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Fisiologia dos eritrocitos e hemoglobina

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Fisiologia dos eritrócitos
Síntese e degradação da hemoglobina
Hemoglobina (normal e anormal)
Profa Dra Eloisa Elena
Fisiologia dos eritrócitos
Membrana dos eritrócitos
Apresenta estruturas anatômicas especiais, as quais determinam a capacidade de deformação da hemácia
Lípides – porção externa
Proteínas – citoesqueleto subjacente
Membrana é constituída por uma bicamada lipídica semi-permeável, sustentada por um citoesqueleto protéico. 
A composição bioquímica da membrana do eritrócito é de cerca de 52% de proteínas, 40% de lipídeos e 8% de carboidratos, de modo que algumas destas proteínas são ditas integrais e as outras são ditas periféricas. 
Fisiologia dos eritrócitos
Lípides da Membrana
Representada pelos fosfolipídeos e pelo colesterol não-esterificado (proporção 1:1)
Fosfatidilcolina (30%)
Fosfatidiletanolamina (28%)
Fosfatidilserina (14%)
Esfingomielina (25%)
Membrana dos eritrócitos
Proteínas da membrana
Proteínas que atravessam a camada dupla de lipídeos = proteínas transmembranosas
Glicoforinas
Formam um grupo de sialoproteínas composto de 5 tipos (A, B, C, D e E)
Banda 3
Proteínas situadas na base da camada lipídica = proteínas interiores
Formam o citoesqueleto eritrocitário
Espectrina alfa e beta
Proteínas 2.1, 2.2 e 2.3 (anquirinas)
Proteína 4.1, 4.2
Proteína 4.9 (demantina)
Proteína banda 5 ou actina
Proteína banda 7 ou tropomiosina
	(obs: os números se referem à posição relativa em que são encontradas numa eletroforese de gel de poliacrilamida) 
Membrana dos eritrócitos
Figura - Representação esquemática de eletroforese de extrato de membrana eritrocitária; G3PDH = gliceraldeído-3-fosfatodesidrogenase (banda 6); PAS = Periodic Acid Schiff, coloração específica para éster de ácido siálico.
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Glicoforina A (GPA)
É a maior sialoglicoproteína transmembrana dos eritrócitos, correspondendo a 2%-4% das proteínas de membrana. 
É responsável por 80% da carga negativa das hemácias em função da sua constituição bioquímica composta de ácido siálico e carboidratos terminais. 
Superfície negativa celular ajuda a minimizar a interação célula-célula e prevenir a aglutinação eritrocitária. 
No segmento N- terminal externo da GPA, estão representados os antígenos dos grupos sangüíneos M e N
Proteínas transmembranosas
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Glicoforina B (GPB)
É uma glicoproteína transmembranária de 10kDa, é codificada pelo gene localizado no cromossomo 4q28-31. 
Expressa determinantes para os antígenos S e s. Está presente em todas as hemácias e seus precursores.
Proteínas transmembranosas
Glicoforina C (GPC)
A GPC é o menor componente protéico da membrana eritrocitária. 
É codificada pelo gene GYPC localizado no cromossomo 2. 
Define os grupos sangüíneos Gerbich (Ge:1, Ge:2, Ge:3 e Ge:4)
Proteínas transmembranosas
Banda 3
Considerada a principal proteína integral da membrana e seu peso molecular é de 102kDa.
Representa 25%-30% de todas as proteínas da membrana e tem em torno de 106 cópias por hemácia. 
Seu gene está localizado no cromossomo 17q21-q22. 
Expressa na membrana plasmática de todos os eritrócitos.
Mantém ligação com a anquirina e espectrina.
Está relacionada à: 
Retirada de CO2 dos tecidos, regula o metabolismo da glicose, mantém a morfologia eritrocitária e auxilia a remoção das células senescentes.
O domínio transmembranário tem um papel primordial na troca de íons, principalmente o cloro (Cl-) e bicarbonato (HCO3-).
Relacionada aos antígenos eritrocitários I e i
Proteínas transmembranosas
Espectrina 
A espectrina é a mais abundante proteína periférica do citoesqueleto e está presente em um número de 105 cópias por célula.
É uma proteína longa e fibrilar constituída por duas cadeias polipeptídicas α e β com peso molecular de 240 e 220kDa, respectivamente.
A espectrina recebe esse nome por servir de sustentação à membrana e ser a proteína periférica responsável pelo fenômeno dos ghosts eritrocitários. 
A espectrina e polipeptídios associados são responsáveis tanto pelo formato do glóbulo vermelho quanto pela sua deformabilidade, além de constituírem elementos estabilizadores da bicamada lipídica.
Proteínas interiores
Anquirina
Possui três domínios estruturais: 
Domínio funcional, que se liga à subunidade β da espectrina; 
um segundo domínio funcional que interage com a banda 3; 
Um domínio regulador que controla a função dos dois precedentes.
Responsável pela sustentação da hemácia	
Proteínas interiores
Banda 4.1
Proteína do citoesqueleto
Integrante de uma família de proteínas definidas sobre a membrana do eritrócito como "organizadores" do sistema de aderência.
Maior ponto de ligação da banda 4.1 na membrana do eritrócito é com a glicoforina C.
Proteínas interiores
Banda 4.2 (ou palidina)
Liga-se com a banda 3 e com anquirina, desempenhando um papel organizacional na membrana.
Regula a estabilidade e flexibilidade dos eritrócitos.
Proteínas interiores
Banda 5 ou actina
Maior componente protéico do citoesqueleto da maioria das células eucariontes.
Forma o complexo juncional composto por 12 moléculas de actina associadas à banda 4.1, aducina e tropomiosina. 
Este complexo fortalece a ligação da actina com a espectrina nas células eucariontes.
Proteínas interiores
Banda 6
Corresponde à enzima gliceraldeído-fosfato desidrogenase (GPD) 
Se liga à banda 3.
Proteínas interiores
Banda 7
Banda composta principalmente por tropomiosina.
Integra o complexo juncional associado à actina.
Proteínas interiores
Aducina
Liga-se às actina e espectrina
Proteínas interiores
Alterações das proteínas integrais ou membranosas
Causam instabilidade da bicamada lipídica, resultando em modificações da forma dos eritrócitos – esferócitos (esferocitose)
Alteração da estrutura da espectrina
Instabilidade do citoesqueleto
Eritrócitos de forma elíptica (eliptócitos); ovalócitos
Alteração dos lípides ou citoesqueleto
Mudanças na forma do eritrócito
Diminuição da resistência
Aumento da destruição das células
Anemia hemolítica
Alterações nas proteínas de membrana
Síntese e degradação da Hemoglobina
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Peso molecular = 64.500 dáltons
Formada por 2 partes:
Porção que contém ferro = HEME
Porção protéica = GLOBINA
Função:
Promover absorção, o transporte e a liberação de oxigênio aos tecidos
Hemoglobina
Ferro do heme chega ao eritroblasto ligado à proteína de transporte transferrina
Complexo ferro-transferrina se liga à membrana celular por meio de receptores específicos.
Transferrina deixa o ferro e volta ao plasma (apotransferrina) para novamente servir como transportadora.
Ferro intracitoplasmático entra na mitocôndria para que se processe a síntese do heme
Se houver ferro em excesso este se deposita sob a forma de ferritina
Os eritrócitos que contêm tais agregados são chamados de sideroblastos (os eritrócitos maduros são chamados de siderócitos)
Síntese da Hemoglobina
Composto por:
4 anéis pirrólicos ligados entre si por um átomo de Ferro
Constituído de uma parte orgânica - protoporfirina
Síntese do Heme
 A síntese do grupo heme ocorre parte no citoplasma e parte nas mitocôndrias, ao mesmo tempo em que as globinas são produzidas
Início da síntese – eritroblastos utilizam os aminoácidos glicina e ácido succínico
Uma molécula de glicina e uma de succinato se condensam para formar o ácido delta aminolevulínico (delta ALA)
Duas moléculas de ALA se condensam para formar um anel pirrólico
4 anéis pirrólicos se unem para formar um anel tetrapirrólico (protoporfirina)
Ferro é incorporado à protoporfirina para formar o heme
Síntese do Heme
Maior porção da Hemoglobina
Síntese ocorre nos ribossomos citoplasmáticos
Formação comandada por genes das células eritroblásticas
4 genes – comandam a síntese de 4 cadeias polipeptídicas de globina normais do adulto = alfa (), beta (), gama () e delta ()
cromossomo 16 – genes alfa
cromossomo 11 – genes beta, gama e delta
Síntese da Globina
Hemoglobina 
Composta por 4 monômeros de globina – tetrâmero
Inicialmente se associam em dímeros
e depois em tetrâmeros
Como existem 4 cadeias de globinas na molécula de hemoglobina, deve haver 4 grupos heme - cada um com seu átomo de ferro
Hemoglobina
Diferentes hemoglobinas = marcam diferentes períodos do desenvolvimento do indivíduo = diferentes necessidades de oxigênio
Início da vida embrionária
Cadeias de globina zeta [] e epsílon [] = formação das hemoglobinas Gower 1 [22], Portland [22] ou Gower 2 [22]
Cadeias zeta = corresponde às cadeias alfa
Cadeias epsílon homólogas às cadeias beta
Período fetal
Hemoglobina F = HbF [22]
Adulto 
HbA2 [22 ] e HbA [22]
Hemoglobina do adulto:
Hemoglobina A - HbA = 22 = 95-98%
Hemoglobina A2 – HbA2 = 22 = 1,5-3%
 
Hemoglobina fetal – HbF = 22 = 0-1% 
Hemoglobina normal
Resultado de mutações dos genes alfa, beta, gama ou delta
Conseqüência = Variantes estruturais de Hb, impedimento da produção de uma cadeia polipeptídica ou ambos
Substituições isoladas de aminoácidos em um códon – substituição de nucleotídeo
Deleção de um nucleotídeo – desvio do fluxo de leitura dos códons
Função da hemoglobina é ou não alterada
Defeitos hereditários 
Defeito de qualitativo = mutações genéticas ocasionam alteração da estrutura das cadeias de polipeptídeos - hemoglobinopatias
Defeito de quantidade de síntese = diminuição ou ausência de produção de uma ou mais cadeia de polipeptídeos - talassemias
Persistência hereditária da hemoglobina fetal = persistência de síntese da hemoglobina fetal
Hemoglobina anormal

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