Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA DEÁRTAMENTO DE QUÍMICA Estrutura Eletrônica dos Àtomos Capítulo 6 2006 𝑐 = 3,00 × 108𝑚 ∙ 𝑠−1 589 𝑛𝑚 × 10−9 𝑚 1𝑛𝑚 = 5,89 × 10−7𝑚 𝑣λ = 𝑐 𝒗 = 𝟓, 𝟎𝟗 ∙ 𝟏𝟎𝟏𝟒 𝒔−𝟏 𝑣 = 𝑐 λ 𝑣 = 3,00 ∙ 108 𝑚 ∙ 𝑠−1 5,89 × 10−7𝑚 𝑐 = 3,00 × 108𝑚 ∙ 𝑠−1 640,0 𝑛𝑚 × 10−9 𝑚 1𝑛𝑚 = 6,4 × 10−7𝑚 𝑣λ = 𝑐 𝒗 = 𝟒, 𝟔𝟖𝟖 ∙ 𝟏𝟎𝟏𝟒 𝒔−𝟏 𝑣 = 𝑐 λ 𝑣 = 3,00 ∙ 108 𝑚 ∙ 𝑠−1 6,4 × 10−7𝑚 𝑐 = 3,00 × 108𝑚 ∙ 𝑠−1 103,4𝑀𝐻𝑧 × 106 𝑠−1 1𝑀𝐻𝑧 = 1,034 × 108𝑠−1 𝑣λ = 𝑐 λ = 𝟐, 𝟗𝟎𝟏 𝒎 λ = 𝑐 𝑣 λ = 3,00 ∙ 108 𝑚 ∙ 𝑠−1 1,034 × 108𝑠−1 1º Problema Objetos quando aquecidos em altas temperaturas brilha com muita intensidade – A incandescência Observa-se que com o aumento da temperatura o objeto vai de um VERMELHO, ao LARANJA e ao AMARELO, até chegar ao BRANCO. Estas eram informações QUALITATIVAS e os cientistas da época buscavam entender de forma QUANTITATIVA esse fenômeno. Dados experimentais indicavam o seguinte comportamento Lei de Stefan-Boltzmann 𝑰𝒏𝒕𝒆𝒏𝒔𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 × 𝑻𝟒 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 = 𝟓, 𝟔𝟕 ∙ 𝟏𝟎−𝟖 𝑾 ∙𝒎−𝟐 ∙ 𝑲−𝟒 1 𝑾 = 𝟏 𝑱 ∙ 𝒔−𝟏 Lei de Wien 𝑻 ∙ λ = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 = 𝟐, 𝟗 𝑲 ∙ 𝒎𝒎 Considerando o sol como um corpo negro, determine a temperatura da superfície solar sabendo que a intensidade máxima ocorre a 490 nm. 𝑻 ∙ λ = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 = 𝟐, 𝟗 𝑲 ∙ 𝒎𝒎 𝑻 = 𝟐, 𝟗 ∙ 𝟏𝟎−𝟑𝑲 ∙ 𝒎 𝟒𝟗𝟎 ∙ 𝟏𝟎−𝟗𝒎 = 𝟓, 𝟗 ∙ 𝟏𝟎𝟑𝑲 Max Planck propôs que a energia podia ser liberada (ou absorvida) por átomos apenas em ‘pedaços’ distintos de tamanhos mínimos. TEORIA DE QUÂNTICA PLANCK Planck deu o nome de quantum (quantidade fixa). Ele considerou que a energia, E, de um único quantum é igual à constante multiplicada pela frequência. 𝐸 = 𝐡𝒗 h é a constante de Planck que tem valor igual de 6,63∙10-34 J ∙ s Desta forma a radiação é sempre emitida ou absorvida pela matéria em múltiplos inteiros de 𝒉𝒗, 𝟐𝒉𝒗, 𝟑𝒉𝒗 assim por diante. . 𝐸 = 𝐡𝒗 O Qual é (a) a energia de de um fóton de luz azul de frequência 6,4 x 1014 Hz; (b) a energia por mol de fótons da mesma frequência? 𝐸 = 𝐡𝒗 𝐸 = 𝟔, 𝟔𝟐𝟔 × 𝟏𝟎−𝟑𝟒𝑱 ∙ 𝒔 × 𝟔, 𝟒 × 𝟏𝟎𝟏𝟒 𝑯𝒛 𝐸 = 𝟒, 𝟐 ∙ 𝟏𝟎−𝟏𝟗 𝑱 𝐸 = 𝟒, 𝟐 ∙ 𝟏𝟎−𝟏𝟗 𝑱 × 𝟔, 𝟎𝟐𝟐 × 𝟏𝟎𝟐𝟑 𝒇ó𝒕𝒐𝒏𝒔 𝟏𝒎𝒐𝒍 (a) (b) 𝐸 = 𝟐, 𝟓 ∙ 𝟏𝟎𝟓 𝑱 ∙ 𝒎𝒐𝒍−𝟏 2º Problema O Efeito fotoelétrico – metais quando são irradiados com UV ejetam elétrons. • Nenhum elétron é ejetado até que a radiação incidente possuía uma frequência mínima: • Os elétrons são ejetados imediatamente por menor que seja a intensidade da radiação: • A energia cinética dos elétrons aumenta linearmente com o aumento da frequência da radiação incidente: Observações experimentais sobre o efeito fotoelétrico • Einstein usou a Teoria quântica de Planck para explicar o efeito fotoelétrico: • Einstein propôs que a energia radiante atingindo a superfície metálica é um fluxo de pacotes minúsculos de energia : Espectros de linhas e o modelo de Bohr 3º Problema Einstein e Planck abriu caminho para a compreensão de como os elétrons são distribuídos nos átomos Em 1913, Niels Bohr propôs uma explicação teórica para os espectros de linhas; Um fenômeno que intrigava cientistas da época; Espectros de linha Uma fonte radiante pode emitir um único comprimento de onda. Esse tipo de radiação é dita monocromática. Porém a maioria das fontes emitem vários comprimentos de onda: Ex: lâmpadas incandescentes e as estrelas Para essas radiações os diferentes tipos de radiação podem ser separados. Ex: Sol Em 1885 Johann Balmer observou que os comprimentos de ondas das quatro linhas podiam ser explicados por uma equação simples. Porém Balmer não considerou as duas linhas que apareciam na região do UV. E a equação foi corrigida por Rydberg para explicar essas linhas. 1 λ = (𝑅𝐻) 1 𝑛1 2 − 1 𝑛2 2 Equação de Rydberg λ é o comprimento de onda de cada linha espectral. 𝑹𝑯 é a constante de Rydberg (1,096776 × 10 7 𝑚−1). 𝒏𝟏 𝑒 𝒏𝟐 são números inteiros positivos, sendo 𝒏𝟐 > 𝒏𝟏 Como a simplicidade dessa equação podia ser explicada? Passaram-se 30 anos para a resposta vir. O modelo de Bohr Depois que Rutherford descobriu a natureza nuclear do átomo, os cientistas pensavam que o átomo eram um sistema solar em miniatura. Porém a física clássica previa que os elétrons sucumbiriam ao núcleo. Assim Bohr usou a teoria de Planck e inferiu que a mecânica clássica não conseguiria explicar de forma completa a estrutura o átômica. Desta forma Bohr baseou-se nos seguintes postulados não clássicos para descrever a estrutura atômica: 1) Somente órbitas de certos raios, correspondentes a certas energias definidas, são permitidas para o elétron: 2) Um elétron em certa órbita permitida tem certa energia específica e está em um estado de energia “permitido”. Um elétron em um estado de energia permitido não irradiará energia e, portanto não se moverá em forma de espiral em direção ao núcleo. 3) A energia só é emitida ou absorvida, por um elétron quando ele muda de um estado de energia permitido para outro. Essa energia é emitida ou absorvida como fóton, E = hν O estados de energia do átomo de hidrogênio Usando a mecânica clássica, Bohr calculou as energias de cada órbita permitida. Essas energias se encaixavam na seguinte equação: E = (−2,18 × 10−18 𝐽) 1 𝑛2 𝒏 é o número quântico principal, Assume valores de 1 até ∞ : Desta forma cada órbita corresponde a um valor diferente de n e o raio da órbita aumenta a medida que n aumenta. 1ª órbita n = 1 2ª órbita n = 2 E assim por diante... As energias de um elétron de um átomo de hidrogênio são dadas pela equação de Bohr. Quanto mais baixa (mais negativa) for a energia, mais estável será o átomo. O estado de energia mais baixa (n =1) é chamado estado fundamental do átomo. Quando o estado está em n = 2 ou mais dizemos que o elétron está em um estado excitado. Quando: n → ∞ E → 0 E = (−2,18 × 10−18 𝐽) 1 𝑛2 Este é o estado zero, o estado de mais alta energia. No 3º postulado Bohr supôs que o elétron pode “saltar” de uma órbita para outra, absorvendo ou emitindo energia. Cuja energia radiante corresponde a diferença de energia entre os dois estados. Um elétron deve absorver energia para que ele mude para um estado de mais alta energia. Um elétron deve emitir energia para que ele mude para um estado de menor energia. ∆𝐸 = 𝐸𝑓 − 𝐸𝑖 = 𝐸𝑓ó𝑡𝑜𝑛 = ℎ𝑣 Desta forma o modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio afirma que apenas frequências específicas de luz que satisfazem a equação podem ser absorvidos ou emitidos pelo átomo. 𝐸𝑓ó𝑡𝑜𝑛 = ℎ𝑣 Substituindo a equação de Bohr: E = (−2,18 × 10−18 𝐽) 1 𝑛2 Na equação: ∆𝐸 = 𝐸𝑓 − 𝐸𝑖 ∆E = −2,18 × 10−18 𝐽 1 𝑛2 − −2,18 × 10−18 𝐽 1 𝑛2 ∆E = −2,18 × 10−18 𝐽 1 𝑛𝑓 2 − 1 𝑛𝑖 2 nf e ni são os números quânticos principal dos estados final e inicial ∆E = −2,18 × 10−18 𝐽 1 𝑛𝑓 2 − 1 𝑛𝑖 2 Exercício Calcule a energia de um fóton na transição eletrônica da órbita 3 para a órbita 1: ∆E = −2,18 × 10−18 𝐽 1 12 − 1 32 ∆E = −2,18 × 10−18 𝐽 1 12 − 1 32 ∆E = −2,18 × 10−18 𝐽 1 1 − 1 9 ∆E = −2,18 × 10−18 𝐽 8 9 ∆𝐄 = −𝟏, 𝟗𝟒 × 𝟏𝟎−𝟏𝟖𝑱 O elétron absorveu ou emitiu radiação nessa transição eletrônica? Essa é a energia do fóton envolvida na transição eletrônica Sabendo a energia do fóton podemos calcular a sua frequência ou o comprimento de onda: ∆𝐸 = 𝐸𝑓 − 𝐸𝑖 = 𝐸𝑓ó𝑡𝑜𝑛 = ℎ𝑣 ∆𝐸 = ℎ𝒗 𝑣 = 𝒄 𝝀 ∆𝐸 = ℎ 𝑐 λ ∆𝐸 ℎ𝑐 = 1 λ ℎ𝑐 ∆𝐸 = λ λ = ℎ𝑐 ∆𝐸 λ = ℎ𝑐 ∆𝐸 Calculando comprimento de onda do fóton: λ = 6,63 × 10−34 𝐽 𝑠 3,00 × 108 𝑚 ∙ 𝑠−1 1,94 ∙ 10−18 𝐽 𝝀 = 𝟏, 𝟎𝟐 ∙ 𝟏𝟎−𝟕𝒎 O sinal é removido pois comprimento de onda e a frequência são sempre números positivos Porém não chegamos na equação de Rydberg. ∆E = −2,18 × 10−18 𝐽 1 𝑛𝑓 2 − 1 𝑛𝑖 2 1 λ = (𝑅𝐻) 1 𝑛1 2 − 1 𝑛2 2 Equação de Rydberg ∆𝐸 = ℎ 𝑐 λ ℎ 𝑐 λ = −2,18 × 10−18 𝐽 1 𝑛𝑓 2 − 1 𝑛𝑖 2 1 λ = −2,18 × 10−18 𝐽 ℎ𝑐 1 𝑛𝑓 2 − 1 𝑛𝑖 2 1 λ = (𝑅𝐻) 1 𝑛1 2 − 1 𝑛2 2 Equação de Rydberg 1 λ = −2,18 × 10−18 𝐽 ℎ𝑐 1 𝑛𝑓 2 − 1 𝑛𝑖 2 1 λ = −2,18 × 10−18 𝐽 (6,63 ∙ 10−34 𝐽 ∙ 𝑠) ∙ (3,00 ∙ 108𝑚 ∙ 𝑠−1 1 𝑛𝑓 2 − 1 𝑛𝑖 2 1 λ = 1,096028 × 107𝑚 1 𝑛𝑓 2 − 1 𝑛𝑖 2 𝑅𝐻 𝑹𝑯 = 1,096776 × 10 7 𝑚−1 Desta forma, a existência de linhas espectrais pode ser atribuídas as transições quantizadas de elétrons entre os níveis de energia
Compartilhar