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[FR603] Seminário Febre e Dores Leves

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FEBRE E DORES 
LEVES 
FR603 - Assistência e Atenção Farmacêutica 
FEBRE 
Introdução 
• Temperatura corpórea controlada pelo hipotálamo 
• Manutenção à 36,5°C – funcionamento metabólico ótimo 
• Equilíbrio homeostático: 
Perda de 
calor 
Ganho 
de calor 
Órgãos 
periféricos 
Processo 
metabólico 
Introdução 
• Febre não é uma doença 
 
• É um mecanismo fisiológico 
 
• A elevação da temperatura ativa a resposta imune e 
ativa a fagocitose por leucócitos, impedindo a proliferação 
de bactérias ou vírus 
 
 
Introdução 
Agressão ao organismo por algum agente externo 
 
Elevação da temperatura 
 
Febre 
 
Introdução 
• A resposta febril, buscando neutralizar patógenos, 
provoca: 
 
1. Aceleração da quimiotaxia de neutrófilos 
 
2. Secreção de substâncias antibacterianas 
 
3. Aumento da produção de Interferons 
 
4. Diminuição da disponibilidade de ferro 
 
5. Estimulação da fase de reconhecimento e sensibilização da 
resposta imunológica 
 
Causas 
• A febre pode estar presente em muitas condições: 
 
• Câncer 
• Problemas metabólicos 
• Distúrbio hormonais 
• Doenças imunológicas 
• Exposição excessiva ao sol 
• Inflamações 
• Uso de drogas 
• Reações alérgicas 
Fisiopatologia 
• Hipotálamo: 
• Anterior – dissipador do calor – vasodilatação e sudorese 
• Posterior – promotor do calor – vasoconstrição, atividades 
metabólica e aumento do tônus muscular 
 
• Febre = ativação do centro promotor de calor 
 
Fisiopatologia 
 
• Elevação do 
termostato humano 
é dependente de 
prostaglandinas E2 
 
• Produção por 
citocinas a partir de 
células de defesa 
Sinais e Sintomas 
• Arrepios e calafrios 
• Calor intenso e sudorese 
• Vasodilatação periférica 
• Dores 
• Musculares 
• Cabeça 
• Juntas 
• Fraqueza 
• Apatia 
• Indisposição 
• Boca seca 
• Crianças: Confusão mental, delírios e convulsões 
 
 
 
Epidemiologia 
 
 
• Todas as faixas etárias. 
 
 
• Febre em crianças – grave 
 
• Por muito tempo e em altas temperaturas – perigoso. 
(Desnaturação das proteinas) 
Etiologia 
• Cólicas menstruais, infecções, viroses, intoxicações, 
câncer, leucemia, auto-imunes, transfusão de sangue, 
tuberculose, malária… 
 
• Após uma cirurgia, é comum 
haver a elevação da temperatura 
corporal até 37,8 graus Celsius 
sem maiores significados. 
 
 
Prevenção 
 
 • Saber quais fatores desencadeiam a febre. 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
• Tratamento não farmacológico 
• Nem sempre a febre precisa ser tratada 
• A elevação da temperatura é uma das estratégias do organismo 
 
• Hidratação 
• Uso de isotônicos 
• Repouso 
 
 
 
 
 
Tratamento 
• Alternativo 
• Muitos alimentos podem ser utilizados para o tratamento da febre: 
• Alho 
• Cebola 
• Melancia 
• Laranja 
• Camomila e alfavaca 
• Alecrim e eucalipto 
 
 
Tratamento 
• Tratamento farmacológico 
• Muitas vezes, as pessoas acabam por tomar medicamentos 
buscando diminuir o desconforto causado pela febre 
 
• Como a elevação da temperatura aumenta o batimento cardíaco 
isso caba por colocar pacientes, principalmente idosos, em maior 
estado de estresse 
 
• A febre deve ser controlada para não atingir 42°C, estado de 
hiperpirexia e danos aos tecidos 
Tratamento 
• Antitérmicos ou antipiréticos 
• O tratamento está intimamente relacionada com a doença base 
 
• Antitérmicos atuam inibindo 
• Prostaglandinas 
• Ácido acetilsalicílico (aspirina) 
 
• Diretamente no hipotálamo 
• Tilenol (paracetamol) 
• Dipirona (novalgina) 
Organograma 
A paciente está grávida 
ou amamentando? 
Sim 
Não 
O paciente tem menos 
de 6 meses de idade? 
Sim 
Não 
Encaminhar ao médico 
Encaminhar ao médico 
A temperatura corporal do 
paciente excede 39,4°C Sim 
Não 
Encaminhar ao médico 
Organograma 
A febre está presente 
por mais de três dias? 
Sim 
Não 
Encaminhar ao médico 
Um antipirético apropriado à idade e corretamente dosado 
pode ser usado para deixar o paciente mais confortável. 
Não 
DORES LEVES 
Introdução 
• Experiência desagradável 
 
• Diferentes graus de intensidade: de leve até agonia 
• Subjetiva 
 
• Estimulação de nervos: lesão, doença, distúrbio emocional 
 
• Associada ao real ou potencial dano aos tecidos 
Tipos de Dor 
• Dor nociceptiva: originada em nociceptores, mecânicos, 
térmicos ou químicos junto à área estimulada. 
 
• Dor neuropática: provocada por lesão ou doença no 
sistema nervoso. Descritas como sensações agudas, de 
queimadura, choque elétrico, sensações de formigueiro. 
É de difícil tratamento e frequentemente torna-se 
crônica/incapacitante. 
 
• Dor psicológica: origem emocional e rara, podendo ser 
incapacitante e de difícil tratamento. 
 
Avaliação da Dor 
• 1996: James Campbell 
• 5º sinal vital 
 
 
• Abordagem multidimensional 
 
• Intensidade 
• Duração 
• Localização 
• Características somatossensoriais e emocionais 
Escalas de Dor 
Escalas de Dor 
Escala de Mankoski 
0 - Ausência de dor 
 
1 - Desconforto muito ligeiro e fraco. A medicação é desnecessária. 
 
2 - Desconforto ligeiro e ocasionalmente forte. A medicação é desnecessária. 
 
3 - Desconforto suficiente para afetar a atenção. Uso de analgésicos. 
 
4 - Pode ser ignorado, mas ainda assim suficiente para afetar a atenção. Analgésicos afastam a dor temporariamente. 
 
5 - Não se consegue ignorar mais que 30 minutos. Analgésicos diminuem a dor temporariamente. 
 
6 - Não se consegue ignorar, mas consegue-se realizar atividades. Analgésicos potentes reduzem a dor 
temporariamente. 
 
7 - Torna difícil a concentração e atividades, interfere com o sono. Analgésicos potentes são apenas parcialmente 
eficazes. 
 
8 - A atividade física é afetada. Podem ter náuseas e tonturas. 
 
9 - Impossibilidade de falar. Choro ou gemido incontrolado - próximo do delírio. 
 
10 - Inconsciência. A dor provoca o desmaio. 
 
 
Escada Analgésica da OMS 
• Organização e padronização do tratamento analgésico da 
dor 
Escada Analgésica da OMS 
• Dores agudas: escada de forma descendente 
• usar o terceiro ou segundo degrau nos primeiros dias de hospitalização ou após 
cirurgias/procedimentos dolorosos de acordo com as escalas de mensuração de dor 
• Nos dias subseqüentes ao trauma tecidual descer a escada analgésica da OMS. 
 
• Para dores crônicas: escada de forma ascendente 
• Inicia-se pelo primeiro degrau para dores fracas. 
• Quando não ocorre alívio da dor, adiciona-se um opioide fraco e posteriormente um 
opioide forte, se necessário. 
 
• Somente um medicamento de cada categoria deve ser usado por vez. 
 
• Os medicamentos adjuvantes devem ser associados em todos os 
degraus, de acordo com as indicações específicas 
• antidepressivos, anticonvulsivantes, neurolépticos, bifosfonados, corticosteróides 
 
Tratamento Farmacológico 
 
• Dor Leve / 1º degrau: Analgésicos não-opioides. A dipirona é o seu 
representante mais empregado. Depois, segue-se o uso do 
paracetamol e dos antiinflamatórios não hormonais. 
 
• Dor Moderada / 2º degrau: Associação entre dipirona ou 
paracetamol, antiinflamatórios não hormonais, opioide fraco, como a 
codeína e o tramadol. 
 
• Dor Intensa / 3º degrau: Analgésicos opioides, sendo a morfina o 
medicamento mais comumente empregado. 
Recomendações• Não combinar dois antiinflamatórios não-esteroidais e não usá-los 
isoladamente por mais que 7 dias 
 
• Não associar dois opioides fracos 
 
• Os analgésicos devem ser administrados a intervalos regulares de 
tempo. A dose subseqüente precisa ser administrada antes que o 
efeito da dose anterior tenha terminado. 
 
• A dose do analgésico precisa ser condicionada à dor do paciente, ou 
seja, inicia-se com doses pequenas, sendo progressivamente 
aumentada até que ele receba alívio completo, ou seja, titulação da 
dose opióide. 
 
 
DOR NAS COSTAS 
Introdução 
• Dor na região cervical, torácica e lombar 
• Uma das queixas físicas mais comuns 
• Leves ou extremas/ rápidas ou constantes 
• Diferentes origens 
• Pode irradiar a partir de outros órgãos 
 
Principais causas 
• Relacionadas a diferentes fatores 
1. Ao tipo de trabalho: 
• Levantar, carregar ou empurrar peso exagerado 
• Posturas erradas prolongadas nas posições sentada ou de pé 
2. Ao condicionamento físico: 
• Sedentarismo 
• Excesso de peso 
 
Principais causas 
3. A fatores genéticos: 
• Hérnia de disco 
• Dor ciática 
4. A fatores relacionados a personalidade: 
• Estresse psicológico 
• Tensão emocional 
 
 
Principais causas 
Prevenção 
• Exercício Físico 
• Melhora a postura 
• Fortalece as costas 
• Melhora a flexibilidade 
• Diminui o peso corpóreo 
 
• Evitar ficar em pé ou sentado por longos períodos de 
tempo. 
• Não abusar do salto alto 
• Manter a postura correta 
• Manter o peso saudável 
Prevenção 
Tratamento 
• Varia conforme a causa do problema, podendo incluir: 
• Repouso 
• Medicação 
• Tratamento quiroprático 
• Acupuntura 
• Fisioterapia 
• Cirurgia 
• Tratamento Farmacológico 
• Três tipos de medicamentos 
1. Analgésicos 
 Ex: AAS, paracetamol, dipirona 
2. Antiinflamatórios não esteróides (AINEs) 
 Ex: Diclofenaco, ibuprofeno 
3. Relaxantes Musculares 
 Ex: 
Tratamento 
CÓLICA MENSTRUAL 
Introdução 
• Dismenorreia 
• Dor pélvica provocada pela liberação de prostaglandinas 
• 50% das mulheres 
• Adolescentes 
 
 
 
- Primária: dores leves na 
ausência de lesões, acompanha o 
ciclo menstrual 
 
- Secundária: alterações 
patológicas do sistema reprodutivo 
(endometriose, miomas, infecções) 
 
Sintomas 
• Dor branda: cólica, desconforto, sensação de peso no 
ventre e irradiação para as costas e membros inferiores. 
 
• Dor moderada: sensação de mal-estar, diarréia e dor de 
cabeça. 
 
• Dor muito forte: incapacitando a mulher de realizar suas 
atividades, acompanhada de transtorno gastrointestinal, 
vômitos, dor nas costas, nas coxas e cefaléia. 
Diagnóstico 
• Diferencial entre Primária e Secundária 
 
• História, exame físico e ginecológico 
 
• Exames complementares: dosagens hormonais, 
ecografia transvaginal e laparoscopia. 
 
 
• Atenção à intensidade da dor 
 ENDOMETRIOSE 
 
Tratamento 
• Prática de exercícios 
• Liberação de endorfina 
 
• AINEs: Antiinflamatórios não esteroidais 
• bloqueio da produção de prostaglandinas 
• início do ciclo menstrual 
• uso por até três dias 
 
• Anticoncepcionais 
• atrofia do endométrio (local de produção das prostaglandinas) 
 
• Estímulo elétrico transcutâneo do nervo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prevenção 
• Exercícios físicos 
 
• Alimentação controlada 
 
• Evitar estimulantes 
 
• Beber chás 
 
• Massagens 
Dipirona 
• Indicação 
• A dipirona é utilizada no tratamento das manifestações dolorosas e da febre. 
 
• Contraindicação 
• Não deve ser utilizada durante o primeiro e terceiro trimestres da gravidez - pode 
causar o fechamento prematuro do ducto arterial e causar prejuízos perinatais, 
devido a agregação plaquetária da mãe e do recém-nascido por inibição da síntese 
de prostaglandinas. 
• Não amamentar até 48 horas após o uso do produto, devido à excreção de 
metabólitos no leito materno. 
 
• Forma farmacêutica 
• A Dipirona pode ser administrada na forma de comprimidos, gotas, injetável e 
supositório. 
 
 
 
 
Dipirona 
• Mecanismo de ação 
• O mecanismo de ação da dipirona, derivado pirazolônico não-narcótico, ainda não 
se encontra completamente investigado. Acredita-se que seus metabólitos inibam a 
COX, inibindo assim, a síntese de prostaglandinas. 
 
• Propriedades farmacológicas 
• Quando administrado em via oral, possui absorção rápida e completa. Por via retal 
é lenta. 
• Quase 60% da dose liga-se às proteínas plasmáticas. 
• Sofre biotransformação hepática, sendo que 96% do fármaco sofre excreção renal. 
• Os efeitos analgésico e antipiréticos são alcançados 30 a 60 minutos após a 
administração (VO) e em 15 minutos (VI). Geralmente com efeito de 
aproximadamente 4 horas. 
Dipirona 
• Posologia 
• COMPRIMIDO (500mg a 750 mg) 
• Adultos e adolescentes acima de 15 anos: comprimido até 4 vezes por dia. 
 
• GOTAS (500mg/mL) 
• Adultos e adolescentes acima de 15 anos: 20 a 40 gotas em administração única ou até o 
máximo de 40 gotas 4 vezes ao dia. 
• Crianças: 
 
 
 * Crianças menores de 3 meses 
 de idade ou pesando menos de 
 5 kg não devem ser tratadas 
 com dipirona sódica. 
 
 ** Doses maiores, somente a critério 
 médico. 
 
Dipirona 
• Interações 
• Pode aumentar a ação de: álcool. 
• Pode diminuir a ação de: ciclosporina (diminui seus níveis plasmáticos). 
• Pode sofrer ou provocar aumento das reações adversas com: clorpromazina. 
 
• Efeitos adversos 
• A administração da dipirona pode causar reações desagradáveis, tais como: 
coceira, ardor e inchaço. 
• Informe seu médico caso haja aparecimento de quaisquer sinais ou sintomas. 
 
Paracetamol 
• Indicação 
• Paracetamol é utilizado como analgésico e antipirético, ou seja, no combate à dor e 
à febre. 
 
• Contraindicação 
• Pacientes alérgicos ao ácido acetilsalicílico (aspirina) devem ter cuidado ao usar o 
paracetamol. 
• Embora seja permitido o uso de Paracetamol durante a gravidez, sua administração 
deve ser restrita aos casos necessários e por curto período. 
• Usuários crônicos de bebidas alcoólicas podem apresentar um risco aumentado de 
doenças do fígado 
 
• Forma farmacêutica 
• O Paracetamol pode ser administrada na forma de comprimidos, gotas e 
suspensão oral e cápsulas gelatinosas e duras. 
 
 
 
 
 
 
 
Paracetamol 
• Mecanismo de ação 
• Analgésico: o mecanismo de ação analgésica não está totalmente determinado. O 
Paracetamol pode atuar predominantemente inibindo a síntese de prostaglandinas 
ao nível do SNC e em menor grau bloqueando a geração do impulso doloroso ao 
nível periférico. A ação periférica pode ser decorrente também da inibição da 
síntese de outras substâncias que sensibilizam os nociceptores. 
 
• Antipirético: Atua ao nível central sobre o centro hipotalâmico regulador da 
temperatura para produzir uma vasodilatação periférica que dá lugar a um aumento 
do fluxo de sangue na pele, de sudorese e da perda de calor. A ação ao nível 
central provavelmente está relacionada com a inibição da síntese de 
prostaglandinas no hipotálamo. 
 
• OBSERVAÇÃO: Tem sido preferencialmente usado na prática clínica devido à 
menor indução de irritação digestiva 
Paracetamol 
• Propriedades farmacológicas 
• A absorção no trato gastrointestinal é rápida e praticamente total (VO). 
• Início da ação: cerca de 30 minutos após a ingestão oral. 
•Atravessa a barreira hematoencefálica e placentária. Encontrado no leite materno. 
• Metabolizado principalmente no fígado (90-95%), por conjugação com ácido 
glicurônico, ácido sulfúrico e cisteína. 
• Cerca de 90% de uma dose terapêutica são excretados na urina em 24 horas. 
• Ligação a proteínas: não é significativa. 
 
• Posologia 
• COMPRIMIDO (500mg) 
• Adultos ou mais de 12 anos: dose com intervalos de 4-6 horas entre cada administração. 
 
• GOTAS (500mg/mL) 
• Adultos ou mais de 12 anos: 35 a 55 gotas, 3 a 5 vezes ao dia. 
• Crianças: 1 gota por kg de peso, 4 a 5 vezes por dia, com intervalos de 4 a 6 horas. 
 
* Para crianças abaixo de 11 kg ou 2 anos, consulte o seu médico antes do uso. 
 
 
Paracetamol 
• Interações 
• Alimentos: a administração conjuntamente com alimentos retarda sua absorção. 
• Barbitúricos, carbamazepina, hidantoína, rifampicina e sulfimpirazona: a 
hepatotoxicidade potencial do Paracetamol pode ser aumentada. 
• Álcool: a hepatotoxicidade potencial do Paracetamol pode ser aumentada. 
• Anticoagulantes derivados da cumarina: a administração simultânea crônica de 
doses elevadas de Paracetamol pode aumentar o efeito do anticoagulante. 
 
• Efeitos adversos 
• Hepatotoxicidade. 
• Pode ocorrer reação de hipersensibilidade, sendo descritos casos de erupções 
cutâneas, urticária, eritema pigmentar fixo, broncoespasmo, angioedema e choque 
anafilático. 
• Outras reações de incidência rara: discrasias sanguíneas, hepatite, hipoglicemia, 
icterícia e hematúria com micção dificultosa ou dolorosa, e diminuição brusca da 
quantidade de urina. 
Ácido Acetilsalicílico 
• Indicação 
• Alívio da cefaleia, dor de garganta, mialgia, dor artrítica de pequena intensidade. No 
resfriado comum ou na gripe, para o alívio sintomático da dor e da febre. 
 
• Contraindicação 
• Pacientes com hipersensibilidade ao AAS e a outros anti-inflamatórios não 
esteroides. 
• Não deve ser empregado em pacientes portadores de alguma lesão da mucosa 
gástrica. 
• Seu emprego deve ser evitado nos pacientes com insuficiência hepática grave, em 
hemofílicos e naqueles que estejam fazendo uso de anticoagulantes. 
• Não deve ser usado em altas doses nos últimos três meses de gestação, pois pode 
causar complicações durante o parto. O mesmo cuidado para ao amamentando. 
 
• Forma farmacêutica 
• O AAS pode ser administrada na forma de comprimidos, comprimidos 
efervescentes e cápsulas 
 
 
 
 
Ácido Acetilsalicílico 
• Mecanismo de ação 
• O ácido acetilsalicílico pertence ao grupo de fármacos anti-inflamatórios não 
esteroides, com propriedades analgésica, antipirética e anti-inflamatória. Seu 
mecanismo de ação baseia-se na inibição irreversível da enzima ciclooxigenase 
tipo 2, envolvida na síntese das prostaglandinas. 
• O ácido acetilsalicílico também inibe a agregação plaquetária, bloqueando a síntese 
do tromboxano A2 nas plaquetas. 
 
• Propriedades farmacológicas 
• A absorção é geralmente rápida e completa após administração oral. 
• O ácido acetilsalicílico sofre metabolização por esterases da mucosa digestiva que 
o hidrolizam a ácido salicílico e por estearases hepáticas que dão origem a vários 
metabólitos inativos. 
• A eliminação é essencialmente renal (90%), principalmente como ácido salicílico 
livre. 
Ácido Acetilsalicílico 
• Posologia 
• INFALTIL 
• Crianças até 1 ano de idade, a critério médico; 
• De 1 ano a 2 anos, 1/2 a 1 comprimido; 
• De 3 a 5 anos, 1 a 2 comprimidos, 
• De 6 a 9 anos, 2 a 3 comprimidos; 
• De 10 a 12 anos, 4 a 5 comprimidos. 
 
• Estas doses podem ser repetidas até 3 vezes ao dia, podendo variar segundo orientação 
médica. 
• Aas deve ser ingerido de preferência após as refeições ou com um pouco de leite. O 
comprimido INFANTIL (100 mg de ácido acetilsalicílico) deve ser colocado na boca e 
deixado dissolver. 
 
• ADULTOS 
• 1 ou 2 comprimidos, podendo repetir a dose a cada 4 ou 6 horas até um máximo de 8 
comprimidos ao dia. 
Ácido Acetilsalicílico 
• Interações 
• Alguns efeitos do ácido acetilsalicílico no trato gastrintestinal podem ser 
potencializados pelo álcool. 
• Os anticoagulantes podem acentuar o efeito hemorrágico do ácido acetilsalicílico 
sobre a mucosa gástrica. 
• Dados experimentais sugerem que o ibuprofeno pode inibir o efeito de baixas doses 
de ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária quando são administrados 
concomitantemente. 
 
• Efeitos adversos 
• Pode provocar irritação da mucosa gástrica e sangramento digestivo. 
• Podem ocorrer casos de hipersensibilidade manifestada por broncoespasmo, asma, 
rinite, urticária e outras manifestações cutâneas. 
• O uso prolongado do ácido acetilsalicílico em altas doses tem sido associado com 
diminuição da função renal. 
Ibuprofeno 
• Indicação 
• Alívio da febre, dor de cabeça, dor nas costas, dor muscular, enxaqueca, cólica 
menstrual, de gripes e resfriados e dor de artrite. 
 
• Contraindicação 
• Pacientes com histórico de hemorragia ou perfuração gastrintestinais relacionadas 
à terapia prévia com anti-inflamatórios não esteroidais. 
 
• Pacientes com colite ulcerativa ativa ou com histórico da mesma. 
 
• Doença de Crohn, úlcera péptica ou hemorragia gastrintestinal recorrentes. 
 
• Forma farmacêutica 
• O Ibuprofeno pode ser administrada na forma de suspensão oral (gotas), 
comprimidos e cápsulas. 
 
 
 
 
Ibuprofeno 
• Mecanismo de ação 
• O Ibuprofeno promove inibição reversível da COX, ocasionando a inibição da 
síntese de prostaglandinas em níveis central e periférico. 
 
• Propriedades farmacológicas 
 
• A absorção oral é rápida. 
 
• O início da ação ocorre cerca de 15 a 30 minutos após sua administração oral e 
permanece por 4 a 6 horas. 
 
• A dose possui quase sua totalidade ligada às proteínas plasmáticas (99%). 
 
• É metabolizada pelo fígado por via oxidativa. 
 
• Possui eliminação renal, com pequena porcentagem nas fezes. 
Ibuprofeno 
• Posologia 
 
• INFALTIL 
• O uso de ibuprofeno em crianças com menos de 2 anos 
deve ser feito sob orientação médica. 
• Crianças a partir de 6 meses pode variar de 1 a 2 
gotas/Kg peso, em intervalos de 6 a 8 horas, ou seja, 
de 3 a 4 vezes ao dia, não excedendo o máximo de 
40 gotas por dose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADULTOS 
 600 mg, com intervalo de 8 a 12 horas. 
 Máximo: 2,4g/dia. 
 
Ibuprofeno 
• Interações 
• O uso do ibuprofeno com medicamentos à base de cortisona aumenta o risco de 
úlceras gástricas. 
 
• O uso concomitante com medicamentos à base de furosemida e tiazídicos diminui o 
efeito diurético dessas drogas. 
 
• O ibuprofeno pode aumentar o efeito dos anticoagulantes orais (da heparina), a 
concentração sangüínea de lítio e a atividade antiagregante plaquetária, 
desaconselhando-se, portanto, a administração simultânea de ibuprofeno e tais 
substâncias. 
 
• Efeitos adversos 
• Pode provocar dores abdominais, azias, inchaço, urina turva, diarreia, indigestão e 
falta de ar. 
• Em alguns casos leva à calafrios, visão embasada, sangramento da gengiva e 
presença de sangue na urina e fezes. 
Resumo 
MEDICAMENTO INDICAÇÃO POSOLOGIA / INTERVALO FORMA FARMACÊUTICA EFEITOS ADVEROS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS CONTRA-INDICAÇÕES 
DIPIRONA Analgésico / Antipirético 
500mg - 1000mg 
(4 - 6h) 
Injetável 
 
Gotas 
 
Comprimido 
 
Supositório 
> Reações anafiláticas: 
prurido, ardor, rubor, 
urticária, inchaço, dispneia 
e sintomas gastrintestinais. 
 
> Raros 
 
Síndrome de Stevens-
Johnson 
Síndrome de Lyell. 
Reações hipotensivastransitórias isoladas 
Leucopenia 
Agranulocitose: lesões 
inflamatórias na mucosa, 
inflamação na garganta, 
febre 
Trombocitopenia. 
Insuficiência renal aguda: 
oligúria, anúria ou 
proteinúria 
Nefrite intersticial aguda. 
Ciclosporina 
Furosemida 
Hidroclorotiazida 
Propanolol 
Carvedilol 
Varfarina 
Losartana 
Crianças menores de 3 anos ou 
com menos de 5kg 
Gestantes 
Lactantes 
PARACETAMOL Analgésico / Antipirético 
500mg - 1000mg 
(4 - 6h) 
 
Solução oral (frasco 
em âmbar); 
 
Gotas (frasco plástico opaco - 
gotejador); 
 
Cápsulas gelatinosas duras 
 
Comprimidos mastigáveis, 
revestidos 
> Raros 
 
Urina ou fezes com sangue 
Diminuição do volume de 
urina 
Garganta inflamada 
Feridas, úlceras ou pontos 
brancos nos lábios ou boca 
Pontos vermelhos na pele 
Erupções na pele 
Pele ou olhos amarelados 
Fraqueza ou cansaço 
incomuns 
Fenitoína 
Fenobarbital 
Izoniazida 
Varfarina 
Carbamazepina 
Atorvastatin 
Codeína 
Diazepam 
Diclofenaco 
Furosemida 
Metformina 
Omeprazol 
Sinvastatina 
Tramadol 
Álcool 
Deficiência hepática 
Fenilcetonúria 
Resumo 
AAS 
Analgésico / Antipirético / 
Antiinflamatório 
500mg - 1000mg 
(6h) 
 
Comprimido 
 
Comprimido efervescente 
 
Cápsula 
Sintomas fracos no trato 
gastrointestinal superior 
(dispepsia) 
Varfarina 
Hidrocortizona 
Dexametazona 
Metilpredsolona 
Betametasona 
Prednisona 
Diltiazem 
Verapamil 
Clopidogrel 
Cilostozol 
Captopril 
Enalapril 
Atorvastatina 
Furosemida 
Omeprazol 
Sinvastatina 
Metformina 
 
Asma 
Disfunção renal 
Insuficiência hepática 
Síndrome de Reye 
Anemia 
Úlcera 
ICC 
Suspeita de dengue 
Álcool 
Gestantes 
IBUPROFENO 
Analgésico / Antiinflamatório contra 
enxaquecas / Anti-reumático 
200mg - 400mg 
(4 - 6h) 
Suspensão oral (gotas) 
 
Comprimido 
 
Cápsula 
> Mais comuns 
 
Dor abdominal 
Azias 
Inchaço 
Urina turva 
Diminuição do volume de 
urina 
Diarréia 
Excesso de ar no trato 
gastrointestinal 
Indigestão 
Náuseas 
Vômitos 
Falta de ar 
 
> Raros 
 
Agitação 
Dor no abdomen, pernas ou 
costas 
Sangramento nas gengivas 
Sangue na urina e fezes 
Visão embaçada 
Dores no peito 
Calafrios 
Captopril 
Enalapril 
Anlodipino 
Nifedipino 
Nimodipino 
Diltiazem 
Verapamil 
Amicacina 
Gentamicina 
Varfarina 
Propanolol 
Metoprolol 
Metoclopramida 
Hidroclorotiazida 
Heparina 
Furosemida 
Clopidogrel 
Cilostosol 
Atorvastatina 
Esomeprazol 
Asma 
Retenção de líquidos 
Trombose 
Anemia 
Fenilcetonúria 
Mas qual escolher? 
• Critérios de escolha: 
1. Segurança, mensurada por menor frequência e gravidade de reações adversas e menor número de 
contraindicações. 
 
2. Conveniência do esquema terapêutico, o que se relaciona com diferenças farmacocinéticas. 
 
3. Menor frequência e gravidade de interações medicamentosas indesejáveis. 
 
4. Acesso mais fácil, baixo custo ou distribuição gratuita. 
 
5. Preferência do paciente por um dado agente, em função do sucesso terapêutico e efeitos adversos 
em situações anteriores. 
 
 
• ATENÇÃO: 
• Efeito Teto = após determinada dose a eficácia não aumenta, mas os efeitos indesejáveis sim. 
 
• A associação de dois analgésicos não-opióides não está indicada, pois há evidências de que 
competem entre si pela ligação a proteínas plasmáticas. 
 
Caso clínico 
• A paciente FSP, 32 anos, asmática. Está apresentando 
febre e dor no corpo. Sabe-se que seu marido teve 
dengue há dois meses e que é moradora de uma área 
onde houve inúmeros casos de dengue. Desde seus 16 
anos possui casos recorrentes de úlceras. Tem um filho 
de três meses e o amamenta. Qual o melhor fármaco 
para ser administrado? 
 
Organograma 
A paciente está grávida 
ou amamentando? 
Sim 
Não 
A paciente possui asma 
ou doenças respiratórias? Sim 
Não 
Contraindicar Dipirona e 
AAS 
Contraindicar Ibuprofeno 
A paciente possuía quadros de 
úlceras ou problemas 
estomacais? 
Sim 
Não 
Contraindicar Ibuprofeno 
e AAS 
Organograma 
A paciente passou por 
cirurgias grandes? 
Sim 
Não 
Contraindicar Ibuprofeno 
e AAS 
Indicar Paracetamol* = tomar um comprimido de seis em 
seis horas. 
Não 
* O paracetamol se apresenta como o medicamento de melhor escolha, porém, devido à 
lactação, o mais correto seria encaminhar ao médico para melhor análise. 
Referências Bibliográficas 
• http://www.drugs.com/ 
http://www.medicinanet.com.br/bula/detalhes/1977/reacoes_adversas_dipirona.htm 
http://blogsaladecirurgia.blogspot.com.br/2013/03/escala-numerica-de-dor_31.html 
• http://www.dor.org.br/profissionais/5_sinal_vital.asp 
• http://www.dor.biochemistry-imm.org/cat.php?catid=20 
• http://medsv1.einstein.br/diretrizes/tratamento_dor/Diretriz%20do%20tto%20da%20dor.pdf 
• http://www.minhavida.com.br/saude/temas/dor-nas-costas 
• http://www.doresnascostas.com.br/index.asp 
• http://www.criasaude.com.br/N2356/doencas/tratamento-dor-nas-costas.html 
• http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/2080/cervicalgia_e_lombalgia.htm 
• http://drauziovarella.com.br/mulher-2/colica-menstrual-dismenorreia/ 
• http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?135 
• http://saude.abril.com.br/edicoes/0302/medicina/conteudo_301705.shtml 
• http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/03/veja-dez-dicas-para-
amenizar-as-dores-da-colica-menstrual-4079460.html 
• http://www.jaguaracu.net/2011/08/sade-analgsicos-vantagens-e-desvantagens-de-cada-um/ 
• http://centrodeartigos.com/saude/artigo-3172.html 
• http://pt-br.infomedica.wikia.com/wiki/Fisiopatologia_da_Febre 
• http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/752.pdf 
Referências Bibliográficas 
• Farmacologia Clínica, Flávio D.Fuchs e Lenita Wannamacher, 4ªed., Guanabara Kooger, 2012. p. 
342 - 373. 
 
• BENSENOR, Isabela M; ATTA, José Antônio; MARTINS, Milton de Arruda. Semiologia Clínica. 1 ed. 
São Paulo: Sarvier, 2002. 
 
• GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de Fisiologia Médica. 11 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2006.

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