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FEBRE E DORES LEVES FR603 - Assistência e Atenção Farmacêutica FEBRE Introdução • Temperatura corpórea controlada pelo hipotálamo • Manutenção à 36,5°C – funcionamento metabólico ótimo • Equilíbrio homeostático: Perda de calor Ganho de calor Órgãos periféricos Processo metabólico Introdução • Febre não é uma doença • É um mecanismo fisiológico • A elevação da temperatura ativa a resposta imune e ativa a fagocitose por leucócitos, impedindo a proliferação de bactérias ou vírus Introdução Agressão ao organismo por algum agente externo Elevação da temperatura Febre Introdução • A resposta febril, buscando neutralizar patógenos, provoca: 1. Aceleração da quimiotaxia de neutrófilos 2. Secreção de substâncias antibacterianas 3. Aumento da produção de Interferons 4. Diminuição da disponibilidade de ferro 5. Estimulação da fase de reconhecimento e sensibilização da resposta imunológica Causas • A febre pode estar presente em muitas condições: • Câncer • Problemas metabólicos • Distúrbio hormonais • Doenças imunológicas • Exposição excessiva ao sol • Inflamações • Uso de drogas • Reações alérgicas Fisiopatologia • Hipotálamo: • Anterior – dissipador do calor – vasodilatação e sudorese • Posterior – promotor do calor – vasoconstrição, atividades metabólica e aumento do tônus muscular • Febre = ativação do centro promotor de calor Fisiopatologia • Elevação do termostato humano é dependente de prostaglandinas E2 • Produção por citocinas a partir de células de defesa Sinais e Sintomas • Arrepios e calafrios • Calor intenso e sudorese • Vasodilatação periférica • Dores • Musculares • Cabeça • Juntas • Fraqueza • Apatia • Indisposição • Boca seca • Crianças: Confusão mental, delírios e convulsões Epidemiologia • Todas as faixas etárias. • Febre em crianças – grave • Por muito tempo e em altas temperaturas – perigoso. (Desnaturação das proteinas) Etiologia • Cólicas menstruais, infecções, viroses, intoxicações, câncer, leucemia, auto-imunes, transfusão de sangue, tuberculose, malária… • Após uma cirurgia, é comum haver a elevação da temperatura corporal até 37,8 graus Celsius sem maiores significados. Prevenção • Saber quais fatores desencadeiam a febre. Tratamento • Tratamento não farmacológico • Nem sempre a febre precisa ser tratada • A elevação da temperatura é uma das estratégias do organismo • Hidratação • Uso de isotônicos • Repouso Tratamento • Alternativo • Muitos alimentos podem ser utilizados para o tratamento da febre: • Alho • Cebola • Melancia • Laranja • Camomila e alfavaca • Alecrim e eucalipto Tratamento • Tratamento farmacológico • Muitas vezes, as pessoas acabam por tomar medicamentos buscando diminuir o desconforto causado pela febre • Como a elevação da temperatura aumenta o batimento cardíaco isso caba por colocar pacientes, principalmente idosos, em maior estado de estresse • A febre deve ser controlada para não atingir 42°C, estado de hiperpirexia e danos aos tecidos Tratamento • Antitérmicos ou antipiréticos • O tratamento está intimamente relacionada com a doença base • Antitérmicos atuam inibindo • Prostaglandinas • Ácido acetilsalicílico (aspirina) • Diretamente no hipotálamo • Tilenol (paracetamol) • Dipirona (novalgina) Organograma A paciente está grávida ou amamentando? Sim Não O paciente tem menos de 6 meses de idade? Sim Não Encaminhar ao médico Encaminhar ao médico A temperatura corporal do paciente excede 39,4°C Sim Não Encaminhar ao médico Organograma A febre está presente por mais de três dias? Sim Não Encaminhar ao médico Um antipirético apropriado à idade e corretamente dosado pode ser usado para deixar o paciente mais confortável. Não DORES LEVES Introdução • Experiência desagradável • Diferentes graus de intensidade: de leve até agonia • Subjetiva • Estimulação de nervos: lesão, doença, distúrbio emocional • Associada ao real ou potencial dano aos tecidos Tipos de Dor • Dor nociceptiva: originada em nociceptores, mecânicos, térmicos ou químicos junto à área estimulada. • Dor neuropática: provocada por lesão ou doença no sistema nervoso. Descritas como sensações agudas, de queimadura, choque elétrico, sensações de formigueiro. É de difícil tratamento e frequentemente torna-se crônica/incapacitante. • Dor psicológica: origem emocional e rara, podendo ser incapacitante e de difícil tratamento. Avaliação da Dor • 1996: James Campbell • 5º sinal vital • Abordagem multidimensional • Intensidade • Duração • Localização • Características somatossensoriais e emocionais Escalas de Dor Escalas de Dor Escala de Mankoski 0 - Ausência de dor 1 - Desconforto muito ligeiro e fraco. A medicação é desnecessária. 2 - Desconforto ligeiro e ocasionalmente forte. A medicação é desnecessária. 3 - Desconforto suficiente para afetar a atenção. Uso de analgésicos. 4 - Pode ser ignorado, mas ainda assim suficiente para afetar a atenção. Analgésicos afastam a dor temporariamente. 5 - Não se consegue ignorar mais que 30 minutos. Analgésicos diminuem a dor temporariamente. 6 - Não se consegue ignorar, mas consegue-se realizar atividades. Analgésicos potentes reduzem a dor temporariamente. 7 - Torna difícil a concentração e atividades, interfere com o sono. Analgésicos potentes são apenas parcialmente eficazes. 8 - A atividade física é afetada. Podem ter náuseas e tonturas. 9 - Impossibilidade de falar. Choro ou gemido incontrolado - próximo do delírio. 10 - Inconsciência. A dor provoca o desmaio. Escada Analgésica da OMS • Organização e padronização do tratamento analgésico da dor Escada Analgésica da OMS • Dores agudas: escada de forma descendente • usar o terceiro ou segundo degrau nos primeiros dias de hospitalização ou após cirurgias/procedimentos dolorosos de acordo com as escalas de mensuração de dor • Nos dias subseqüentes ao trauma tecidual descer a escada analgésica da OMS. • Para dores crônicas: escada de forma ascendente • Inicia-se pelo primeiro degrau para dores fracas. • Quando não ocorre alívio da dor, adiciona-se um opioide fraco e posteriormente um opioide forte, se necessário. • Somente um medicamento de cada categoria deve ser usado por vez. • Os medicamentos adjuvantes devem ser associados em todos os degraus, de acordo com as indicações específicas • antidepressivos, anticonvulsivantes, neurolépticos, bifosfonados, corticosteróides Tratamento Farmacológico • Dor Leve / 1º degrau: Analgésicos não-opioides. A dipirona é o seu representante mais empregado. Depois, segue-se o uso do paracetamol e dos antiinflamatórios não hormonais. • Dor Moderada / 2º degrau: Associação entre dipirona ou paracetamol, antiinflamatórios não hormonais, opioide fraco, como a codeína e o tramadol. • Dor Intensa / 3º degrau: Analgésicos opioides, sendo a morfina o medicamento mais comumente empregado. Recomendações• Não combinar dois antiinflamatórios não-esteroidais e não usá-los isoladamente por mais que 7 dias • Não associar dois opioides fracos • Os analgésicos devem ser administrados a intervalos regulares de tempo. A dose subseqüente precisa ser administrada antes que o efeito da dose anterior tenha terminado. • A dose do analgésico precisa ser condicionada à dor do paciente, ou seja, inicia-se com doses pequenas, sendo progressivamente aumentada até que ele receba alívio completo, ou seja, titulação da dose opióide. DOR NAS COSTAS Introdução • Dor na região cervical, torácica e lombar • Uma das queixas físicas mais comuns • Leves ou extremas/ rápidas ou constantes • Diferentes origens • Pode irradiar a partir de outros órgãos Principais causas • Relacionadas a diferentes fatores 1. Ao tipo de trabalho: • Levantar, carregar ou empurrar peso exagerado • Posturas erradas prolongadas nas posições sentada ou de pé 2. Ao condicionamento físico: • Sedentarismo • Excesso de peso Principais causas 3. A fatores genéticos: • Hérnia de disco • Dor ciática 4. A fatores relacionados a personalidade: • Estresse psicológico • Tensão emocional Principais causas Prevenção • Exercício Físico • Melhora a postura • Fortalece as costas • Melhora a flexibilidade • Diminui o peso corpóreo • Evitar ficar em pé ou sentado por longos períodos de tempo. • Não abusar do salto alto • Manter a postura correta • Manter o peso saudável Prevenção Tratamento • Varia conforme a causa do problema, podendo incluir: • Repouso • Medicação • Tratamento quiroprático • Acupuntura • Fisioterapia • Cirurgia • Tratamento Farmacológico • Três tipos de medicamentos 1. Analgésicos Ex: AAS, paracetamol, dipirona 2. Antiinflamatórios não esteróides (AINEs) Ex: Diclofenaco, ibuprofeno 3. Relaxantes Musculares Ex: Tratamento CÓLICA MENSTRUAL Introdução • Dismenorreia • Dor pélvica provocada pela liberação de prostaglandinas • 50% das mulheres • Adolescentes - Primária: dores leves na ausência de lesões, acompanha o ciclo menstrual - Secundária: alterações patológicas do sistema reprodutivo (endometriose, miomas, infecções) Sintomas • Dor branda: cólica, desconforto, sensação de peso no ventre e irradiação para as costas e membros inferiores. • Dor moderada: sensação de mal-estar, diarréia e dor de cabeça. • Dor muito forte: incapacitando a mulher de realizar suas atividades, acompanhada de transtorno gastrointestinal, vômitos, dor nas costas, nas coxas e cefaléia. Diagnóstico • Diferencial entre Primária e Secundária • História, exame físico e ginecológico • Exames complementares: dosagens hormonais, ecografia transvaginal e laparoscopia. • Atenção à intensidade da dor ENDOMETRIOSE Tratamento • Prática de exercícios • Liberação de endorfina • AINEs: Antiinflamatórios não esteroidais • bloqueio da produção de prostaglandinas • início do ciclo menstrual • uso por até três dias • Anticoncepcionais • atrofia do endométrio (local de produção das prostaglandinas) • Estímulo elétrico transcutâneo do nervo Prevenção • Exercícios físicos • Alimentação controlada • Evitar estimulantes • Beber chás • Massagens Dipirona • Indicação • A dipirona é utilizada no tratamento das manifestações dolorosas e da febre. • Contraindicação • Não deve ser utilizada durante o primeiro e terceiro trimestres da gravidez - pode causar o fechamento prematuro do ducto arterial e causar prejuízos perinatais, devido a agregação plaquetária da mãe e do recém-nascido por inibição da síntese de prostaglandinas. • Não amamentar até 48 horas após o uso do produto, devido à excreção de metabólitos no leito materno. • Forma farmacêutica • A Dipirona pode ser administrada na forma de comprimidos, gotas, injetável e supositório. Dipirona • Mecanismo de ação • O mecanismo de ação da dipirona, derivado pirazolônico não-narcótico, ainda não se encontra completamente investigado. Acredita-se que seus metabólitos inibam a COX, inibindo assim, a síntese de prostaglandinas. • Propriedades farmacológicas • Quando administrado em via oral, possui absorção rápida e completa. Por via retal é lenta. • Quase 60% da dose liga-se às proteínas plasmáticas. • Sofre biotransformação hepática, sendo que 96% do fármaco sofre excreção renal. • Os efeitos analgésico e antipiréticos são alcançados 30 a 60 minutos após a administração (VO) e em 15 minutos (VI). Geralmente com efeito de aproximadamente 4 horas. Dipirona • Posologia • COMPRIMIDO (500mg a 750 mg) • Adultos e adolescentes acima de 15 anos: comprimido até 4 vezes por dia. • GOTAS (500mg/mL) • Adultos e adolescentes acima de 15 anos: 20 a 40 gotas em administração única ou até o máximo de 40 gotas 4 vezes ao dia. • Crianças: * Crianças menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg não devem ser tratadas com dipirona sódica. ** Doses maiores, somente a critério médico. Dipirona • Interações • Pode aumentar a ação de: álcool. • Pode diminuir a ação de: ciclosporina (diminui seus níveis plasmáticos). • Pode sofrer ou provocar aumento das reações adversas com: clorpromazina. • Efeitos adversos • A administração da dipirona pode causar reações desagradáveis, tais como: coceira, ardor e inchaço. • Informe seu médico caso haja aparecimento de quaisquer sinais ou sintomas. Paracetamol • Indicação • Paracetamol é utilizado como analgésico e antipirético, ou seja, no combate à dor e à febre. • Contraindicação • Pacientes alérgicos ao ácido acetilsalicílico (aspirina) devem ter cuidado ao usar o paracetamol. • Embora seja permitido o uso de Paracetamol durante a gravidez, sua administração deve ser restrita aos casos necessários e por curto período. • Usuários crônicos de bebidas alcoólicas podem apresentar um risco aumentado de doenças do fígado • Forma farmacêutica • O Paracetamol pode ser administrada na forma de comprimidos, gotas e suspensão oral e cápsulas gelatinosas e duras. Paracetamol • Mecanismo de ação • Analgésico: o mecanismo de ação analgésica não está totalmente determinado. O Paracetamol pode atuar predominantemente inibindo a síntese de prostaglandinas ao nível do SNC e em menor grau bloqueando a geração do impulso doloroso ao nível periférico. A ação periférica pode ser decorrente também da inibição da síntese de outras substâncias que sensibilizam os nociceptores. • Antipirético: Atua ao nível central sobre o centro hipotalâmico regulador da temperatura para produzir uma vasodilatação periférica que dá lugar a um aumento do fluxo de sangue na pele, de sudorese e da perda de calor. A ação ao nível central provavelmente está relacionada com a inibição da síntese de prostaglandinas no hipotálamo. • OBSERVAÇÃO: Tem sido preferencialmente usado na prática clínica devido à menor indução de irritação digestiva Paracetamol • Propriedades farmacológicas • A absorção no trato gastrointestinal é rápida e praticamente total (VO). • Início da ação: cerca de 30 minutos após a ingestão oral. •Atravessa a barreira hematoencefálica e placentária. Encontrado no leite materno. • Metabolizado principalmente no fígado (90-95%), por conjugação com ácido glicurônico, ácido sulfúrico e cisteína. • Cerca de 90% de uma dose terapêutica são excretados na urina em 24 horas. • Ligação a proteínas: não é significativa. • Posologia • COMPRIMIDO (500mg) • Adultos ou mais de 12 anos: dose com intervalos de 4-6 horas entre cada administração. • GOTAS (500mg/mL) • Adultos ou mais de 12 anos: 35 a 55 gotas, 3 a 5 vezes ao dia. • Crianças: 1 gota por kg de peso, 4 a 5 vezes por dia, com intervalos de 4 a 6 horas. * Para crianças abaixo de 11 kg ou 2 anos, consulte o seu médico antes do uso. Paracetamol • Interações • Alimentos: a administração conjuntamente com alimentos retarda sua absorção. • Barbitúricos, carbamazepina, hidantoína, rifampicina e sulfimpirazona: a hepatotoxicidade potencial do Paracetamol pode ser aumentada. • Álcool: a hepatotoxicidade potencial do Paracetamol pode ser aumentada. • Anticoagulantes derivados da cumarina: a administração simultânea crônica de doses elevadas de Paracetamol pode aumentar o efeito do anticoagulante. • Efeitos adversos • Hepatotoxicidade. • Pode ocorrer reação de hipersensibilidade, sendo descritos casos de erupções cutâneas, urticária, eritema pigmentar fixo, broncoespasmo, angioedema e choque anafilático. • Outras reações de incidência rara: discrasias sanguíneas, hepatite, hipoglicemia, icterícia e hematúria com micção dificultosa ou dolorosa, e diminuição brusca da quantidade de urina. Ácido Acetilsalicílico • Indicação • Alívio da cefaleia, dor de garganta, mialgia, dor artrítica de pequena intensidade. No resfriado comum ou na gripe, para o alívio sintomático da dor e da febre. • Contraindicação • Pacientes com hipersensibilidade ao AAS e a outros anti-inflamatórios não esteroides. • Não deve ser empregado em pacientes portadores de alguma lesão da mucosa gástrica. • Seu emprego deve ser evitado nos pacientes com insuficiência hepática grave, em hemofílicos e naqueles que estejam fazendo uso de anticoagulantes. • Não deve ser usado em altas doses nos últimos três meses de gestação, pois pode causar complicações durante o parto. O mesmo cuidado para ao amamentando. • Forma farmacêutica • O AAS pode ser administrada na forma de comprimidos, comprimidos efervescentes e cápsulas Ácido Acetilsalicílico • Mecanismo de ação • O ácido acetilsalicílico pertence ao grupo de fármacos anti-inflamatórios não esteroides, com propriedades analgésica, antipirética e anti-inflamatória. Seu mecanismo de ação baseia-se na inibição irreversível da enzima ciclooxigenase tipo 2, envolvida na síntese das prostaglandinas. • O ácido acetilsalicílico também inibe a agregação plaquetária, bloqueando a síntese do tromboxano A2 nas plaquetas. • Propriedades farmacológicas • A absorção é geralmente rápida e completa após administração oral. • O ácido acetilsalicílico sofre metabolização por esterases da mucosa digestiva que o hidrolizam a ácido salicílico e por estearases hepáticas que dão origem a vários metabólitos inativos. • A eliminação é essencialmente renal (90%), principalmente como ácido salicílico livre. Ácido Acetilsalicílico • Posologia • INFALTIL • Crianças até 1 ano de idade, a critério médico; • De 1 ano a 2 anos, 1/2 a 1 comprimido; • De 3 a 5 anos, 1 a 2 comprimidos, • De 6 a 9 anos, 2 a 3 comprimidos; • De 10 a 12 anos, 4 a 5 comprimidos. • Estas doses podem ser repetidas até 3 vezes ao dia, podendo variar segundo orientação médica. • Aas deve ser ingerido de preferência após as refeições ou com um pouco de leite. O comprimido INFANTIL (100 mg de ácido acetilsalicílico) deve ser colocado na boca e deixado dissolver. • ADULTOS • 1 ou 2 comprimidos, podendo repetir a dose a cada 4 ou 6 horas até um máximo de 8 comprimidos ao dia. Ácido Acetilsalicílico • Interações • Alguns efeitos do ácido acetilsalicílico no trato gastrintestinal podem ser potencializados pelo álcool. • Os anticoagulantes podem acentuar o efeito hemorrágico do ácido acetilsalicílico sobre a mucosa gástrica. • Dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito de baixas doses de ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária quando são administrados concomitantemente. • Efeitos adversos • Pode provocar irritação da mucosa gástrica e sangramento digestivo. • Podem ocorrer casos de hipersensibilidade manifestada por broncoespasmo, asma, rinite, urticária e outras manifestações cutâneas. • O uso prolongado do ácido acetilsalicílico em altas doses tem sido associado com diminuição da função renal. Ibuprofeno • Indicação • Alívio da febre, dor de cabeça, dor nas costas, dor muscular, enxaqueca, cólica menstrual, de gripes e resfriados e dor de artrite. • Contraindicação • Pacientes com histórico de hemorragia ou perfuração gastrintestinais relacionadas à terapia prévia com anti-inflamatórios não esteroidais. • Pacientes com colite ulcerativa ativa ou com histórico da mesma. • Doença de Crohn, úlcera péptica ou hemorragia gastrintestinal recorrentes. • Forma farmacêutica • O Ibuprofeno pode ser administrada na forma de suspensão oral (gotas), comprimidos e cápsulas. Ibuprofeno • Mecanismo de ação • O Ibuprofeno promove inibição reversível da COX, ocasionando a inibição da síntese de prostaglandinas em níveis central e periférico. • Propriedades farmacológicas • A absorção oral é rápida. • O início da ação ocorre cerca de 15 a 30 minutos após sua administração oral e permanece por 4 a 6 horas. • A dose possui quase sua totalidade ligada às proteínas plasmáticas (99%). • É metabolizada pelo fígado por via oxidativa. • Possui eliminação renal, com pequena porcentagem nas fezes. Ibuprofeno • Posologia • INFALTIL • O uso de ibuprofeno em crianças com menos de 2 anos deve ser feito sob orientação médica. • Crianças a partir de 6 meses pode variar de 1 a 2 gotas/Kg peso, em intervalos de 6 a 8 horas, ou seja, de 3 a 4 vezes ao dia, não excedendo o máximo de 40 gotas por dose. ADULTOS 600 mg, com intervalo de 8 a 12 horas. Máximo: 2,4g/dia. Ibuprofeno • Interações • O uso do ibuprofeno com medicamentos à base de cortisona aumenta o risco de úlceras gástricas. • O uso concomitante com medicamentos à base de furosemida e tiazídicos diminui o efeito diurético dessas drogas. • O ibuprofeno pode aumentar o efeito dos anticoagulantes orais (da heparina), a concentração sangüínea de lítio e a atividade antiagregante plaquetária, desaconselhando-se, portanto, a administração simultânea de ibuprofeno e tais substâncias. • Efeitos adversos • Pode provocar dores abdominais, azias, inchaço, urina turva, diarreia, indigestão e falta de ar. • Em alguns casos leva à calafrios, visão embasada, sangramento da gengiva e presença de sangue na urina e fezes. Resumo MEDICAMENTO INDICAÇÃO POSOLOGIA / INTERVALO FORMA FARMACÊUTICA EFEITOS ADVEROS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS CONTRA-INDICAÇÕES DIPIRONA Analgésico / Antipirético 500mg - 1000mg (4 - 6h) Injetável Gotas Comprimido Supositório > Reações anafiláticas: prurido, ardor, rubor, urticária, inchaço, dispneia e sintomas gastrintestinais. > Raros Síndrome de Stevens- Johnson Síndrome de Lyell. Reações hipotensivastransitórias isoladas Leucopenia Agranulocitose: lesões inflamatórias na mucosa, inflamação na garganta, febre Trombocitopenia. Insuficiência renal aguda: oligúria, anúria ou proteinúria Nefrite intersticial aguda. Ciclosporina Furosemida Hidroclorotiazida Propanolol Carvedilol Varfarina Losartana Crianças menores de 3 anos ou com menos de 5kg Gestantes Lactantes PARACETAMOL Analgésico / Antipirético 500mg - 1000mg (4 - 6h) Solução oral (frasco em âmbar); Gotas (frasco plástico opaco - gotejador); Cápsulas gelatinosas duras Comprimidos mastigáveis, revestidos > Raros Urina ou fezes com sangue Diminuição do volume de urina Garganta inflamada Feridas, úlceras ou pontos brancos nos lábios ou boca Pontos vermelhos na pele Erupções na pele Pele ou olhos amarelados Fraqueza ou cansaço incomuns Fenitoína Fenobarbital Izoniazida Varfarina Carbamazepina Atorvastatin Codeína Diazepam Diclofenaco Furosemida Metformina Omeprazol Sinvastatina Tramadol Álcool Deficiência hepática Fenilcetonúria Resumo AAS Analgésico / Antipirético / Antiinflamatório 500mg - 1000mg (6h) Comprimido Comprimido efervescente Cápsula Sintomas fracos no trato gastrointestinal superior (dispepsia) Varfarina Hidrocortizona Dexametazona Metilpredsolona Betametasona Prednisona Diltiazem Verapamil Clopidogrel Cilostozol Captopril Enalapril Atorvastatina Furosemida Omeprazol Sinvastatina Metformina Asma Disfunção renal Insuficiência hepática Síndrome de Reye Anemia Úlcera ICC Suspeita de dengue Álcool Gestantes IBUPROFENO Analgésico / Antiinflamatório contra enxaquecas / Anti-reumático 200mg - 400mg (4 - 6h) Suspensão oral (gotas) Comprimido Cápsula > Mais comuns Dor abdominal Azias Inchaço Urina turva Diminuição do volume de urina Diarréia Excesso de ar no trato gastrointestinal Indigestão Náuseas Vômitos Falta de ar > Raros Agitação Dor no abdomen, pernas ou costas Sangramento nas gengivas Sangue na urina e fezes Visão embaçada Dores no peito Calafrios Captopril Enalapril Anlodipino Nifedipino Nimodipino Diltiazem Verapamil Amicacina Gentamicina Varfarina Propanolol Metoprolol Metoclopramida Hidroclorotiazida Heparina Furosemida Clopidogrel Cilostosol Atorvastatina Esomeprazol Asma Retenção de líquidos Trombose Anemia Fenilcetonúria Mas qual escolher? • Critérios de escolha: 1. Segurança, mensurada por menor frequência e gravidade de reações adversas e menor número de contraindicações. 2. Conveniência do esquema terapêutico, o que se relaciona com diferenças farmacocinéticas. 3. Menor frequência e gravidade de interações medicamentosas indesejáveis. 4. Acesso mais fácil, baixo custo ou distribuição gratuita. 5. Preferência do paciente por um dado agente, em função do sucesso terapêutico e efeitos adversos em situações anteriores. • ATENÇÃO: • Efeito Teto = após determinada dose a eficácia não aumenta, mas os efeitos indesejáveis sim. • A associação de dois analgésicos não-opióides não está indicada, pois há evidências de que competem entre si pela ligação a proteínas plasmáticas. Caso clínico • A paciente FSP, 32 anos, asmática. Está apresentando febre e dor no corpo. Sabe-se que seu marido teve dengue há dois meses e que é moradora de uma área onde houve inúmeros casos de dengue. Desde seus 16 anos possui casos recorrentes de úlceras. Tem um filho de três meses e o amamenta. Qual o melhor fármaco para ser administrado? Organograma A paciente está grávida ou amamentando? Sim Não A paciente possui asma ou doenças respiratórias? Sim Não Contraindicar Dipirona e AAS Contraindicar Ibuprofeno A paciente possuía quadros de úlceras ou problemas estomacais? Sim Não Contraindicar Ibuprofeno e AAS Organograma A paciente passou por cirurgias grandes? Sim Não Contraindicar Ibuprofeno e AAS Indicar Paracetamol* = tomar um comprimido de seis em seis horas. Não * O paracetamol se apresenta como o medicamento de melhor escolha, porém, devido à lactação, o mais correto seria encaminhar ao médico para melhor análise. 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