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Estatística Aplicada à Educação Física Profa. Dra. Maria Ivanilde Silva Araújo E-mail: miaraújo@ufam.edu.br Estatística Aplicada à Educação - UFAM 1 1 Ementa Noções de Amostragem. Apresentação Tabular e Gráfico de Dados. Medidas de Tendência Central para uma Amostra. Medidas de Variabilidade para uma Amostra. Noções de Probabilidade. Distribuição Binomial. Distribuição Normal. Intervalo de Confiança. Testes T e F. Correlação. Regressão. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 2 Bibliografia Soares, J. F., Siqueira, A. L. Introdução à Estatística Médica 2 ed.– UFMG - COOPMED, Belo Horizonte, MG, 2002. Bussab W. de O.; Morettin, P. A. Estatística Básica - 5ª Edição. São Paulo. Ed. Saraiva, 2010. Notas de aula VIEIRA, Sônia. Introdução à Bioestatística. 4. ed. Elsivier 2010 São Paulo. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 3 Por que a Bioestatística é importante na área da saúde? Estatística Aplicada à Educação - UFAM 4 Bioestatística? Naturalmente há variações entre diferentes pacientes para qualquer variável de interesse clínico. Portanto, para se estudar problemas clínicos, é necessário uma metodologia capaz de tratar a variabilidade de forma adequada. Bioestatística é o conjunto de métodos estatísticos usados no tratamento da variabilidade nas ciências médicas e biológicas. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 5 Para que serve? A Bioestatística fornece métodos para se tomar decisões ótimas na presença de incertezas; estabelece faixas de confiança para a eficácia dos tratamentos; verifica a influência de fatores de risco no aparecimento de doenças. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 6 O planejamento e a coleta; A organização; A análise e a interpretação dos dados. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 7 O estudo da Bioestatística explora: Estatística Aplicada à Educação - UFAM 8 No planejamento, ela auxilia: Na escolha das situações experimentais; Na determinação da quantidade de indivíduos a serem examinados. Na análise dos dados indica técnicas para Resumir Apresentar as informações Comparar as situações experimentais. A condução e avaliação de uma pesquisa. Comparação entre dois ou mais grupos. (tratado / controle) Depende, em boa parte, do conhecimento sobre Estatística Estar alerta a: variáveis interferentes nos resultados ¤ Variações amostrais ¤ Diferenças entre grupos Avaliação da eficácia do tratamento (significância) Estatística Aplicada à Educação - UFAM 9 Características de uma boa pesquisa O tema da pesquisa deve ser relevante. Uma boa pesquisa é aquela que consegue dar solução para um problema importante. Faça uma ou poucas perguntas para serem respondidas na pesquisa Escolha aspectos relevantes de saúde pública, a carga da doença, o nível de prioridade de saúde e de pesquisa, as implicações para o prognóstico, custo, ou a possibilidade de se identificar a doença mais precocemente. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 10 Perguntas que precisam ser respondidas no planejamento de uma pesquisa Estatística Aplicada à Educação - UFAM 11 O quê? características a serem observadas VARIÁVEIS Quem? os elementos a serem pesquisados POPULAÇÃO Como? o instrumento de coleta de dados QUESTIONÁRIO / ENTREVISTA ESTRUTURADA Onde e quando? Estatística Aplicada à Educação - UFAM 12 Um bom planejamento; Obtenção dos dados com precisão; Correta exploração dos resultados. Para o desenvolvimento de uma pesquisa científica com qualidade é necessário: Etapas usuais de uma pesquisa Estatística Aplicada à Educação - UFAM 13 Metodologia estatística Tema, definição do problema, objetivos, ... Planejamento da pesquisa Dados Análise dos dados Resultados Conclusões Execução da pesquisa Execução da pesquisa Metodologia da área em estudo Estatística Aplicada à Educação - UFAM 14 Em experimentos com seres humanos essa preocupação é ainda MAIOR Estatística Aplicada à Educação - UFAM 15 Organização da Pesquisa em Saúde Estatística Aplicada à Educação - UFAM 16 Estudos descritivos Em um estudo descritivo o objetivo é a pura descrição de um fato médico. - Sua principal característica é a ausência de um grupo de comparação. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 17 Estudos descritivos Estudo de caso/Série de casos - Relato de um caso ou mais com detalhes de características clínicas e laboratoriais. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 18 Estudo de Caso-Controle Estudo caso-controle é uma forma de pesquisa que visa verificar se indivíduos, selecionados por possuírem uma doença – os casos – diferem significativamente, em relação à exposição a um dado fator de risco, de um grupo de indivíduos comparáveis, mas que não possuem a doença – os controles. A investigação parte do “efeito” para chegar às “causas”. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 19 Estrutura de um Estudo de Caso-Controle Estatística Aplicada à Educação - UFAM 20 Análise de Dados Expostos Não - Expostos Expostos Não - Expostos Doentes Grupos de Casos Não-Doentes Grupo de Controles a b c d População Estudo de Coorte Estudo de coorte é uma forma de pesquisa que visa verificar se indivíduos, selecionados porque foram expostos ao fator de risco, desenvolvem a doença em questão, em maior ou menor proporção do que um grupo de indivíduos, comparáveis, mas não expostos ao fator de risco. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 21 Estudo de Coorte Em contraste com um estudo caso-controle, um estudo de coorte avança no tempo e coloca ênfase no fator de risco. Identificam-se um grupo exposto ao fator e o grupo controle, constituído de pessoas que não foram expostas a ele. Os dois grupos são acompanhados por um período de tempo e as taxas de incidência da doença calculadas. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 22 Estudo de Coorte Se essas taxas são significativamente diferentes nos dois grupos, o pesquisador conclui que há associação entre a doença e o fator. Em um estudo prospectivo, o pesquisador tem muito mais liberdade sobre o que medir e como medir, já que não se restringirá ao uso de dados já coletados. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 23 Estrutura de um Estudo de Coorte Estatística Aplicada à Educação - UFAM 24 Análise de Dados Doentes Expostos a b Não-doentes Doentes Não-doentes Não-Expostos c d Casos Controle Observação/medição da exposição População Personalidade e desenvolvimento de doença coronariana Em um estudo realizado entre 1960-1961 indivíduos foram acompanhados por um período médio de 8 anos e meio. Através de entrevista no início do estudo, foram classificados dois tipos de personalidade, A e B, sendo os indivíduos da primeira mais agressivos, competitivos e ansiosos. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 25 Personalidade e desenvolvimento de doença coronariana Um estudo de coorte com o objetivo de avaliar o possível efeito da personalidade no risco de desenvolvimento de doença coronariana foi conduzido entre 3154 trabalhadores do sexo masculino com idade de 30 a 59 anos por Brand et al. (1976). Estatística Aplicada à Educação - UFAM 26 Personalidade e desenvolvimento de doença coronariana Estatística Aplicada à Educação - UFAM 27 Faixa de Idade Personalidade A B 39 a 49 anos 8,9 4,2 50 a 59 anos 15,9 7,6 Tabela1: Percentual de indivíduos que desenvolveram doença coronariana segundo faixa de idade e tipo de personalidade Personalidade e desenvolvimento de doença coronariana Os resultados da Tabela 1 indicam que, nas duas faixas etárias consideradas, os percentuais de indivíduos do tipo A que desenvolveram a doença coronariana são aproximadamente o dobro dos encontrados no outro grupo. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 28 Ensaios Aleatorizados Ensaio aleatorizado é um experimento realizado com o objetivo de verificar, entre dois ou mais tratamentos, qual é o mais efetivo. São usadosquando é incerto o valor de uma nova terapia existente que está em disputa. É metodologia apropriada para comparação de tratamentos. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 29 Ensaios Aleatorizados Esta é uma forma experimental de pesquisa, isto é, o pesquisador interfere de maneira deliberada no curso natural dos acontecimentos, em contraposição aos estudos observacionais, em que o pesquisador se restringe `a coleta de dados, sem alterar a dinâmica do processo em consideração. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 30 Experimentos Aleatorizados Após um critério de admissão ter sido definido, os pacientes são, `a medida que entram no experimento, alocados de maneira aleatória ao grupo controle, que recebe a terapêutica padrão, ou ao grupo tratamento, que recebe a terapêutica sendo testada. Todo esforço deve ser feito para oferecer os mesmos cuidados aos dois grupos. Terminado o experimento, técnicas estatísticas são usadas para se decidir se há ou não diferença na eficácia das terapias envolvidas. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 31 Estatística Aplicada à Educação - UFAM 32 Participantes Expostos Não-expostos Grupos por randomização Estrutura dos Experimentos aleatorizados Experimentos aleatorizados Estatística Aplicada à Educação - UFAM 33 Critérios de Inclusão: Minimizar a heterogeneidade dos indivíduos. Critérios de Exclusão comuns: Existência de outras doenças; Mal prognóstico; Indivíduos não-colaborativos. Experimentos aleatorizados Questões Éticas: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; Comitês Locais; Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEPE). Mascaramento (ou Cegamento): Tenta minimizar qualquer comportamento tendencioso devido ao conhecimento de qual tratamento está sendo usado; Cego vs. Duplo Cego. Estatística Aplicada à Educação - UFAM 34 População e amostra Estatística Aplicada à Educação - UFAM 35 População: É o conjunto dos elementos ou resultados sob investigação. Amostra: É um subconjunto da população. Amostragem: Processo de seleção da amostra População e amostra Estatística Aplicada à Educação - UFAM 36 POPULAÇÃO: todos os possíveis pacientes do estudo. Amostra: um subconjunto da população Amostragem e Inferência estatística universo do estudo (população) dados observados Amostragem inferência Tipos de amostragens aleatórias Amostragem aleatória simples Amostragem sistemática Amostragem estratificada Amostragem por conglomerados Ex. de amostragem aleatória simples 01. Aristóteles 06. Cardoso 11. Ernestino 16. Geraldo 21. Joana 26. Josefa 31. Paula 02. Anastácia 07. Carlito 12. Endevaldo 17. Gabriel 22. Joaquim 27. Josefina 32. Paulo Cesar 03. Arnaldo 08. Cláudio 13. Francisco 18. Getúlio 23. Joaquina 28. Maria José 04. Bartolomeu 09. Ermílio 14. Felício 19. Hiraldo 24. José da Silva 29. Maria Cristina 05. Bernardino 10. Ercílio 15. Fabrício 20. João da Silva 25.José de Souza 30. Mauro População Números aleatórios: 20 10 07 01 32. Amostra: {João da Silva, Ercílio, Carlito, Aristóteles, Paulo Cezar } Seleção de uma amostra aleatória simples com n = 5:
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