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Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Gabarito - AP1 – Geometria Anal´ıtica II – 2015/1 Questa˜o 1 (2,5 pontos): Considere os pontos A = (1, 0, 1), B = (2,−1, 1), C = (5, 1, 2) e D = (5, 2, 1), e as retas r = ←→ AB e s = ←→ CD. (a) [1,0 pt] Determine equac¸o˜es parame´tricas para as retas r e s. (b) [1,0 pt] Determine pontos R ∈ r e S ∈ s tais que o segmento RS seja perpendicular a r e a s simultaneamente. (c) [0,5 pt] Determine a distaˆncia entre as retas r e s. SOLUC¸A˜O (a) Podemos parametrizar a reta r = ←→ AB de va´rias formas. Uma delas e´ considerar o in´ıcio da parametrizac¸a˜o em A = (1, 0, 1) e tomar, como direc¸a˜o, o vetor −→ AB = (2,−1, 1)− (1, 0, 1) = (1,−1, 0). Assim, r : (x, y, z) = (1, 0, 1) + t (1,−1, 0), t ∈ R, ou, na forma de sistema, r : x = 1 + t y = −t z = 1 t ∈ R. Uma poss´ıvel parametrizac¸a˜o da reta s = ←→ CD tem in´ıcio em C = (5, 1, 2) e tomar, como direc¸a˜o, o vetor −−→ CD = (5, 2, 1)− (5, 1, 2) = (0, 1,−1). Assim, s : (x, y, z) = (5, 1, 2) + t′ (0, 1,−1), t′ ∈ R, ou, na forma de sistema, s : x = 5 y = 1 + t′ z = 2− t′ t′ ∈ R. (b) Os pontos R e S sera˜o da forma R = (1, 0, 1) + t (1,−1, 0) = (1 + t,−t, 1), S = (5, 1, 2) + t′ (0, 1,−1) = (5, 1 + t′, 2− t′), para t, t′ ∈ R. Como RS deve ser perpendicular a`s retas r e s, o vetor −→ RS sera´ ortogonal aos vetores direc¸a˜o de r e s, −→ AB = (1,−1, 0) e −−→CD = (0, 1,−1). Como −→ RS = (5, 1 + t′, 2− t′)− (1 + t,−t, 1) = (4− t, 1 + t′ + t, 1− t′), temos enta˜o { 〈(4− t, 1 + t′ + t, 1− t′), (1,−1, 0)〉 = 0 〈(4− t, 1 + t′ + t, 1− t′), (0, 1,−1)〉 = 0. Com isso, { (4− t)− (1 + t′ + t) = 0 (1 + t′ + t)− (1− t′) = 0, que equivale a { 3− 2t− t′ = 0 t+ 2t′ = 0. Somando a primeira equac¸a˜o com o dobro da segunda, temos 3 + 3t′ = 0, logo t′ = −1. Substituindo na segunda equac¸a˜o, temos t− 2 = 0, logo t = 2. Com isso, R = (1 + 2,−2, 1) = (3,−2, 1), S = (5, 1 + (−1), 2− (−1)) = (5, 0, 3). (c) Como RS e´ o segmento perpendicular comum entre duas retas, d(r, s) = d(R, S) = ‖−→RS‖ = ‖(5, 0, 3)− (3,−2, 1)‖ = ‖(2, 2, 2)‖ = √ 22 + 22 + 22 = 2 √ 3. Questa˜o 2 (2,0 pontos): Sejam dados o ponto X = (5,−3, 1) e o plano Π de equac¸a˜o 2x− 2y + z + 1 = 0. (a) [1,0 pt] Determine o ponto P , projec¸a˜o ortogonal de X sobre Π. (b) [1,0 pt] Determine o ponto X ′, sime´trico de X em relac¸a˜o a Π. SOLUC¸A˜O (a) A projec¸a˜o ortogonal P de X sobre Π sera´ a intersec¸a˜o da reta r, perpendicular a Π e passando por X, com o plano Π. Como r e´ perpendicular a Π, sua direc¸a˜o pode ser dada pelo vetor normal ~η = (2,−2, 1) de Π. Assim, como X ∈ r, r : x = 5 + 2t y = −3− 2t z = 1 + t t ∈ R. O ponto P , intersec¸a˜o de r e Π, e´ dado enta˜o pela soluc¸a˜o do sistema 2x− 2y + z + 1 = 0 x = 5 + 2t y = −3− 2t z = 1 + t Substituindo as treˆs u´ltimas equac¸o˜es na primeira, temos 2(5 + 2t)− 2(−3− 2t) + (1 + t) + 1 = 0, 2 logo 9t+ 18 = 0 ∴ t = −2. Assim, x = 5 + 2(−2) = 1 y = −3− 2(−2) = 1 z = 1 + (−2) = −1, e enta˜o P = (1, 1,−1). (b) O sime´trico X ′ de X em relac¸a˜o a Π sera´ tal que P e´ o ponto me´dio de X e X ′. Assim, fazendo X ′ = (x, y, z), (1, 1,−1) = ( x+ 5 2 , y − 3 2 , z + 1 2 ) , logo x+ 5 = 2, y − 3 = 2, z + 1 = −2 e, portanto, X ′ = (x, y, z) = (−3, 5,−3). Questa˜o 3 (2,5 pontos): Seja Π o plano parametrizado por Π : (x, y, z) = (α + β, α, 1− α + 2β), α ∈ R, β ∈ R. Determine m para que a reta r, parametrizada por r : (x, y, z) = (1, 2,−3) + t (−1,−2,m), t ∈ R esteja contida no plano Π. SOLUC¸A˜O A reta r estara´ contida em Π se, e somente se, dois de seus pontos pertencerem a Π. Vamos testar o ponto inicial da parametrizac¸a˜o de r: (1, 2,−3) = (α + β, α, 1− α + 2β)⇔ 1 = α + β 2 = α −3 = 1− α + 2β Pela segunda equac¸a˜o, temos α = 2. Substituindo na primeira, temos 1 = 2 + β, logo β = −1. Testando na terceira equac¸a˜o, temos 1 − 2 + 2(−1) = −3, logo, α = 2, β = −1 e´ de fato uma soluc¸a˜o para o sistema. Com isso, (1, 2,−3) ∈ Π. Agora precisamos garantir que outro ponto da reta esteja no plano. Fazendo t = 1 na parametrizac¸a˜o de r, temos o ponto (x, y, z) = (1, 2,−3) + 1 (−1,−2,m) = (0, 0,−3 +m), que pertencera´ a Π se, e somente se, (0, 0,−3 +m) = (α + β, α, 1− α + 2β), 3 ou, equivalentemente, 0 = α + β 0 = α −3 +m = 1− α + 2β Pela segunda equac¸a˜o, α = 0 e, utilizando a primeira, temos β = 0. Substituindo na terceira, temos −3 +m = 1− 0 + 2 · 0 = 1, logo −3 +m = 1, e enta˜o m = 4. Questa˜o 4 (1,5 ponto): No prisma de base triangular da figura, A = (0, 0, 0), B = (1, 1, 0), C = (0, 2,−1) e D = (0, 1, 4). Determine o volume do prisma. SOLUC¸A˜O Considerando o ponto E tal que ABEC seja um paralelogramo, o volume do prisma pedido e´ a metade do volume do prisma da figura abaixo. Assim, sendo −→u = −→AB = (1, 1, 0), −→v = −→AC = (0, 2,−1) e −→w = −−→AD = (0, 1, 4), o volume pedido e´ V = |[−→u ,−→v ,−→w ]| 2 = 1 2 ∣∣∣∣∣∣ ∣∣∣∣∣∣ 1 1 0 0 2 −1 0 1 4 ∣∣∣∣∣∣ ∣∣∣∣∣∣ = 12 ∣∣∣∣∣∣∣∣2 −11 4 ∣∣∣∣∣∣∣∣ = 92 u.v. Questa˜o 5 (1,5 ponto): Dado o vetor ~u = (1, 1, 0), deˆ dois vetores ~v e ~w tais que os treˆs vetores, ~u, ~u e ~w sejam dois a dois ortogonais e ‖~u‖ = ‖~v‖ = ‖~w‖. SOLUC¸A˜O Escrevamos −→v = (α, β, γ) e −→w = (a, b, c). Sendo assim temos, 〈−→u ,−→v 〉 = 0 ⇐⇒ 〈(1, 1, 0), (α, β, γ)〉 = 0 ⇐⇒ α + β = 0. 4 Podemos escolher, por exemplo, −→v = (1,−1, 0) que, claramente, tem o mesmo mo´dulo que −→u . ‖−→u ‖ = √ 12 + 12 + 02 = √ 2 ‖−→v ‖ = √ 12 + (−1)2 + 02 = √ 2 Para encontrar o vetor −→w , observemos que{ 〈−→u ,−→w 〉 = 0 〈−→v ,−→w 〉 = 0 ⇐⇒ { 〈(1, 1, 0), (a, b, c)〉 = 0 〈(1,−1, 0), (a, b, c)〉 = 0 ⇐⇒ { a+ b = 0 a− b = 0 Logo, a = b = 0. O vetor −→w e´ da forma (0, 0, c). Como queremos que ‖−→u ‖ = √2, temos que √ 02 + 02 + c2 = √ 2 ⇐⇒ |c| = √ 2. Escolhemos enta˜o −→w = (0, 0,√2). Os vetores sa˜o enta˜o, −→v = (1,−1, 0),−→w = (0, 0, √ 2). 5
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