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* Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências Jurídicas e Sociais Campus de Sousa Curso de Direito Disciplina: Direito Civil I – Parte Geral Professor: Ms Sc. Admilson Leite de Almeida Júnior - Professor dos Cursos de Direito da Graduação e Pós-Graduação da UFCG/Sousa. * A CODIFICAÇÃO DO DIREITO CIVIL . Código: é uma norma que busca disciplinar, integral e isoladamente, uma parte substancial do direito positivo. É um agrupamento organizado de diferentes regras jurídicas da mesma natureza, agrupadas segundo um critério sistemático. . A Codificação difere da: - incorporação – regras jurídicas transmitidas do passado, fragmentadas e sem coerência sistemática; - recepção – quando um ordenamento jurídico estrangeiro é recebido como Direito próprio; - consolidação – característica mais limitada, justapondo as normas vigentes sem pretensões inovadoras, compilando todo o conjunto. * O CÓDIGO CIVIL DE 2002 – Lei nº 10.406, de 10/01/2002 . Na época em que ainda era colônia de Portugal, o Brasil adotava o sistema normativo do colonizador. - Constituição Imperial de 25 de março de 1824, no título VIII, que tratava “Das Disposições Gerais e Garantias dos Direitos Civis e Políticos dos Cidadãos Brasileiros”, de que se organizasse um Código Civil baseado na Justiça e na equidade (artigo 179, n. 18). - Após vários estudos e a consolidação das leis civis, somente no ano de 1899 é que o jurista Clóvis Beviláqua apresenta projeto que, após dezesseis anos de debate, transformou-se no Código Civil brasileiro, promulgado em 1º de janeiro de 1916, e vigente a partir de 1º de janeiro de 1917. * O CÓDIGO CIVIL DE 2002 – Lei nº 10.406, de 10/01/2002 . A publicização do Direito privado; O individualismo exacerbado que se encontrava no diploma civil de 1916 não podia mais ser aceito numa época em que o enfoque social ocupa franco destaque; No ano de 1969, reuniu-se uma Comissão nomeada pelo Ministro da Justiça para rever o Código Civil ainda vigente. Fruto deste árduo trabalho, a Comissão apresentou o Anteprojeto de Código Civil em 1973, que em 1975 transformou-se no Projeto de Lei n.º 634. Apenas em 1984, depois de anos de debate, foi publicada a redação final do projeto aprovada pela Câmara dos Deputados, com algumas alterações, dando origem ao Projeto de Lei n.º 634/B. Alguns anos mais se passaram até que o Projeto de Lei n.º 634/B foi finalmente levado a votação no ano de 2001, modificado em ambas as casas do Congresso e levado à sanção presidencial, para dar origem ao novo Código Civil, Lei n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002. * O CÓDIGO CIVIL DE 2002 – Lei nº 10.406, de 10/01/2002 P A R T E G E R A L LIVRO I - DAS PESSOAS LIVRO II - DOS BENS LIVRO III - DOS FATOS JURÍDICOS P A R T E E S P E C I A L LIVRO I - DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES LIVRO II - DO DIREITO DE EMPRESA LIVRO III - DO DIREITO DAS COISAS LIVRO IV - DO DIREITO DE FAMÍLIA LIVRO V - DO DIREITO DAS SUCESSÕES LIVRO COMPLEMENTAR - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS * Direito Civil I – Parte Geral DAS PESSOAS NATURAIS DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE * Direito Civil I – Parte Geral Parte Geral do Código Civil: - Das pessoas naturais e jurídicas - Dos bens - Dos fatos e atos jurídicos * Direito Civil I – Parte Geral Parte Geral do Código Civil: Das pessoas Dos bens Dos fatos e atos jurídicos Naturais Jurídicas Domicílio * Direito Civil I – Parte Geral Personalidade Jurídica Conceito: Aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil. OBS: Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade! * Direito Civil I – Parte Geral Personalidade Jurídica Código Civil: Art. 1º “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.” * Direito Civil I – Parte Geral Capacidade Jurídica e Legitimação É a medida da personalidade, pois para uns ela é plena e, para outros, limitada. Capacidade: * Direito Civil I – Parte Geral Capacidade Jurídica e Legitimação Capacidade de direito ou de gozo (capacidade de aquisição de direitos) Capacidade: Capacidade de fato, de exercício (capacidade de ação) * Direito Civil I – Parte Geral Capacidade Jurídica e Legitimação É reconhecida a todo ser humano, sem qualquer distinção. Estende-se aos privados do discernimento e aos infantes em geral, independente de seu grau de desenvolvimento mental. Ex: podem receber herança, doações, etc. Capacidade de direito: * Direito Civil I – Parte Geral Capacidade Jurídica e Legitimação É a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. Assim, requisitos como maioridade, saúde, desenvolvimento mental, etc, limitarão as pessoas envolvidas. Será sempre necessária a participação de uma outra pessoa que as represente ou assista, conforme o caso. Capacidade de fato: * Direito Civil I – Parte Geral Capacidade Jurídica e Legitimação Capacidade de fato Capacidade de direito + Capacidade Plena * Direito Civil I – Parte Geral Capacidade Jurídica e Legitimação Sujeitos da relação jurídica: Pessoa: (persona) Natural Jurídica * Direito Civil I – Parte Geral Capacidade Jurídica e Legitimação Pessoa Natural: É o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações. * Direito Civil I – Parte Geral Capacidade Jurídica e Legitimação Pessoa Natural: Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. * Direito Civil I – Parte Geral Capacidade Jurídica e Legitimação Pessoa Natural: Nascimento -> Ocorre quando a criança é separada do ventre materno, não importando se o parto foi ou não natural. * Direito Civil I – Parte Geral Capacidade Jurídica e Legitimação Pessoa Natural: OBS: Não importa se o cordão umbilical foi cortado ou não. * Direito Civil I – Parte Geral Capacidade Jurídica e Legitimação Pessoa Natural: Atenção!!!: Para se dizer que nasceu com vida, todavia, é necessário que haja respirado. Se respirou viveu. Exame: Docimasia hidrostática de Galeno. * Direito Civil I – Parte Geral Capacidade Jurídica e Legitimação Docimasia hidrostática de Galeno: * Direito Civil I – Parte Geral Capacidade Jurídica e Legitimação Personalidade Jurídica do Nascituro * Direito Civil I – Parte Geral Personalidade Jurídica do Nascituro NASCITURO É o ser já concebido que se encontra em desenvolvimento no ventre* de sua genitora (existência intra uterina) * Nidação do zigoto * Direito Civil I – Parte Geral Personalidade Jurídica do Nascituro EMBRIÃO Expressão utilizada para designar existência ultra uterina (concebida artificialmente) * Direito Civil I – Parte Geral Personalidade Jurídica do Nascituro Teoria Natalista O nascituro só adquire personalidade APÓS o nascimento com vida. O nascituro tem apenas EXPECTATIVA de direitos, não sendo, pois, pessoa! * Direito Civil I – Parte Geral Personalidade Jurídica do Nascituro Teoria da Personalidade Condicional A personalidade civil começa com o nascimento com vida, mas os direitos do nascituro estão sujeitos a uma condição suspensiva, ou seja, são direitos eventuais. * Direito Civil I – Parte Geral Personalidade Jurídica do Nascituro Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. Teoria da Personalidade Condicional * Direito Civil I – Parte Geral Personalidade Jurídica do Nascituro Teoria Pré-Concepcionista “Desde o momento em que o espermatozoide fecunda o óvulo, seja in vitro ou in utero estariam preenchidas todas as condições para se considerar existente um novo ser.” (Fábio Ulhoa) * Direito Civil I – Parte Geral DAS PESSOAS NATURAIS DAS INCAPACIDADES * Direito Civil I – Parte Geral Das Incapacidades Incapacidade: - Incapacidade de direito - Incapacidade de fato (de exercício) * Direito Civil I – Parte Geral Das Incapacidades Incapacidade: - Relativa - Absoluta Assistidos pelos representantes legais Representados por quem de direito * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Absoluta: Acarreta a proibição total do exercício, por si só, do direito. O ato somente poderá ser praticado pelo representante legal do absolutamente incapaz. A inobservância dessa regra provoca a NULIDADE do ato. * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Absoluta: Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Absoluta: Menores de 16 anos: O legislador considera que o ser humano, até atingir essa idade, não tem discernimento suficiente para dirigir sua vida e seus negócios e, por essa razão, deve ser representado por seus pais, tutores ou curadores. * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Absoluta: Os privados do necessário discernimento por enfermidade ou deficiência mental: CUIDADO! A nossa lei não admite os chamados intervalos lúcidos. Assim, se declarado incapaz, os atos praticados pelo privado de discernimento serão NULOS. * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Absoluta: Os privados do necessário discernimento por enfermidade ou deficiência mental: Sentença de Interdição: - Declaratória ou Constitutiva ? - Efeito ex nunc ou ex tunc ? - Eficácia erga omnes ? * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Absoluta: Os que mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade: Não abrange as pessoas portadoras de deficiência ou doença mental permanente. Causa transitória – exemplos: Excessiva pressão arterial Paralisia Embriaguez não habitual Uso eventual ou excessivo de entorpecentes, etc * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Relativa: Permite que o incapaz pratique atos da vida civil, desde que assistido por seu representante legal, sob pena de anulabilidade. * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Relativa: Certos atos, porém, podem praticar sem assistência de seu representante legal, como por exemplo: ser testemunha, fazer testamento, ser eleitor, celebrar contrato de trabalho, etc. * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Relativa: Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Relativa: Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Relativa: Os maiores de 16 e menores de 18 anos Os referidos menores figuram nas relações jurídicas e participam pessoalmente, assinando documentos, se necessário. Mas não podem fazê-lo sozinhos, mas acompanhados, ou seja, assistidos por seu representante legal. * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Relativa: Os maiores de 16 e menores de 18 anos CC, Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior. * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Relativa: Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os deficientes mentais de discernimento reduzido Somente os alcoólatras ou dipsômanos (os que têm impulsão irresistível para beber) e os toxicômanos, bem como os fracos da mente, estão elencados neste rol. * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Relativa: Os excepcionais sem desenvolvimento mental completo São relativamente incapazes não apenas os portadores da Síndrome de Down, mas todos os excepcionais sem desenvolvimento completo, como, por exemplo, os surdos-mudos (que não puderem se exprimir) * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Relativa: Os pródigos Pródigo é o indivíduo que dissipa o seu patrimônio desvairadamente. - É o indivíduo que gasta imoderadamente, dissipando o ser patrimônio com o risco de reduzir-se à miséria. * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Relativa: Os pródigos Pródigo é o indivíduo que dissipa o seu patrimônio desvairadamente. - É o indivíduo que gasta imoderadamente, dissipando o ser patrimônio com o risco de reduzir-se à miséria. * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Relativa: A situação jurídica dos Silvícolas * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Relativa: Responsabilidade do Incapaz Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Incapacidade Relativa: Responsabilidade do Incapaz: Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. * Direito Civil I – Parte Geral Das incapacidades Cessação da Incapacidade * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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