Buscar

DESENHOS ESTÓRIA TRAB COMPLETO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Desenhos-Estórias
INTRODUÇÃO
O presente estudo é sobre Desenhos‐Estórias, que é uma técnica de investigação da personalidade que emprega, basicamente, desenhos livres associados a estórias, no contexto do diagnóstico psicológico. Visa explorar a dinâmica inconsciente da personalidade, necessitando assim de instrumentos com sensibilidade, para analisar o inconsciente detectando as queixas e outras angústias que possam vir a afligir o paciente. O Procedimento de Desenhos‐Estórias, realiza uma investigação psicanalítica que ajuda a consolidar uma nova maneira de se conceber e realizar esse diagnóstico. Com um certo destaque esse procedimento se inseriu cada vez mais dentre os procedimentos utilizaddos. Trinca 1984, trouxe uma abordagem clínica renovadora, retratada aqui, também com estudos sobre a dinâmica familiar, com foco nos problemas humanos incorporados no diagnóstico compreensivo. Sintetizando, o uso de Desenhos‐Estórias tem como características o uso de associações livres por parte do examinando, emprego de meios indiretos de expressão, a participação em recursos de investigação próprios das técnicas projetivas,  a ampliação das possibilidades da observação livre, dentre outras. São dois os processos básicos que compõem o D‐E (Desenho-Estória), de um lado a forma gráfica de expressão e, de outro, a verbal, sendo acompanhados por demais critérios, solicitando esclarecimentos necessários à compreensão e interpretação do material produzido tanto no desenho quanto na estória; buscando encontrar um sentido para o conjunto das informações disponíveis, significativas na personalidade, usando de empatia para entender sentimentos e emoções advindas do outro, motivos profundos da vida emocional dessas pessoas. 
	
Desenvolvimento
O Procedimento de Desenhos-Estórias (D-E) foi desenvolvido por Walter Trinca em 1972, visando sua aplicação como instrumento auxiliar de diagnostico e de exploração psicológica, que implica a utilização da criatividade e assim, facilita a expressão e a representação de componentes básicos do psiquismo. Ele ocupa uma posição intermediária entre os testes projetivos gráficos e temáticos e as entrevistas semi e não estruturadas. É uma ferramenta de expressão subjetiva que reúne dois meios de comunicação: o Desenho livre e a contação de estória. 
“O desenho livre, associado a estórias em que ele figura como estimulo para essas estórias, constitui instrumento com características próprias para obtenção de informações sobre a personalidade em aspectos que não são facilmente detectáveis pela entrevista psicológica direta” (Trinca 1972, p.28). 
No procedimento do Desenho-Estória manteve-se a grafia "estória", ao invés de "historia", embora esta seja a exclusiva e recomendada atualmente (Houaiss e Villar, 2009). O termo "estória" refere-se à narrativa de ficção e "história" à narrativa de acontecimentos reais, porem como ambas se misturam, usa-se hoje apenas a grafia história.
Quando surgiu, o D-E era usado com crianças e adolescentes entre cinco e 15 anos. Com o tempo verificou-se que a faixa etária poderia ser estendida a crianças de três e quatro anos, bem como adultos de todas as idades.
O uso do D-E se expressa com grande valor não somente na detecção de componentes das experiências subjetivas, mas também no reconhecimento das características formais e estruturais da personalidade. Ele se enquadra no grupo das chamadas “técnicas gráficas”, definidas como aqueles procedimentos em que o sujeito, para se comunicar, faz uso de grafismos como desenhos, pinturas, rabiscos espontâneos ou dirigidos, que se tornam veículos para a projeção de aspectos inconscientes de sua personalidade. 
Trinca (1987) explica que as técnicas projetivas gráficas, além de serem utilizadas como recurso de avaliação diagnóstica clínica, são também utilizadas como instrumento de investigação de uma determinada população em relação a uma determinada área de ajustamento (familiar, profissional, psicossexual, autoimagem, etc.).
Nas técnicas projetivas, quanto menor for à direção e estruturação do estimulo, maiores a possibilidade de surgir material emocionalmente significativo. “Nesse caso os núcleos da personalidade passam a manifestar-se e associações livres tendem a se dirigir a setores em que o individuo é emocionalmente mais sensível Segundo Cunha (2000).”
A folha em branco constitui um mistério. Está lá, aguardando para revelar algo. [...] uma comunicação emocional diretamente dirigida a quem lhe pede o desenho. [...] o paciente vai fazendo reimpressões de si mesmo (Trinca 2003, p. 64). 
Condições de aplicação:
As condições do sujeito são aquelas normalmente exigidas pelo exame psicológico, com especial referência a verificação de saúde, disposição psíquica para o exame, ausência de fadiga e etc.
Material necessário:
Folhas de papel em branco, sem pauta, de tamanho oficio. 
Lápis preto (ponta de grafite), entre macio e duro (n°2).
Caixa de lápis de cor de doze unidades.
Aplicação
 A técnica de aplicação é bastante simples, solicita ao participante que ele realize seguidamente uma serie de cinco desenhos livres (cromáticos e a acromáticos), cada qual sendo estimulo para que conte estória associada livremente, logo após a realização de cada desenho. Para a aplicação, coloca-se uma folha de papel na posição horizontal, com o lado maior próximo do sujeito. Solicita-se ao examinando que faça um desenho livre: "Você tem essa folha em branco e pode fazer o desenho que quiser".
Quando estiver concluído, não é retirado da frente do sujeito. O examinador solicita, então, que conte uma estória associada ao desenho: "Você, agora, olhando o desenho, pode inventar uma estória, dizendo o que acontece".
Concluída, no primeiro desenho, a fase de contar estórias, passa-se ao "inquérito". Solicitando ao sujeito quaisquer esclarecimentos necessários à compreensão e interpretação do material. Após a conclusão da história ainda com o desenho diante do examinando, pede-se o título da estória. O examinador solicita, então, que conte uma estória associada ao desenho: "Você, agora, olhando o desenho, pode inventar uma estória, dizendo o que acontece". Na eventualidade de o examinando demonstrar dificuldades de associação e de elaboração da estória, pode-se introduzir recursos auxiliares, dizendo-lhe, por exemplo: "Você pode começar falando a respeito do desenho que fez".
Nesse ponto, retira-se o desenho da vista do examinando. Com isso, temos concluída a primeira unidade de produção. Pretende-se conseguir uma série de cinco unidades de produção. Assim, concluída a primeira unidade, repetem-se os mesmos procedimentos para as demais unidades. Na eventualidade de não se obterem cinco unidades em uma única sessão de 60 minutos, é recomendável combinar o retorno do examinando a uma nova sessão de aplicação.
A partir de uma fundamentação Psicanalítica, Walter Trinca propõe um referencial de analise para o procedimento de D-E, a ser utilizado, não como um esquema rígido, mas como uma forma de facilitação de interpretação da material.
Atitudes básicas: em relação a si próprio e em relação ao mundo.
Figuras significativas: materna, paterna, parentais e fraternais. Relacionamento e reações do sujeito entre figuras parentais.
Sentimentos expressos: construtivos destrutivos e ambivalentes.
Tendências e desejos: suprir faltas básicas, tendências destrutivas e construtivas.
Impulsos: amorosos e destrutivos.
Ansiedades: medos, privações.
Mecanismos de defesas.
 O procedimento de D-E possibilita investigar aspectos fundamentais do funcionamento mental do paciente, ou seja, suas fantasias e ansiedades básicas, pontos de regressão e fixação, recursos defensivos, capacidade elaborativa do ego, tipos de relações objetais etc., para uma visão dinâmica da personalidade. É um instrumento projetivo fértil para a investigação dos psicodinamismos dos indivíduos, particularmente dos conflitos nodais inconscientes que sustentam patologias de natureza primordialmente emocional ou psicossomática. Especialmentequeixas e outras angústias em determinada situações.
As técnicas projetivas são importantes recursos de comunicação indireta com crianças e adolescentes, sendo especialmente facilitadoras no trabalho onde a comunicação verbal direta nem sempre se mostra suficiente para a coleta do material necessário para a realização de um bom diagnóstico (Trinca 1987).
Segundo (Van Kolck 1984) testes projetivos propiciam ótimas condições para o diagnóstico da personalidade, “(...) possibilitam a manifestação mais direta de aspectos que o sujeito não tem conhecimento, não quer ou não pode revelar, isto é, aspectos mais profundos e inconscientes, pois são um meio menos usual de comunicação do que a linguagem, e têm um conteúdo simbólico menos reconhecido”. (Van Kolck, 1984, p. 2).
Uma variação do procedimento do D-E é a técnica dos Desenhos-Estórias com Tema (PDE-T), que foi desenvolvida por Aiello-Vaisberg (1995). Trata-se de uma adaptação do procedimento original, criado em 1972 por Walter Trinca (1987) que, o primeiro autor, facilita a expressão da subjetividade e também permite a investigação de qualquer tema, podendo ser aplicada em diferentes faixas etárias, individualmente ou em grupo.  Essa modificação foi introduzida para focalizar de forma direta algum aspecto do conflito psíquico. 
[...] a adptação proposta por Aiello-Vaisberg revela-se capaz de favorecer a expressão emocional de forma lúdica, relaxada, não defendida, prestando-se à ampla utilização em pesquisas que abarcam diferentes grupos e figuras sociais [...] (Aiello-Vaisberg, 2006, p. 5).
Trinca (1989) propõe, posteriormente, uma variação do Procedimento: o Desenho da Família com Estórias (DF-E). Nesta nova versão, o indivíduo é solicitado a desenhar quatro tipos diferentes de famílias em diferentes situações.
a) "Desenhe uma família qualquer";
b) "Desenhe uma família que você gostaria de ter";
c) "Desenhe uma família em que alguém não está bem";
d) "Desenhe a sua família".
 O procedimento DF-E tem por finalidade a detecção de processos e conteúdos psíquicos de natureza consciente e inconsciente, que dizem respeito às relações do examinando com os objetos internos e externos pertinentes à dinâmica familiar.
Espera-se uma facilitação do processo de comunicação de conflitos profundos vividos no meio familiar, de fantasias inconscientes a respeito das figuras significativas e do jogo de forças emocionais existente no seio da família.
 
 Conclusão
	
 No Procedimento de Desenhos-Estórias, encontramos uma ampla exposição das técnicas, que inclui finalidades, fundamentações e pesquisas, assim como bases de interpretação e de análise clínica, Um processo de avaliação psicológica bem conduzida depende de fatores relacionados à formação acadêmica, à experiência clínica do profissional que o realiza e da qualidade dos instrumentos utilizados.
 Nas áreas clínicas de avaliações psicológicas, é apresentada a avaliação de um paciente realizada por meio de uma entrevista e do procedimento de Desenhos-Estórias. Esta avaliação revela conteúdos relacionados a condições psíquicas dos pacientes como ansiedades, alegrias, tristezas, desejos, etc. Dessa forma, são debatidas as limitações e potencialidades do procedimento de Desenhos-Estórias.
 O desenho livre é um recurso auxiliar na compreensão da personalidade da pessoa, que permite investigar os aspectos fundamentais do paciente, criando e associando, e através desses desenhos e associações o profissional dá seu diagnostico ao paciente com aspectos internos e externos. Portanto, a interpretação de Desenhos-Estórias são desenhos construídos pelo paciente, acompanhado por uma estória que deve ser contada por ele mesmo, o que dará subsídios ao profissional de psicologia para um diagnóstico mais contundente.

Continue navegando