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2º PERÍODO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO Primeiro pré molar superior Face vestibular Esta face apresenta semelhanças com a do canino superior. No entanto, observando ambas as faces, verifica-se que a face vestibular do pré-molar é uma quarto mais curta que a do canino. A morfologia desta face é em tudo semelhante à do canino, mas os detalhes descritivos são um pouco mais apagados. Face lingual É menor, mais curta e mais estreita que a face vestibular, porém o modelado é diferente. É uma face bastante convexa nos sentidos transversal e vertical, que se continua, sensivelmente, com as faces mesial e distal. Este fato deve-se ao pronunciado arredondamento das bordas que delimitam a face lingual. Possui uma bossa lingual no terço cervical; a partir desta saliência, a face inclina-se para o lado vestibular, sendo perfeitamente lisa, sem sulcos ou lobos, de cúspide arredondada. Faces de contato São faces trapezoidais, mais o trapézio é tão pouco evidente que muitos as consideram com faces inscritas num quadrilátero. São faces alongadas no sentido vestíbulo-lingual, pois a diferença entre o comprimento e a largura é de aproximadamente de 2,5 mm. Das quatro bordas que delimitam as faces de contato, a vestibular é maior que a lingual, a cervical é bastante côncava para a raiz e a oclusal tem o aspecto geral de um acento circunflexo de ápice truncado, que corresponde à crista marginal. A face distal é menor e mais convexa que a mesial, salientando-se um maior pronunciamento da bossa distal no terço oclusal. Uma característica interessante que ajuda no reconhecimento deste dente é a presença mais constante do prolongamento do sulco principal, existente na face oclusal, na face mesial do primeiro pré-molar superior não existindo tal detalhe na face distal. Face oclusal A face oclusal deste dente tem a forma trapezoidal irregular, de grande base vestibular. Esta configuração é devida ao predomínio acentuado da face vestibular, de modo que há grande convergência das faces proximais para o lado lingual. Observam-se nesta face, duas cúspides volumosas, separadas por um sulco principal de direção mésio-distal. Este sulco é para-central no primeiro pré-molar superior, deslocando-se mais para lingual, de modo que a cúspide vestibular torna-se mais volumosa do que a lingual. O sulco principal começa e termina em duas fossetas, distal e mesial, de aspecto triangular. Além disso, o sulco mésio-distal é retilínea. Pequenos sulcos partindo deste sulco principal, invadem as faces oclusais das cúspides vestibular e lingual, entalhando levemente estas faces. Entre as fossetas mesial e distal e as respectivas faces proximais, há duas cristas marginais bem desenvolvidas; a mesial geralmente é sulcada por uma prolongamento do sulco principal. As cúspides vestibular e lingual, que caracterizam os pré-molares, têm neste primeiro pré- molar volumes diferentes: a cúspide vestibular é maior e, quando olhamos o dente de perfil, percebe-se que ela ultrapassa, em altura, a cúspide lingual. Esta desigualdade do volume cuspidiano permite uma diagnóstico mais ou menos preciso do primeiro pré-molar superior, pois o mesmo não acontece no segundo pré-molar. Cada cúspide é comparada a uma pirâmide de base quadrangular, com os planos inclinados ou faces separadas por arestas arredondadas e uma ápice mais ou menos aguçado do dente jovem. Das faces das pirâmides, duas são vestibulares ou linguais, de acordo com a cúspide e as outras duas são forçosamente oclusais. Das arestas, uma é vestibular ou lingual e duas são mésio-distais. Estas arestas mésio-distais, vestibulares e linguais, e mais as cristas marginais, delimitam o espaço trapezoidal ou hexagonal da face oclusal propriamente dita. Raiz O primeiro pré-molar superior tem em mais ou menos 70% dos casos, bifidez de raiz ou raízes duplas. Esta é, aliás, uma das características que o distinguem do segundo pré-molar superior. A maioria dos primeiros pré-molares apresenta-se com raiz bastante larga no sentido vestíbulo-lingual nos seus dois terços cervicais, enquanto que o terço apical mostra- se com bifurcação total. Todavia, o grau de bifurcação pode ser tão acentuado, que se considera este dente com birradiculado. Nestes casos, sulcos proximais profundos dividem a raiz em duas partes, uma vestibular e outra lingual, determinando, também, bifurcação do canal radicular. Segundo pré molar superior Este dente é semelhante ao primeiro molar diferenciando-se apenas pelo volume mais reduzido e pelos detalhes anatômicos, por vezes não tão nítidos. No entanto, se colocados isoladamente, é de difícil diagnóstico diferencial. Face vestibular Perfis idênticos ao do primeiro pré-molar superior. Os detalhes anatômicos se repetem, sendo este ligeiramente menor que o anterior. Face lingual Possui uma altura quase igual à da face vestibular. Esta quase igualdade de dimensões verticais das duas faces é uma característica importante no diagnóstico do dente em questão, pois quando o observamos na sua posição normal na boca, tem-se a impressão nítida de que a cúspide lingual é maior do que vestibular. Em outras palavras, a ponta da cúspide lingual, devido a inclinação do dente no osso alveolar, é mais baixa que a da cúspide vestibular e, quando se toma o dente isoladamente dos demais e o observamos por uma das suas faces de contato, percebe-se que a cúspide lingual tem uma distância cérvico- oclusal praticamente igual à da cúspide vestibular. Os detalhes anatômicos na face lingual repetem-se também neste dente. Faces de contato Podem ser inscritas num trapézio de grande base cervical e reproduzem a morfologia das faces de contato do primeiro pré-molar superior. Todavia, raramente se nota o pequeno sulco na face mesial, que existe, com alguma freqüência, na mesma face do primeiro pré- molar. Face oclusal Notam-se nesta face, algumas diferenças que devem ser descritas. Assim, o que mais chama atenção é a situação do sulco principal mésio-distal. Este sulco, também retilínea, situa-se para a central da face oclusal, fazendo com que as duas cúspides tenham um volume igual. Aliás, a centralização do sulco intercuspidiano é um dos caracteres distintivos mais interessantes para o diagnóstico deste dente. Este sulco, porém, pode ser menor e mais irregular que o sulco do primeiro pré-molar. Além disso, a existência de outros pequenos sulcos que irradiam do principal tornam as faces oclusais das cúspides de aspecto mais marcado. Raiz Em mais de 80% do casos, a raiz do segundo pré-molar superior é única, sulcada e achatada no sentido mésio-distal.
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