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Gerontofobia: Medo de Envelhecer

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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS, DA TERRA E ENGENHARIAS
ENGENHARIA CIVIL
GERONTOFOBIA
Pesquisas e Entrevistas Iniciais
Aryel Fraga; Carlos Alberto Silva; Catarino Oliveira; 
Guilherme Silva Santos; Jeniffer Kelly de Oliveira; João Paulo Souza;
Jonas Almeida; Jorge Nassar; Mariana Nazareth Venâncio Dias;
Mateus Campos; Natasha Nataliê de Oliveira da Silva;
Pedro Henrique Silva; Vicente Hortz;
Barra do Piraí/RJ
2015
INTRODUÇÃO
O envelhecimento faz parte do desenvolvimento do ser humano. Nascemos, crescemos, nos reproduzimos, envelhecemos e morremos. Envelhecer é só mais uma entre todas as outras etapas pelas quais passamos, com o mesmo nível de importância e de novas experiências. Porém, para algumas pessoas, estar perto de idosos ou identificar em si mesmo marcas de que o tempo está passando pode ser assustador. A gerontofobia caracteriza o medo irracional, a rejeição à velhice e, consequentemente, aos que estão passando por ela.
O medo de envelhecer talvez seja a condição maior que determina a sociedade na exclusão dos velhos. As pessoas em processo de envelhecimento representam uma “ameaça” constante à onipotência da humanidade. Excluindo-as, não há necessidade de defrontar-se  com a realidade. É difícil para a humanidade assumir a sua própria fragilidade. Desde pequenos, através da família, da escola, do meio social, incorporamos o velho, como algo “desagradável”. Aprendemos a associá-lo com a morte. Em geral acompanhamos a morte dos nossos avós e bisavós, muitas vezes nem os conhecemos e isso passa a ficar internalizado em nós, de que eles são o é o fim e nós o começo, a continuidade, a expressão maior das raízes de uma família.
O velho é vítima de diversas formas de violência por parte da família e da sociedade, esse tipo de coisa é bastante comum. A violência cuja prática às vezes não é nem percebida, mas tem efeito devastador para o velho tanto quanto à agressão física e a violência psicológica ou moral. A agressão à população acima de 60 anos vem de diversas formas, a falta de carinho, atenção, pressão psicológica, descaso e a agressão física propriamente dita. O número de idosos que sofrem algum tipo abuso é tão grande que esse caso já se tornou um problema de saúde pública. Vale ressaltar que muitas vezes as agressões podem resultar em morte. 
Porém, a negligência contra os idosos não é um fenômeno novo. No entanto, apenas nas últimas duas décadas é que essa questão começou a despertar o interesse da comunidade científica. No Brasil, entretanto, a população idosa não costuma ser prioridade nos estudos sobre a violência, em razão do predomínio dos jovens, que exibem altos coeficientes e grande número de casos. Entretanto, os maus-tratos foram percebido nos níveis macro e médio: num percentual de 65%, idosos consideraram maus-tratos a forma preconceituosa como são tratados pela sociedade em geral, as baixas aposentadorias, os desrespeitos que sofrem no transporte público e a falta de leitos hospitalares para idosos. O nível micro só é relatado como abandono por partes das famílias. 
O tratamento dispensado aos idosos não é homogêneo, não é o mesmo nas culturas e sociedades humanas. Varia, difere de uma organização social e política para outra. Como a sociedade brasileira enxerga os mais velhos? Como vivem os idosos de nossas cidades? São perguntas que deveriam estimular pesquisas científicas de profissionais que atuam no campo da gerontologia. No entanto, ainda é pequeno o interesse da ciência pelo envelhecimento humano, como é o do próprio país. Historicamente, o Estado brasileiro não tem tradição no cuidado de atenção pública dispensado às pessoas idosas. É como se elas não existissem, por mais que comprovam as estatísticas demográficas sobre o aumento da população idosa no planeta e em nossos países e cidades.
Diante de tantas mudanças ocorridas na nova ordem mundial, uma delas é exatamente a predominância cada vez maior do número de idosos no mundo. Sabe-se que nos próximos anos a população brasileira será uma população idosa, a contemporaneidade atesta a uma maior expectativa de vida, o que é bom, mas o desafio maior é, além de vivermos mais, é vivermos melhor. Numa sociedade que permite a brincadeira mortal de incendiar cidadãos de rua, fica nebuloso acreditar em dias melhores para a velhice pobre brasileira.
OBJETIVOS
Com o seguinte trabalho, pretende-se identificar, dentre a parcela da população formada no máximo até Ensino Médio, uma média de indivíduos que têm conhecimento sobre a gerontofobia, mesmo que sem conhecer o termo, se eles a possuem e qual a sua opinião sobre o assunto. 
A presente pesquisa também visa servir de base como estudo preliminar para a elaboração de um documentário sobre o tema, que será elaborado e entregue como forma de avaliação em data próxima a conclusão do período.
DESENVOLVIMENTO
A pesquisa inicialmente se constitui de pequenas entrevistas na forma oral tendo como base um formulário padrão em que o entrevistador escrevia as exatas palavras que tinham sido respondidas pelo entrevistado. Cada aluno do grupo ficou responsável por entrevistar duas pessoas que tivessem a formação até o Ensino Médio, totalizando 20 entrevistas. Posteriormente, por uma decisão do grupo após verificarmos algumas respostas, resolvemos modificar esse processo para obtermos resultados mais precisos. Resolvemos mudar o formulário padrão, dividindo a idade, dos 15 aos 64, em faixas de 10 anos e em vez de serem feitas entrevistas orais, cada entrevistado foi responsável por preencher a folha com as suas respostas. Aproveitamos alguns dos resultados anteriores, por meio de escolha dos que estavam com respostas mais claras e resolvemos colher 6 entrevistas para cada faixa de idade, totalizando 30 entrevistas.
Após a coleta de dados foram elaborados gráficos para a comparação dos resultados obtidos em relação a diversos parâmetros observados, como idade e sexo.
RESULTADOS
A maioria dos entrevistados foram homens. Em suas respostas reparamos que tiveram menos disposição em responder a pergunta, como se não se importassem com o tema, principalmente na faixa etária entre 25-34 anos.
Figura
 
1
: 
Classificação quanto ao gênero dos entrevistados.
Quanto à pergunta sobre o conhecimento do termo gerontofobia, a maioria dos entrevistados (63%) não conhece o termo. Observamos que alguns apesar de relatarem conhecer o termo, explicaram de forma errada e alguns apenas responderam sim ou não, sem expressar o significado, não ficando constado que realmente conheciam o termo. Segundo a faixa etária, notamos que apenas na faixa entre 45-54 anos a maioria conhecia o termo.
Figuras 2 e 3: Resultados sobre a pergunta: “Você sabe o que é 
gerontofobia
?” em relação ao todo e em relação a cada faixa etária.
Quanto à pergunta “Você tem medo de envelhecer?” a grande maioria das pessoas respondeu que não. As poucas pessoas que responderam que sim estavam entre as faixas etárias de 15-24 anos e 25-34 anos, ou seja, os mais jovens. Isso possivelmente denota que entre as pessoas mais novas o medo de envelhecer é mais forte, porém com o passar dos anos, conforme as pessoas adquirem mais experiência, passam a entender isso como uma parte elementar da vida, até mesmo por já estar experimentando um pouco desse processo. Entre as pessoas que responderam não, os grandes motivos citados foram: por ser um processo que faz parte da vida, não pensam sobre o futuro, irão adquirir experiência e terão mais tempo livre. Com isso, notamos que para essas pessoas envelhecer é tido como inevitável e devemos passar por essa fase. Alguns, especialmente os mais jovens, não gostam de pensar no futuro e vivem o presente, sem dar a real importância para um momento que vai chegar.
Figuras 
4
 e 
5
: Resultados sobre a pergunta: “Você 
tem medo de envelhece
?” em 
relação a cada faixa etária e em
 
relação 
ao todo.
CONCLUSÃO
Podemos concluir que a maioria das pessoas quenão tem uma graduação não conhecem o termo gerontofobia e até mesmo aquelas que relataram conhecer, não tiveram uma noção real sobre o verdadeiro significado da palavra. A maioria das pessoas entrevistadas não possue medo de envelhecer acreditando que isso é um processo natural que devem enfrentar, com vantagens de desvantagens ou não pensando muito sobre o assunto, por não estarem preocupados com o seu futuro. Aqueles que relataram ter certo receio, explicaram que isso era devido às limitações e dependências que um idoso tem, até mesmo a solidão de ver seus familiares e/ou amigos seguindo a vida ou falecendo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARRETO, L. S.; PORTELA, K. M. T.; TORRES, M. M. S. M.; Violência contra idosos. São Paulo, SP, 2008. Disponível em: < www.xa.yimg.com>. Acessado em: 02 de outubro de 2015.
BURITI, M. A.; CAÇÃO, M. B.; GONÇALVEZ, N. D. M.; REIS, M. O.; SANTOS, L. S. Levantamento documental sobre os aspectos da sexualidade no processo de envelhecimento. Conic-Semesp. Volume 1, 2013. Faculdade Anhanguera de Campinas. Unidade 3. ISSN 2357. Disponível em: <http://conic-semesp.org.br>. Acessado em: 02 de outubro de 2015. 
MINAYO, M. C. S.; Violência contra idosos: relevância para um velho problema. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(3):783-791, mai-jun, 2003. Disponível em: <www.scielo.com>. Acessado em: 02 de outubro de 2015.

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