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aula 6 segundo bimestre direitos fundamentais, nacionalidade e direitos políticos

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Dos Direitos e Garantias fundamentais na atual Constituição Federal Brasileira
Quadro geral dos direitos e garantias individuais
São livres
- a manifestação do pensamento (art. 511 , IV)
- a crença e a prática religiosas (inciso VI)
- a manifestação intelectual, artística, científica e de comunicação (inciso IX)
- o exercício de qualquer trabalho, atendidas as qualificações da lei (inciso XIII)
- a locomoção no território nacional em tempo de paz (inciso XV)
- a reunião pacífica, sem armas (inciso XVI)
- as associações para fins lícitos (incisos XVII e XVIII)
- a criação de cooperativas, na forma da lei (inciso XVIII)
São invioláveis
- a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas (inciso X)
- a casa do indivíduo (inciso XI)
- o sigilo de correspondência (inciso XII).
São assegurados
o direito de resposta (inciso V)
- o acesso a informações, resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional (inciso XIV)
- o direito de propriedade (art. 5, XXII)
- o direito autoral (inciso XXVII)
- a propriedade industrial, que abrange as invenções, os modelos de utilidade, os desenhos industriais, as marcas etc. (inciso XXIX)
- o direito ao nome da empresa (inciso XXIX)
o direito de herança (inciso XXX)
- o direito de receber informações dos órgãos públicos (inciso XXXIII)
- o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos (inciso XXXIV)
- a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos (inciso XXXIV,"b").
Direito à Vida
A Constituição proclama o direito à vida, cabendo ao Estado assegurá-lo em sua dupla acepção: 
1. Direito de permanecer vivo
2. Ter vida digna quanto à subsistência
Inicio da Vida?
Critério biológico: a vida se inicia com a fecundação do óvulo pelo espermatozóide, resultando um ovo ou zigoto. A vida viável começa com a nidação = quando inicia-se a gravidez.
Posição do STF no caso de aborto de feto anencéfalo. 
Pena de morte no Brasil, existe?
(Art. 5, XLVII)
Temas de conflito. 
Aborto, eutanásia, transfusão de sangue testemunhas de Jeová.
A Igualdade na Constituição
Constituição Federal de 1988
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Constituição Federal de 1988
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A Igualdade na Constituição
Constituição Federal de 1988
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Conteúdo Jurídico da Igualdade
A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade. O mais são desvarios da inveja, do orgulho, ou da loucura. Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real. Os apetites humanos conceberam inverter a norma universal da criação, pretendendo, não dar a cada um, na razão do que vale, mas atribuir o mesmo a todos, como se todos se eqüivalessem.
Rui Barbosa, Oração aos Moços
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O Conteúdo Jurídico do Direito de Igualdade
Igualdade – Proporcionalidade – Razoabilidade
As discriminações razoáveis
Previstas na Constituição: 
- cargos privativos de brasileiros natos
- aposentadoria diferenciada para mulheres
- ação afirmativa para portadores de deficiência (reserva de cargos))
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Direito à não-Discriminação
Princípio geral:
O mandamento de igualdade exige que qualquer tratamento desigual ou diferenciado deve ser rigorosamente justificado (através de uma argumentação convincente, com base na proporcionalidade) para ser válido.
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Discriminação Negativa e Discriminação Positiva
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Discriminação Negativa e Discriminação Positiva
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Discriminação Negativa e Discriminação Positiva
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Igualdade Formal e Material
Igualdade formal: perante a Lei (significa que todo mundo será tratado como um indivíduo desconhecido)
Igualdade material: a igualdade que se manifesta quando todas as pessoas tem a mesma quantidade dos bens ou equiparação em possibilidades e oportunidades (tratar o iguais na medida de suas igualdades, e os desiguais na medida de suas desigualdades)
O princípio da igualdade possui uma tríplice finalidade limitadora, pois limita o legislador, o intérprete/autoridade pública e o particular.
Com relação ao primeiro (legislador), significa que esse não pode editar normas que apresentem algum caractere não isonômico, sob pena de criar uma norma inconstitucional. O princípio da igualdade deve estar presente, mesmo que implicitamente, em todas as normas editadas.
Quanto ao intérprete/autoridade pública, a aplicação das leis aos casos concretos não pode ser feita de modo que crie desigualdades. O intérprete deve utilizar-se de mecanismos que dêem um sentido, ou uma interpretação única e igualitária às normas, sob pena de gerar desigualdades e causar insegurança na sociedade.
Com relação ao particular, esse deve agir de forma  a evitar condutas que contenham cargas de discriminação e preconceito (de raça, de sexo, religião etc.), pois poderá ser responsabilizado civil e criminalmente caso atue de forma diversa.
Art. 7, XXX: 
“proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil”
Tratamento isonômico entre homens e mulheres
Art. 5, I: homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição. 
Aceita-se a diferenciação, com a finalidade de atenuar desníveis entre homem e mulher. 
Poderá também a legislação infraconstitucional atenuar desníveis de tratamento em razão do sexo (Ex. aposentadoria) 
Situações de tratamento diferenciado previstos na própria CF:
Art. 7 :
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
Art. 143: 
O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 2º - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir
Art. 201, §7:
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: 
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; 
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal
Direito à não-Discriminação
Estudo de Casos: altura mínima – Polícia
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Direito à não-Discriminação
Estudo de Casos: altura mínima – Polícia
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Direito à não-Discriminação
Estudo de Casos: Estado Civil
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Princípio da igualdade e limitação de idade em concurso público
Sumula STF 683:
“O Limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido”
Critério de admissão para concurso público 
É Inconstitucional a utilização do critério de admissão, considerado o sexo. 
Porém, é permitida exceções tendo em vista a ordem socio-constitucinoal. 
CONCURSO PÚBLICO - CRITÉRIO DE ADMISSAO - SEXO. A regra direciona no sentido da inconstitucionalidade da diferença de critério de admissão considerado o sexo - artigo 5., inciso I, e par.2. do artigo 39 da Carta Federal. A exceção corre a conta das hipóteses aceitaveis, tendo em vista a ordem socio-constitucional. O concurso público para preenchimento de vagas existentes no Oficialato da Policia Militar, no Quadro de Saúde - primeiro-tenente,medico e dentista - enquadra-se na regra constitucional, no que proibe a distinção por motivo de sexo.39Carta Federal. (120305 RJ , Relator: MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 07/09/1994, SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJ 09-06-1995 PP-17236 EMENT VOL-01790-04 PP-00708)
Critérios para admissão de emprego
Regulamentação
legal: Lei 9.029/95 (proíbe a exigência de atestados de gravidez e esterilização, e outras práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência de relação jurídica de trabalho) 
Art. 1º Fica proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a relação de emprego, ou sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade, ressalvadas, neste caso, as hipóteses de proteção ao menor previstas no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.
Art. 2º Constituem crime as seguintes práticas discriminatórias:
I - a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez;
II - a adoção de quaisquer medidas, de iniciativa do empregador, que configurem;
a) indução ou instigamento à esterilização genética;
(...)
Prerrogativa do foro em favor da mulher na ação de divorcio
 CPC: Art. 100.  
É competente o foro:
I - da residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a anulação de casamento
Elemento histórico: Opressão do homem sobre a mulher. 
Não viola o princípio da isonomia, posto que está respeitando o binômio elemento discriminador (sexo) – finalidade (equilibrar o contraditório)
Ações Afirmativas 
Cotas em Universidades - PROUNI
Lei Maria da Penha
Estatuto do Idoso
ECA
Indicação ao STF – Joaquim Barbosa e Ellen Gracie
Princípio da Legalidade
Art. 5, II da CF:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Tal princípio visa combater o arbítrio do Estado.
Em suma, só por meio da Lei podem-se criar obrigações para indivíduo, pois são expressão da vontade geral.
Tratamento constitucional da tortura 
Art. 5, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
XLIII: a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
Eficacia?
Lei de anistia (6.68/79)
ADPF 153 OAB 2008 – rejeitada por 7 x 2
Corte Interamericana de Direitos Humanos declarou que a Lei de anistia tornou-se incompatível com as obrigações internacionais assumidas pela Brasil 
Liberdade de pensamento, direito de resposta e responsabilidade por dano material, moral e a imagem
Art. 5:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem
O Ministro Celso de Mello entendeu não ser possível a utilização da denúncia anônima, pura e simples, para instauração de procedimento investigatório, por violar a vedação ao anonimato.
Os abusos porventura ocorridos no exercício indevido da manifestação do pensamento são passíveis de exame de apreciação pelo Poder Judiciário com a consequente responsabilidade civil e penal de seus autores.
Indenização por dano material, moral ou à imagem
O que é dano moral?
“Aquele que direta ou indiretamente, a pessoa física ou jurídica, bem assim a coletividade, sofre no aspecto não econômico dos seus bens jurídicos”.
“Perturbações nas relações psíquicas, na tranquilidade, nos sentimentos e nos afetos de uma pessoa” (STJ)
Direito de resposta ou de réplica:
Visa proteger a pessoa de imputações ofensivas e prejudiciais a sua dignidade humana e sua honra.
Quando é possível?
Quando, mesmo sem configurar crime (injúria, calúnia e difamação) acabam por afetar a reputação alheia, a honra ou os bons costumes da pessoa, além de também vulnerarem a verdade.
A Constituição estabelece como requisito para o exercício do direito de resposta ou réplica a proporcionalidade, ou seja, o desagravo deverá ter o mesmo destaque, mesma duração (radio e televisão) mesmo tamanho (imprensa escrita) que a noticia que gerou a relação conflituosa.
Liberdade de consciência, crença religiosa, convicção filosófica ou política e escusa de consciência
Art. 5:
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
(Art. 210 da CF)
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
Limitação ao livre exercício do culto religioso
A Constituição assegura o livre exercício de culto religioso, enquanto não for contrário à ordem, tranquilidade e sossego públicos, bem como compatível com os bons costumes. Não sendo permitido a qualquer religião ou culto atos atentatórios à Lei, sob pena de responsabilização civil e criminal. (RTJ 51/344)
Expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação
Art. 5:
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
A liberdade de expressão e de manifestação de pensamento não pode sofrer nenhum tipo de limitação prévia, no tocante a censura de natureza política, ideológica e artística.
Isso não significa que a liberdade de imprensa é absoluta, pois encontra restrições nos demais direitos fundamentais, responsabilizando o autor ou responsável pelas notícias injuriosas, difamantes, mentirosas, passiveis de indenização por dano material e moral. 
Inviolabilidade à intimidade, vida privada, honra e imagem
Art. 5:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
A proteção constitucional refere-se a pessoas físicas quanto pessoas jurídicas. 
Intimidade: relações subjetivas e de trato íntimo da pessoa, suas relações familiares e de amizade. 
Vida privada: todos os demais relacionamentos humanos, relações comerciais, de trabalho, de estudo, etc.
Pessoas comuns x artistas, políticos e pessoas notáveis na mídia 
Inviolabilidade domiciliar 
Art. 5:
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
Lord Chatham no Parlamento Britânico: 
“o homem desafia em sua casa todas as forças da Coroa, sua cabana poder ser muito frágil, seu teto pode tremer, o vento pode soprar entre as portas mal ajustadas, a tormenta pode nela penetrar, mas o Rei da Inglaterra não pode nela entrar”
Mas o que é considerado domicílio?
No sentido constitucional o termo domicílio tem amplitude maior do que o direito privado ou no senso comum, não sendo somente a residência, ou a habitação com intenção definitiva de estabelecimento, mas também o quarto de hotel habitado, todo local, delimitado e separado, que alguém ocupa com exclusividade, a qualquer título, inclusive profissionalmente.
Possibilidade:
Dia: flagrante delito ou desastre ou para prestar socorro, ou, ainda, por determinação judicial. 
Noite: flagrante delito ou desastre ou para prestar socorro. (ordem judicial?)
Questão do dia e da noite
Dois critérios:
 
Dia 06:00 às 18:00, (horário)
 físico-astronômico: autora e o crepúsculo (pouco importa o horário (Celso de Mello e Guilherme de Souza Nucci)
Sigilo de correspondência e de comunicação (art. 5, XXII)
Art. 5: 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
Possibilidade de interceptação telefônica
O que é?
“captação e gravação de conversa telefônica, no mesmo momento em que ela se realiza, por terceira pessoa sem o conhecimento de qualquer dos interlocutores” 
Como regra essa pratica afronta o Inciso XII DO ART. 5, porém à exceções, prevista pela própria constituição:
1. ORDEM JUDICIAL; 
2.PARA FINS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL OU INSTRUÇÃO PROCESSUAL PENAL;
3.NAS HIPÓTESES E NA FORMA QUE A LEI ESTABELECER (Lei 9.296/96)
Algumas questões da Lei 9.296/96
Juízo natural (juiz competente para a ação penal) porém com possibilidade de relativizar essa regra em sede de medida cautelar.
Impossibilidade de deferimento no processo civil, administrativo e disciplinar. (porém com possibilidade de utilização como prova emprestada, sempre quando não houver desvio de finalidade)
Veda a utilização quando não houver indícios razoáveis de autoria ou participação em infração penal ou a prova puder ser realizada por outro meio.
Somente quando a infração penal for punida com reclusão. (porém com possibilidade do crime-achado, quando for conexo)
De oficio pelo Juiz, requisitada pela autoridade policial ou Ministério Público. Prazo de 24 para decisão. Renovação 15 dias única vez ou sucessiva? 
Sempre pela verificação prévia! (pedido anterior a interceptação) 
Sigilo das informações 
Interceptação entre acusado e defensor? Pode?
Sigilo profissional do advogado no exercício da profissão.
Exceção: 
Envolvimento na prática criminosa – partícipe e não defensor.
Gravação clandestina
O que é?
No que difere da interceptação telefônica?
STF: caso líder RTJ 84/609: ação de desquite, prova do adultério utilizando-se gravação clandestina. Impossibilidade. Prova ilícita. 
Posicionamento atual: possibilidade, porém em hipótese excepcional: RE 583937/TJ
EMENTA: AÇÃO PENAL. Prova. Gravação ambiental. Realização por um dos interlocutores sem conhecimento do outro. Validade. Jurisprudência reafirmada. Repercussão geral reconhecida.  Recurso extraordinário provido. Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC. É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem conhecimento do outro. (RE-RG-QO 583937, Relator(a):  Min. CEZAR PELUSO, julgado em 19/11/2009, publicado em 18/12/2009)
Crime-achado e desvio de finaliadde
Desvio de finalidade, ou fraude para interceptação. (iniciar procedimento investigatório (fraudulento) punido com reclusão para autorizar a medida de interceptação. IMPOSSIBILIDADE!
Inviolabilidade de dados (art. 5, X e XII) Sigilo bancário e fiscal 
O sigilo bancário, e sigilo fiscal somente poderão ser devassadas em caráter excepcional e nos estritos limites legais. Havendo necessidade de autorização judicial, no interesse da justiça.
Características básicas das garantias dos sigilos bancário e fiscal
Somente podem ser autorizados por ordem judicial fundamentada. 
Exceção: CPI, desde que presentes requisitos razoáveis. e Ministério Público (LC 75 de 20.05.1993 – MP união e Lei 8.625/93 – Lei Orgânica Nacional do MP- não é pacífico)
Previsão constitucional: 
§3 do artigo 58 - CPI.
129, VI - MP
§ 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
As características básicas dos sigilos bancário e fiscal são:
Indispensabilidade dos dados constantes em determinada instituição financeira (só deve ser decretada quando existentes fundados elementos de suspeita que se apoiem em indícios idôneos, reveladores de possível autoria de pratica ílicita por parte daquele que sofre a investigação) 
Individualização do investigado e do objeto da investigação.
Obrigatoriedade de manutenção do sigilo em relação às pessoas estranhas ao procedimento invstigatório.
Utilização de dados obtidos de maneira restrita, somente para investigação que lhe deu causa
Limites em hipóteses restritas de investigação de recursos públicos.
Impossibilidade de compartilhamento com a Receita Federal de informações obtidas por meio de quebra de sigilo bancário do investigado. (STF nulidade de eventual credito tributário que viesse a ser constituído em razão do compartilhamento. Fere princípio devido processo legal)
A quebra de sigilo bancário, desde que presentes os requisitos já estudados, não afronta o art. 5, incisos X e XII da CF.
O MS e o Habeas Corpus são as ações Constitucionais adequadas para o judiciário reconhecer o direito a não quebrar os sigilos bancário e fiscal. 
Competência: somente o Juiz Natural. 
Ex. prefeito – TJ e não Juiz de Guaíra.
Incisos XXIII a XV
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
Direito de reunião (art. 5, XVI)
Art. 5:
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
São elementos da reunião:
Pluralidade de participantes: a reunião é considerada forma de ação coletiva
Tempo: duração limitada, em virtude de seu caráter temporário e episódico.
Finalidade: finalidade lícita, pacífica e sem armas
Lugar: local delimitado, em área certa (mesmo que seja um percurso móvel – passeatas, comícios, desfiles.) 
Autorização: independe 
Comunicação prévia: regulamentação de trânsito, garantia da segurança e da ordem pública, e impedimento de realização de outra reunião.
Restrição: somente no Estado de Defesa (art. 136,§1, I, a) e de Sítio (CF art. 139, IV)
Remédio constitucional: MS e não HC (liberdade de locomoção e direito-meio para o pleno exercício de outro direito individual, o de reunião)
inafastabilidade da jurisdição
(Art. 5) XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
O texto assegura amplo acesso ao Poder Judiciário para a defesa de interesses individuais, coletivos ou difusos.
Não cabe qualquer exigência de prévio pedido administrativo ou de esgotamento da via administrativa. (exceção: Habeas Data, lei 9.507/97 e Justiça Desportiva art. 217,§1 e 2)
Contraditório, ampla defesa e Devido Processo Legal
Dispõe a Lei Maior que aos litigantes e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa (art. 5, LV), perante a autoridade competente (juiz natural - inciso LIII), dentro do devido processo legal, ou seja, mediante procedimento regular previamente estabelecido (inciso LIV). 
Na área penal "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória" (inciso LVII).
Direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada
(Art. 5) XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
O direito adquirido é a faculdade legal em que o titular já preencheu todos os requisitos para exercê-la. É uma situação de direito já integrada ao patrimônio jurídico do titular.
O ato jurídico perfeito é o que já foi regularmente concluído de acordo com as normas vigentes na data de sua constituição.
Coisa julgada é a questão que foi objeto de decisão judicial de que já não caiba
recurso (art. 6,§3, da LINDB – Antiga LICC).
A coisa julgada formal refere-se à imutabilidade da sentença dentro do processo em que foi proferida. E a coisa julgada material, à imutabilidade da sentença tanto no mesmo processo como em qualquer outro processo futuro.
A emenda constitucional também não pode prejudicar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, pois se trata de Poder Constituinte Derivado, sem competência para modificar o que a Constituição estabeleceu como não-suscetível de modificação (cláusulas pétreas).
Júri. Tribunal popular
(Art. 5"-) XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri. (...);
O Tribunal do Júri é um órgão de primeiro grau da Justiça Comum. Pode ser Estadual ou Federal.
Compõe-se de um juiz de direito, que é o seu presidente, e de 21 jurados, sorteados entre os alistados.
Os veredictos são soberanos, não podendo ser modificados no mérito por instâncias superiores. Mas se a decisão do Júri for manifestamente contrária à prova dos autos pode o tribunal determinar novo julgamento, por uma única vez (art. 593, § 3"-,do CPP.
Compete ao Júri o julgamento dos crimes dolosos contra a vida: homicídio; induzimento, instigação ou auxílio a suicídio; infanticídio e aborto (arts. 121 a 127 do CP).
Anterioridade e legalidade
(Art. 5"-) XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
O texto consagra a antiga máxima jurídica nullum crimen, nulla poena, sine praevia lege. Nesta área - criminal – 
Nesta área - CRIMINAL - a Constituição traz várias regras:
"A lei penal não retroagirá, salvo para- beneficiar o réu" (art. 5, XL, da CF).
''Nenhuma pena passará da pessoa do condenado”(...)
As penas são de (inciso XLVI) :
 
privação ou restrição da liberdade, 
perda de bens 
multa 
prestação social alternativa 
suspensão ou interdição de direitos
Não haverá penas de morte, salvo em caso de guerra, perpétuas, de trabalhos forçados, de banimento ou cruéis (inciso XLVII).
São inadmissíveis provas obtidas por meios ilícitos, como, por exemplo, as obtidas por violação de correspondência ou interceptação telefônica não autorizada (inciso LVI).
"Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente“ (inciso LXI).
"Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória“ (inciso LVII).(presunção de inocência)
Extradição
(Art. 5. LI) - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
A extradição consiste na entrega de um indivíduo a outro Estado soberano, que o reclama, para ser julgado ou para cumprir pena.
o estrangeiro pode ser extraditado, em regra, mas não pode ser extraditado no caso de crime político ou de opinião.
o português equiparado pode ser extraditado nas mesmas hipóteses do brasileiro naturalizado, mas somente para Portugal.
Para a extradição do estrangeiro é necessário que exista condenação penal ou mandado de prisão emanados de autoridade competente do Estado solicitante. É necessário também que o fato tenha dupla incriminação (ou dupla tipicidade) - isto é, o fato deve ser considerado crime não só no Estado estrangeiro solicitante, mas também no Brasil, e que não tenha ocorrido prescrição, nem no estrangeiro nem no Brasil.
O pedido de extradição é feito de governo para governo, sendo em regra dirigido ao Presidente da República, por via diplomática. Deve ser remetido ao Supremo Tribunal Federal para exame prévio do cabimento e dos requisitos legais.
Se a decisão do Supremo for negativa, encerra-se o procedimento. Se a decisão for positiva, cabe ao Presidente da República efetivar, ou não, discricionariamente, a extradição solicitada.
"Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro" (Súmula 421 STF).
Extradição, Expulsão, Deportação
Na extradição um Estado solicita a medida a outro Estado soberano.
Na expulsão a iniciativa é do próprio Estado onde se encontra a pessoa a ser expulsa, cabendo nos casos de situação irregular ou prática de crime.
A deportação é uma modalidade de expulsão aplicável na simples entrada ou estada irregular de estrangeiro no país.
Ao contrário do que ocorre na extradição, "é vedada a expulsão de estrangeiro casado com brasileira, ou que tenha filho brasileiro, dependente da economia paterna" (Súmula 1 do STF).
Direitos individuais implícitos
refere-se também à existência de direitos e garantias individuais implícitos, que seriam os decorrentes do regime e dos princípios constitucionais ou dos tratados internacionais em que o Brasil seja parte.
Remédios Constitucionais 
"Habeas corpus". Liberdade e ir e vir
(Art. 5"-) LXVIII - conceder-se-á "habeas corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
(Rito: 647 e Seguintes do CPP.)
Cabe contra ato ilegal de autoridade. Mas, por exceção, tem-se admitido a impetração também contra arbitrariedades de particulares quando evidente o constrangimento ilegal - a exemplo de internação forçada de pessoa em casa de saúde mental.
O habeas corpus é gratuito (CF, art. 50, LXXVII). Pode ser impetrado por qualquer pessoa, com ou sem advogado, em beneficio próprio ou alheio, bem como pelo Ministério Público (art. 654 do CPP), podendo também ser concedido de oficio pelo juiz (art. 654, § 2"-, do CPP).
Mandado de segurança
(Art. 5) LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas corpus“ ou "habeas data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
O mandado de segurança é uma ação para proteger direito líquido e certo, nos termos do inciso supra. Direito líquido e certo é o que independe de qualquer outra prova além da documentação juntada na inicial. 
Na lição de Hely Lopes Meirelles "direito líquido e certo é o que se apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração.
O mandado de segurança pode ser individual ou coletivo (incisos LXIX e LXX).
Legislação: 12.016/2009
Mandado de injunção
(Art. 5°) LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
O mandado de injunção presta-se para fazer valer direito constitucional dependente de regulamentação, mas ainda não regulamentado. 
Deve ser interposto perante o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça, conforme o caso (arts. 102, I, "q", e 105, I, "h", da CF)
Ação Popular 
(Art. 5°) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular (...);
Ação popular é a ação pela qual o cidadão (eleitor) pode pleitear a anulação de ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, ou lesivo à moralidade administrativa ao meio ambiente ou ao patrimônio histórico e cultural.
Regulamentação: Lei 4.717/65
A ação popular perdeu grande parte de seu interesse, uma vez que os interessados podem recorrer ao Ministério Público, mediante representação, para que este promova o inquérito civil ou a ação civil pública.
"Habeas data"
(Art. 5°) LXXII - conceder-se-á "habeas data" (...);
Habeas data é uma ação para obter o acesso do interessado ao que consta sobre ele em registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, ou para alcançar a sua retificação. 
Habeas data, "tenhas as informações ou os dados
E necessário, portanto, no caso, pedido prévio junto à Administração, embora não se exija o esgotamento dos recursos administrativos
eventualmente cabíveis.
O habeas data é gratuito (inciso LXXVII)
Regulamentação: Lei 9.507/97
Da Nacionalidade 
Sistemas de aquisição da nacionalidade
Duas são as maneiras de aquisição da nacionalidade:
Originário e Adquirido 
Modo originário : pode ser alcançada em decorrência dos laços de sangue e do local de nascimento. Assim, nos países que adotam o sistema denominado ius sanguinis é nacional aquele que é filho de nacionais mesmo que tenha nascido no estrangeiro. No sistema ius solis é nacional aquele que nasceu no território do país, mesmo que os genitores sejam estrangeiros.
Modo adquirido : é outorgada em razão de casamento ou de outro beneficio legal. A forma mais comum é a naturalização; o estrangeiro adquire a condição de nacional, mediante um requerimento, se preenchidas determinadas condições legais. Geralmente a naturalização é acompanhada da renúncia obrigatória e automática da nacionalidade originária.
Sistema brasileiro de aquisição de nacionalidade
Modo originário - O Brasil adota um sistema misto de nacionalidade. (art. 12)
Em princípio, é adotado o ius soli: é nacional quem nasce em solo brasileiro.
Mas também observa-se o ius sanguinis, já que é igualmente brasileiro o nascido no estrangeiro filho de brasileiro.
Modo adquirido - A nacionalidade brasileira poderá ser adquirida pelos estrangeiros residentes no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal. 
Aos originários de países de língua portuguesa exigem-se apenas residência no país por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
Salvo nos casos previstos na Constituição, a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados
Perda da nacionalidade brasileira
A nacionalidade brasileira somente poderá ser perdida em dois casos:
A primeira hipótese é a do brasileiro que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional (art. 12, § 42, 1). Compete ao Ministério Público Federal promover a ação correspondente.
A segunda hipótese de perda da nacionalidade é a do brasileiro que adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira e de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis (art. 12, § 42, lI, "a" e "b").
Reaquisição da nacionalidade brasileira
Se o cancelamento da naturalização ocorreu por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional, a reaquisição somente se dará via ação rescisória daquele julgado.
No caso de perda por aquisição voluntária de outra nacionalidade poderá ocorrer reaquisição da nacionalidade brasileira por decreto do Presidente da República, nos termos do art. 36 e §§ da Lei 818, de 1949, desde que o interessado estiver domiciliado no Brasil
Direitos Políticos 
São os que conferem participação no poder estatal, através do direito de votar, de ser votado e de ocupar funções de Estado.
Tais direitos são destinados apenas ao cidadão: nacional no gozo de direitos políticos=alistamento eleitoral.
Direito político ativo: direito de votar
Direito político passivo: direito de ser votado
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito; (consulta prévia sobre projeto de Lei)
II - referendo; (consulta posterior, ratifica ou rejeita ato legislativo ou administrativo)
III - iniciativa popular. (apresentação de projeto de Lei, 1% do eleitorado nacional, distribuídos em 05 Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles (art. 61,paragrafo 2 da CF)
Obrigatoriedade do voto
Obrigatório: maior de 18.
Facultativo: Analfabeto, maiores de 70, maior de 16 e menor de 18. (art. 14, § 1º)
Não podem votar:
ESTRANGEIROS 
CONSCRITOS (os que foram alistados, durante o período de serviço militar)
Condições de elegibilidade
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
 V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
Inelegibilidade
Estrangeiros 
Analfabetos 
Conscritos 
Prazo para impugnação 
15 dias da diplomação, perante a Justiça Eleitoral.
Cassação de direitos políticos 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Dos Partidos Políticos 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: 
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei.
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
Questionário para simulado e prova
No que consiste o direito de reunião ?
Qual a proteção que a CF dá ao domicílio? Existe possibilidade de ingresso sem a permissão do morador? O que é tido como “domicílio” ?
A invocação de crença religiosa pode ser invocada para eximir-se de obrigação legal? Justifique.
A manifestação do pensamento é absoluta? Existe restrição?
Os direitos fundamentais são destinados a quem? Brasileiros, estrangeiros possuem as mesmas garantias?
Qual a diferença entre igualdade formal e material?
No que consiste a proteção do direito a vida?
Qual o posicionamento do STF sobre a igualdade em concursos públicos?
Os remédios constitucionais são gratuitos?
A quem compete a autorização para interceptação telefônica ? e a quebra de sigilo bancário ou fiscal, pode ser realizada sem participação do judiciário? Justifique
As normas definidoras de direitos e garantias fundamentais tem aplicação imediata ? justifique.
No que consiste direitos fundamentais de primeira, segunda e terceira geração? 
Existe diferença entre “direitos” e “garantias” fundamentais? Os remédios constitucionais são garantia?
Quais são as características dos direitos fundamentais?
As normas advindas de tratado internacional sobre direitos humanos, observada a regra do paragrafo 3 do artigo 5, são direitos fundamentais? Possuem a mesma eficácia e aplicabilidade dos direitos e garantias definidos no artigo 5 da CF?
Os direitos e garantias fundamentais
limitam-se aos previstos no artigo 5 da CF? justifique
Em caso de colisão entre direitos fundamentais, qual o mecanismo a ser utilizado para solução do caso concreto? De que forma a dignidade da pessoa humana pode ser utilizada na solução do conflito?
Quais as dimensões do princípio da proporcionalidade?
No que consiste a discriminação positiva e negativa? Qual deve ser evitada?
Quais são os remédios constitucionais previstos na CF? e qual a finalidade de cada um deles?
Referências
MORAES. Alexandre. Direito Constitucional. 27. Ed – São Paulo: Saraiva Atlas. 2011.
LENZA. Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 15. ed – São Paulo: Saraiva. 2011.
BONAVIDES. Paulo. Curso de Direito Constitucional. 17. Ed. São Paulo: Malheiros. 2005.
NOVELINO, M arcelo. Direito Constitucional. São Paulo: Método. 2008.
SARMENTO, Daniel. A ponderação de Interesses na Constituição Federal. 1. ed. Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2002.
BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo: os conceitos fundamentais e a construção do novo modelo. São Paulo: Saraiva, 2009.

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