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Resumo aulas GB de direito do trabalho II a partir do material de apoio fornecido e feito pelo professor Guilherme Wunsch. Nov/2013 Extinção do Contrato de Trabalho Dissolução é o gênero do qual resolução, resilição e rescisão são espécies Resolução – quando há inexecução faltosa de uma das partes (empregador ou empregado) Resilição – pode ser: o Bilateral – as partes de comum acordo resolvem desfazer o contrato - distrato o Unilateral – pressupõe um contrato por tempo indeterminado – qualquer parte pode fazer findar o contrato a qualquer tempo, por sua vontade. Rescisão – pressupõe uma nulidade no contrato individual de trabalho Causas terminativas do Contrato de Trabalho 1. Pedido de Demissão É um ato unilateral do empregado que comunica o empregador que não tem mais interesse em continuar com o contrato – NÃO PRECISA DA CONCORDÂNCIA DO EMPREGADOR se não for dispensado do aviso-prévio terá que cumprir, se não cumprir poderá o empregador descontar. Perde o direito a multa dos 40% e as parcelas do seguro – tem direito a receber saldo de salário, 13º, férias vencidas e proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional TEM DIREITO AS FÉRIAS PROPROCIONAIS MESMO ANTES DE COMPLETAR 12 MESES DE SERVIÇO – Súmula 261 e 171 do TST 2. Dispensa do Empregado É ato do empregador que comunica o empregado que não tem mais interesse em continuar com o contrato – a vontade do empregado não interessa. Pode ser dispensa de varias formas, a saber: a. Justa causa – dispensa motivada – quando ocorre alguma das hipóteses do Art. 482. empregado terá direito a saldo de salário, as férias vencidas e proporcionais, acrescidas de um terço. Cabe ao empregador o ônus da prova acerca da justa causa b. Sem justa causa – dispensa sem motivo tidos como justa causa – tem que ter motivação fundada em motivo financeiro, técnico ou econômico. Empregado faz jus a saldo de salário, aviso prévio, férias vencidas e proporcionais, acrescidas de um terço constitucional, décimo terceiro salário, liberação do FGTS, multa de 40% e entrega das guias do seguro desemprego. c. Indireta – termino do contrato de trabalho por vontade do empregado quando o empregador comete algum ato que o atingiu e que está tipificado no Art. 483 da CLT. Resumo aulas GB de direito do trabalho II a partir do material de apoio fornecido e feito pelo professor Guilherme Wunsch. Nov/2013 Tem direito a indenização. Tem natureza jurídica hibrida, pois se consubstancia em uma mescla de demissão e despedida. AÇÃO PROCEDENTE - o empregado fará jus ao recebimento do saldo de salário, aviso prévio, décimo terceiro salário, férias vencidas e proporcionais, acrescidas de um terço, liberação do FGTS, multa de 40% e entrega das guias de seguro desemprego. AÇÃO IMPROCEDENTE - empregado terá direito somente às verbas rescisórias, recebendo somente saldo de salário e as férias vencidas. ONUS DA PROVA É DO EMPREADO A demora do empregado em ajuizar a ação não acarreta improcedência do pedido de rescisão indireta. d. Individual e. Coletiva f. Arbitrária – dispensa em função da cor, raça, sexo, estado civil, gravidez, religião, opinião politica – NÃO POSSUI REGULAMENTAÇÃO NO BRASIL – NÃO PODE g. Por acordo mútuo entre as partes – empregado e empregador resolvem por fim ao contrato e podem negociar as condições – as verbas trabalhistas também são negociadas, exceto salários e a remuneração das férias, que não pode ser transacionadas. o Pouco aplicação prática, pois é difícil empregado e empregador chegarem a um consenso. 3. Culpa reciproca Ocorre quando o empregado e o empregador incorrem em justa causa, CONCOMITANTEMENTE. Elementos caracterizadores: 1. Duas faltas graves, sendo uma praticada pelo empregador e outra pelo empregado; 2. Proporcionalidade entre as faltas; 3. Atualidade ou contemporaneidade: a reação deve ser contemporânea à ação. 4. Nexo de causalidade: nexo entre as faltas praticadas. TEM DECISÕES QUE RECONHECEM A CULPA RECIPROCA, MESMO SEM ESTAR PRESENTE OS REQUISITOS ACIMA. EMPREGADO RECEBERÁ - 50% das férias proporcionais, 50% do aviso prévio, 50% do décimo terceiro proporcional, além do FGTS acrescido de 20%. As férias vencidas são devidas integralmente. 5. Causas terminativas supervenientes a. Morte do empregado: os herdeiros recebem o saldo de salário, férias vencidas e proporcionais, com acréscimo de um terço, 13º salário e depósitos fundiários. b. Morte do empregador pessoa natural: o empregado tem a faculdade de dar como rescindido o seu contrato de trabalho. O que leva à rescisão do contrato não é a morte pura e simples do empregador, mas o não prosseguimento da atividade empresarial. c. Extinção da empresa, fechamento ou falência: são devidas as mesmas verbas da dispensa sem justa causa. A Súmula 173 do TST enuncia que o contrato de trabalho fica extinto de forma automática com a cessação das atividades da empresa, sendo que os salários são devidos até a data da extinção. Resumo aulas GB de direito do trabalho II a partir do material de apoio fornecido e feito pelo professor Guilherme Wunsch. Nov/2013 d. Força maior e caso fortuito: importante destacar que não caracteriza a força maior as medidas governamentais na economia, extinção de setor obsoleto da empresa, incêndio, quando inexiste seguro contra fogo, mau tempo, em atividade realizada a céu aberto, a falência e recuperação judicial. e. Factum Principis: No Direito do Trabalho, compreende a paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade. f. Transcurso de prazo no contrato por prazo determinado: O empregado terá direito ao saldo de salário, décimo terceiro e férias, acrescidas de um terço, além de levantar o FGTS. Se o empregador terminar o contrato antes de seu termo final, será obrigado a pagar metade da remuneração a que teria direito o empregado até o final do contrato, a título de indenização – artigo 479, CLT. Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, a teor do artigo 481, da CLT, conforme a Súmula 163, do TST. Art. 482 – hipóteses que constituem justa causa do empregado a. Ato de improbidade Aquele ato que foge dos padrões morais da sociedade – representa falta de honestidade, caráter, comportamento imoral (coisas do tipo) Na execução do contrato de trabalho a improbidade revela-se pela prática de um ato lesivo a patrimônio da empresa – ex: Furto, roubo, falsificação de documentos para receber hora extra, adulteração de atestado médico. NÃO IMPORTA SE O PREJUIZO DA FALTA FOI RELEVANTE, IMPORTA A CONDUTA IMORAL – NÃO PRECISA HAVER REITERAÇÃO DO ATO. b. Incontinência de conduta ou mau procedimento Incontinência de Conduta - Consiste em comportamento irregular ligado a moral sexual – MARTER AMANDE NA EMPRESA, TER RELAÇÃO SEXUAIS DENTRO DA EMPRESA, ASSÉDIO SEXUAL. Atenção: Assédio sexual é o comportamento humano que busca o prazer sexual, constrangendo com gestos, palavras ou com o emprego de violência. Não é preciso a reiteração da conduta para a caracterização do assédio. Existem várias hipóteses de assédio, pode ser pratico pelo próprio empregado, pelo preposto, pelo colega de trabalho (chamado se assédio sexual ambiental), pelos filhos do empregador ou até mesmo pelo empregado em relação ao empregador. Mau procedimento – comportamento incompatível do empregado com as regras da vida em sociedade – TUDO QUE NÃO PUDER SE ENQUADRADO NAS DEMAIS HIPÓTESES DO 482 SERÁ MAU PROCEDIMENTO – Ex: uso de entorpecentes, adulteração de documentos, exposição de colegas ao ridículo,deletar dados do sistema. c. Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço. Empregado realiza atos de comércio sem a permissão do empregador e de forma HABITUAL. Tem que implicar em inadequado exercício da atividade comercial Se houver permissão (tácita ou expressa) do empregador, a justa causa estará descaracterizada. Resumo aulas GB de direito do trabalho II a partir do material de apoio fornecido e feito pelo professor Guilherme Wunsch. Nov/2013 Atenção: Não confundir negociação habitual com a situação em que o empregado tem dois empregados – ele pode ter dois empregos desde que não acarrete prejuízos a qualquer dos empregadores. d. Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena Tem que haver condenação e trânsito em julgado Se estiver em fase de recurso não se justifica, assim como na hipótese de suspensão condicional da pena (SURSIS). Deve estar relacionada com fatos estranhos ao contrato de trabalho. Se o empregado está cumprindo a pena e, havendo o trânsito em julgado, o empregador está autorizado a dispensá-lo por justa causa. e. Desídia no desempenho das respectivas funções Empregado que é displicente, negligente no desempenho das tarefas – má vontade Normalmente essa hipótese se compõe depois de um conjunto de varias pequenas faltas – por isso o ultimo ato não precisa ser grave, BASTA A REITERAÇÃO NA PRÁTICA DE FALTAS f. Embriaguez habitual ou em serviço Embriaguez habitual – aquela que se da SEM RELAÇÃO COM O CONTRATO DE TRABALHO – mas tem que ser HABITUAL Embriaguez em serviço – aquela que se da no local da prestação do serviço – NÃO PRECISA SER HABITUAL. Atenção: o que justifica a justa causa é a EMBRIGUEZ e não o ato de beber. Dessa forma, ingerir álcool no intervalo como aperitivo ou acompanhamento NÃO PODE SER CONSIDERADO COMO JUSTA CAUSA. QUESTÃO IMPORTANTE – alcoolismo reconhecido como doença – tratamento ou dispensa? (galera acredito que essa é uma questão legal de pensarmos sobre, pois é possível que ele cobre algo dissertativo sobre isso) g. Violação de segredo da empresa É caracterizada pela DIVULGAÇÃO NÃO AUTORIZADA das patentes de invenção, métodos de execução, fórmulas, escrita comercial. Representa tudo aquilo que, em sendo de CONHECIMENTO EXCLUSIVO DA EMPRESA, não possa ser levado a conhecimento de terceiro, sob pena de CAUSAR PREJUÍZO À EMPRESA. Basta haver a divulgação não autorizada de algo que seja segredo da empresa. h. Ato de indisciplina ou de insubordinação Indisciplina: Descumprimento de ORDENS GERAIS DE SERVIÇO (regulamento da empresa, ordens de serviço, circulares, portarias) Insubordinação: descumprimento de ORDENS PESSOAIS DE SERVIÇO – OBS: se a ORDEM do superior é IMORAL OU ILEGAL, NÃO SE CONFIGURA A INSUBORDINAÇÃO. i. Abandono de emprego Empregado deixa de trabalhar – desiste do contrato A falta intercalada não configura abandono, mas sim desídia. Resumo aulas GB de direito do trabalho II a partir do material de apoio fornecido e feito pelo professor Guilherme Wunsch. Nov/2013 Presume-se abandono do empregado se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer O ônus de provar o termino do contrato de trabalho, quando negadas a prestação do serviço e a dispensa, é o EMPREGADOR, pois o principio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. j. ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem k. ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem ato lesivo à honra e boa fama envolve a calúnia, injúria ou difamação, as quais podem ser praticadas contra o empregador, superior, ou qualquer outra pessoa, OCORRENDO NAS DEPENDÊNCIAS DA EMPRESA. O juiz deve avaliar a intenção do empregado, ambiente de trabalho, escolaridade e gravidade dos fatos. A OFENSA PODE OCORRER TANTO NAS DEPENDÊNCIAS DA EMPRESA, COMO NO LOCAL ONDE O EMPREGADO DESEMPENHA SUAS ATIVIDADES. Basta a violência, como um empurrão ou um murro. l. Prática constante de jogos de azar É necessário que seja HABITUAL Pouco importa se o jogo é ou não a dinheiro. Ex: bicho, lotéria, bingo, roleta, rifa, cartas, dominó Art. 483 – constituem justa causa do empregador a. Forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato Refere-se a força muscular, aptidão para tarefa e capacidade profissional Serviço defeso em lei – atividades proibidas por lei ou que gerem risco a vida do trabalhador. Trabalho contrario aos bons costumes – aquele que ofende a moral púbica Serviços alheios ao contrato – aqueles que o empregador exige, mas não estão entre as atividades que o empregado foi contratado. b. For tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo Repreensões ou medidas punitivas desfundamentadas – configurando perseguição ou intolerância ao empregado. Pode caracterizar o assédio moral como toda e qualquer conduta abusiva manifestada mediante comentários, palavras, gestos e escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, por em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho. c. Correr perigo manifesto de mal considerável Resumo aulas GB de direito do trabalho II a partir do material de apoio fornecido e feito pelo professor Guilherme Wunsch. Nov/2013 Empregado é compelido a executar suas tarefas sem que a empresa faça a adoção das medidas necessárias para que o local de trabalho esteja dentro das normas de higiene e segurança do trabalho SÃO RISCOS ANORMAIS E NÃO NORMAIS. Ex: exigir que o empregado trabalhe em local que pode contrair doença ou moléstia grave. d. Não cumprir o empregador as obrigações do contrato Empregador descumpre tanto normas legais como contratuais Considera-se a empresa em mora contumaz quando o atraso ou sonegação salarial ocorram por período igual ou superior a três meses, SEM MOTIVO GRAVE OU RELEVANTE. Atenção: Não assinar a CTPS não caracteriza a rescisão indireta, pois o contrato de trabalho pode ser verbal ou escrito. O PAGAMENTO DOS SALÁRIOS ATRASADOS EM AUDIÊNCIA NÃO É MOTIVO PARA ELIDIR A RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. e. Praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama. f. O empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legitima defesa, própria ou de outrem Igualmente envolve as hipóteses de injúria, calúnia ou difamação – Ex: discriminação do empregador em face da orientação sexual do empregado. As ofensas físicas praticadas pelo empregador ou prepostos contra o empregado ou outrem, NO RECINTO DA EMPRESA OU FORA DELE, g. O empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários Se houver diminuição sensível de seus ganhos, sem qualquer outra forma de compensação, admite-se a rescisão indireta do contrato de trabalho Ex: professor que tem sua carga horária reduzida – ex: tinha 6 turmas e no outro semestre cortam e botam ele em 2. Aviso Prévio Conceito:é a comunicação prévia dada por uma das partes à outra, no sentido de que deseja a extinção de vínculo sem justa causa, com a observância do prazo a que estiver obrigada, assumindo o compromisso da manutenção do contrato durante esse prazo, sob pena de uma quantia fixada em norma trabalhista. Natureza: 1. Comunicar a outra parte da rescisão pactual 2. Prazo mínimo para o aviso 3. Pagamento pelos serviços prestados ou em caráter indenizatório É um direito IRRENUNCIÁVEL – não pode ser objeto de transação. Contagem do prazo: excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento. Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; Resumo aulas GB de direito do trabalho II a partir do material de apoio fornecido e feito pelo professor Guilherme Wunsch. Nov/2013 II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. § 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço. § 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. § 5º - O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. § 6º - O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. Alteração no aviso prévio: Lei 12506/11 Acresce 3 dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 dias, perfazendo um total de 90 dias. Somente terá direito a esse aviso prévio proporcional aquela rescisão posterior a lei – e somente será em favor do empregado. Importante dar o aviso por escrito em duas vias (uma para empregador e outra empregado) Analfabeto – necessário que tenha a digital e seja assinado por duas testemunhas Se o empregado se recursa, é necessário que duas testemunhas assinem confirmando a recusa ADMITE AVISO PRÉVIO VERBAL, desde que a parte contraria reconheça a concessão. Se a parte não reconhecer a comprovação poderá se dar por outros meios de prova, cabendo esta a quem deu o aviso prévio. Atenção: Nas rescisões por iniciativa do empregador poderá haver aviso prévio trabalhado ou indenizado. O aviso prévio integra o tempo de serviço É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes: Súmula 230, TST. Deve dar novo aviso prévio VIDE ART 488 DA CLT QUE TRATA DA DIMINUIÇÃO CITADA ACIMA. SE O EMPREGADO NÃO CUMPRE O AVISO O EMPREGADOR PODE DESCONTAR – mas somente 30 dias, porque não tem aviso prévio proporcional em favor do empregador. A data de saída a ser anotada na CTPS deve ser correspondente à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado (OJ 82, SDI-1, do TST) A proporcionalidade de 3 dias por cada ano de tempo de serviço deve ser compreendido para fins de anotação na CTPS. AVISO PRÉVIO CUMPRIDO EM CASA o empregador rescinde o contrato de trabalho e libera o empregado da prestação de serviços, mas determina que o mesmo FIQUE À DISPOSIÇÃO DA EMPRESA. OBS: Na doutrina, há divergência entre os que defendem que as verbas rescisórias devem ser pagas no prazo legal, ou seja, no 1º dia após o término do contrato e aqueles que Resumo aulas GB de direito do trabalho II a partir do material de apoio fornecido e feito pelo professor Guilherme Wunsch. Nov/2013 consideram o prazo de 10 dias, contados da notificação da dispensa. O TST entende que o prazo pata pagamento das verbas rescisórias, no caso de o aviso prévio ser cumprido em casa, é até o décimo dia da notificação da dispensa. (OJ 14, SDI-1, do TST). VALOR DO AVISO PRÉVIO • A remuneração do aviso prévio indenizado corresponde ao último salário pago, calculado a base de 30 dias, acrescido da média das parcelas variáveis, horas extras, adicional noturno, insalubridade e periculosidade. • A natureza jurídica do aviso prévio indenizado é de ser o pagamento de uma indenização substitutiva pelo descumprimento da obrigação de concessão do aviso prévio. OBS: Não pode o empregado executar horas extras, sob pena de nulidade da concessão do aviso prévio. OBS 2: O aviso prévio trabalhado tem natureza salarial; o indenizado, não. Cálculos Trabalhistas Salário Mensal: a) Salário hora x 220 horas; b) Salário dia = salário hora x quantidade de horas da jornada; c) quando o empregado recebe salário/dia: valor do salário/dia x 30 dias; d) quando o empregado recebe salário/semana: valor do salário semana dividido por 7 e multiplicado por 30 dias; e) quando o empregado recebe por quinzena: valor quinzenal x 2 Aviso Prévio Indenizado Deve-se calcular o valor de um dia de trabalho (salário mensal / 30 dias), multiplicando-se o resultado pela quantidade de dias do aviso prévio. Atenção com o regulamento do aviso prévio proporcional Saldo de Salário Pagamento correspondente a quantidade de dias trabalhados pelo empregado no ultimo mês de serviço Calculo: (salario mensal / 30 dias) x quantidade de dias trabalhados no ultimo mês de serviço. Ex: um empregado que tiver trabalhado até o dia 16-7-2010, com salário mensal de R$ 1.260,00. O valor do seu saldo de salário será R$ 672,00. Férias Anuais Vencidas pagamento de uma remuneração mensal do empregado, correspondente a um período completo de 12 meses de trabalho para o mesmo empregador, no qual o empregado adquiriu o direito ao gozo das férias anuais Férias Proporcionais pagamento do valor da remuneração mensal do empregado multiplicada pelo total do número de avos, por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 dias, relativo ao período incompleto de férias, no qual o empregado não completou os 12 meses necessários para ter direito ao gozo de férias o empregado que pede demissão antes de completar 12 meses tem direito a férias proporcionais. Cálculo: valor da remuneração mensal x quantidade total de avos. Resumo aulas GB de direito do trabalho II a partir do material de apoio fornecido e feito pelo professor Guilherme Wunsch. Nov/2013 Férias em dobro Cálculo: [valor das férias vencidas + (valor das férias vencidas / 3)] x 2 1/3 constitucional a. valor das férias vencidas / 3 b. valor das férias proporcionais / 3 Horas extras a) cálculo da hora normal para o empregado que trabalha 8 horas diárias e 44 horas semanais: valor do salário mensal ÷ 220; b) cálculo do valor de uma hora extra: (valor de uma hora normal x 50%) + valor de uma hora normal ou valor de uma normal x 1,5; c) cálculo da quantidade total de horas extras: valor de uma hora extra x a quantidade de horas extras trabalhadas pelo empregado. Adicional Noturno quem tem direito de acordo com a regra do adicional noturno – pelo menos 20% sobre o valor da hora diurna Cálculo: a. hora noturna urbana: (valor de uma hora normal x 20%) + valor de uma hora normal; ou valor de uma hora normal x 1,2. b. hora noturna rural: (valorde uma hora normal x 25%) + valor de uma hora normal; ou valor de uma normal x 1,25 Prescrição perde o direito de exigir judicialmente um direito em consequência de não ter exigido pelo credor ao devedor durante certo lapso de tempo. A prescrição difere da preclusão porque esta consiste na perda de uma faculdade processual, ao passo que a prescrição consiste na perda da ação correspondente ao direito material discutido em juízo. A preclusão não ocorre somente pelo tempo (preclusão temporal), mas também em função da prática de ato incompatível com a faculdade processual que se pretende posteriormente exercer (preclusão lógica) Prazo - 5 anos, até o limite de dois após a extinção do contrato. Esse prazo aplica-se também ao rural e ao doméstico (cuidado que o Art. 11 diz que são prazos diferente, mas ele não foi recepcionado pela CF) Prescrição do FGTS Contra o não recolhimento da contribuição do FGTS a prescrição é trintenária, observado o prazo de dois anos após o término do contrato de trabalho. Atenção: ações que tenham por objetivo anotações para fins de prova junto a previdência social (ações meramente declaratórias) são IMPRESCRITIVEIS. Prescrição Intercorrente STF – admite prescrição intercorrente no direito do trabalho TST – NÃO ADMITE prescrição intercorrente Resumo aulas GB de direito do trabalho II a partir do material de apoio fornecido e feito pelo professor Guilherme Wunsch. Nov/2013 Doutrina: A prescrição intercorrente é aplicável no processo do trabalho sempre que a prática do ato estiver, exclusivamente, a cargo do credor. Ficando afastada a aplicação da prescrição intercorrente sempre que o ato puder ser praticado ex officio. Momento da arguição da prescrição Deve ser arguida na instancia ordinária – primeira e segunda instância, pois é momento onde há contraditório amplo – PODE ARGUIR A PRESCRIÇÃO ATÉ AS RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO.
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