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CURSO DE NUTRIÇÃO- UNIDADE AGRÁRIAS.
DOENÇAS VISCERAIS
CAMPO GRANDE 
2015.
 JOSIANE GOES
DOENÇAS VISCERAIS
Bacterianas, Fúngicas e por Helmintos.
Trabalho apresentado ao curso de nutrição da Universidade Anhanguera Uniderp, unidade agrárias, como requisito parcial, para a obtenção de crédito na disciplina de Patologia Aplicada à Nutrição, ministrada pela professora Saskia De Senna Barbosa.
 CAMPO GRANDE 
 2015
 
INTRODUÇÃO
 Segundo Murray (2006): “As vísceras são os órgãos que estão contidos nas cavidades do corpo humano, as vísceras, também chamadas entranhas, fazem parte do aparelho respiratório ou do aparelho digestivo, como os pulmões, o fígado, o coração ou o pâncreas”.
 Murray afirma que em 1840, o patologista alemão Friedrich Henle, propôs os critérios para provar que os microrganismos eram responsáveis por causar doenças em seres humanos (a teoria do germe). Já em 1870, Robert Koch e Louis Pausteur, confirmaram esta teoria, com uma serie de experimentos provaram que os microrganismos eram causadores da doença infecciosa.
Robins (1996) esclarece que: “As doenças infecciosas que chamam a atenção dos médicos e do publico mudam periodicamente”. Assim, para compreensão das doenças viscerais é importante entender aspectos básicos, como a subdivisão dos microrganismos, que são divididos em quatro grupos: Vírus, Bactérias, Fungos e Parasitas.
 	Uma doença infecciosa é uma doença causada por microorganismos e os microorganismos que causam doenças infecciosas são coletivamente denominados patógenos (ROBINS, 1996). 
 	De acordo com Engelkirk (2014): “Quando um patógeno se aloja na superfície ou no interior do corpo de uma pessoa, ali estabelecendo residência, a pessoa esta infectada por aquele patógeno. Este patógeno pode ou não causar doença na pessoa. Em outras palavras, um indivíduo, pode ser infectado por determinado patógeno, mas não desenvolver a doença infecciosa por ele causada”.
Muitos patógenos precisam se fixar a específicos receptores locais antes que sejam capazes de se multiplicar e causar dano. Fatores antimicrobianos que destroem ou inibem o crescimento de bactérias (p.ex., a lisozima presente nas lagrimas, saliva e suor) podem estar presentes no local onde o patógeno se aloja (ENGELKIRK, 2014).
A flora endógena local (p.ex., da boca, da vagina ou do intestino) pode inibir o crescimento do microorganismos estranho ao ocupar o espaço e utilizar os nutrientes disponíveis (ENGELKIRK, 2014).
Engelkink (2014) conclui que uma vez que o processo infeccioso tenha se instalado, a doença pode permanecer localizada em um determinado local ou se espalhar. Se os patógenos não forem contidos no local original da infecção, eles podem ser levados a outras partes do corpo por meio da linfa, sangue ou, em alguns casos, pelos fagócitos. .Quando uma infecção se espalha por todo o corpo, ela é chamada infecção sistêmica ou infecção generalizada (ENGELKINK, 2014).
BACTERIANAS
As bactérias constituem um grupo variado de microorganismos que, são capazes de crescer em meio acelular, apesar de algumas produzirem doença na forma de parasitos intracelulares. Existem numerosas maneiras de classificar as bactérias, incluindo sua morfologia, capacidade de reter certos corantes, crescimento em diferentes condições físicas, capacidade de metabolizar diversos substratos e sensibilidade a antibióticos, seu grau de parentesco para fins taxonômicos é estabelecido por homologia do DNA (ANDREOLI, 2002).
	Robins (1996) afirma que muitos patógenos bacterianos invadem o tecido do hospedeiro e são capazes de realizar divisão extracelular ou divisão extra e intracelular. As bactérias constituem a classe mais frequente e diversa de patógenos humanos (ROBINS, 1996).
	A taxonomia bacteriana surge do fato de que, em geral, existe uma considerável variedade dentro de determinada espécie, o conhecimento da taxonomia das bactérias pode nos ajudar a tomar decisões importantes quanto ao diagnóstico e ao tratamento. (SCHAECHTER, 2002).
2.1	 Leishmaníase Visceral
Segundo Rey (2008): “A leishmaníase visceral (também denominada calazar) é doença endêmica em varias regiões do mundo, capaz de produzir surtos epidêmicos graves. Caracteriza-se clinicamente por manifestar-se com febre irregular, esplenomegalia (aumento do baço), anemia e, em sua fase terminal, quando não tratada, caquexia e elevada taxa de mortalidade”.
É uma doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi, ocorre apenas pela picada do mosquito fêmea infectado. Na maioria dos casos a incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 a 24 meses (REY, 2008).
	 Rey (2008), complementa que apesar de que Canídeos (raposas, cães), roedores, edentados (tamanduás, preguiças) e equídeos possam ser reservatório do protozoário e fonte de infecção para os vetores, nos centros urbanos a transmissão se torna potencialmente perigosa por causa do grande número de cachorros, que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem. Quando a temperatura e a humidade ambientais aproximam-se das encontradas nos microclimas dos abrigos naturais, os flebotomíneos abandonam os locais. E, como as fêmeas têm hábitos zoófilos e antropófilos, vão picar indiferentemente os animais e o homem.
	A presença de leishmaníase no interior de células do sistema fagocítico mononuclear de alguns órgãos produz alterações da medula óssea, os macrófagos parasitados substituem o tecido hemopoético, o baço e o fígado aumentam de volume, comprometesse os linfonodos, que ficam ingurgitados e cheios de parasito, hiperplasia histiocitária, necrose e pequenas úlceras da mucosa, imunodepressão, onde fica reduzida a capacidade de resposta a outros antígenos e de resistência a outras infecções (REY, 2008).
	Spicer (2002) esclarece que embora os sintomas de febre alta, perda de apetite, palidez, infecções intestinais, emagrecimento e aumento do volume abdominal liderem as queixas dos pacientes, na verdade as causas respiratórias (falta de ar e tosse) são as que mais motivam os familiares a procurar os serviços de saúde. Cefaleia é um sintoma secundário bem como hiperpigmentação da pele e escoriações da pele ligadas na maioria das vezes a quadro de escabiose.
2.2 	Tuberculose 
	A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, transmitida pelo Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, a probabilidade de uma infecção tuberculosa evoluir para doença é diretamente proporcional ao número de bacilos infectantes, é provavelmente a doença infectocontagiosa que mais ocasiona mortes no Brasil (SCHAECHTER, 2002).
 	Schaechter (2002) aponta que o bacilo é transmitido nas gotículas eliminadas pela respiração, por espirros e pela tosse. A primo-infecção ocorre quando a pessoa entra em contato com o bacilo pela primeira vez , para que ocorra, é necessário que ele chegue aos alvéolos. Se não alcançar os pulmões, nada acontece. Assim, pode invadir a corrente linfática e alcançar os gânglios (linfonodos), órgãos de defesa do organismo.
 	Schaechter (2002), ainda defende que a proximidade com pessoas infectadas, assim como os ambientes fechados e pouco ventilados favorecem o contágio. Na verdade, as pessoas se comportam como reservatórios do bacilo, ou seja, convivem com ele porque não conseguem eliminá-lo ou destruí-lo e, uma vez reativado o foco, passarão a ser infectantes.
	A doença evolui quando a pessoa não consegue bloquear o bacilo que se divide, rompe a célula em que está fagocitado e provoca uma reação inflamatória muito intensa em vários tecidos a sua volta. O pulmão reage a essa inflamação produzindo muco e surge tosse produtiva. Como o bacilo destróia estrutura alveolar, formam-se cavernas no tecido pulmonar e vasos sanguíneos podem romper-se. Por isso, na tuberculose pulmonar, é frequente a presença de tosse com eliminação de catarro, muco e sangue. Além dos pulmões, a doença pode acometer órgãos como rins, ossos, meninges, etc. (ROBINS, 1996).
Spicer (2002) esclarece que a tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço, dor no peito, prostração, falta de apetite e emagrecimento são os principais sintomas da tuberculose. Nos casos mais avançados, graves, pode aparecer escarro com grande quantidade de sangue, dificuldade na respiração, colapso do pulmão e dor torácica.
FÚNGICAS
Pode-se dizer que há tipos diferentes de fungos e também que eles são uma forma de vida bastante simples. Entre suas diferenças, há aqueles que são extremamente prejudicais para a saúde do homem, provocando inúmeras doenças. Há ainda os que parasitam vegetais e animais mortos, os que servem para alimento e até aqueles dos quais se podem extrair medicamentos importantes para o homem, como a penicilina (SCHAECHTER, 2002).
Schaechter (2002) complementa que poucos fungos são suficientemente virulentos para serem considerados patógenos primários. Estes são capazes de iniciar uma infecção em um hospedeiro normal, aparentemente imunocompetente, encontram um nicho micro ambientais com substratos nutricionais suficientes, a fim de evitar ou subverter os mecanismos de defesa do hospedeiro, e se multiplicar dentro do nicho micro ambiental.
 Para schaechter (2002), geralmente os indivíduos saudáveis e imunocompetentes apresentam alta resistência inata à infecção fúngicas, apesar de serem constantemente expostas às formas infecciosas de diversos fungos presente como parte da microbiota endógena (endógenos) ou no ambiente (exógenos). Os patógenos fúngicos oportunistas, como Cândida, Cryptococcus spp. e Aspergillus spp, somente causam infecção quando ocorrem quebras nas barreias protetoras da pele e membranas mucosas ou quando há falhas no sistema imune do hospedeiro.
 Entretanto, Andreoli (2002) complementa que mesmo nas infecções oportunistas, há fatores associados ao organismo, e não ao hospedeiro, que contribuem para a capacidade do fungo causar doença.
	Candidíase
A candidíase é uma infecção fúngica causada pelo crescimento excessivo de um tipo de fungo, redondo que se multiplica por brotamento (formação de blastoconídeos), formando pseudo-hifas (tubos germinativos), ou hifas septadas, denominado Candida, geralmente Candida albicans. São classificadas em espécie de acordo com a assimilação e a fermentação dos carboidratos. Esse fungo é normalmente encontrado em pequenas quantidades no corpo humano, não causando qualquer sintoma. No entanto, certos medicamentos e problemas de saúde podem gerar mais “fermento” para esse fungo crescer, especialmente em áreas quentes e úmidas do corpo. Isto pode causar sintomas desconfortáveis e às vezes perigosos (SPICER, 2002).
Candida ssp, possuem uma estrutura celular fúngica típicas, sua virulência é mínima para hospedeiros normais, e a patogênese depende de um ou mais defeitos na defesa do hospedeiro. Causando rompimento das defesas muco cutâneas mudanças na flora normal em consequência de doença ou medicamentos, trauma ou doença. Funções monocitárias, macrofágicas e linfocitárias prejudicadas (SPICER, 2002).
A maioria dos pacientes com Candidas ssp, toleram melhor os alimentos líquidos que os sólidos. A dor piora com a ingestão de alimentos ácidos ou com a eructação. Queimação retroesternal ou dor pode ocorrer intermitentemente, sem estarem relacionadas à deglutição. O sangramento gastrointestinal é raro como manifestação inicial da esofagite, mas pode ocorrer. Alguns pacientes apresentam apenas náuseas e vômitos, sem outras queixas mais específicas (SPICER, 2002).
A febre não é um sintoma comumente associado à esofagite por Candida, porém alguns pacientes com AIDS relatam febre alta, emagrecimento importante e desidratação. Existe associação também com lesões orais (placas esbranquiçadas aderidas à mucosa oral). A presença de candidíase orofaringeana num paciente com disfagia ou odinofagia e Aids tem um valor preditivo positivo acima de 70% para o diagnóstico de candidíase esofagiana(4). A presença de exsudato esbranquiçado aderido à mucosa oral em pacientes graves com febre sem definição diagnóstica, sob intubação orotraqueal prolongada e recebendo antibioticoterapia de amplo espectro, deve levar à suspeita diagnóstica de candidíase esofagiana (ENGELKIRK 2014).
Histoplasmose
A histoplamose é uma micose sistêmica com gravidade variável, podendo se assintomática a aguda, e crônica. Sua lesão primária afeta geralmente os pulmões. A histoplasmose sistêmica mais comum em pacientes com AIDS (ENGELKIRK, 2014).
A histoplamose é causada por Histoplama capsulatum, var. capsulatum, um fungo dimórfico que cresce como bolor no solo e como levedura em hospedeiros animais e nos seres humanos (ENGELKIRK, 2014).
Os filamentos são finos, ramificados, com os esporos sendo macroconídios tuberculados ou microgonídios redondos. Os esporos inalados germinam gerando leveduras, que são fagocitadas por macrófagos e levadas para os linfonodos mediastinais, o baço e o fígado. Granulomas formam-se e cicatrizam, calcificando diagnóstica (SPICER, 2000).
Os sintomas da fase aguda envolve mal-estar, febre, calafrios, cefaleia, mialgia, dores no peito e tosse não produtiva (ENGELKIRK, 2014).
HELMINTOS
As doenças causadas por helmintos estão entre as mais prevalentes no mundo em desenvolvimento, porem são causas incomuns de doenças na américa do norte. Ao contrario dos patógenos discutidos anteriormente, os helmintos parasitos multicelulares. As helmintíases encontradas nos E.U.A incluem a ascaridíase (má digestão, obstrução ), ancilostomiase (perda de sangue intestinal), enterobíase (oxiúros, prurido anal) e astrongiloedíase (gastroenterite, disseminação no hospedeiro imunocomprometido).É importante reconhecer o risco de outras helmintíases em viajantes que retornam de regiões endêmicas (SPICER, 2000).
O termo “helminto” é utilizado para os grupos de vermes que vivem como parasitas, existem três grupos importantes; os cestoides (cestoda), os trematódeos (tremetoda ou digenea) e os nematelmintos (nematoda). Os dois primeiros grupos pertencem ao mesmo filo, plateulmintos ou vermes achatados, e o terceiro está incluído em um filo separado (SPICER, 2000).
Os helmintos são organismos com uma organização complexa, os vermes adultos chegam a medir centímetros e até alguns metros (SPICER, 2000).
Infecções por helmintos acometem muito em climas quentes, mas os vermes intestinais tem muita frequência também em climas temperados. Existem quatro formas conhecidas de transmissão; ingestão de ovos ou das larvas de infecta através do locas oral, ingestão da larva em tecido de um, outro hospedeiro, penetração da larva pela pele, picada de um inseto hematófago. (ENGELKIRK, 2014).
Muitos helmintos acometem o intestino, enquanto outros sobrevivem em tecidos mais profundos. Quase todos os órgãos do corpo podem sofrer por parasitas (ENGELKIRK, 2014).
 Os tematódeos eos nematelmintos se alimentam através dos tecidos hospedeiros ou os conteúdos intestinais, os cestoides não possuem sistema digestivo e absorvem nutrientes pré-digeridos (MIMS, 1999).
Teníase (Taenia Sanginata)
 São vermes em forma de fita, medindo dependendo da espécie a T.Solium 1,5 a 4 metros de comprimento a T.Saginata 4 a 12 metros. A cor do verme é conforme substâncias absorvidas no intestino (REY, 2008).
As T.Sanginata aumentam 9 a 12 proglotes por dia, que vão amadurecendo desde a região do colo até as extremidades posteriores, onde ficam os anéis gravídicos, cheios de ovos. Seu desenvolvimento completo é atingido após uns três meses. As proglotes começam a se desprenderem do estróbilo, e aparecem nas fezes. De 8 a 9 proglotes desprendemdiariamente da cadeia T. sanginata, que permite assim seu crescimento total (REY, 2008).
Cada proglote grávida desta tênia tem em torno de 80.000 ovos. Um paciente com o parasita contamina o meio, com cerca de 700.000 ovos de tênia por dia (REY, 2008).
A transmissão da Taenia saginata do gado para o homem, é condicionado pelo consumo de carne bovina crua ou mal cozida. E a transmissão do homem para o boi se através de hábitos de defecar no chão, principalmente no campo. A resistência dos ovos é bem grande no meio externo, perdurando a infectividade das oncosferas de T. sanginata durante três, quatro ou mais meses (MIMS, 1999).
A presença da T. saginata no organismo causa alterações motrizes, alterações anatomopatológicas da mucosa e em alguns casos redução da secreção gástrica. Após uns dois ou três meses de incubação, começam a aparecer os sintomas com perturbações gastrintestinais, perda de peso, dores abdominais, náuseas, astenia, cefaleia, vertigens, constipação intestinal, diarreia e prurido anal (MIMS, 1999).
Taxocaríase (Larvas Migram Viscerais)
Esse nematoide vive especificamente em animais domésticos, mais precisamente no intestino delgado do cão e de gatos.  Ocorre em humanos infectados por ovos com larva de helmintos do gênero Toxocara canis (MIMS, 1999).
A fêmea põem 2 milhões de ovos por dia no período de maior fertilidade, apenas os ovos embrionados, com larvas de terceira geração, são infectantes. Quando cães jovens sem imunidade ingerem essas larvas, elas eclodem no intestino, invadindo a mucosa e a circulação porta. Fazendo assim o ciclo fígado-coração-pulmão, regressando para o tubo digestivo pelos brônquios, traqueia e esôfago. O tempo mínimo para o ciclo se completar é de um depois do que aparecem os ovos nas fezes do cão. Os hospedeiros definitivos podem infecta-se também comendo pequenos roedores, em cujos tecidos encontram–se as larvas L 3 (MIMS, 1999).
 Os humanos principalmente crianças, infectam-se ao ingerirem acidentalmente esses ovos presentes no solo e em mãos contaminadas, os ovos eclodem e libertam as larvas L 3, nas porções altas do intestino delgado. Depois de entrar na mucosa, elas podem entrar na circulação venosa, sendo levadas assim para o fígado, ou ir parar nos vasos linfáticos sendo transportadas, assim direto para o coração e pulmões. Os órgãos mais afetados são o fígado, pulmões, cérebro, olhos e os linfonodos. Nos Capilares do fígado as larvas são retidas pela reação inflamatória sendo impedida de prosseguir sua migração (REY, 2008).
Os sintomas variam de acordo com a intensidade do parasitismo e da localização. Ele varia desde uma leve eosonofilia na infecção, até mais sintomas mais graves de febres, falta de ar, fígado aumentado, hipereosinofilia, hepatomegalia, nefrose, manifestações pulmonares e cardíacas e lesões cerebrais, podendo levar a pessoa a óbito (REY, 2008).
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ao termino deste, compreende-se que dentre as doenças que afetam os seres humanos, a maioria das que são curáveis e preveníeis é causada por agentes infecciosos e que mudam periodicamente. 
O estado nutricional e a saúde do individuo influenciam, de modo geral, as consequências do encontro patógeno-hospedeiro. A pessoa em bom estado de saúde, sem qualquer problema médico anterior, estaria menos suscetível a se tornar infectada do que a pessoa mal nutrida ou com saúde debilitada. A compreensão das doenças infecciosas proporciona uma visão da medicina como um todo.
BIBLIOGRAFIA 
ANDREOLI, T.; CARPENTE, C.; GRIGES, R.; LOSCALZO, J. Cecil Medicina Interna Básica. 5ª ed. Rio de Janeiro-RJ. Editora: Guanabara Koogan, 2002.
ENGELKIRK, P. G.; ENGELKIRK, J. D. Microbiologia: Para as ciências da saúde. Rio de Janeiro-RJ. Editora: Guanabara Koogan, 2002. 
MIMS, C.; PLAYFAIR; J.; ROITT, I.; WALKELIND.; WILLIAMS, R. Microbiologia médica. 2ª ed. São Paulo-SP. Editora: Manole, 1999.
MURRAY, P. R.; ROSENTHAL, K. S.; PFALLER, M. A. Microbiologia Médica 5ª ed. Rio de Janeiro-RJ. Editora: Elsevier, 2006.
REY, L. Parasitologia: Bases da parasitologia médica. 2ª ed. Rio de Janeiro-RJ. Editora: Guanabara Koogan, 2008.
ROBINS, S.; COTRAN, R.; KUMAR, U.; Patologia: Estrutural e funcional. 5ª ed. Rio de Janeiro-RJ. Editora: Guanabara Koogan, 2002. 
SCHAECHTER, M.; ENGLEBERG, N.; EISENSTEIN, B.; MEDOFF, G. Microbiologia: Mecanismos das Doenças Infecciosas. 3ª ed. Rio de Janeiro-RJ. Editora: Guanabara Koogan, 2002. 
SPICER, W. J. Bacteriologia, Micologia e Parasitologia clínicas. Rio de Janeiro-RJ. Editora: Guanabara Koogan, 1996.

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