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FÍSICA I PROFESSOR: GIL MARCOS JESS CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O ESTUDO DO MOVIMENTO: Tempo, Intervalo de Tempo, Espaço e Variação de Espaço Tempo: ente físico que é associado a uma sucessão de eventos e é considerado como conceito primitivo. A origem do tempo é um instante que é fixado por convenção e ao qual é atribuído o valor zero. t: tempo t0: origem do tempo ou instante inicial Unidade de tempo no SI: 1 segundo (1 s) Outras unidades: 1 minuto (1 min), 1 hora (1 h), 1 ano e outras. Intervalo de tempo: é a diferença entre o instante posterior e o instante anterior. t: a letra grega delta ( ) indica a diferença entre dois valores da mesma grandeza, neste caso valores de tempo. t = tposterior - tanterior Posição ou Espaço: grandeza que define a posição de um ponto material sobre sua trajetória. A medida do espaço é realizada a partir da origem dos espaços. A origem do espaço é atribuído o valor de referência que pode ser zero ou qualquer outro valor. r : posição. 0r : posição inicial Deslocamento escalar ou variação do espaço: quando um ponto material, em um intervalo de tempo, muda sua posição, relativamente a um referencial, ocorre uma variação de espaço ou um deslocamento de espaço. A medida da variação de espaço é portanto a diferença entre a posição final e a posição inicial. r : variação da posição ou deslocamento escalar. r = r final – r inicial PDF wurde mit pdfFactory Pro-Prüfversion erstellt. www.context-gmbh.de Unidade de medida de comprimento no SI: 1 metro (1 m) Outras unidades: 1 centímetro (1 cm), 1 milímetro (1 mm), 1 quilômetro (1 km) e outras. Obs.: repare que tanto posição quanto deslocamento são grandezas vetoriais, ou seja para serem definidas precisam ser representadas através de seu módulo direção e sentido. Movimento, Trajetória e Referencial Movimento: um ponto material está em movimento em relação a um dado referencial quando sua posição varia no decorrer do tempo. Trajetória: é o lugar geométrico das posições ocupadas pelo ponto no decorrer do tempo. A trajetória pode ser retilínea ou curvilínea, dependendo do referencial considerado. Referencial: é o sistema adotado como referência para indicar se o ponto está em movimento ou em repouso. O referencial utilizado será o de um sistema rigidamente ligado à Terra. Ex. - Um ponto material está em repouso em relação à Terra, mas para um observador no Sol este ponto está em movimento devido ao movimento da Terra ao redor do Sol. Classificando um movimento: Movimento Unidimensional: quando um ponto material está se movimentando segundo uma reta, ou seja, em uma única direção, o movimento é denominado unidimensional. O movimento retilíneo é um exemplo de movimento unidimensional. Movimento bidimensional: quando um ponto material está se movimentando sobre um plano, ou seja, em duas direções, o movimento é denominado bidimensional. Os movimentos, tais como os de projéteis e o circular, são exemplos de movimentos bidimensionais. Movimento tridimensional: quando um ponto material está se movimentando ao longo do espaço, ou seja, em três direções, o movimento é denominado tridimensional. A maior parte dos movimentos que conhecemos e observamos em nosso mundo real são tridimensionais. Velocidade Média e Instantânea Velocidade escalar média: é a variação de espaço que o ponto material realiza em um intervalo de tempo. Mv : velocidade média t rv M D D = onde: rD : variação da posição PDF wurde mit pdfFactory Pro-Prüfversion erstellt. www.context-gmbh.de t: intervalo de tempo Velocidade instantânea: ao trafegar em uma estrada você pode observar no velocímetro do carro que a velocidade indicada varia no decorrer do tempo. Esta velocidade que você lê no velocímetro em um determinado instante é denominada velocidade instantânea. t rv t M D D = ®D 0 lim Unidade de medida de velocidade no SI: 1 m/s Outras unidades: 1 km/h, 1 cm/s, 1 km/s e outras Relação entre as unidades: 1 km/h = 1[103 m/(3,6 * 103) s] = (1/3,6) m/s. Conclui-se portanto que, para transformar km/h em m/s, basta dividir o valor por 3,6. 1 m/s = 3,6 km/h, portanto para transformar m/s para km/h basta multiplicar o valor por 3,6. Aceleração Média e Aceleração Instantânea: Aceleração média: é a relação entre uma variação de velocidade ( V) e o intervalo de tempo ( t) no qual ocorreu esta variação. ma : aceleração média Ou seja: t vam D D = Aceleração instantânea: é a aceleração calculada em um instante exato de tempo. Ou seja: t va t D D = ®D 0 lim PDF wurde mit pdfFactory Pro-Prüfversion erstellt. www.context-gmbh.de Unidade de medida da aceleração no SI: unidade de aceleração = unidade de velocidade / unidade de tempo (1 m/s) / 1 s = 1 m/s2 Outras unidades: 1 (km/h)/s; 1 km/h2; 1 cm/s2 e outras. Grandezas Escalares Grandezas físicas como tempo, por exemplo, 5 segundos, ficam perfeitamente definidas quando são especificados o seu módulo (5) e sua unidade de medida (segundo). Estas grandezas físicas que são completamente definidas quando são especificados o seu módulo e a sua unidade de medida são denominadas grandezas escalares. A temperatura, área, volume, são também grandezas escalares. Grandezas Vetoriais Quando você está se deslocando de uma posição para outra, basta você dizer que percorreu uma distância igual a 5 m? Você precisa especificar, além da distância (módulo), a direção e o sentido em que ocorre este deslocamento. Observe que o deslocamento não fica perfeitamente definido se for dada apenas a distância percorrida (por exemplo, 5,0 cm); há necessidade de especificar a direção e o sentido do deslocamento. Estas grandezas que são completamente definidas quando são especificados o seu módulo, direção e sentido, são denominadas grandezas vetoriais. Outras grandezas vetoriais: velocidade, aceleração, força. . . O VETOR Considere o segmento orientado AB na figura abaixo. Observe que o segmento orientado AB é caracterizado por três aspectos bastante definidos: PDF wurde mit pdfFactory Pro-Prüfversion erstellt. www.context-gmbh.de · comprimento (denominado módulo) · direção · sentido (de A para B) Chama-se vetor ao conjunto infinito de todos os segmentos orientados equipolentes a AB, ou seja, o conjunto infinito de todos os segmentos orientados que possuem o mesmo comprimento, a mesma direção e o mesmo sentido de AB. Assim, a idéia de vetor nos levaria a uma representação do tipo: Para representar um vetor, tomamos apenas um dos infinitos segmentos orientados que o compõe. Sendo u um vetor genérico, o representamos pelo símbolo: O VETOR OPOSTO Dado o vetor u , existe o vetor - u , que possui o mesmo módulo e mesma direção do vetor u , porém , de sentido oposto. O VETOR UNITÁRIO Chamaremos de VETOR UNITÁRIO , ao vetor cujo módulo seja igual à unidade, ou seja: | u | = u = 1. O VERSOR DE UM VETOR Chamaremos de VERSOR DE UM VETOR, ao vetor unitário que apresenta a mesma direção e o mesmo sentido do outro. O VETOR NULO Vetor de módulo igual a zero, de direção e sentido indeterminados. Notação: 0 PDF wurde mit pdfFactory Pro-Prüfversion erstellt. www.context-gmbh.de A PROJEÇÃO DE UM VETOR SOBRE UM EIXO Veja a figura abaixo, na qual o vetor u forma um ângulo q com o eixo r. Teremos que o vetor ux será a componente de u segundo o eixo r , de medida algébrica igual a ux = u . cosq . Observe que se q = 90º , teremos cosq = 0 e, portanto, a projeção do vetorsegundo o eixo r, será nula. Grassmann (matemático alemão - 1809/1877) interpretou a situação, como o ponto B obtido do ponto A, através de uma translação de vetor u. Assim, pode-se escrever: B = A + u e, portanto, pode-se escrever também: u = B - A Esta interpretação, um vetor visto como uma diferença de dois pontos, permitirá a simplificação na resolução de questões. UM VETOR NO PLANO COMO UM PAR ORDENADO Considere o vetor u, representado no plano cartesiano Oxy, conforme figura abaixo: Pela notação de Grassmann, poderemos escrever: P = O + u u = P - O Se considerarmos que o ponto O é a origem do sistema de coordenadas cartesianas e, por conseguinte, O(0, 0) e que as coordenadas de P sejam x (abcissa) e y (ordenada), teremos o ponto P(x, y). Substituindo acima, vem: PDF wurde mit pdfFactory Pro-Prüfversion erstellt. www.context-gmbh.de u = P - O = (x, y) - (0, 0) = (x - 0 , y - 0 ) = (x, y). Portanto, u = (x, y) Logo, o vetor u, fica expresso através de um par ordenado, referido à origem do sistema de coordenadas cartesianas. Neste caso, o módulo do vetor u (aqui representado por u , conforme convenção adotada acima), sendo a distância do ponto P à origem O, será dado por: UM VETOR NO PLANO, EM FUNÇÃO DOS VERSORES DOS EIXOS COORDENADOS Vimos acima que um VERSOR, é um VETOR de módulo unitário. Vamos associar um versor a cada eixo, ou seja: o versor i no eixo dos x e o versor j no eixo dos y, conforme figura abaixo: O par ordenado de versores (i, j) constitui o que chamamos de BASE do plano R2, ou seja, base do plano cartesiano Oxy Verifica-se que um vetor u = (x, y) , pode ser escrito univocamente como: jyixu += Analogamente, se em vez do plano R2, estivéssemos trabalhando no espaço R3, poderíamos considerar os versores i, j e k , respectivamente dos eixos Ox, Oy e Oz , conforme figura abaixo, e a representação do vetor u, no espaço seria: kzjyixzyxu ++== ),,( Analogamente, o terno (i, j, k) , será a BASE do espaço R3 . PDF wurde mit pdfFactory Pro-Prüfversion erstellt. www.context-gmbh.de O módulo do vetor kzjyixu ++= será dado por: OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS COM VETORES ADIÇÃO Dados dois vetores u e v , define-se o vetor soma u + v , conforme indicado nas figuras abaixo. Regra do triângulo Regra do paralelogramo SUBTRAÇÃO Considerando-se a existência do vetor oposto -v , podemos definir a diferença u - v , como sendo igual à soma u + ( -v ) . PDF wurde mit pdfFactory Pro-Prüfversion erstellt. www.context-gmbh.de Exemplificando: Sejam os vetores : kzjyixu 111 ++= e kzjyixv 222 ++= Determinar: vu + e vu - ( ) ( ) ( )kzzjyyixxvu 212121 +++++=+ ( ) ( ) ( )kzzjyyixxvuvu 21211)( -+-+-=-+=- PDF wurde mit pdfFactory Pro-Prüfversion erstellt. www.context-gmbh.de
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