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AULA 01 EVOLUÇÃO E ORIGEM DA VIDA Profa. Dra.: Fabiana L. da Fonseca BACHARELADO EM AGRONOMIA DE ONDE VIEMOS? A PARTIR DO SÉCULO XVII SURGIRAM DÚVIDAS LOUIS PASTEUR CHARLES DARWIN Como surgem os seres vivos? ATÉ SÉCULO XVII GERAÇÃO ESPONTÂNEA (ABIOGÊNESE) CRIAÇÃO DIVINA (CRIACIONISMO) Origem da vida Até meados do séc. XIX, acreditava-se que seres podiam surgir espontaneamente da matéria não-viva. Hoje, sabe-se que um ser vivo surge somente através da reprodução. Biogênese versus Abiogênese Através de cadáveres em decomposição e que rãs, cobras e crocodilos eram gerados a partir do lodo dos rios GERAÇÃO ESPONTÂNEA (ABIOGÊNESE) SURGIMENTO DE SERES VIVOS POR MECANISMOS NÃO REPRODUTIVOS, A PARTIR DE MATÉRIA NÃO VIVA ARISTÓTELES (384 – 322 a.C.) RENÉ DESCARTES (1596– 1650) ISAAC NEWTON (1642 – 1727) Gansos nasceriam de certas árvores costeiras Vermes nasceriam da carne putrefata COMO PROVAR A ABIOGÊNESE??? Francesco Redi (1626-1697) Um dos primeiros a empregar o método experimental Uma das principais evidências da abiogênese era o aparecimento “espontâneo” de “vermes” em carne podre Hipótese de Redi: “Os seres vermiformes que surgem na carne em putrefação são larvas, um estágio do ciclo de vida das moscas. As larvas devem surgir de ovos colocados por moscas, e não por geração espontânea a partir da putrefação da carne” CONCLUSÃO DE REIDI: - QUE NÃO HÁ GERAÇÃO ESPONTÂNEA DE VERMES PARTIR DE CORPOS EM DECOMPOSIÇÃO. - REFORÇOU A HIPÓTESE DE BIOGÊNES.... - PORÉM!!!!!! Meados do século XVII: descoberta dos micróbios(Antonie van Leeuwenhoek). Reanimação da hipótese da geração espontânea. Os abiogenistas achavam que seres tão pequenos e simples como os micróbios não se reproduziam, surgindo por geração espontânea. Louis Joblot (1645-1723) Em 1711, ferveu um caldo nutritivo à base de carne e repartiu-o entre duas séries de frascos: uns abertos e outros tampados com pergaminho. Após alguns dias, os frascos abertos estavam repletos de micróbios, enquanto os frascos tampados continuavam inalterados. Conclusão de Joblot: Os micróbios surgiam de “sementes” provenientes do ar, e não por geração espontânea a partir do caldo. John Needham (1713-1781) Hipótese da geração espontânea ganha novo impulso. Colocou caldo nutritivo em diversos frascos, fervendo-os por 30 min e tampou os frascos com rolhas. Depois de alguns dias, os caldos estavam repletos de micróbios. Argumentou então que os seres presentes nos caldos surgiram por geração espontânea. Lazzaro Spallanzani(1729-1799) Realizou experimentos semelhantes aos de Needham, mas obteve resultados diferentes. As infusões preparadas por Spallanzani, muito bem fervidas e cuidadosamente arrolhadas, continuaram livre de micróbios. Needham defendia que os micro- organismos surgiram no caldo após fervura Spallanzani dizia que o ar estava cheio de micro- organismos que contaminaram a solução de Neddham, mal fervida. Abiogênese venceu o duelo naquele período! Needham replicou... O “princípio ativo” teria sido destruído pela temperatura... Em fins do século XVIII: descoberta do gás oxigênio e seu papel essencial à vida. Novo ponto de apoio para os abiogenistas, que argumentavam que o aquecimento prolongado e a vedação hermética excluíam o oxigênio necessário à geração espontânea e à sobrevivência dos seres. Nova disputa travada entre biogenistas e abiogenistas. Abiogenistas: A presença de ar fresco era fundamental para a geração espontânea da vida. Biogenistas: O ar era a fonte de contaminação dos caldos. Academia Francesa de Ciências: prêmio para quem apresentasse um experimento definitivo sobre essa questão. Louis Pasteur(1822-1895). Experiência nos Alpes – Pasteur Levou frascos de vidro fechados completamente contendo caldo nutritivo até as altitudes dos Alpes. Abriu os frascos para que os caldos ficassem expostos ao ar das montanhas; depois, foram novamente derretidos e fechados. De volta ao laboratório, verificou que apenas um 1 dos vinte frascos abertos nas montanhas havia se contaminado. Surgiu Pasteur Argumento de Pasteur: O ar das montanhas continha muito menos “sementes” de organismos microscópicos do que o ar da cidade, onde qualquer frasco aberto sempre se contaminava. Na presença de membros da academia, quebrou o gargalo de alguns frascos, expondo os caldos ao ar da cidade; 3 dias depois, todos os frascos haviam sido contaminados. Comissão julgadora solicitou mais provas. Os frascos com pescoço de cisne: novo experimento. Pasteur amoleceu os gargalos no fogo, esticando-os e curvando-os em forma de pescoço de cisne; em seguida ferveu os caldos até que saísse vapor pela extremidade dos gargalos. À medida que esfriava, o ar penetrava pelo gargalo, mas as partículas do ar ficavam retidas nas paredes do gargalo em forma de pescoço; Nenhum frasco se contaminou. Derrubada definitiva da hipótese da geração espontânea. MAS OS SERES VIVOS SEMPRE FORAM COMO SÃO ATUALMENTE? Entre os seres vivos e o meio em que vivem há um ajuste, uma harmonia fundamental para a sobrevivência. O flamingo rosa, por exemplo, abaixa a cabeça até o solo alagadiço em que vive para buscar ali seu alimento; os beija-flores, com seus longos bicos, estão adaptados à coleta do néctar contido nas flores tubulosas que visitam. Espécies sofreram alterações ao longo dos tempos Pressões ambientais estão relacionadas às evoluções Seres vivos foram criados por Deus de forma perfeita As espécies não se alteram ao longo do tempo FIXISMO EVOLUCIONISMO QUESTIONADORES DO FIXISMO TEORIAS TRANSFORMISTAS OU EVOLUCIONISTAS JEAN BAPTISTE LAMARCK (1744 – 1829) CHARLES DARWIN (1809 – 1882) Teoria do Uso e Desuso Lei da herança dos caracteres adquiridos O meio provoca mudanças dirigidas nos indivíduos, visando a adaptação LAMARCK Mudanças Ambientais Necessidade de adaptação Modificações nos indivíduos Evolução Adaptativa Alimento “inalcançável” Uso em excesso do pescoço, levando à atrofia Transmissão da característica aos descendentes Teoria da Seleção Natural Teoria da Seleção Sexual O meio seleciona características casuais dos seres vivos, que os tornam mais aptos DARWIN Variabilidade Mudanças Ambientais Seleção de características vantajosas Evolução Adaptativa Algumas girafas nascem com pescoço mais alto Alcançam o alimento que outras não conseguem e sobrevivem Conseguem se reproduzir e passar as características vantajosas adiante Darwin foi muito criticado por suas ideias... A seguir serão descritas as principais evidências da evolução utilizadas pelos evolucionistas de sua defesa de sua tese FÓSSEIS ANATOMIA E EMBRIOLOGIA COMPARADAS ÓRGÃOS VESTIGIAIS BIOQUÍMICA E GENÉTICA COMPARADAS EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO FÓSSEIS A importância do estudo dos fósseis para a evolução está na possibilidade de conhecermos organismos que viveram na Terra em tempos remotos, sob condições ambientais distintas das encontradas atualmente, e que podem fornecer indícios de parentesco com as espécies atuais. Por isso, os fósseis são considerados importantes testemunhos da evolução. ÓRGÃOS VESTIGIAIS Órgãos vestigiais são aqueles que, em alguns organismos, encontram-se comtamanho reduzido e geralmente sem função, mas em outros organismos são maiores e exercem função definitiva. A importância evolutiva desses órgãos vestigiais é a indicação de uma ancestralidade comum. Um exemplo bem conhecido de órgão vestigial no homem é o apêndice vermiforme , estrutura pequena e sem função que parte do ceco (estrutura localizada no ponto onde o intestino delgado liga-se ao grosso). EMBRIOLOGIA COMPARADA O estudo comparado da embriologia de diversos vertebrados mostra a grande semelhança de padrão de desenvolvimento inicial. À medida que o embrião se desenvolve, surgem características individualizantes e as semelhanças diminuem. Essa semelhança também foi verificada no desenvolvimento embrionário de todos animais. Nesse caso, entretanto, quando mais diferentes são os organismos, menor é o período embrionário comum entre eles. ANATOMIA COMPARADA BIOQUÍMICA COMPARADA GENÉTICA COMPARADA COMO SURGEM NOVAS ESPÉCIES? CONCEITO BIOLÓGICO DE ESPÉCIE Uma espécie é geralmente definida como grupos de indivíduos que realmente ou potencialmente se reproduzem naturalmente. Nesse sentido, uma espécie é o maior acervo de genes possível, em condições naturais. Muitas plantas e animais formam híbridos na natureza Bactérias se reproduzem assexuadamente Problemas com a definição OUTROS CONCEITOS DE ESPÉCIE CONCEITO FENOTÍPICO DE ESPÉCIES CONCEITO DE RECONHECIMENTO DE ESPÉCIE Espécie é um conjunto de organismos que podem reconhecer uns aos outros como potenciais parceiros. Espécie é um grupo de organismos que são fenotipicamente similares e que parecem diferentes de outros grupos de organismos. CONCEITO FILOGENÉTICO DE ESPÉCIE Uma espécie é uma “ponta” em uma filogenia, ou seja, o menor conjunto de organismos que compartilham um ancestral e podem ser distinguidos de outros grupos de organismos. Segundo esta definição, uma espécie em anel é uma única espécie que engloba uma grande variação fenotípica MECANISMOS DE ESPECIAÇÃO Simpátrica sim = igual Parapátrica para = ao lado Alopátrica alo = outros Populações isoladas geograficamente pátrica = lugar Uma população continuamente distribuída Dentro da faixa da população ancestral ESPECIAÇÃO ALOPÁTRICA ISOLAMENTO GEOGRÁFICO FLUXO GÊNICO DAS NOVAS ESPÉCIES REDUZIDO FATOR EXTRÍNSECO IMPEDE O ACASALAMENTO REGULAR A experiência com Drosophila realizada por Diane Dodd em 1989. QUAIS ESPÉCIES SURGIRAM PRIMEIRO? 4,6 Terra bombarde ada por meteoros 3,8 Surgimento das moléculas precursoras do DNA 3,8 Surgimen to dos procariont es 3,5 Bactérias fotossintética s passam a liberar oxigênio para a atmosfera 1,6 Surgimen to dos eucariont es Bilhões de Anos atrás... 555 Organism os marinhos multicelul ares são comuns 500 Evolução dos primeiros vertebrados similares a peixes. Invertebrados como os trilobitas, crinoides e cefalópodes dominavam os oceanos 450 Artrópodes no ambiente terrestre. 420 Evolução das plantas terrestres mudando drasticame nte o ambiente e criando habitats 360 Vertebrados tetrápodes e plantas com sementes dão origem a florestas. Muitos corais oceânicos Milhões de Anos atrás... 250 Forma-se o supercon tinente Pangea. Florestas de coníferas, répteis e sinapsida s são comuns 248 90% das espécies marinhas e 70% das terrestres é extinta. Amonitas estão entre os sobrevive ntes. 225 Dinossau ros e mamífer os evoluem. Pangea continua seu processo de separaçã o. 130 Conforme os continentes se direcionam às posições de hoje, as primeiras flores surgem, os dinossauro s dominam a terra e os peixes o mar 65 Um asteroide massivo atinge a península de Yacatán e amonitas e dinossauros não aviários são extintos. Pássaros e mamíferos estão entre os sobrevivent es. 4 Na África, um hominídio primitivo, chamado Lucy, pelos cientistas vive. A era glacial começa e muitos mamíferos são extintos. Milhões de Anos atrás... 130 Humanos anatomicamente modernos evoluem. 60 Descendentes dos primeiros humanos fazem registros pictóricos nas cavernas Milhares de Anos atrás... 1 - Antes de 5 m.a. Na África, nossa linhagem ancestral e a linhagem do chimpanzé se dividiu. 2 - Antes de 4 m.a O hominídeo Australopithecus anamensis andou em suas pernas traseiras onde hoje é o Quênia 3 - mais de 3 m.a. Australopithecus afarensis (“Lucy”) viveu na África. 4 - 2,5 m.a Alguns hominídeos fizeram ferramentas lascando pedras para formar uma ponta cortante. Havia, talvez, quatro ou mais espécies de hominídeos vivendo na África. 5 - 2 m.a Os primeiros membros do clado “Homo”, com seus cérebros relativamente grandes, viveram na África. 6 - 1,5 m.a Machados de mão foram usados. Ainda, os hominídeos espalharam- se da África para Ásia e Europa. Esses hominídeos incluíam ancestrais dos Neandertais (Homo neanderthalensis) na Europa e Homo erectus na Ásia. 7 - há 100 mil anos O cérebro humano alcançou mais ou menos sua atual margem de tamanho. Homo sapiens primitivos viveram na África. Ao mesmo tempo, os Homo neanderthalensis e os Homo erectus viveram em outras partes do Velho Mundo. 8 - há 50 mil anos Culturas humanas produziram pinturas em cavernas, adornos corporais e construíram elaborados enterros. Além disso, alguns grupos de humanos modernos estenderam seu domínio para além da África. 8 - há 25 mil anos Outras espécies de Homo entraram em extinção, deixando apenas os humanos modernos, Homo sapiens, espalhados por todo o Velho Mundo.
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