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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS * * * "A enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, como a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morte ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo ''0 templo de espírito de Deus'. É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes" Florence Nighthingale * * * ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS É uma das atividades mais importantes e freqüentemente executada pela enfermagem. O termo “administração” é definido por Phillips (2001) como sendo um processo de liberação de drogas para várias partes do corpo. No Brasil, o preparo e a administração de medicamentos é atribuição do enfermeiro, técnicos e auxiliares de enfermagem, respaldados ética e legalmente pela lei do exercício profissional e pelo código de ética da enfermagem. * * * ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Requer conhecimentos de farmacologia e terapêutica médica no que diz respeito a ação,dose, efeitos colaterais, métodos e precauções na administração de drogas. Além dos aspectos legais e éticos a administração de medicamentos também tem a característica de ser um processo multidisciplinar, composto de atividades inter-relacionadas que envolvem: uso de tecnologia; controle de qualidade dos fármacos; controle de qualidade dos equipamentos; preparo técnico e responsabilidade dos profissionais envolvidos e políticas institucionais estabelecidas para o setor de medicamentos. * * * ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS A segurança na administração de medicamentos depende de um conjunto de fatores e deve ter a participação de todos profissionais envolvidos nas diferentes etapas do processo, isto é, desde a produção até a administração do medicamento. A enfermagem está diretamente envolvida nas seguintes etapas: interpretação e transcrição de prescrições médicas; requisição e checagem da medicação dispensada pela farmácia; armazenamento da medicação nos postos de enfermagem; preparo que tem por princípio básico a não-contaminação dos medicamentos que pode ocorrer nas fases de reconstituição, diluição e administração do fármaco; administração do medicamento – esta fase é tida como último crivo contra erros originados em qquer outra fase do sistema; monitoração da resposta do paciente ao fármaco administrado; checagem no prontuário e anotação da atividade realizada e de intercorrências ocorridas. * * * ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Para administrar medicamentos de maneira segura a enfermagem deve ter alguns cuidados: Preparar o medicamento em ambiente com boa iluminação; Evitar distração e conversas paralelas durante o preparo das medicações, diminui o risco de erros; Obter a prescrição médica (PM), realizar sua leitura e compreende-la, caso haja dúvida, esclarecê-la antes de iniciar o preparo da PM; Vale ressaltar que toda medicação só pode ser prescrita por profissional competente e autorizado (p.ex.: médicos, odontólogos); Toda prescrição só pode começar a ser preparada se estiver assinada e carimbada pelo profissional habilitado para isso. Prescrição sem assinatura e sem carimbo não é uma prescrição válida. * * * REGRA DOS 9 CERTOS E A REGRA DAS 3 LEITURAS REGRA DOS NOVE CERTOS – Peterlini ( 2003).: 1. Identificar o paciente certo: deve-se identificar o leito e o nome do paciente (p. ex.: leito 08 – Tiago); 2. Identificar o medicamento certo: p. ex.: dipirona; 3. Identificar a dose certa do medicamento a ser administrada: p.ex.: 02 ml ou 1ampola; 4. Identificar a via certa a ser administrada:ex.: via endovenosa (EV); 5. Identificar a hora certa a ser administrada:ex.: 16 hs; 6. Anotar corretamente o medicamento administrado, Registrar no prontuário o horário, item da prescrição médica, via e local; 7. Direito a recusar o medicamento; 8. Orientar o paciente sobre a terapia; 9. Compatibilidade medicamentosa. * * * EXEMPLO DE IDENTIFICAÇÃO Paciente: José da Silva - Leito 09 Cl. M. Medicamento: Dipirona Dose: 1 ampola ou 2ml Via: EV Hora: 16hs ( Nome). * * * REGRA DAS TRÊS LEITURAS Confira SEMPRE o rótulo da medicação. Nunca confie. Leia você mesmo. 1. Primeira leitura : antes de retirar o frasco ou ampola do armário ou carrinho de medicamentos; 2. Segunda leitura: antes de retirar ou aspirar o medicamento do frasco ou ampola; 3. Terceira leitura: antes de recolocar no armário ou desprezar o frasco ou ampola no recipiente. OBS: Ter atenção em estar sempre verificando a validade do medicamento.Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa. * * * VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 1. Via Oral Absorção intestinal Absorção sublingual 2. Via Retal 3. Via Injetável (Parenteral) Via intradérmica Via subcutânea Via intramuscular Via endovenosa 4. Outras vias: Intranasal Ocular Dérmica Inalatória (ex: gases utilizados em anestesia e medicamentos contra asma) * * * ANATOMIA DA PELE * * * VIA PARENTERAL: VIA INJETÁVEL Os medicamentos administrados por via injetável têm a vantagem de fornecer uma via mais rápida; quando a VO é contra-indicada, favorecendo, assim a absorção mais rápida. Para realizarmos esse procedimento, é necessário entender sobre a seringa e sua graduação e o calibre das agulhas disponíveis. * * * TIPOS DE AGULHA 13 x 4,5: utilizadas para as vias intradérmica e subcutânea; 25 x 7 ou 25 x 8: utilizadas para as vias intramuscular e endovenosa; 30 x 7 ou 30 x 8: utilizadas para as vias intramuscular e endovenosa; 40 x 10 ou 40 x 12: utilizadas para aspiração das medicações, durante o preparo. * * * TIPOS DE AGULHAS 13x4.5 25x6 25x7 30x7 25x8 40x12 30x8 * * * TIPOS DE SERINGAS 1ml: utilizadas para as vias intradérmica e subcutânea; 3ml: utilizadas para as vias subcutânea e intramuscular; 5ml: utilizadas para as vias intramuscular e endovenosa (no caso de medicações que não são diluídas); 10ml: utilizadas para a via endovenosa; 20ml: utilizadas para a via endovenosa. * * * GRADUAÇÕES DE SERINGAS DE DIFERENTES VOLUMES 20mL: graduação mínima de 1mL, com numeração a cada 5mL; 10mL: graduação mínima de 0,2mL, com numeração a cada 1mL; 5mL: graduação mínima de 0,2mL, com numeração a cada 1mL; 3mL: graduação mínima de 0,1mL, com numeração a cada 1mL; 1mL: graduação mínima de 0,02mL, com numeração a cada 0,1mL. Observações: a) A seringa de 1mL padronizada tem como graduação Unidades Internacionais (UI), em que 1mL corresponde a 100UI. Dessa forma 0,1mL corresponde a 10UI e 0,02mL a 2UI. * * * TIPOS DE SERINGAS 1ml 3ml 5ml 10ml 20ml 60ml * * * PREPARANDO A INJEÇÃO Explicar ao paciente quanto ao procedimento utilizando o método de administração corretamente; Identificar o medicamento a ser administrado, de acordo com a prescrição médica; Higienizar as mãos antes e após de preparar e aplicar a medicação; Utilizar técnica asséptica no preparo afim de minimizar o perigo de injetar microrganismos na corrente sangüínea ou nos tecidos; Não esquecer de fazer a assepsia da ampola e do fraco ampola com álcool a 70%, antes da aspiração (passar o algodão com álcool a 70% três vezes na ampola); Fazer anti-sepsia da pele; Manejar corretamente o material esterilizado; * * * PREPARANDO MEDICAÇÕES ARMAZENADAS EM AMPOLA Realizar desinfecção da ampola com algodão embebido em álcool a 70%; Proteger os dedos com o algodão embebido em álcool ao destacar o gargalo da ampola; Aspirar a solução da ampola para a seringa; Proteger a agulha com a própria capa e o êmbolo da seringa com o próprio invólucro; Não esquecer de identificar o medicamento com os 5 Certos, antes da administração; Após administração, NUNCA reencapar a agulha, e desprezá-la no descarte apropriado. * * * PREPARANDO MEDICAÇÕES ARMAZENADASEM FRASCO AMPOLA Retirar o lacre do frasco ampola e realizar a desinfecção da tampa hermética com algodão embebido em álcool a 70% passando o algodão 3x; Realize a desinfecção do gargalo da ampola do diluente com algodão e álcool 70%, abra a ampola, aspire o conteúdo e injete-o pela parede interna do frasco ampola; Homogeneíze bem o pó liofilizado com o diluente colocando o frasco ampola entre as mãos e realizando movimentos rotacionais; Aspire o conteúdo e retire as eventuais bolhas da seringa, expulsando o ar e deixando somente a suspensão; Despreze o frasco ampola no descarte apropriado. * * * CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO Antes de escolher o local para administrar a medicação ou de realizar uma punção o profissional deve considerar: Ausência de lesões, necroses, abcessos ou processos inflamatórios na região; Localização de grandes nervos e vasos sanguíneos; Condição da massa muscular; Tipo, quantidade e características da medicação. * * * INTRADÉRMICA (ID) CONCEITO: É a introdução de pequena quantidade de medicamento na derme (entre a epiderme e hipoderme (tecido subcutâneo). Esta via tem seu efeito mais lento do que nas outras vias de aplicação parenteral. Via muito restrita, usada para pequenos volumes (de 0,1 a 0,5 ml). FINALIDADE: Teste de sensibilidade alérgica e aplicação de vacinas. A angulação da agulha deve ser mínima com relação ao tecido 15º, introduzindo cerca de 2 mm da agulha com bisel para cima. Injete a solução observando a formação de pápula e retire a agulha com movimento único e rápido; Não massagear o local, comprimir suavemente em caso de sangramento discreto. Fonte: Técnicas básicas de enfermagem 2ª ed. Martinari, 2007 – São Paulo; pag. 225 * * * VIA INTRADÉRMICA (ID) Material necessário: Bandeja contendo: Luva de procedimento; Seringa de 1 ml (100UI); Medicação a ser aspirada; Agulha para aplicação da medicação (13x4,5); Bolas de algodão. * * * TÉCNICA PARA APLICAÇÃO-ID Higienizar as mãos antes e após o procedimento; Preparar o medicamento; Orientar o cliente quanto ao procedimento; Não realizar anti-sepsia com álcool 70%,pois pode possibilitar reações falso positivas nos testes e redução da atividade das vacinas; Firmar a pele utilizando os dedos polegar e indicador; Inserir a agulha com bisel para cima com ângulo de 10º e 15º; Injetar o medicamento que não deve ultrapassar 0,5ml, observando a formação de pápula (elevação da pele); Retirar a agulha, sem friccionar o local. Colocar algodão seco somente se houver sangramento ou extravasamento da droga; Não reencapar agulha, descartar a seringa e agulha em recipientes apropiados; Registrar o cuidado executado.Arrumar a unidade. * * * VIA INTRADÉRMICA (ID) * * * VIA SUBCUTÂNEA (SC) Na via subcutânea ou hipodérmica, os medicamentos são administrados no tecido subcutâneo ou hipoderme. Nesta via a absorção é lenta, através dos capilares, de forma contínua e segura. Usada para administração de vacinas (anti-rábica e anti-sarampo), anticoagulantes ( heparina e clexane ) e hipoglicemiantes (insulina).O volume não deve exceder 1,0 ml. Essa via não deve ser utilizada quando o cliente tem doença vascular oclusiva e má perfusão tecidual, pois a circulação periférica diminuída retarda a absorção da medicação. Os locais mais indicados são: Parte superior externa dos braços; Face lateral e frontal das coxas; Região glútea direita e esquerda; Região supra e infra-umbilical; Região intermediaria lateral das costas; Região supra escapular. * * * VIA SUBCUTÂNEA (SC) Material necessário: Bandeja contendo: Luva de procedimento; Seringa de 1ml ou 3ml; Agulha para aspiração da medicação; Medicação a ser aspirada; Agulha 13x4,5 ou 25x7; Os locais de administração nesta via devem ser alternados com rigor,evitando iatrogênias para aplicação da medicação (13x4,5 ou 25x7), bolas de algodão e álcool a 70%. * * * TÉCNICA PARA APLICAÇÃO-SC Higienizar as mãos antes e após o procedimento; Preparar o medicamento; Orientar o cliente quanto ao procedimento; Escolher o local da administração; Realizar anti-sepsia do local , sempre com algodão embebido em álcool a 70%; Com a mão não dominante, fazer uma prega no tecido subcutâneo com os dedos indicador e polegar, mantendo a região firme; Insira a agulha com um ângulo 45º (25x7) ou 90º (13x4,5). No entanto, em crianças ou em pessoas com uma pequena camada adiposa, poder-se-á recomendar um ângulo de 45º. * * * TÉCNICA PARA APLICAÇÃO-SC Realizar aspiração após introdução da agulha certificando-se que não houve punção de vaso sanguíneo, caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o medicamento, novamente preparado e aplicado; Injetar o medicamento lentamente após aspiração local; Após administração do medicamento retirar a agulha num único movimento; Realizar uma leve compressão no local da aplicação com algodão seco; Descartar o material utilizado no local apropriado; Higienizar as mãos após o procedimento; Registrar corretamente no prontuário. * * * VIA SUBCUTÂNEA (SC) A medicação SC deve ser feita longe de áreas vermelhas, cicatrizes,inflamações, hérnias, feridas cirúrgicas ou escoriações; NÃO realizar aspiração, no caso de Heparina, pois pode ocorrer a formação de hematomas no local da aplicação; NÃO realizar massagem no caso de Insulina, pois pode ocorrer aceleração no processo de absorção do medicamento NÃO realizar massagem no caso de Heparina, pois podem ocorrer hematomas locais. * * * VIA SUBCUTÂNEA (SC) Nos casos de utilizar agulha 25/7,realizar a aplicação com o bisel para cima, com rapidez e firmeza, e em ângulo de 30º(indivíduos magros), 45º (indivíduos normais) ou 60º (indivíduos obesos). * * * VIA INTRAMUSCULAR (IM) A administração via intramuscular permite que você injete o medicamento diretamente no músculo em graus de profundidade variados; É usado para administrar suspensões e soluções oleosas, garantindo sua absorção a longo prazo.; Devemos estar atentos quanto a quantidade a ser administrada em cada músculo; É necessário que o profissional realize uma avaliação da área de aplicação, certificando-se do volume que esse local possa receber. * * * VIA INTRAMUSCULAR (IM) Os fatores que são considerados quando se seleciona o local para injeção IM incluem os seguintes: A quantidade e a característica da medicação a ser injetada; A quantidade e a condição geral da massa muscular; A freqüência ou o número de injeções a serem administradas durante o curso do tratamento; O tipo de medicação que está sendo fornecido; Os fatores que podem impedir o acesso ou provocar contaminação do local; A capacidade da paciente de assumir, com segurança a posição necessária. * * * ESCOLHA DO MÚSCULO PARA ADMINISTRAÇÃO DA MEDICAÇÃO IM 1ª escolha: Região Ventroglútea (VG): qualquer idade: máximo de 3 ml; 2ª escolha: Região da Face Anterolateral da Coxa (FALC) : indicada especialmente para lactentes e crianças até 10 anos; máximo 3 ml; 3ª escolha: Região Dorso Glútea (DG): contra indicada para menores de 2 anos, maiores de 60 e pessoas excessivamente magras; máximo 5 ml; 4ª escolha: Região Deltóide (D): contra indicada para menores de 10 anos e adultos com desenvolvimento muscular. * * * REGIÃO DA FACE ÂNTERO-LATERAL DA COXA (VASTO LATERAL) O músculo vasto lateral é o maior dos componentes do músculo quadríceps femural, na face anterolateral da coxa. A utilização desta região foi recomendada, já em 1920, em vista das contra-indicações às regiões dorso-glúteo e deltóide; É uma região facilmente exposta e proporciona melhor controle de pacientes agitados ou crianças chorosas. Por estarem os músculos desta região melhor desenvolvidos, desde o nascimento, e afastados de nervos importantes, alguns autores a indicam especialmente para crianças. * * * REGIÃODA FACE ÂNTERO-LATERAL DA COXA (VASTO LATERAL) Materiais Indicados: A seringa varia conforme o volume a ser injetado (entre 1 e 3 ml); Comprimento e calibre da agulha variam de acordo com a solubilidade do líquido a ser injetado (entre 20 e 40mm); O bisel da agulha deve ser longo, para facilitar a introdução (entre 5,5 e 9mm), e espessura entre 5,5 e 7dcmm - dimensões: 25x7; 30x7, 25x8 e 30x8. * * * REGIÃO DA FACE ÂNTERO-LATERAL DA COXA (VASTO LATERAL) Procedimentos para Administração: Higienizar as mãos antes e após o procedimento; Reunir o material para aplicação IM; Explicar ao paciente o que será realizado, deixando-o confortável; Calçar as luvas de procedimento; Fazer a anti-sepsia do local com álcool a 70% ; Estender a pele com os dedos indicador e polegar, mantendo o músculo firme com sua mão não dominante; Inserir a agulha em ângulo de 45º no sentido ao eixo longitudinal da perna em direção podálica; ou perpendicular à coxa ou discretamente angulada no sentido da região anterior da coxa; Aspirar, observando se não atingiu algum vaso sangüíneo; caso isso aconteça, retirar a agulha , desprezar a medicação e preparar outra dose; * * * REGIÃO DA FACE ÂNTERO-LATERAL DA COXA (VASTO LATERAL) Realizar a aplicação do medicamento após aspiração local e injetar o líquido lentamente; Retirar a seringa com a agulha, com movimento único e firme; Fazer leve compressão no local com algodão seco; Descartar o material, seguindo as precauções padrão; Higienizar as mãos; Realizar o registro correto no prontuário do paciente. * * * REGIÃO DA FACE ÂNTERO-LATERAL DA COXA (VASTO LATERAL) ISENTA DE VASOS SANGUÍNEOS E NERVOS IMPORTANTES. Nervo Cutâneo Lateral da Coxa * * * REGIÃO DA FACE ÂNTERO-LATERAL DA COXA (VASTO LATERAL) VANTAGENS: Músculo grande e bem desenvolvido que pode tolerar quantidades maiores de líquido; Indicada especialmente para lactentes e crianças até 10 anos; Nenhum nervo ou vaso sanguíneo importante nesta localização; Local seguro por ser livre de vasos sanguíneos e nervos importantes; Proporciona melhor controle de pessoas agitadas ou crianças chorosas. Facilidade de auto aplicação;. O local de aplicação é 15 cm abaixo do trocanter e 12cm acima do joelho (no centro dessa região delimitada). DESVANTAGENS: Trombose da artéria femoral decorrente da injeção na área mediana da coxa; Lesão do nervo ciático por agulha longa injetada posteriormente e medialmente na menor extremidade * * * REGIÃO DORSO GLÚTEA: Região dorso glúteo (músculo glúteo Maximo) . Devido à sua extensão, a região dorso glútea tem sido comumente utilizada, mas esta preferência tradicional tem bem menos justificativas do que se supõe comumente, como se pode concluir pelas desvantagens a seguir detalhadas; É justamente esta possibilidade que faz com que todos os autores que indicam a utilização desta região alertem para que se tomem precauções contra esta complicação, tal como a aplicação no ângulo externo do quadrante superior externo da região glútea. Ou seja, não utilizar o seu ângulo interno, uma vez que, em alguns indivíduos, o nervo ciático é encontrado ainda nessa área.O fato do pequeno cliente estar inquieto ou até esperneando aumenta a probabilidade de uma angulação inadequada da agulha, aumentando o risco de lesão neural. * * * REGIÃO DORSO GLÚTEA: VANTAGENS: Acomoda grandes quantidades de líquido; A criança não vê a agulha e a seringa; De fácil acesso quando a criança está em decúbito ventral ou lateral. DESVANTAGENS: A região dorso-glúteo não é indicada para ser usada em crianças menores de 2 anos e que não deambula, uma vez que a área é relativamente pequena nesta faixa etária e a espessura da camada formada por subcutâneo e musculatura; Contra indicada para maiores de 60 anos, pessoas excessivamente magra e imobilização no leito; Risco de lesão do nervo ciático e artéria glútea Tecido subcutâneo espesso. * * * REGIÃO DORSO GLÚTEA * * * LOCALIZAÇÃO DO NERVO CIÁTICO * * * REGIÃO DELTÓIDE Região existe o músculo deltóide, o mais importante da cintura escapular. É uma região de grande sensibilidade local e possui pequena massa muscular, não sendo capaz de receber grandes volumes (máximo de 3 ml). * * * REGIÃO DELTÓIDE Material necessário: Bandeja contendo: Luva de procedimento; Seringa de 3ml ou 5ml; Agulha para aspiração da medicação (40x12); Medicação a ser aspirada; Agulha para aplicação da medicação (25x8 ou 30x8); Bolas de algodão e álcool a70%. Para a localização da punção deve-se traçar um retângulo na região lateral do braço, iniciando na extremidade mais inferior do acrômio, respeitando a distância de 3 - 5 cm abaixo do acrômio, e terminando no ponto oposto à axila, a 3 - 3,5cm acima da margem inferior do deltóide. Localizar a punção neste retângulo. * * * REGIÃO DELTÓIDE Posição do paciente: deitado ou sentado com o braço ao longo do corpo ou com o antebraço flexionado em posição anatômica, com exposição do braço e ombro. * * * REGIÃO DELTÓIDE Técnica para aplicação: Higienizar as mãos antes e após o procedimento; Explicar ao cliente o que será realizado,orientando a manter uma posição que auxilie o relaxamento do músculo onde será feita a injeção, evitando o extravasamento e minimizando a dor; Deixar o cliente em posição confortável, escolher o local para aplicação; Calçar as luvas de procedimento; Fazer anti-sepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%; Com a mão não dominante, segure firmemente o músculo para aplicação da injeção; Introduzir a agulha no músculo escolhido, sempre com o bisel lateralizado, num ângulo de 90°; * * * REGIÃO DELTÓIDE Após introdução da agulha, realizar aspiração certificando-se de que não houve punção de vaso sanguíneo. Caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o medicamento, novamente preparado e aplicado; Inserir lentamente o medicamento após aspiração local; Retirar a agulha em movimento único; Realizar leve massagem no local da aplicação (é contra indicado para medicamentos de ação prolongada, como os anticoncepcionais injetáveis); Descartar o material utilizado em local apropriado; Higienizar as mãos; Registrar corretamente no prontuário. * * * REGIÃO DELTÓIDE VANTAGENS: Absorção mais rápida que na região glútea; De fácil acesso com retirada mínima de roupa; Menos dor e menos efeitos colaterais locais por vacinas quando comparado com o vasto lateral. DESVANTAGENS: Massa muscular pequena; apenas quantidades limitadas de substâncias podem ser injetadas; Margens de segurança pequenas com possível lesão do nervo radial e do nervo axilar. Região de grande sensibilidade local; Não pode ser utilizado para injeções consecutivas e com substâncias irritantes,pois pode causar abscesso e necrose; Não deve ser usada para crianças com idade de 0 a 10 anos e adultos com pequeno desenvolvimento muscular; Não deve ser usado em injeções consecutivas e com substâncias irritantes, pois podem causar abscesso e necrose. * * * REGIÃO VENTRO GLÚTEA OU HOCHSTETTER É a aplicação nos músculos glúteo médio e mínimo, é uma aplicação profunda.É mais indicada por estar livre de estruturas anatômicas importantes (não apresenta vasos sanguíneos ou nervos significativos); Ainda é muito pouco utilizada. Esta é uma região indicada para qualquer faixa etária, especialmente crianças, idosos, indivíduos magros ou emaciados. * * * REGIÃO VENTRO GLÚTEA OU HOCHSTETTER Técnica para aplicação: O profissional de enfermagem deve colocar a mão não dominante espalmada sobre a região trocanteriana no quadril do cliente, apontar o polegar para a virilha e os outros dedos para a cabeça do cliente, colocar o indicador sobre a crista ilíaca anterior e o dedo médio para trás ao longo da crista ilíaca, esta posição formará um V. O centro da letra V é o local para aplicação. * * * REGIÃO VENTROGLÚTEA OU HOCHSTETTER * * * REGIÃO VENTRO GLÚTEA OU HOCHSTETTER VANTAGENS: Livre de nervos e estruturas vasculares importantes; Facilmente identificada pelos marcos ósseos proeminentes; Camada mais fina de tecido subcutâneo que no local dorso glúteo, e assim menor chance de depositar a substância no tecido subcutâneo que no tecido muscular; Pode acomodar maiores quantidades de líquido; Menos doloroso que no vasto lateral. De fácil acesso com a criança em decúbito dorsal, ventral ou decúbito lateral. DESVANTAGENS: Profissionais não familiarizados com a área, provando grande necessidade de atualização; Ansiedade dos pacientes por desconhecimento da técnica e apego ás técnicas tradicionais. * * * Aplicação Método Trajeto Z É uma técnica utilizada na aplicação de drogas irritativas para proteção da pele e de tecidos subcutâneos, é um método eficaz na vedação do medicamento dentro dos tecidos musculares. Deve ser realizada em grandes e profundos músculos, como Glúteo Dorsal ou Ventral. * * * Aplicação Método Trajeto Z Técnica para aplicação: Higieniza as mãos antes e após o procedimento; Reunir o material para aplicação IM; Explicar ao paciente o que será realizado; Deixar o paciente em posição confortável; Calçar as luvas de procedimento; Segure a pele esticada com a mão não dominante; Realizar anti-sepsia do local com álcool 70%; Introduzir a agulha sempre com o bisel lateralizado, num ângulo de 90°; Aspirar a seringa após introdução da agulha, SEM soltar a pele; certificando-se de que não houve punção de vaso sanguíneo. Caso tenha ocorrido, deve ser interrompida a aplicação, desprezado o medicamento, novamente preparado e aplicado; * * * Aplicação Método Trajeto Z Injete o medicamento lentamente. Ao término da injeção permaneça com a agulha introduzida aproximadamente por 10 segundos (no caso da técnica em z), permitindo melhor distribuição do medicamento; Retire a agulha num único movimento e solte a pele. A soltura da pele implicará em vedação do orifício da injeção impedindo a saída do medicamento; Retirar a seringa com a agulha, com movimento único e firme; Fazer leve compressão no local com algodão seco; Descartar o material, seguindo as preucações padrão; Higienizar as mãos; Realizar o registro correto no prontuário do paciente. * * * SUBCUTÂNEA INTRAMUSCULAR ENDOVENOSA * * * VIA ENDOVENOSA (EV) É a administração de medicamento diretamente na corrente sanguínea através de uma veia. A administração pode variar desde uma única dose até uma infusão contínua. Como o medicamento ou a solução é absorvido imediatamente, a reposta do cliente também é imediata. A biodisponibilidade instantânea transforma a via EV na primeira opção para ministrar medicamentos durante uma emergência. Como a absorção pela corrente sanguínea é completa, grandes doses de substâncias podem ser fornecidas em fluxo contínuo. Indicam-se diluições em seringas de 10 e 20ml, ou seja, com 10 ou 20ml de água destilada. Para medicamentos com altas concentrações, indica-se diluições em frascos de soluções salinas (Soro Fisiológico 0.9%) ou glicosadas (Soro Glicosado 5%). * * * LOCAIS PARA PUNÇÃO VENOSA Região do dorso da mão: veia basílica; veia cefálica; veia metacarpianas dorsais. * * * LOCAIS PARA PUNÇÃO VENOSA Região dos membros superiores: veia cefálica acessória; veia cefálica; veia basílica; veia mediana do cotovelo; veia intermediária do antebraço. * * * LOCAIS PARA PUNÇÃO VENOSA Região cefálica: * * * VIA ENDOVENOSA (EV) Material necessário: Bandeja contendo: Luva de procedimento, Garrote, Bolas de algodão e álcool a 70%, Cateter periférico (cateter agulhado tipo scalp para punções de curta duração em torno de 4 hs ou cateter sobre agulha tipo insyte / gelco para punções em torno de 96 hs),ou quando houver necessidade; Adesivo ou tala para fixar o cateter. * * * CATETER AGULHADO 21G 25G 19G 23G 27G * * * CATETER SOBRE AGULHA 24G 20G 22G 14G 18G 16G * * * TÉCNICA PARA PUNÇÃO PERIFÉRICA Higienizar as mãos antes e após o procedimento Explicar ao paciente o que será realizado; Calçar as luvas de procedimento; Deixar o paciente em posição confortável com a área de punção apoiada; Escolher o local para punção ( sempre iniciar a punção pelas veias distal); Garrotear o local para melhor visualizar a veia; Fazer a anti-sepsia do local com algodão embebido em álcool a 70% no sentido do proximal para distal; Realizar a punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado para cima, introduzir a agulha num ângulo de 45°; Desgarrotear o membro; Após a punção realizar a fixação adequada com o adesivo; Identificar o adesivo com data, nome e hora para controle de uma nova punção; Reunir o material utilizado e desprezá-lo em local apropriado; Higienizar as mãos; Realizar anotação de enfermagem do procedimento, descrevendo local e intercorrências. * * * EXEMPLO DOSE CERTA Cálculo mental; - Cálculo por escrito; * Quando se deseja 100 mg de um medicamento que esta rotulado como 50mg/ml, estimar mentalmente a dosagem como sendo 2 ml e depois calcule: 50mg_____________1ml 100mg____________ X 50 X= 100 X= 100/50 X= 2 ml IMPORTANTE: - Não quebre comprimidos não sulcado - Cuidado ao calcular decimais 0,75 diferente 0,075 0,25 nunca .25 0,25 nunca 0,250 - Insulina 10 UI diferente de 100 UI * * * REFERÊNCIAS CAPOBIANGO, J. D.; TACLA, M. T. G. M. Diluições em pediatria.In: MARTINS, C. B. G.; FERRARI, R. A. P. DEF: Dicionário de especialidades farmacêuticas, 2000/2001. http://bulario.bvs.br Bulário Eletrônico da Agência Nacional deVigilância Sanitária (Anvisa). É um banco de dados, via internet, para acesso às informações sobre medicamentos registrados e comercializados no Brasil. O portal traz ainda matérias sobre educação em saúde, notícias relacionadas à atualização das bulas, a legislação em vigor sobre o assunto, perguntas freqüentes e endereços eletrônicos de interesse na área de saúde. SILVA, G. R. G., NOGUEIRA, M. F. H. (org.). Terapia intravenosa em recém-nascidos: orientações para o cuidado de enfermagem. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2004. Além do enfoque atual sobre terapia IV, traz uma tabela de estabilidade, compatibilidade e formas de preparo dos principais medicamentos injetáveis usados em neonatologia. SILVA, M. T. e SILVA, S.R.L.P.T.Cálculo e Administração de Medicamentos na Enfermagem .São Paulo:Martinari,2008.272 p.
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