos sites sugeridos e mãos à obra! Síntese Chegamos ao final desta segunda aula! Nesta rota de aprendizagem, tratamos do uso de imagens nas aulas de História. Ao longo das sessões de estudo, discutimos como obras de arte, pinturas e as imagens presentes nos livros didáticos podem ser fruto de análises em sala de aula. Conhecemos, ainda, alguns arquivos onde podemos encontrar imagens para trabalhar com os alunos e estudamos alguns exemplos práticos sobre como podemos utilizar esse recurso para enriquecer nossas aulas. Para as considerações finais da professora Fernanda Cássia, assista ao vídeo que está disponível no material on-line. Imagens de Ilustração João Teófilo (2015) CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 11 Referências BITTENCOURT, Circe Maria Fernan
Aula 3 – 
Contextualizando Sabemos que inserir documentos audiovisuais em sala de aula não é novidade. De acordo com a historiadora Circe Maria Fernandes Bittencourt, estudos sobre a história da educação demonstram que desde o início do século XX há registros de recomendações para que professores se utilizem desses recursos para ensinar História. Hoje, podemos dizer que a absoluta maioria dos alunos já assistiu a algum filme na escola. Essa prática, quase que corriqueira, no entanto, nem sempre produz bons frutos em matéria de construção do conhecimento histórico. A cena é típica: o professor se propõe a assistir um filme com a turma e ao chegar na sala de aula, comunica sua intenção aos alunos. Muitos reclamam, alguns puxam a cadeira para se sentar mais próximos (não da tela, mas dos amigos com quem eles têm muito o que falar), outros acomodam-se para dormir. Essa reação dos alunos demonstra o tamanho do desafio do professor, que acredita que aquele filme pode ser realmente um excelente aliado para a compreensão dos conteúdos com os quais ele deseja trabalhar. E ao mesmo tempo, escancara uma realidade difícil de admitir: muitas vezes os alunos assistem a filmes na escola porque o professor faltou ou não teve tempo de preparar a aula. Outras tantas, os filmes são exibidos até com boa intenção, mas como não são recuperados em atividades posteriores, acabam sendo vistos como perda de tempo pelos alunos.
O pesquisador João Luís de Almeida Machado tem se dedicado nos últimos anos, a investigar os usos do cinema na sala de aula. Em entrevista concedida à Revista Profissão Mestre, ele falou a respeito da forma como os professores habitualmente se utilizam dos filmes na sala de aula e de como essas práticas se distanciam, em muitos casos, daquilo que poderia ser considerado mais adequado para o desenvolvimento dos alunos. Acesse o link para fazer a leitura.
 http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1230 Como vimos na entrevista, se bem utilizados os filmes podem ser excelentes recursos para o professor. A questão fundamental, neste sentido, está em como utilizar esses materiais na prática, para que possamos realmente nos aproximar ao máximo dos objetivos desejados. Em suma, devemos nos perguntar: como trabalhar com documentos audiovisuais em sala de aula? Ao longo desta aula, reflita sobre essa questão.
Pesquise TEMA 1: Trabalhando com os vídeos da internet. O desenvolvimento tecnológico pelo qual nossa sociedade passou nos últimos anos, permitiu um acesso cada vez maior e mais facilitado a uma série de recursos e informações.Hoje, qualquer pessoa pode acessar com rapidez diversos tipos de vídeos na internet através, sem nem mesmo precisar de um computador. Através de smartphones e de aplicativos como o youtube, uma infinidade de vídeos estão à disposição do público que se interessar pelos mais variados assuntos e os professores podem se utilizar de muitos deles como recursos didáticos. Cabem, no entanto, alguns cuidados na seleção desses materiais, uma vez que os vídeos disponíveis na internet compõem um universo muito variado. No youtube, há diversas séries de vídeos que foram produzidos a partir de temas históricos e que podem sser aproveitados pelos professores em suas aulas. Um exemplo é a série “Construtores do Brasil”, originalmente produzida pela TV Câmara. São 25 episódios, cada um dedicado a uma personalidade histórica. Nenhum deles ultrapassa 10 minutos, o que pode ser bastante útil para compor explicações ou acrescentar informações à aula. Conheça os temas retratados acessando a seguinte playlist: https://www.youtube.com/playlist?list=PL32C8BE902BDFF9F7 Outra série que tem sido bastante usada pelos professores de História nos últimos anos é a “Brasil no olhar dos viajantes”, produzida em 2013 pela TV Senado. Os vídeos partem de narrativas de viajantes que por aqui passaram entre os séculos XVI e XIX para discutir a construção da imagem do Brasil no exterior e entre os próprios brasileiros. Cada vídeo tem duração de cerca de uma hora, mas vale à pena conhecê-los pela riqueza de fontes que recuperam, acompanhadas de depoimentos de historiadores renomados. Numa situação e sala de aula, o professor pode pensar em exibir recortes específicos, de acordo com o seu planejamento. Acesse através do link: https://www.youtube.com/playlist?list=PLibVSq-Kcb32- Q8MSny7fRqrKRYNY5A81 Voltada para o ensino fundamental, a série Grandes Civilizações apresenta através de animações uma síntese da história de diversas civilizações da antiguidade. São 32 episódios de 10 minutos, cada um dedicado a discutir as características culturais de um povo diferente. A linguagem é dinâmica, sem perder o rigor com relação à correção das informações que são transmitidas. Todas estão disponíveis no youtube, mas acessando o portal Saber TV, você pode ver além dos vídeos, uma sinopse dos episódios. http://sabertv.com.br/repositorio/series/serie.aspx?serieId=114 Pensando ainda no Ensino Fundamental, estão disponíveis no youtube os 12 episódios da animação "Dom João no Brasil”, baseada na história em quadrinhos "D. João Carioca - A corte portuguesa chega ao Brasil", da autoria
Cada um dos episódios tem a duração de 5 minutos e no conjunto, a obra narra de forma bem-humorada a chegada da família real no Brasil. Veja a animação acessando o link: https://www.youtube.com/playlist?list=PL5837763F26AB1B87 Por fim, para não deixar a impressão de que apenas vídeos produzidos com finalidades pedagógicas podem ser utilizados em sala de aula, indico o vídeo da palestra “Os perigos de uma história única”, proferida pela escritora nigeriana Chimamanda Adichie. Em um vídeo de 18 minutos ela faz uma reflexão muito pertinente que passa por temas como o imperialismo cultural europeu e os mitos construídos a respeito do continente africano. Assista-o no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=ZUtLR1ZWtEY O discurso de Chimamanda foi apresentado em 2014 no curso de formação de professores da 5ª Olimpíada Nacional em História do Brasil. A partir desse documento, os professores que participaram do curso elaboraram planos de aula que previam a sua utilização em sala de aula. Acessando site da Olimpíada, você pode acessar as melhores sequências didáticas que foram preparadas pelos professores e conhecer inúmeras sugestões para a utilização desse vídeo nas suas aulas de História. Visite a página através do link: http://www.olimpiadadehistoria.com.br/1-curso/planos_de_aula/index TEMA 2: Ensinar História através de filmes. Ao longo do século XX o cinema conquistou um grande espaço enquanto arte, forma de expressão, meio de comunicação e entretenimento. Suas imagens nos distraem, nos alegram, nos seduzem, nos comovem. Boa parte dos conhecimentos prévios sobre a História que nossos alunos carregam consigo antes mesmo de tomarem conhecimento dos conteúdos escolares, provém de imagens produzidas pelo cinema.
Isso ocorre porque inúmeras dessas narrativas ficcionais são construídas tendo o passado como plano de fundo para a ação que ocorre entre os personagens. Os filmes ficcionais são fontes importantes para o conhecimento histórico e podem ser úteis na sala de aula. No entanto, eles não devem ser vistos como uma espécie de “ressurreição do passado”, pois tal como a própria História, as películas constroem um discurso sobre acontecimentos de outras épocas. A diferença fundamental entre o discurso produzido pelos historiadores e o dos cineastas, no entanto, está no compromisso que os primeiros têm com a historiografia e com a didática da História. Ao propor um trabalho com filmes em aulas de História, o professor deve levar em conta essas questões. Para se aprofundar nessa discussão a respeito da relação entre cinema e a História e sobre a utilização didática de filmes, leia o texto: Apologia da relação cinemahistória, escrito por Jorge Nóvoa. http://www.cinemahistoria.org/2015/04/novoa-jorge-apologia-da-relacaocinema.html Como vimos, do ponto de vista metodológico, o trabalho com filmes respeitar algumas etapas como: planejamento, organização da atividade, projeção do filme na escola, discussão e sistematização (registro) das ideias que foram trabalhadas. Muitos professores, no entanto, têm dificuldades em trabalhar com narrativas ficcionais porque geralmente o tempo de duração desses filmes ultrapassa o tempo da aula e nem sempre é possível negociar com colegas de trabalho para que o filme seja exibido por completo, num único dia. A alternativa para esses casos é o trabalho com películas em curtametragem. Uma sugestão, nesse sentido, é “O quintal dos guerrilheiros”, filme brasileiro de 2005, ambientado na época da Ditadura Militar. Na história, três jovens amedrontados com a política de repressão adotada pelo regime, reúnemse no quintal de uma casa para destruir todos seus livros e discos que poderiam ser considerados subversivos. Com apenas 15 minutos de duração, o filme.
permite que o professor trabalhe com temas como a censura, a repressão e também com o cotidiano dos jovens que enfrentaram a ditadura. O filme pode ser encontrado no excelente site Curta na Escola, onde está reunido um grande acervo de curtas-metragens. A página é inteiramente voltada para os educadores, contendo um buscador separado por disciplinas escolares, sínteses dos vídeos disponíveis, planos de aula e relatos pedagógicos que divulgam as experiências de outros professores. Vale à pena conhecer o projeto! Outro recurso pedagógico bastante interessante é o projeto “O cinema vai à escola” mantido pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. O projeto surgiu como uma iniciativa para fornecer às escolas da rede conjuntos com DVD’s de filmes cujo trabalho em sala de aula é recomendado, mas o site possui algumas ferramentas que podem ser consultados – e utilizados por qualquer professor. O mais interessante é um conjunto de roteiros de discussão de filmes que já trabalhados pelo projeto. Nesses roteiros, além de informações básicas sobre os filmes, o professor encontra também sugestões de atividades para realizar em sala de aula. Veja um exemplo acessando o material a respeito da película “A Culpa é do Fidel”, uma divertida história dirigida por Julie Gavras e lançada em 2006. http://culturaecurriculo.fde.sp.gov.br/administracao/Anexos/Documentos/32012 0601165352A%20CULPA%20%C3%89%20DO%20FIDEL.pdf Conheça também um trecho do filme, acessando o link. https://www.youtube.com/watch?v=7uqXu1t3ZDY TEMA 3: Documentários e o ensino de História. Dentro dos diferentes gêneros cinematográficos, o que talvez mais transmita a ilusão de realidade é o documentário. Pela própria forma como as narrativas dentrodesse tipo de filme são produzzidas, os conteúdos exibidos transmitem essa noção. Isso não significa, no entanto, que esse recorte da realidade seja o real, por mais que a montagem tenha preocupações em tratar sobre determinado tema a partir de critérios de cientificidade. Mesmo quando voltado para o público escolar, os documentários são produzidos a partir das mesmas técnicas de montagem e de edição que caracterizam os outros filmes, e, portanto, ao trabalhar com esse tipo de material, o professor deve trata-lo como mais uma fonte de informações a respeito de um tema e não como a única fonte ou a mais verdadeira. Isso implica em apontar controvérsias, outras interpretações e questões que o documentário não abordou. No artigo “Vídeo documentário: um instrumento do ensino-aprendizagem de história” Márcio Regis Fernandes e Maria Nahir Batista Ferreira fazem algumas reflexões a respeito do uso de documentários em aula de História, e ainda, recuperam um pouco da historicidade do gênero no Brasil, citando os principais vídeos desse gênero que foram produzidos no país desde o início do século XX. Leia o texto acessando o link. http://www.ce.anpuh.org/1341026093_ARQUIVO_ArtigoVideodocumentarioAnp uh.pdf Para encontrar outras sugestões de trabalho a partir de documentários, vale à pena conhecer o blog Cine-aprendizagem. O site apresenta sinopses de vídeos de diversos gêneros que podem ser utilizados em sala de aula, divididos por categorias temáticas e por disciplinas. Após a sinopse, o autor ainda lista diversos planos de aula com sugestões de atividades que podem ser realizadas a partir dos filmes. Aqui, destacamos a postagem sobre o documentário “Muito Além do Cidadão Kane”, produzido pela BBC em 2010, sobre a influência da mídia na vida das pessoas. O documentário é bastante conhecido no Brasil por retratar o envolvimento da Rede Globo de Televisão com a Ditadura Militar e por isso mesmo, traz uma discussão oportuna e atual a respeito das relações entre mídia e política. Veja o trailer do filme e consulte os planos de aula acessando a pag.
http://cineaprendizagem.blogspot.com.br/2013/04/muito-alem-do-cidadaokane.html Por fim, podemos destacar inciativas de professores que a partir de uma discussão a respeito das técnicas empregadas pelo cinema para construir discursos sobre a sociedade, propuseram que os alunos produzissem seus próprios documentários. Essa alternativa parece particularmente interessante porque a partir da vivência dessas práticas, os alunos conseguem compreender muito mais facilmente questões teóricas que norteiam as relações entre cinema e história. Veja nesta reportagem, um exemplo neste sentido, realizado numa escola pública da cidade de Sorocaba. Acesse também, esse link que contém um roteiro para produção de documentários adaptado para a sala de aula. http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/como-produzirdocumentarios TEMA 4: A televisão como fonte histórica - possibilidades didáticas. A televisão produz materiais variados que nos últimos anos tem chamado cada vez mais a atenção de pesquisadores da área de História. Graças à disponibilização de materiais desse tipo em arquivos disponíveis na internet, o professor de História também pode aproveitá-los em suas aulas, construindo interessantes análises com seus alunos. Utilizando ferramentas simples é possível acessar um vasto conteúdo de telejornais e de produções dramatúrgicas tanto produzidas em épocas remotas como no presente. Para conhecer algumas possibilidades de utilização desse tipo de documento em sala de aula, leia o artigo “Liguem a TV: vamos estudar!”, escrito por Paola Gentile para a Revista Nova Escola. http://revistaescola.abril.com.br/formacao/liguem-tv-vamos-estudar- 431451.shtml Não apenas as notícias podem ser recursos úteis aos professores de História, mas a dramaturgia também oferece inúmeros elementos que podem ser explorados pelas aulas. No blog Cinema e Educação, as professoras Cintia Palma e Mariana Costa mantêm e atualizam constantemente uma lista de produções dramatúrgicas que podem ser utilizadas nas aulas de História, com algumas sugestões de abordagem. Visite o blog para ver algumas das indicações. https://cinemahistoriaeducacao.wordpress.com/televisao-e-ensino-de-historia/ Conheça também o relato da professora Amanda da Silva Menger, que utilizou séries dramatúrgicas com seus alunos do EJA e obteve bons resultados a partir da adoção de uma metodologia específica, desenvolvida por ela. Acesse o texto através do link. http://linguagem.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/eventos/simfop/artigos _IV%20sfp/_Amanda_Menger.pdf Uma outra opção, que pode agradar muito os alunos é a realização de um trabalho a partir da famosa série Todo mundo odeia o Chris. A série norteamericana retrata a adolescência de Chris Rock na década de 80, quando o ator vivia no Brooklyn, em Nova Iorque. De forma engraçada e atraente para as crianças e adolescentes, os episódios trazem elementos que podem motivar uma discussão a respeito de temáticas como racismo e preconceito em sala de aula. Para ter ideias sobre como cenas dessa série poderiam ser trabalhadas com os alunos do ensino fundamental ou médio, leia o artigo de Danúbia Andrade, “Análise crítica e criativa do seriado Todo mundo odeia o Chris”. https://leccufrj.files.wordpress.com/2011/12/anc3a1lise-crc3adtica-todo-mundoodeia-o-chris-por-danubia-andrade1.pdf
Trocando Ideias Leia o texto: “O cinema e o conhecimento da História”, escrito pela pesquisadora Cristiane Nova, acessando o link. http://xa.yimg.com/kq/groups/22262129/117458341/name/RECURSOS_15_ME TODOLOGIA_DO_ENSINO_DA_HIST%C3%93RIA_HIST_C9.pdf No texto, a autora apresenta diversos tipos ou gêneros de filmes que podem ser utilizados em sala de aula, destacando as características de cada um. Na sua opinião, qual desses tipos de filmes é mais adequado para ser utilizado numa aula de História? Por quê? Dê um exemplo de atividade que você poderia propor a partir de um filme como esse. Aproveite a oportunidade para discutir e debater com seus colegas de curso no fórum da disciplina disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Síntese Na aula de hoje percorremos uma discussão a respeito do uso didático de imagens produzidas pela televisão e pelo cinema nas aulas de História. Vimos algumas orientações a respeito da forma como devemos realizar a análise desses documentos em sala de aula e conhecemos algumas práticas que ao se apropriarem desses materiais, foram bem-sucedidas. Referências BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. GUIMARÃES, Selva. Didática e prática de ensino de História: experiências, reflexões e aprendizados. Campinas: Papirus, 2012. NAPOLITANO, Marcos. A televisão como documento. In: BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes (org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 200
Aula 4 – 
A música está presente em inúmeras situações de nossas vidas: ao irmos a uma festa, ao entrarmos em estabelecimentos comerciais, fazermos exercícios, quando estamos tristes ou alegres. Ouvimos música em toda a parte e dificilmente podemos imaginar a vida sem música. Mais do que a televisão, o rádio ou a internet, a música possui uma presença constante em nossas vidas. Já há muitos anos, cientistas estudam o poder da música em despertar nossas emoções; e pesquisas recentes demonstram que essa é uma característica que transcende até mesmo as fronteiras culturais, de forma que a música pode ser considerada uma linguagem universal.
ara saber mais sobre isso, leia o breve artigo “Os encantos da música”, publicado pela Revista Mente e Cérebro no link disponível a seguir:
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/encantos_da_musica.html
Muitos professores têm percebido que trabalhar com músicas em suas aulas é uma estratégia eficaz para despertar o interesse dos alunos, sensibilizá-los para diversos temas e, ainda, desenvolver a criatividade. A esse respeito, não faltam relatos bem-sucedidos de professores que se utilizam damúsica como um recurso didático. Na mídia, inclusive, podemos com frequência encontrar notícias a respeito de professores que transformam suas aulas em verdadeiros shows para atrair a atenção dos alunos.
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/08/professor-rapper-utiliza-musica-para-ensinar-historia-em-guaruja.html
Tema – Trabalhando com música em aula de história
As mudanças que ocorreram na historiografia ao longo do século XX permitiram que inúmeros historiadores passassem a considerar a música como um objeto de pesquisa. Compreender um pouco da forma como eles se apropriaram dessa linguagem em suas análises, é importante para o professor que pretende utilizar a música como recurso pedagógico. Afinal, em sala de aula, ouvir uma canção não pode ser apenas um momento de prazer, mas também um exercício intelectual que favoreça a compreensão sobre determinados temas históricos.
Um dos primeiros autores a pensar a relação entre a História e a Música foi o historiador Eric Hobsbawm, que analisou o jazz americano, enfatizando o seu contexto de desenvolvimento e o modo como ele se espalhou pelo mundo ocidental. Na sequência, vieram estudos importantes de Theodor Adorno sobre a música popular, tema sobre o qual também se debruçou Marcos Napolitano, que investigou a relação entre música e política no Brasil.
Para compreender um pouco melhor a forma como os historiadores têm investigado a música no contexto brasileiro, leia o artigo “A Historiografia da Música Popular Brasileira (1970-1990): síntese bibliográfica e desafios atuais da pesquisa histórica”, de Marcos Napolitano.
http://www.artcultura.inhis.ufu.br/PDF13/marcos%20napolitano.pdf
Compreender a forma como os historiadores têm analisado a música, considerando-a como uma totalidade formada por letra e melodia é fundamental para o professor que deseja utilizá-la em sala de aula. É muito comum que livros didáticos tragam letras de canções para ser analisadas pelos alunos, mas em geral, os professores não têm o hábito de ouvir essas músicas com os alunos. Assim, os documentos costumam ser apresentados desconsiderando-se aspectos referentes à sua linguagem e também ao contexto social em que foram produzidos. Para evitar que isso aconteça, assista à videoaula deste tema no material on-line a fim de saber o que deve ser levado em conta na utilização de músicas nas aulas de História.
Em seu texto “Registro e Representação do Cotidiano: a música popular na aula de história”, Katia Abud apresenta um exemplo da forma como os professores podem se utilizar da música para ensinar História. No artigo, a autora afirma que a música pode ser encarada como um registro da vida cotidiana, destacando a forma como os autores observam o mundo em que vivem. Por essa razão, eles podem auxiliar os alunos no processo de construção do conhecimento histórico. Leia o texto e observe como a autora, ao discutir as fontes, indica relações entre a letra da música e o contexto em que ela foi escrita, sem deixar de lado as informações transmitidas pela melodia. É a partir desse tipo de metodologia que devemos pensar a utilização de músicas nas nossas aulas de História.
http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v25n67/a04v2567.pdf
tema – a história do Brasil através da música – ex. práticos
A história da República brasileira pode ser contada através da música. É isso que afirma o jornalista Franklin Martins, que escreveu “Quem inventou o Brasil? – A música popular conta a História da República”. No livro, o autor faz um grande apanhado de canções populares que trataram, ao longo de todo esse período, de personalidades e acontecimentos políticos. As análises das músicas não são extensas, mas o livro pode servir de índice para o professor que queira trabalhar com músicas em sala de aula. Além disso, a publicação é acompanhada por um site mantido na internet, onde estão disponibilizadas todas as canções citadas nos três volumes da coleção. Trata-se, portanto, de uma ferramenta útil, onde o professor pode conhecer e selecionar inúmeras canções para trabalhar com os alunos.
Conheça o site acessando o link a seguir. Aproveite e veja também um vídeo em que o autor comenta sua publicação:
http://quemfoiqueinventouobrasil.com/
https://www.youtube.com/watch?v=s-kKpHFddsc
Os períodos ditatoriais da História do Brasil têm sido, provavelmente, os mais explorados pelos professores que se interessam por trazer discussões sobre as relações entre música e política para a sala de aula. Nesse sentido, há inúmeros planos de aula e relatos de experiências sobre a utilização de sambas produzidos na Era Vargas e também sobre a MPB no período militar. Sobre o primeiro caso, têm sido alvo de interesse dos professores canções de apoio ao governo populista e também a ação da censura, que cerceava versos que se chocavam com valores do Estado Novo.
Veja um exemplo desse tipo de proposta didática acessando o plano de aula a seguir, escrito pelo professor Getúlio Ribeiro:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=31032
Para saber um pouco mais sobre a História do Samba e conhecer artistas que marcaram esse estilo musical, acesse também um infográfico produzido pela Revista Superinteressante. Trata-se de um interessante recurso que pode ser também aproveitado nas aulas de História:
http://super.abril.com.br/multimidia/trem-samba-722528.shtml
O período da Ditadura Militar é frequentemente estudado com o apoio de músicas conhecidas como engajadas ou de protesto. Isso por que, nesse período, a música foi uma das formas de resistência ao regime. No portal “Memórias da Ditadura”, mantido pelo Instituto Vladimir Herzog, o professor de História encontra uma seleção interessantíssima de materiais de apoio para o estudo desse conturbado período de nossa História. A linguagem do site foi toda pensada para o público jovem e estão disponíveis conteúdos interativos e multimídia que podem ser acessados pelos alunos no laboratório de informática da escola para a realização de pesquisas a respeito do período. Na página, há também uma sessão especialmente construída para educadores, onde foram disponibilizadas sequências didáticas para o ensino de História. Uma delas trata justamente da música popular do período como forma de resistência.
http://memoriasdaditadura.org.br/sequencias-didaticas/cancao-popular-e-resistencia/
Ainda sobre o período da Ditadura Militar, há propostas interessantes de professores que se utilizam da música para trabalhar com temáticas que muitas vezes acabam ocultadas na sala de aula, como a vida dos trabalhadores, questões raciais e de gênero. Nesse sentido, vale a pena conhecer a proposta de Marcelo Dantas de Oliveira, que tem realizado discussões a respeito das relações de gênero e do lugar social ocupado por mulheres durante o período militar a partir da análise de músicas compostas por Chico Buarque.
Para conhecer o trabalho do professor, leia o artigo “Canções para as salas de aula: as mulheres nos tempos da ditadura civil-militar através de Chico Buarque”.
http://projeto.unisinos.br/rla/index.php/rla/article/viewFile/436/404
Outro importante tema que pode ser abordado através da música em sala de aula é a escravidão brasileira. Isso por que, a maior parte dos documentos que possuímos a respeito do cotidiano dos escravos no Brasil, foi produzido por homens brancos. Através da análise dos cantos entoados pelos escravos no período, podemos ter acesso a uma narrativa produzida pelos próprios africanos e seus descendentes, o que torna a música um recurso especial para a compreensão das sensibilidades das pessoas que, no passado, foram submetidas à escravidão.
Tema – História e musica erudita
O que chamamos de “música erudita” ou “música clássica” é um determinado tipo de produção musical que, durante muito tempo, foi considerada a única admitida pela academia por ser desenvolvida a partir de um cânone previamente determinado. Essas produções diferenciam-se da música popular pela precisão relacionada à sua execução, que não costuma ser abertaao improviso e que, em geral, é registrada em partituras. Trata-se, portanto, da forma particular como uma determinada tradição ocidental concebeu a música como um fruto da erudição e não apenas como uma produção coletiva. Por meio da música erudita, é possível estudar História pois podemos observar as relações que se estabelece com a História da Igreja Católica, das cortes monárquicas, dos salões burgueses, das salas de concerto e das próprias universidades.
Apesar de não serem poucas as possibilidades, há poucas propostas didáticas que se utilizem desse tipo de música como um ponto de partida para a construção do conhecimento histórico em sala de aula. Isso em parte decorre da formação dos professores, mas também porque muitos imaginam que os alunos não vão se interessar por um gênero musical que não costumam ouvir. Deve-se lembrar, no entanto, que também é papel da escola expandir os horizontes culturais dos alunos, criando oportunidades para que eles desenvolvam sua sensibilidade a partir de novas experiências.
Para conhecer um pouco mais a respeito da música clássica e, assim, pensar nas suas próprias estratégias de utilização desse tipo de recurso nas aulas de História, visite o site “Concertino: portal de pesquisa da música clássica”. Nele, você poderá navegar por uma extensa linha do tempo, onde estão listados os autores mais importantes do gênero desde períodos mais remotos, até os nossos dias. Além disso, você encontra informações biográficas e análises das obras mais importantes de cada artista. Vale a pena fazer uma visita ao site!
http://concertino.com.br/index.php?option=com_content&view=article&track=on&id=5309
Tema - Criação de Paródias: uma proposta didática
A elaboração de paródias é uma atividade didática muito conhecida e utilizada por professores das mais diversas disciplinas. Seu uso se justifica pelo grande interesse que desperta nos alunos, uma vez que permite a eles demonstrar a apropriação dos conteúdos de forma criativa. A História, nesse sentido, oferece um material bastante vasto para essas criações por parte dos alunos.
Apesar de essa ser uma atividade aparentemente simples, através da criação de uma paródia, os alunos podem ser incentivados a pesquisar sobre os conteúdos que foram trabalhados em aula e também a expressar suas emoções e sentimentos.
m professor pode trazer paródias compostas por ele ou selecionadas da internet para a sala de aula com o intuito de chamar a atenção dos alunos para o conteúdo ou para facilitar a memorização de informações. Esse procedimento, no entanto, contribui pouco para a reflexão histórica e mantém o aluno numa atitude muito passiva com relação ao conhecimento. Quando os alunos são incentivados a produzirem suas paródias, eles estão expressando sua própria leitura dos conteúdos que foram trabalhados e, assim, estão também assumindo o papel de protagonistas da construção do conhecimento.
Para construir uma paródia, os alunos devem ser orientados a escolher uma música conhecida por eles cuja letra deve ser reescrita de forma a contemplar o conteúdo. Veja um exemplo de paródia realizada por alunos do colégio Santo Agostinho no Rio de Janeiro:
https://www.youtube.com/watch?v=jEQdTsrvnmA
Aula 5 - Entre os historiadores, a metodologia da História Oral tem sido utilizada desde meados do século XX, época em que foram inventados os primeiros gravadores. Hoje, há uma enorme variedade de publicações a nossa disposição a respeito desse tema e inúmeros pesquisadores se utilizam de relatos pessoais para o estudo do passado.
Na sala de aula, introduzir entrevistas pode ser uma boa alternativa para o professor trabalhar fontes históricas, mas esse trabalho exige cuidados específicos aos quais é preciso estar atento.
 Basta permanecer alguns minutos em uma sala de professores para ouvir queixas com relação a cópias entregues por alunos em trabalhos nos quais eles deveriam fazer algum tipo de pesquisa, certo?
Com a decorrente facilidade que temos para acessar não apenas informações, mas uma infinidade de trabalhos escolares e acadêmicos pela internet, tornou-se ainda mais fácil para os alunos simplesmente selecionarem textos disponibilizados na rede e entregá-los como se os tivessem escrito. Nos discursos dos professores a respeito desse tipo de prática, frequentemente ouvimos queixas como: “o aluno sequer leu o texto que entregou”.
Alguns professores, inclusive, demonstram um certo saudosismo com relação ao período em que era preciso copiar à mão as pesquisas escolares, alegando: “pelo menos os alunos eram obrigados a ler o que estava na enciclopédia”.
Para compreender um pouco melhor como essa situação afeta o trabalho dos professores, leia a reportagem a seguir:
http://noticias.terra.com.br/educacao/professores-adotam-tecnicas-para-evitar-plagios-de-trabalhos,2ca81a4045cea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
A atitude de copiar um texto no lugar de fazer uma pesquisa como esperam os professores é comum entre alunos de todos os níveis de ensino.
Mas, se por um lado isso pode ser uma tentativa dos alunos em facilitar o seu trabalho, por outro, é preciso que os professores estejam atentos à necessidade de ensinar como fazer uma pesquisa, até para que eles tenham mecanismos para compreender o que significa fazer um estudo aprofundado sobre um determinado tema.
No caso das pesquisas escolares, os professores têm um papel muito importante no sentido de direcionar essas atividades de forma que os alunos sejam capazes de compreender os meios pelos quais é possível fazer uma investigação. Neste sentido, a metodologia da História Oral pode ser uma grande aliada dos professores de História, pois possibilita que os alunos aprendam, na prática, um pouco mais sobre o trabalho dos historiadores.
Ao longo da nossa aula, veremos como essa metodologia pode ser adaptada para que alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio possam investigar o passado através do uso de entrevistas.
A História Oral em sala de aula: limites e possibilidades
A História Oral é uma ferramenta que pode ser interessantíssima para o professor de História, pois possibilita a aquisição de habilidades de investigação e de análise por parte dos alunos.
Os historiadores sabem que todos os homens são determinados pela História que vivem, mas que também podem transformá-la através de suas atitudes.
Ao entrevistar pessoas comuns e investigar suas relações com o passado da comunidade ou do país, os alunos podem perceber que a História não é feita apenas pelos grandes heróis, mas também por pessoas comuns.
Mas, para compreender como essa metodologia pode ser adotada pelo professor de História, é preciso, antes de mais nada, saber como os historiadores lidam com essa fonte de conhecimento histórico. Para tanto, recomendamos a leitura do texto As fontes orais na pesquisa Histórica: uma contribuição ao debate, de Joan del Alcazar Garrido.
O texto passa por questões referentes à relação entre a historiografia e as fontes orais, apontando os problemas que podem ocorrer na sua utilização, e ainda apresenta sugestões para a utilização desse tipo de documento no ensino de História. Acesse a seguir:
http://ava.grupouninter.com.br/ccdd/producao/ccdd_grad/historia/ppLabEnsAprendHist/a5/includes/pdf/artigo.pdf
Atenção - Como vimos no texto de Garrido, ao utilizar fontes orais para construir o discurso histórico, o historiador deve estar atento para que os relatos das entrevistas não sejam interpretados como a verdade absoluta sobre o que ocorreu.
Para isso, é necessária a adoção de uma metodologia que permita uma relação dialética entre a fonte oral e outros documentos escritos, e ainda, que o historiador não se utilize de apenas uma entrevista, mas de uma amostragem significativa para a compreensão daquele contexto.
Essas preocupações devem estar presentes também quando o professor decide utilizar fontes orais em suas aulas de História para alunos do ensino Fundamental e do ensino.
Agora, para complementar as informações que foram transmitidas no vídeo, recomendamosa leitura do texto O passado que não está nos livros de história, escrito por Roberta Bencini para a Revista Nova Escola. Nele, a autora defende a utilização de entrevistas em propostas didáticas como uma forma de ensinar História a partir da realidade que os alunos conhecem. Além disso, são apontados alguns direcionamentos que devem ser transmitidos aos alunos para o melhor aproveitamento possível das entrevistas. Leia a seguir:
http://novaescola.org.br/historia/fundamentos/passado-nao-esta-livros-historia-423062.shtml
Tema: Procedimentos didáticos para o uso da História Oral em sala de aula
Desde as séries iniciais, é possível desenvolver projetos de ensino de História por meio de depoimentos orais. Essas práticas, no entanto, precisam ser bem planejadas pelo professor, que deve montar um roteiro de trabalho adequado à faixa etária dos alunos e à temática que deseja trabalhar. Se bem organizadas, elas podem ser úteis para despertar o interesse e a participação dos alunos pela disciplina e pela própria pesquisa enquanto processo de aquisição de saberes.
Veja no vídeo a seguir como organizar esse tipo de trabalho nas aulas de história
Uma das questões mais importantes quando falamos da realização de entrevistas é a preparação dos alunos para se colocarem diante de alguém que será entrevistado. Se bem direcionada, uma atividade como essa pode servir para que os alunos aprendam também valiosas lições sobre tolerância e respeito à diversidade de opiniões e de narrativas a respeito de um mesmo fato.
Em seu texto História Oral na escola: instrumento para o ensino de história, Suzana Lopes Salgado Ribeiro apresenta alguns passos importantes para a organização de um projeto de História Oral com alunos da educação básica, detalhando com bastante precisão a etapa de preparação dos alunos para as entrevistas. Leia o texto acessando o link a seguir:
http://univirtus-277877701.sa-east-1.elb.amazonaws.com/ava/web/#/ava/roteiro-de-estudo/8766/26140
Uma outra possibilidade para o professor de História que deseja trabalhar com relatos orais em sala de aula é a utilização de entrevistas disponibilizadas por arquivos e centros de pesquisa vinculados à História Oral. Neste sentido, o CPDOC é certamente uma das principais referências do país, mas também há outras opções igualmente interessantes.
Para conhecê-las, leia a matéria Memória, fonte de pesquisa, publicada pela Revista Nova Escola. Ao final do texto, há uma lista de acervos que podem ser explorados pelos professores com uma descrição dos tipos de documentos que cada um deles possui à disposição. Vale a pena conhecer as indicações:
http://novaescola.org.br/historia/fundamentos/memoria-fonte-pesquisa-423233.shtml
tema - História Oral no Ensino Fundamental
Trabalhar com entrevistas com alunos do Ensino Fundamental é importante para que eles desenvolvam noções de temporalidade, e assim compreendam melhor as relações de anterioridade e posterioridade, mudanças e permanências. Há inúmeros relatos de professores que realizaram experiências bem-sucedidas e agora vamos conhecer alguns desses exemplos.
Com alunos das séries iniciais, têm se destacado propostas de trabalhos vinculadas à história das famílias, da localidade onde vivem os alunos e da própria escola onde eles estudam. Essas atividades são importantes para que as crianças percebam o vínculo existente entre a sua história familiar e a história que aprendem na escola.
Investigações sobre a história familiar dos alunos também podem ser expandidas para a realização de estudos sobre a História dos processos migratórios que ocorreram em diferentes períodos no Brasil. Essas atividades costumam envolver muito os alunos, que logo se interessam em descobrir um pouco sobre a chegada de seus antepassados no país e de que forma eles se estabeleceram na região onde hoje vivem.
Na escola “Pedro de Oliveira”, localizada em Jundiaí – SP, os alunos fizeram uma grande coleta de materiais e de entrevistas a respeito da História dos imigrantes, em um projeto que envolveu muitas turmas. Leia a respeito dessa atividade acessando a reportagem As Mil Faces do Brasil:
http://novaescola.org.br/historia/pratica-pedagogica/mil-faces-brasil-423143.shtml
Um exemplo de proposta de trabalho de investigação da História da escola onde os alunos estudam é narrado pela professora Serlei Maria Fischer Ranzi, em seu texto Fontes orais, História e saber escolar. No artigo, a autora descreve sua experiência na Escola Estadual Professor Júlio Mesquita, localizada em Curitiba-PR, destacando dificuldades e possibilidades que envolvem a realização de trabalhos desse tipo. Leia a seguir:
http://www.scielo.br/pdf/er/n18/n18a04.pdf
A partir do Ensino Fundamental II, podem ser inseridas outras temáticas para o trabalho com a História Oral em sala de aula, tais como: as relações de classe, raça e gênero, as formas de trabalho, o processo de industrialização, temas relacionados à História Política, etc.
O ensino através da História oral possibilita a realização de atividades de caráter interdisciplinar, uma vez que o resgate de experiências vividas não é interesse apenas dos professores de História, mas também das demais ciências humanas. A necessidade de se trabalhar com valores como empatia, respeito e gentileza foi o ponto de partida de um trabalho realizado no segundo semestre de 2014 com alunos do 7º ano do Centro Poços (Cepoc), em Poços de Caldas - MG.
Nele, a professora da disciplina de Filosofia utilizou-se da metodologia da História Oral para sugerir um trabalho de entrevistas de pessoas que trabalhavam na própria escola. Nas entrevistas, os funcionários falaram do seu tempo de juventude, o lugar dos estudos e do trabalho em suas trajetórias individuais.
Vale a pena ler o artigo e pensar em possibilidades de relacionar a História com outras disciplinas escolares através do uso da metodologia da História Oral em sala de aula:
http://revista.historiaoral.org.br/index.php?journal=rho&page=article&op=view&path[]=561&path[]=pdf
Tema: História oral no ensino médio - Intelectualmente mais maduros, os alunos do Ensino Médio podem desenvolver trabalhos muito interessantes baseados na metodologia da História Oral. Além disso, nessa fase da vida escolar, o professor pode trabalhar com trechos de textos escritos por historiadores com mais tranquilidade, uma vez que os alunos já têm condições de compreender a linguagem geralmente utilizada em muitos textos acadêmicos.
Por fim, os alunos podem se envolver ainda mais na realização de pesquisas para a preparação das entrevistas, desenvolvendo questionários mais complexos. Conheça um exemplo desse tipo de atividade através da leitura do plano de aula A construção histórica da velhice, tema de trabalho sugerido para alunos que estejam estudando a passagem do século XIX para o XX:
http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/construcao-historica-da-velhice
Quando trabalham com o Ensino Médio, muitos professores reclamam da grande quantidade de conteúdos que precisam ser trabalhados em um curto espaço de tempo. Essa limitação tende a reduzir as possibilidades de professores de História trabalharem com projetos envolvendo a História Oral durante o horário de aula. Para contorná-la, algumas escolas têm desenvolvido atividades no contra turno que complementam a aprendizagem dos alunos e propiciam o trabalho com recursos diferenciados.
Neste sentido, o Colégio Estadual Paulo de Assis Ribeiro, localizado em Niterói – RJ, organizou o projeto “História Oral e Memória”, do qual participaram alunos do 1º e do 2º ano do Ensino Médio. Leia um relato dessa experiência no texto História Oral e Ensino de História: uma experiência escolar em torno de memórias e narrativas, de Renan Rubim:
http://www.sudeste2015.historiaoral.org.br/resources/anais/9/1429765181_ARQUIVO_HistoriaOraleensinodehistoria.pdf
Agora, visite o site do Museu da Pessoa e percorra alguns depoimentos que ali foram deixados. Em seguida, monte uma proposta de atividade a partir desse depoimento e compartilhe-a comseus colegas. Não esqueça de ler e comentar também a produção deles! http://www.museudapessoa.net/pt/home
Aula 6 – Olá, estudantes! Sejam bem-vindos a mais uma aula da disciplina “Laboratório de Ensino e Aprendizagem de História”!
Nesse encontro, falaremos a respeito do uso de diversos recursos didáticos — instrumentos que os professores podem utilizar para facilitar o processo de ensino-aprendizagem — nas aulas de História. Isso inclui tanto ferramentas já usadas tradicionalmente na escola, como quadro, giz e o livro didático, quanto os recursos digitais, como internet, redes sociais e jogos de computador.
Nos últimos anos, os professores têm procurado incluir esses diferentes recursos em suas aulas e, por isso mesmo, é fundamental que nos aproximemos dessa discussão. Fique atento à aula de hoje, para saber como podemos selecionar e utilizar esses materiais de forma que se tornem recursos que favoreçam o processo de ensino-aprendizagem em História.
 
Para enriquecer suas estratégias de ensino, a maior parte dos professores sente a necessidade de incorporar diferentes recursos didáticos em suas aulas. Se bem utilizados, eles servem como uma forma de aproximar os alunos dos conteúdos, enriquecer os temas de estudo e intermediar a relação de construção do conhecimento escolar.
As possibilidades de utilização dos diversos tipos de materiais, no entanto, são múltiplas e devem ser orientadas pelos objetivos estabelecidos pelo professor.
Para Tânia Braga Garcia, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), tanto os livros didáticos quanto outros materiais produzidos em diferentes suportes podem contribuir para que o ensino e a aprendizagem se realizem.
Em entrevista concedida ao Portal do Professor, a pesquisadora defende que esses recursos são elementos fundamentais para a construção do conhecimento em sala de aula, desde que a intenção do professor ao utilizá-los esteja clara em seu planejamento e no momento em que eles são inseridos. Para se aproximar dessa discussão, clique no botão a seguir e leia a entrevista completa:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/noticias.html?idEdicao=59&idCategoria=8
Uma vez que cada conteúdo a ser trabalhado em sala de aula pode ser abordado através de um tipo específico de material, é essencial que tenhamos clareza com relação aos limites e às possibilidades de sua utilização. A partir disso, podemos esboçar alguns critérios de seleção para esses materiais para o melhor aproveitamento deles.
O livro didático como recurso - De forma geral, devemos compreender todo livro didático como um produto, que atende a um mercado consumidor e a uma legislação específicos, sendo permeado por políticas editoriais.
Hoje, devido ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), a maior parte dos alunos matriculados na Educação Básica recebe gratuitamente obras que foram escolhidas pelos professores das escolas. Para que ocorra esse processo, o MEC avalia constantemente esses materiais a partir de critérios preestabelecidos, que visam assegurar a qualidade dessas obras. Diante delas, no entanto, muitos professores divergem.
Alguns as consideram como um recurso fundamental para a organização dos planejamentos e das aulas, outros as veem como uma forma de engessar a prática pedagógica, diminuindo a autonomia dos professores diante dos conteúdos a serem ensinados. Para fazer um bom uso desse recurso, no entanto, é preciso encontrar um meio-termo entre essas duas concepções.
Nos recentes estudos realizados a respeito do papel do livro didático nas aulas de História, os pesquisadores têm apontado para as diferentes formas de utilização desse recurso e suas relações com as concepções de ensino adotadas pelos professores.
De acordo com a maneira como o professor se utiliza do livro, o conhecimento histórico pode ser compreendido tanto como algo pronto e acabado, como algo que está num constante processo de construção, no qual os alunos podem inclusive participar.
Neste sentido, é importante observar as considerações da professora Circe Bittencourt, a qual defende que o bom livro didático é aquele utilizado por um bom professor. Para compreender essa argumentação, clique no botão a seguir e leia a entrevista concedida pela pesquisadora para a Revista “Nova Escola”:
http://novaescola.org.br/formacao/circe-bittencourt-bom-livro-didatico-aquele-usado-bom-professor-780314.shtml?page=0
A escolha dos livros didáticos que serão utilizados na escola é uma tarefa de suma importância para o trabalho do professor. Essa escolha se faz a cada três anos, uma vez que os livros de História e Geografia são considerados reutilizáveis e devem ser devolvidos pelos alunos ao final do ano letivo.
Para direcionar a escolha realizada pelos professores, o FNDE disponibiliza um guia, contendo os critérios de avaliação e uma resenha de cada uma das obras pré-selecionadas. Conheça esse documento clicando no botão a seguir:
https://drive.google.com/file/d/0B-4TEdIrw8gCZmItNlRLOWoyckE/edit
A partir disso, cabe aos professores escolherem os livros didáticos que melhor se adaptam à realidade de seus alunos e ao projeto político-pedagógico da escola. No entanto esse processo, que deveria ser realizado a partir de um debate aberto entre os professores da disciplina, muitas vezes é determinado por relações de poder que atravessam as instituições escolares.
Por isso é fundamental que os professores tenham uma compreensão clara dos meios pelos quais é possível fazer a análise desse tipo de material.
As formas como os professores utilizam o livro didático em suas aulas são muito diversas. Ele pode ser o único material do qual o professor dispõe para realizar suas aulas ou pode ser apenas uma obra para eventuais consultas. Em seu artigo “As Apropriações do Livro Didático de História no Cotidiano de uma Escola Pública”, Isaíde Bandeira da Silva compartilhou uma das observações que fez para o seu trabalho de doutorado, em que investigou as relações entre os professores de História e os livros didáticos.
O relato, revela um modo bastante tradicional de se trabalhar com esse tipo de documento e permite que façamos uma reflexão importante sobre como devemos utilizá-los. Leia o artigo clicando no botão a seguir:
http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364669284_ARQUIVO_ARTIGOPARAANPUH2013.pdf
A pesquisa na educação básica - Um dos objetivos da escola, certamente, é ensinar os alunos a estudar, a construir por si mesmos o conhecimento. Uma das atividades escolares que mais pode contribuir para o desenvolvimento desse tipo de habilidade, com certeza é a realização de pesquisas.
No mundo de hoje, isso se torna ainda mais essencial, uma vez que estamos cercados de diversos tipos de informação e, por isso mesmo, é preciso aprender a localizar, selecionar e utilizar o conhecimento que temos disponível.
Para o professor Pedro Demo, quando o aluno realiza uma pesquisa, ele aprende mais e melhor, participando ativamente do processo de construção do conhecimento. Entenda um pouco mais da visão do pesquisador a respeito do caráter pedagógico da pesquisa assistindo aos dois vídeos a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=bOVAIwuiEBg
https://www.youtube.com/watch?v=1QZ1WWQ_l8k
Leia também, o artigo “O ensino através da pesquisa em aulas de História no Ensino Médio”, em que é apresentada uma proposta didática para a utilização de pesquisas como forma de construção do conhecimento histórico em sala de aula. Trata-se de uma proposta voltada para o Ensino Médio, mas cujas considerações podem ser adaptadas também para o Ensino Fundamental.
http://www.unemat.br/revistas/historiaediversidade/docs/edicoes/Artigo_Ensino_de_Historia.pdf
Os recurso digitais: internet e redes sociais - Na atualidade, novos suportes de informação fornecem ferramentas muito interessantes para o uso em sala de aula. Há inúmeros recursos digitais disponíveis na internet que podem ser levados para a sala de aula, como forma de ampliar as maneiras de adquirir conhecimentos.
Também as redes sociais vêm sendo adotadas por professores

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