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PROLAPSO GENITAL Definição: Deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal em direção ao hiato genital Fisiopatologia: Desequilíbrio entre forças encarregadas de manter os órgãos pélvicos em posição normal e aquelas que tendem a impeli-los para fora da pelve Lesão dos tecidos da fáscia endopélvica do tônus muscular (alargamento genital – frouxidão vaginal) Lig. menos resistentes Alterações quantitativas e qualitativas de colágeno (tipo III) nos tecidos de suspensão e sustentação Alterações no suporte primário dos órgãos pélvicos: diafragma pélvico, fáscia endopélvica e paredes vaginais Epidemiologia Idade: pico de freqüência entre 60 e 69 anos Paridade: raro em nulíparas / tipo de parto Raça: + branca /negra Estado menopausal: 74,2% na pós menopausa A prevalência de prolapsos em mulheres entre 20 e 59 anos é estimada em torno de 30,8% Incidência 50% das mulheres multíparas apresentem algum grau de prolapso genital. Dessas, de 10 a 20% são assintomáticas Mulheres: 45 a. que já deram a luz = 30% com prolapso pélvico DISTOPIAS GENITAIS Anterior 82,3% Apical e posterior 59,9% Etiologia Número de gestações Paridade Partos prolongados Traumatismos de parto Obesidade Diabetes Tabagismo Idade Fatores Adquiridos Pós-menopausa: deficiência estrogênica relaxamento das estruturas do assoalho pélvico, associado à atrofia genital perda gradual da lordose lombar e acentuação da cifose torácica, gerando um redirecionamento das forças intraabdominais para o assoalho pélvico Interação dos Sistemas de Suspensão e de Sustentação: atividade muscular normal protege os ligamentos os ligamentos estabilizam os órgãos pélvicos mulheres com músculos normais só desenvolvem prolapso, quando o tecido conectivo é frágil Lesões ligamentares: trauma direto trauma cirúrgico alterações no tecido colágeno Aumentos crônicos da pressão intra-abdominal: obesidade doenças respiratórias associadas a tosse (bronquite crônica) atividades profissionais que exijam esforços físicos (enfermeiras) tabagismo (tosse crônica) Alterações posturais: abdominais e m. dorsais com e sem sobrecarga no AP Dinâmica gestacional: relaxina - relaxamento do assoalho pélvico e diminuição de sua força tensil desproporção céfalo-pélvica apresentações anômalas: pélvica, braquial, podal, escapular puxos antecipados e prolongados Constipação intestinal crônica: esforços defecatórios crônicos contribuem para uma neuropatia progressiva Sintomas associados: Abaulamento vaginal: queixa de “algo que vem para baixo” em direção ou através do intróito vagina. (sentir / palpar/ visualizar). Pressão pélvica: queixa de aumento da sensação de peso na área suprapúbica e / ou pélvica. Sangramento, secreção, infecção: queixa de sangramento, secreção ou infecção relacionada à presença de ulceração no prolapso - Prolapso de cúpula vaginal (manguito cicatricial) Apoio/ digitação: queixa da necessidade de reduzir digitalmente o prolapso ou aplicar pressão manual, por exemplo, na vagina ou períneo (apoiando), ou na vagina ou reto (digitação) para auxiliar a micção ou evacuação. Dor na região lombar: queixa de dor na região lombar, sacral (semelhante à “dor menstrual”) associada temporalmente ao POP Sintomas de disfunção sexual que podem estar relacionados ao POP Dispareunia: queixa de dor ou desconforto persistente ou recorrente associado à tentativa de penetração ou à penetração vaginal completa. Dispareunia superficial (de Intróito): queixa de dor ou desconforto na entrada vaginal ou no intróito vaginal Dispareunia profunda: queixa de dor ou desconforto na penetração profunda (porção média ou superior da vagina). Relação sexual obstruída: queixa de que a penetração vaginal não é possível devido a obstrução. Sinais e sintomas: Parede ant. e post Sensação de puxão, inchaço ou de peso (pé e sentada) “Sensação de bola” que sai pelo canal vaginal Dispareumia (relação sexual difícil ou dolorosa) Parede anterior Incontinência urinária Distúrbios da micção (Hesitância, Esforço, Dependência da posição, Retenção) Irritação do trato genito-urinário Parede posterior: – Distúrbios da defecção Sintomas: Piores em ortostatismo e exercícios e mais proeminentes em esforço abdominal Em prolapso grave Incontinência urinária Jato/fluxo lento Micção prolongada Intermitência Micção dependente da posição Visualização do prolapso Pressão pélvica Peso Desconforto na relação sexual POP Definição: A descida de um ou mais porções da parede vaginal anterior, parede vaginal posterior, útero (cérvix), ou da cúpula vaginal (prolapso de cúpula vaginal ou do manguito cicatricial após a realização de histerectomia). A presença de algum destes sinais podem estar correlacionados com sintomas relevantes de POP. Mais comumente, essa correlação ocorreria ao nível do hímen ou além dele. Classificação: Prolapso uterino / cervical: observação da descida do útero ou cérvix uterina. Prolapso da cúpula vaginal (manguito cicatricial): observação da descida da cúpula vaginal (manguito cicatricial, se a paciente foi submetida à histerectomia) Prolapso da parede vaginal anterior: observação da descida da parede vaginal anterior. A ocorrência mais freqüente seria devido ao prolapso vesical (cistocele). Estágio superior de prolapso de parede vaginal anterior implicará na descida do útero ou da cúpula vaginal (se o útero é ausente). Ocasionalmente, poderia ser devido à presença da formação de enterocele anterior (hérnia do peritônio e possivelmente do conteúdo abdominal) após cirurgia reconstrutiva prévia. Prolapso de parede vaginal posterior: observação da descida da parede vaginal posterior. Mais comumente seria devido à protusão do reto na vagina (retocele). Prolapso de parede vaginal posterior de estágio superior após histerectomia prévia geralmente envolve algum prolapso de cúpula vaginal (manguito cicatricial) e possível formação de enterocele. A formação de enterocele pode também ocorrer na presença de um útero intacto. POP – Estágios (2010) Estágio 0: Nenhum prolapso é demonstrado. Estágio 1: A porção mais distal do prolapso está a mais de 1,0 cm acima do nível do hímen. Estágio 2: A porção mais distal do prolapso está a 1,0 cm acima ou abaixo do plano do hímen. Estágio 3: A porção mais distal do prolapso está a mais de 1,0 cm abaixo do plano do hímen. Estágio 4: Eversão completa do comprimento total do trato genital inferior. CISTOCELE Definição: deslocamento da bexiga para baixo e para trás no canal vaginal pela fraqueza da fascia pubocervical, contra a parede anterior da vagina (pode estar ligada ao prolapso uterino) URETROCELE Definição: é o deslocamento para trás e para baixo da parte inferior da uretra em direção à vagina PROLAPSO UTERINO (histeroptose) /CERVICAL Definição: é a descida do útero ou cérvice uterina para o canal vaginal ENTEROCELE herniação do intestino delgado através de um defeito na fascia endopelvica, que coloca o peritônio em contato direto com a mucosa vaginal. RETOCELE prolapso do reto para frente contra a parte inferior da parede posterior da vagina Causas: dano ao corpo perineal, pós-episiotomia, aumento da pressão intraabdominal Quadro Clínico: assintomático, sintomático: algias pélvicas, ardor perineal, hemorróida, dificuldade de defecar e constipação crônica. GINÁSTICA HIPOPRESSIVA INDICADA PARA O TTO DE POP MANOBRA DE ASPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA TÉCNICA HIPOPRESSIVA Inspiração diafragmática lenta Expiração total Aspiração Diafragmática (progressiva contração do músculo transverso do abdome e dos músculos intercostais com ascenção das cúpulas diafragmáticas Manutenção em apnéia entre 10 a 20 segundos (ou mais). Realizadas em diferentes posições estáticas em aspiração difragmática. Deve ser feita 2 a 3 vezes por dia durante 10 minutos, no mínimo durante 3 meses Exame Toque: Tipo de prolapso Com afastamento lábios, pedindo a força de expulsão: Só avaliao grau Graus: Abaulamento de qualquer 1 das paredes, fica 1cm para dentro 1cm para dentro e para fora 1cm para fora Tudo para fora
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