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FIBRO EDEMA GELÓIDE

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Fisioterapia Dermato Funcional no Fibro Edema Gelóide
Pele
A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo.
Isola os componentes orgânicos do meio exterior.
Considerado o maior órgão humano.
É formada por tecidos: epiderme, derme e hipoderme.
O limite entre a epiderme e a derme não é regular. 
Epiderme
tecido epitelial estratificado queratinizado, com variações estruturais e funcionais.
sistema ceratinocítico: responsável pelo corpo da epiderme e de seus anexos (pelos, unhas e glândulas).
 sistema melânico: com função imunológica.
 células de merkel: integrada ao sistema nervoso.
 células dendríticas indeterminadas: com função mal definida.
A sua principal função é produzir QUERATINA. 
A porção mais profunda da epiderme é constituída de células epiteliais que se proliferam continuamente para que seja mantido o seu número.
Não há vasos sanguíneos na epiderme.
Meio pelo qual as células de epiderme podem obter alimento: difusão dos leitos capilares da derme.
Derme
tecido forte, maleável, com propriedades viscoelásticas, e que consiste em um tecido conjuntivo frouxo composto de proteínas fibrosas (colágeno e elastina) embebidas em substância basal amorfa.
Está conectada com a fáscia dos músculos subjacentes por uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a hipoderme.
 fibras elásticas, reticulares e colágenas.
 suprida por vasos sanguíneos e vasos linfáticos.
 glândulas especializadas e órgãos do sentido. 
 espessura variável ao longo do organismo (1mm – 4mm).
 três porções: a derme papilar, a perianexial e a reticular.
Tecido Adiposo
Representa uma variedade à parte do tecido conjuntivo reticular.
Células contém uma gotícula de gordura, capaz de armazenar moléculas de gordura neutra (reservas de energia).
Energia além do necessário gotículas de gordura tamanho grandes bolas deslocam o citoplasma e o núcleo para a margem da mesma.
As fibras se unem formando lóbulos de tecido adiposo que em conjunto, formam o tecido adiposo. 
A gordura estrutural é importante para manter os órgãos em seu devido lugar (cavidade orbitária, nádegas e plantas dos pés, bochechas, involução e medula gordurosa).
unilocular (comum/amarelo). 
multilocular (pardo).
A gordura de depósito armazena a energia consumida em excesso.
Além do papel energético, o tecido adiposo tem outras funções como: modelar a superfície e isolamento térmico. 
FEG
O FEG é uma afecção que provoca deficiência na circulação sanguínea e linfática, hipotonia muscular frequente, podendo levar à quase total imobilidade dos membros inferiores, além de dores intensas e problemas emocionais. 
Pode estar presente em três graus diferenciados de acordo com suas manifestações. 
Existem diversos nomes utilizados para designar o FEG, como lipodistrofia localizada, infiltração celulítica, hidrolipodistrofia, infiltração celulálgica, etc. 
Entretanto, a definição fibro edema gelóide tem-se demonstrado como conceito mais aceito atualmente para descrever esse quadro (MENDONÇA, 2011).
Fisiopatologia da FEG
No tecido adiposo, existem algumas fibras ao redor da célula que se ligam à musculatura encontrada abaixo e que separam as células adipócitas em grupos. 
Na mulher essas fibras são retas e perpendiculares à pele permitindo que quando há um aumento dessas células, a gordura se insinue na pele formando as famosas covinhas de depressões. 
No homem as fibras são obliquas e quando a gordura aumenta é formada para baixo em direção ao músculo e não em direção à pele como nas mulheres (KLEIN, 2012). 
Clínica
De acordo com Corrêa (2005), as transformações ocorridas no tecido epitelial, principalmente o aumento da sua densidade, em vez de permitir a mobilidade da pele, fixam-na aos planos profundos.
Tais alterações nem sempre se fazem por igual, de maneira que a pele apresentará um aspecto acolchoado, o pregueamento cutâneo, em espessamento aparente, irregular, que nos mostra uma sucssão de saliências e depressões, correspondente ao edema intercelular, hipertrofia e hiperplasia adipocitária, além da fibro-esclerose. 
Aspectos Histopatológicos
O tecido com FEG encontra-se com aumento do número e do volume de células adiposas, lipoedema e dissociação lobular, espessamento e proliferação das fibras colágenas interadipocitárias e interlobulares, que provocam engurgitamento tecidual, rompimento das fibras elásticas, vasos linfáticos e sanguíneos ectásicos (BELONI, 2010). 
Consequentemente, o autor acima relata, que o tecido mal oxigenado, desorganizado e sem elasticidade, resultante do mau funcionamento circulatório e das consecutivas transformações do tecido conjuntivo. A provável causa das alterações microcirculatórias seria uma insuficiência dos esfíncteres pré-capilares, cuja função reguladora do fluxo sanguíneo encontra-se modificada nas áreas afetada. 
Trata-se de uma desordem localizada que afeta o tecido dérmico e subcutâneo, com alterações vasculares e lipodistrofia com resposta esclerosante, que resulta no inestético aspecto macroscópico.
Fases histológicas da celulite:
 Caracteriza-se por hipertrofia das células adiposas, um acúmulo patológico de lipídios que se desenvolve no adipócito provocando a hipertrofia da célula e empurrando o núcleo para a periferia. É a fase congestiva simples, que pode ser temporária ou transitória.
Processo de floculação e de precipitação de substância amorfa do tecido conjuntivo.
Aumento na densidade do conjuntivo promove irritação das fibras teciduais, dissociando-as em fibrilas promovendo uma lesão acelerada. Origina-se um verdadeiro tecido fibroso, de malhas muito cerradas, muito densas, envolvendo e comprimindo todos os elementos do tecido conjuntivo, artérias, veias e nervos, formando uma verdadeira barreira a todas as trocas vitais. Para alguns autores essa fase é irreversível.
A quarta fase do fibro edema gelóide é a barreira estanque, fechada. Assim sendo, as lipases não conseguem chegar até os adipócitos. 
Fatores Predisponentes 
Genéticos: idade, sexo e desequilíbrio hormonal.
Fatores Determinantes 
Estresse, fumo e sedentarismo.
 Desequilíbrios glandulares.
 Perturbações metabólicas do organismo em geral (diabetes).
 Maus hábitos alimentares.
 Disfunção hepática.
Fatores Condicionantes 
 Aumento da pressão capilar.
 Dificuldade a reabsorção linfática.
 Favorecimento a transudação linfática nos espaços intersticiais
Estes fatores promovem alterações no tecido conjuntivo, e fazem com que ele se torne mais hidrófilo, ou seja, mais ávido por água.
Ocasiona um trânsito mais lento de líquidos na região, que associados a outros fatores, principalmente hormonais, criam condições propícias a maior deposição de gordura (hidrolipopexia). 
Várias teorias tentam explicar o desenvolvimento do fibro edema gelóide,dentre elas estão:
Teoria alérgica: Mostra um exsudato de origem vascular, resultado de um fenômeno de vasodilatação acentuada de controle nervoso, igual ao que observamos nas manifestações anafiláticas.
Teoria tóxica: interrupção no aparelho linfático de substância nociva proveniente do sangue e pela retração dos tecidos que distendem essa substancia.
Teoria circulatória: estagnação do sangue não permite uma boa nutrição.
Teoria metabólica: Menciona uma perturbação nutritiva histológica de natureza metabólica e de caráter distrófico. 
Teoria bioquímica: perturbação da fisiologia molecular no íntimo da matriz intercelular conjuntiva e, muito especialmente,de uma polimerização dos mucopolissacarídeos.
Teoria hormonal: estrógeno é o principal hormônio envolvido e principal responsável pelo agravamento do fibro edema gelóide. 
Sexo: a mulher apresenta um número duas vezes maior de adipócitos em relação ao homem. 
Idade: com o passar da idade, ocorre a redução das necessidades energéticas e exógena e também de diferentes condições de ambientes e hábitos de vida sem uma regulamentação dietética adequada, estabelecendo acúmulo de substratos, fatores que agravam e expandem os estados de obesidade e fibro edemagelóide.
Etiopatogenia
Com relação aos agentes etiológicos ou etiopatogenia do FEG, estão presentes: fatores desencadeantes, fatores predisponentes e agravantes. 
Os fatores desencadeantes compreendem alterações de natureza hormonal que ocorrem na, sendo o principal hormônio envolvido com o aparecimento do FEG, o estrógeno. 
Os fatores predisponentes são hereditários e múltiplos como sexo, etnia, biotipo corporal, distribuição do tecido adiposo e ainda, quantidade, disposição e sensibilidade dos receptores das células afetadas pelos hormônios envolvidos. 
Fatores agravantes como hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, estresse, patologias, medicamentos e gravidez podem acelerar desequilíbrio (ANA et al, 2007). 
Sinais e sintomas ao exame físico
É necessária uma avaliação detalhada, envolvendo toda a propedêutica da anamnese e do exame físico. 
Na inspeção, é possível observar alteração de relevo, varizes, equimoses, estrias, telangectasias, tonicidade muscular e postura, sendo esta realizada em posição ortostática
Na palpação é possível notar nódulos fibróticos, aumento da sensibilidade dolorosa local, aumento do volume e da consistência do tecido celular subcutâneo, além da deformação da pele e dos tecidos pelas aderências. 
O outro teste é o denominado "teste de preensão", que, após uma preensão da pele, juntamente com a tela subcutânea, entre os dedos, promove-se um movimento de tração. 
Se a sensação dolorosa for mais incômoda do que o normal, este também é um sinal do FEG, onde já se encontra alteração da sensibilidade (LUZ et al, 2010). 
Exame Físico:
Aspecto da pele
Trofismo Musculsr: Hipotrófico, Normotrófico, Hipertrófico
Sensibilidade Cutânea (Esteseômetro)
Teste de Preensão
ADM
Sinal de Cacifo (presente ou ausente)
6.1 Sinal Inflamatório (presente ou ausente)
Avaliação Postural
Artometria (fita métrica, lápis cutâneo – para possíveis demarcações)
Localizações
O FEG pode aparecer em qualquer parte do corpo, com exceção das palmas das mãos, plantas dos pés e couro cabeludo, porém as áreas atingidas com maior frequência são a porção superior das coxas, interna e externamente, a porção interna dos joelhos, região abdominal, região glútea e porção superior e anterior dos braços (PAES e HUGEN, 2010) 
Formas clínicas
Segundo classificação feita por Leonard apud (PRAVATTO, 2007), os tipos de FEG distinguem-se pelas alterações teciduais como decorrência da tonicidade muscular associada ao problema.
As formas clínicas levam em conta a consistência do infiltrado. 
As alterações podem caracterizar os seguintes quadros:
Fibro edema gelóide consistente (duro): Grande espessamento da pele, aumento dos tecidos superficiais, nítido acolchoamento sem mobilidade ao teste da preensão. Percebem-se equimoses, varicosidades e extremidades frias, além de edema. 
Fibro edema gelóide brando ou difuso (flácido): É a forma mais importante, tanto em número quanto nas manifestações aparentes. Apresenta-se em indivíduos com hipotonia muscular. Na palpação notam-se vários núcleos endurecidos e placas rígidas. São comuns as varicosidades e sensação de peso nos membros acometidos, e pela diminuição da tonicidade muscular, tem-se a impressão de estar “arrastando um peso”.
Fibro edema gelóide edematoso: Aspecto exterior de um edema tecidual puro e simples. À palpação, percebem-se placas rígidas, aspecto enrugado ou “casca de laranja” e pressão dos tecidos superficiais. Pode acometer indivíduos adultos ou jovens, obesos ou não;
Fibro edema gelóide misto: Podemos encontrar fibro edema gelóide firme nas coxas associado a flácido no abdômen, ou então um fibro edema gelóide muito firme na coxa lateralmente, e um muito flácido medialmente.
Graus
De acordo com a classificação proposta por Ulrich10, existem três graus de FEG (MACHADO et al, 2009): 
O grau I ou brando ocorre quando as alterações cutâneas são percebidas somente durante a compressão dos tecidos (teste de casca de laranja ou contração muscular) geralmente na posição ortostática, pois quando a pessoa está deitada frequentemente não se percebe sua presença. 
O grau II ou moderado apresenta as alterações cutâneas de forma espontânea, sem compressão dos tecidos, pode ser visível com a voluntária deitada e com as margens bem delimitadas.
O grau III ou grave apresenta alterações cutâneas tanto em posição deitada ou em ortostatismo, ficando com a pele enrugada e flácida adquirindo a aparência do chamado saco de nozes. 
Dica
Tendo em conta a origem multifatorial do FEG, este deverá ser tratado com procedimentos variados e complementares, numa perspectiva global, incluindo orientação do indivíduo, relativamente a hábitos de vida saudáveis.  
Recursos Fisioterapêutico
Eletrolipólise ou Eletrolipoforese 
Ultra som
Massagem
Drenagem Linfática Manual/Mecânica
Bandagens crioterápica
Talassoterapia 
Ionização (iontoforese ionto=íon, partícula com carga elétrica positiva ou negativa, e forese = forum + esse, mudar, conduzir ou transferir de lugar princípios ativos) 
Faradização

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