MECÂNICA DOS SOLOS 01 - aula 05 - Compactação

Prévia do material em texto

*
*
*
MECÂNICA DOS SOLOS 01
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
 DEFINIÇÃO, RAZÕES E HISTÓRICO DA COMPACTAÇÃO.
DEFINIÇÃO:
A COMPACTAÇÃO DE UM SOLO PODE SER DEFINIDA COMO SENDO A SUA DENSIFICAÇÃO OU REDUÇÃO DO SEU VOLUME DE VAZIOS, ATRAVÉS DE EQUIPAMENTOS MECÂNICOS OU MANUAIS, GERALMENTE UM ROLO COMPACTADOR.
*
*
*
OBJETIVOS:
	UM SOLO, QUANDO TRANSPORTADO E DEPOSITADO PARA CONSTRUÇÃO DE UM ATERRO, FICA EM ESTADO FOFO E HETEROGÊNEO E, PORTANTO, ALÉM DE POUCO RESISTENTE, MUITO DEFORMÁVEL E COM PERMEABILIDADE ALTA, APRESENTANDO UM COMPORTAMENTO QUE VARIA DE UM LOCAL PARA OUTRO.
	A COMPACTAÇÃO DE UM SOLO, ALÉM DE TORNAR O SOLO MAIS HOMOGÊNEO, TAMBÉM AUMENTA SUA RESISTENCIA E DIMINUI SUA DEFORMABILIDADE E PERMEABILIDADE, ATRAVÉS DA REDUÇÃO DE SEU ÍNDICE DE VAZIOS.
	O PROCESSO DE COMPACTAÇÃO ATUALMENTE É UTILIZADO EM DIVERSAS OBRAS DE ENGENHARIA, TAIS COMO: ATERROS DIVERSOS, CAMADAS CONSTRUTIVAS DAS RODOVIAS, FERROVIAS E AEROPORTOS, BARRAGENS, REATERRO DE VALAS ESCAVADAS PARA CONSTRUÇÃO DE FUNDAÇÕES E ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÕES, ENTRE OUTRAS.
*
*
*
HISTÓRICO:
	O INÍCIO DA TÉCNICA DE COMPACTAÇÃO É CREDITADO AO ENGENHEIRO AMERICANO PROCTOR QUE, EM 1933, PUBLICOU SUAS OBSERVAÇÕES SOBRE A COMPACTAÇÃO DOS ATERROS, MOSTRANDO QUE A MASSA ESPECÍFICA SECA DE UM SOLO RESULTANTE DE SUA COMPACTAÇÃO É FUNÇAO DA ENERGIA EMPREGADA PARA TAL E DO TEOR DE UMIDADE NA QUAL SE ENCONTRA O SOLO DURANTE O PROCESSO DE COMPACTAÇÃO. 
	QUANDO A COMPACTAÇÃO É REALIZADA COM BAIXA UMIDADE, O ATRITO ENTRE AS PARTÍCULAS É MUITO ALTO, IMPEDINDO UMA REDUÇÃO SIGNIFICATIVA DO VOLUME DE VAZIOS DO SOLO. PARA UMIDADES MAIS ALTAS A ÁGUA EXERCE CERTO EFEITO DE LUBRIFICAÇÃO ENTRE AS PARTÍCULAS QUE, DESTE MODO, DESLIZAM ENTRE SI, ACOMODANDO-SE NUM ARRANJO COM MENOR VOLUME DE VAZIOS E, PORTANTO COM MAIOR MASSA ESPECÍFICA SECA.
*
*
*
	NA COMPACTAÇÃO DE UM SOLO O VOLUME DE ÁGUA E DE SÓLIDOS PERMENECE CONSTANTE, PORTANTO O AUMENTO DE SUA MASSA ESPÉCIFICA CORRESPONDE A ELIMINAÇÃO DO AR EXISTENTE NOS VAZIOS DESTE SOLO. EM SOLOS COM TEOR DE UMIDADE NÃO MUITO ALTO, O AR DOS VAZIOS DO SOLO ENCONTRA-SE EM FORMA DE CANÍCULOS INTERCOMUNICADOS. ESTES CANÍCULOS E A LUBRIFICAÇÃO DOS GRÃOS PROVOCADA PELA ÁGUA FACILITA A SAIDA DESTE AR, DURANTE O PROCESSO DE COMPACTAÇÃO, AUMENTANDO A MASSA ESPECÍFICA RESULTANTE DO SOLO COMPACTADO PARA UMA MESMA ENERGIA.
	A PARTIR DE CERTO TEOR DE UMIDADE, NORMALMENTE ACIMA DO LP, A COMPACTAÇÃO NÃO CONSEGUE MAIS EXPULSAR O AR DOS VAZIOS DO SOLO. A SATURAÇÃO DESTE SOLO PROVOCADA PELO SEU ALTO TEOR DE UMIDADE E COMPACTAÇÃO, TORNA O AR OCLUSO, SENDO SEUS CANÍCULOS INTERCEPTADOS PELA ÁGUA DE SATURAÇÃO.
*
*
*
	COMO VISTO ANTERIORMENTE, NA COMPACTAÇÃO, À MASSA ESPECÍFICA SECA CRESCE COM O TEOR DE UMIDADE.. A PARTIR DE CERTO PONTO ESTA MESMA MASSA ESPECÍFICA PASSA A DIMINUIR NA MEDIDA EM QUE AUMENTAMOS A UMIDADE. DESSE MODO EXISTE UM TEOR DE UMIDADE DENOMINADO UMIDADE ÓTIMA QUE, CONSIDERANDO UMA MESMA ENERGIA DE COMPACTAÇÃO, SERÁ ATINGIDA A MAIOR MASSA ESPECÍFICA SECA, DENOMINADA DENSIDADE MÁXIMA. 
 ENSAIO NORMAL DE COMPACTAÇÃO
OBJETIVO:
	ENCONTRAR OS VALORES DA UMIDADE ÓTIMA E DENSIDADE MÁXIMA PARA OS DIVERSOS SOLOS A SEREM UTILIZADOS NOS ATERROS COMPACTADOS. 
*
*
*
EQUIPAMENTOS:
SOQUETE PADRÃO COM 2,5 kg DE MASSA E ALTURA DE QUEDA DE 30,5 cm.
CILINDRO PADRÃO COMPOSTO DE: CILINDRO COM DIÃMETRO DE 10 cm, ALTURA DE 12,73 cm E VOLUME DE 1.000 cm3, ANEL SUPERIOR COMPLEMENTAR E BASE DE SUPORTE.
EQUIPAMENTOS COMPLEMENTARES: RÉGUA BIZELADA, BANDEJA, BALANÇAS, ESTUFA, CÁPSULAS PARA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE ETC.
Foto 01 - Cilindro e Soquete Padrão (Normal) 
*
*
*
 Foto 02 - Cilindro e Soquete Grandes (Modificado)‏
*
*
*
Foto 03 - Cilindro e Soquete 
Padrão (Normal)	 
Foto 04 - Cilindro e Soquete 
Grandes (Modificado)‏
*
*
*
PROCEDIMENTOS:
	INICIALMENTE A AMOSTRA DEVE SER SECA AO AR E DESTORROADA, EM SEGUIDA DEVERÁ SER ADICIONADA ÁGUA, SEMPRE HOMOGEINIZANDO BEM A MISTURA, ATÉ QUE A UMIDADE ESTEJA EM TORNO DE 5% MENOR QUE A UMIDADE ÓTIMA (ISTO PODE SER OBTIDO COM A EXPERIENCIA DO OPERADOR SABENDO-SE QUE A UMIDADE ÓTIMA É GERALMENTE UM POUCO MENOR QUE O LP), ENTÃO O SOLO É COLOCADO DENTRO DO CILINDRO PADRÃO, EM TRÊS CAMADAS SUCESSIVAS, CADA UMA COM ALTURA APROXIMADA, APÓS A COMPACTAÇÃO, DE UM POUCO MAIS DE 1/3 DA ALTURA DO CILINDRO PADRÃO. 
*
*
*
CADA CAMADA DEVERÁ SER COMPACTADA, ANTES DA COLOCAÇÃO DA CAMADA SEGUINTE, COM A ENERGIA DE 26 GOLPES DO SOQUETE PADRÃO, AO FINAL RETIRA-SE O ANEL SUPERIOR E ELIMINA-SE O EXCESSO DE SOLO COM A RASPAGEM DA RÉGUA BIZELADA. DEPOIS DESTE PROCEDIMENTO DETERMINA-SE O PESO UMIDO DO SOLO COMPACTADO E SUA UMIDADE ATRAVÉS DE UMA AMOSTRA EXTRAIDA DO SEU INTERIOR. COM O SEU PESO ÚMIDO, SUA UMIDADE E O VOLUME DO CILINDRO, DETERMINA-SE A MASSA ESPECÍFICA SECA. 
	TODO ESTE PROCESSO DEVERÁ SER REPETIDO, SEMPRE COM A ADIÇÃO DE MAIS 2% DE ÁGUA, POR UM NÚMERO NÃO MENOR QUE 05 VEZES, ATÉ QUE SE OBTENHAM PELO MENOS DOIS RESULTADOS COM A DENSIDADE SECA EM QUEDA. (NOTE-SE QUE PARA DENSIDADES ÚMIDAS IGUAIS, A MENOR DENSIDADE SECA SERÁ AQUELA COM MAIOR TEOR DE UMIDADE). 
*
*
*
	COM OS RESULTADOS DENSIDADE SECA x UMIDADE, TRAÇA-SE A CURVA DE COMPACTAÇÃO (FIGURA A SEGUIR), QUE DESCREVE A VARIAÇÃO DA DENSIDADE SECA EM FUNÇÃO DA VARIAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE, ONDE OS PONTOS ASCENDENTES SÃO DENOMINADOS RAMO SECO E OS PONTOS DESCENDENTES, RAMO ÚMIDO. OS DOIS RAMOS SÃO UNIDOS POR UMA CURVA PARABÓLICA. NO TOPO DESTA PARÁBOLA SERÁ DETERMINADA A DENSIDADE MÁXIMA E A UMIDADE ÓTIMA.
*
*
*
	NESTE MESMO GRÁFICO É POSSÍVEL TRAÇAR AS CURVAS DE IGUAL TEOR DE SATURAÇÃO QUE REPRESENTAM A VARIAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE DE SATURAÇÃO DO SOLO COMPACTADO, EM FUNÇÃO DE SUA DENSIDADE SECA. ISTO PODE SER OBTIDO ATRAVÉZ DA SEGUINTE EQUAÇÃO:
γd = S γs γw____ 
 Sγw + γsh%	
SENDO:
γd - PESO ESPECÍFICO DO SOLO SECO
γs - PESO ESPECÍFICO DOS GRÃOS DO SOLO
γw - PESO ESPECÍFICO DA ÁGUA
 S - GRAU DE SATURAÇÃO
h% - TEOR DE UMIDADE
*
*
*
VALORES CARACTERISTICOS:
	OS SOLOS ARGILOSOS APRESENTAM VALORES DE DENSIDADE SECA BAIXOS, NA ORDEM DE 1.500 kg/m3, E VALORES DE UMIDADE ÓTIMA ALTOS, NA ORDEM DE 25% E 30%. JÁ AS AREIAS COM PEDREGULHOS BEM GRADUADAS E COM POUCOS FINOS (ARGILAS E SILTES), APRESENTAM DENSIDADES SECAS ALTAS, GIRANDO EM TORNO DE 2.000 kg/m3 E UMIDADES ÓTIMAS BAIXAS COM VALORES PRÓXIMOS A 10%.
	A FIGURA ABAIXO MOSTRA ALGUNS VALORES CARACTERÍSTICOS
*
*
*
*
*
*
3. MÉTODOS ALTERNATIVOS DE COMPACTAÇÃO
3.1. ENSAIO SEM REUSO DO MATERIAL
	USADO PRINCIPALMENTE PARA SOLOS COM PARTÍCULAS FACILMENTE QUEBRÁVEIS
3.2. ENSAIO SEM SECAGEM PRÉVIA DA AMOSTRA
	A SECAGEM DOS SOLOS PODE ALTERAR ALGUMAS DE SUAS PROPRIEDADES E DIFILCULTAR SUA HOMOGENEIZAÇÃO, PORTANTO ESTE ENSAIO PODE TER RESULTADOS MAIS FIÉIS, APESAR DE EXISTIR, SEMPRE QUE NECESSÁRIO, UMA SECAGEM ATÉ QUE A SUA UMIDADE FIQUE 5% ABAIXO DA UMIDADE ÓTIMA.
*
*
*
3.3. ENSAIOS EM SOLOS COM PEDREGULHOS
	O ENSAIO DE COMPACTAÇÃO PROCTOR NORMAL NO CILINDRO PEQUENO SÓ É REALIZADO PARA SOLOS COM DIÂMETRO INFERIOR A 4,8mm. 
PARA SOLOS COM PEDREGULHOS - DEVE-SE NOTAR QUE 3cm3 DE PEDREGULHO REQUER MUITO MENOS ÁGUA E PESA BEM MAIS DO QUE O MESMO VOLUME DE SOLO - EXISTE A POSSIBILIDADE DA CRIAÇÃO DE “NINHOS” ENTRE OS PEDREGULHOS E AS PAREDES DO CILINDRO DURANTE O ENSAIO. DESSE MODO, PARA ESTE TIPO DE SOLO O ENSAIO SERÁ REALIZADO NO CILINDRO GRANDE (ALTURA=11,43cm, DIÂMETRO=15,24cm E VOLUME=2.085cm3) COM UM SOQUETE DE MASSA IGUAL A 4,536 kg E ALTURA DE QUEDA IGUAL A 45,7cm, EM CINCO CAMADAS SENDO APLICADOS SOBRE CADA CAMADA 12 GOLPES DO SOQUETE.
*
*
*
	NOS SOLOS ONDE HOUVER PEDREGULHOS COM DIÂMETRO SUPERIOR A 19 mm, A MASSA DESSES PEDREGULHOS SERÁ SUBSTITUIDA PELA MESMA MASSA DE PEDREGULHOS COM DIÂMETROS MENORES. O ENSAIO DE COMPACTAÇÃO SÓ DEVE SER REALIZADO PARA AMOSTRAS ONDE OS PEDREGULHOS FIQUEM COMPLETAMENTE ENVOLVIDOS PELO SOLO MAIS FINO, SEM SE TOCAREM, ISTO OCORRE GERALMENTE PARASOLOS COM PORCENTAGEM DE PEDREGULHOS INFERIOR A 45%.
4. ENERGIA DE COMPACTAÇÃO
	A DENSIDADE MÁXIMA E A UMIDADE ÓTIMA NÃO SÃO ÍNDICES FÍSICOS DOS SOLOS, POIS DEPENDEM DA ENERGIA APLICADA PARA A COMPACTAÇÃO DO MESMO. SABE-SE QUE QUANTO MAIOR FOR A ENERGIA UTILIZADA NA COMPACTAÇÃO DOS SOLOS MENOR SERÁ SUA UMIDADE ÓTIMA E, OBVIAMENTE, MAIOR SERÁ SUA DENSIDADE SECA MÁXIMA.
DESSE MODO FORAM CRIADOS DOIS NOVOS TIPOS DE ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO QUE SEJAM:
*
*
*
 ENSAIO DE COMPACTAÇÃO PROCTOR MODIFICADO REALIZADO COM O CILINDRO E SOQUETE GRANDE, ESPECIFICADOS NO ITEM 3.3, SENDO A ÚNICA DIFERENÇA O NÚMERO DE GOLPES DO SOQUETE DADOS EM CADA UMA DAS CINCO CAMADAS QUE NESTE CASO É DE 56.
2. ENSAIO DE COMPACTAÇÃO PROCTOR INTERMEDIARIO REALIZADO DE MODO IDÊNTICO AO ANTERIOR, SENDO QUE COM 26 GOLPES POR CAMADA.
	A FIGURA ABAIXO REPRESENTA AS CURVAS DE COMPACTAÇÃO DOS TRÊS TIPOS DE ENSAIOS REALIZADOS EM UMA AMOSTRA DE SOLO. 
*
*
*
*
*
*
	A ENERGIA UTILIZADA NO ENSAIO DE COMPACTAÇÃO PODE SER EXPRESSA PELA SEGUINTE EQUAÇÃO:
EC = M . H . Ng . Nc V
SENDO:
M – MASSA DO SOQUETE
H – ALTURA DE QUEDA DO SOQUETE
Ng – NÚMERO DE GOLPES DO SOQUETE POR CAMADA
Nc – NÚMERO DE CAMADA
V – VOLUME DO SOLO COMPACTADO
*
*
*
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 
1. A DENSIDADE SECA MÁXIMA DOS SOLOS ARGILOSOS (COMPORTAMENTO PLÁSTICO) DEPENDE MUITO MAIS DA ENERGIA DE COMPACTAÇÃO DO QUE A DENSIDADE SECA MÁXIMA DOS SOLOS ARENOSOS (COMPORTAMENTO GRANULAR). NOS SOLOS ARENOSOS A DENSIDADE MÁXIMA SECA NO ENSAIO COM ENERGIA NORMAL PODE CHEGAR A 95% DA DENSIDADE SECA DO ENSAIO MODIFICADO E NOS SOLOS ARGILOSOS ESTE PERCENTUAL GERALMENTE É MENOR QUE 90%.
*
*
*
1. QUANDO O TEOR DE UMIDADE DE UM SOLO ENCONTRA-SE ABAIXO DA UMIDADE ÓTIMA, A SUA DENSIDADE SECA É INFLUENCIADA PELA APLICAÇÃO DE UM EXCESSO DE ENERGIA DE COMPACTAÇÃO. OU SEJA, QUANDO MAIOR A ENERGIA DE COMPACTAÇÃO MAIOR SERÁ A DENSIDADE MÁXIMA. POR OUTRO LADO, QUANDO ESTE TEOR DE UMIDADE ENCONTRA-SE MAIOR QUE A UMIDADE ÓTIMA, A APLICAÇÃO DE UM EXCESSO DE ENERGIA NA COMPACTAÇÃO DESTE SOLO POUCO OU NADA AUMENTARÁ A DENSIDADE SECA DO MESMO. NO CAMPO, QUANDO O SOLO ENCONTRA-SE MUITO ÚMIDO E COM A INSISTÊNCIA DA PASSAGEM DO ROLO COMPACTADOR, FORMA-SE O FENÔMENO CHAMADO DE “BORRACHUDO”. 
5. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS GRANULARES
	OS ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO DESCRITOS ANTERIORMENTE NÃO SÃO USADOS PARA AS AREIAS E OU PEDREGULHOS PUROS OU COM POUCOS FINOS. ESTA COMPACTAÇÃO, TANTO NO CAMPO QUANTO NO LABORATORIO, SE FAZ ATRAVÉS DE VIBRAÇÃO E AS MAIORES DENSIDADES SECAS SÃO NORMALMENTE ATINGIDAS COM O SOLO SECO OU COMPLETAMENTE SATURADO. 
*
*
*
	O CONTROLE DESTA COMPACTAÇÃO DE UM MODO GERAL TEM SIDO EFETUADO ATRAVÉS DE SUA COMPACIDADE RELATIVA. COMPACIDADES RELATIVAS SUPERIOES A 66% SÃO CONSIDERADAS SATISFATÓRIAS, POIS LEVAM ESTAS AREIAS A CONDIÇAÕ DE COMPACTAS.
6. ESTRUTURA DOS SOLOS COMPACTADOS 
	A ESTRUTURA DOS SOLOS COMPACTADOS, COM CERTO TEOR DE ARGILA, DEPENDE DA UMIDADE NA QUAL O SOLO FOI COMPACTADO E DA ENERGIA EMPREGADA PARA TAL.
	DE UM MODO GERAL PODE-SE DIZER QUE, QUANDO O SOLO É COMPACTADO COM UMIDADE BAIXA, A ATRAÇÃO FACE-ARESTA DAS PARTÍCULAS NÃO É VENCIDA E A ESTRUTURA DESTE SOLO FICA FLOCULADA. 
*
*
*
	PARA UMIDADES ALTAS A REPULSÃO ENTRE ESTAS PARTÍCULAS AUMENTA E A ENERGIA DE COMPACTAÇÃO AS ORIENTA, FICANDO ESTE SOLO COM A ESTRUTURA DISPERSA. PARA UM MESMO TEOR DE UMIDADE, QUANTO MAIOR A ENERGIA DE COMPACTAÇÃO MAIOR SERÁ O GRAU DE DISPERSSÃO DAS PARTÍCULAS.
DE UM MODO SIMPLIFICADO A FIGUA ABAIXO DESCREVE TAL FATO.
*
*
*
7. COMPACTAÇÃO NO CAMPO
1. ESCOLHA DA JAZIDA DE EMPRÉSTIMO:
	A ESCOLHA VAI DEPENDER DE FATORES ECONÔMICOS E TÉCNICOS. ECONÔMICOS, CONSIDERANDO PRINCIPALMENTE A DISTÂNCIA DE TRANSPORTE E TÉCNICOS, COSIDERANDO AS CARACTERÍSTICAS GEOTÉCNICAS DO SOLO DESTA JAZIDA EM FUNÇÃO, PRINCIPALMENTE, DA UTILIZAÇÃO DESSE ATERRO.
2. ESPALHAMENTO DO SOLO
	A COLOCAÇÃO DO MATERIAL DO ATERRO NO LOCAL DA COMPACTAÇÃO DEVE SER EFETUADA DE TAL FORMA QUE A ESPESSURA DE CADA CAMADA, APÓS A COMPACTAÇÃO, NÃO ULTRAPASSE OS 20 cm. ASSIM A ESPESSURA DA CAMADA SOLTA VAI VARIAR DE 25 cm A 30 cm. A ESPESSURA DA CAMADA ESPALHADA DEPENDE, TAMBÉM, DO TIPO DE EQUIPAMENTO UTILIZADO NA COMPACTAÇÃO.
*
*
*
3. CORREÇÃO DA UMIDADE E HOMOGENEIZAÇÃO DO MATERIAL DO ATERRO
	ESTA CORREÇÃO DEVE SER REALIZADA, EM CADA CAMADA ESPALHADA, ATRAVÉS DE AERAÇÃO OU IRRIGAÇÃO COM O RESPECTIVO GRADEAMENTO QUE TEM COMO FINALIDADE A HOMOGENEIZAÇÃO DO SOLO, PARA POSTERIOR COMPACTAÇÃO.
4. COMPACTAÇÃO DO ATERRO 
A COMPACTAÇÃO DOS ATERROS DEVE UTILIZAR EQUIPAMENTOS ADEQUADOS QUE PODEM VARIAR EM FUNÇÃO DO TIPO DO SOLO, DA IMPORTANCIA DO ATERRO E DA FINALIDADE DO MESMO. ROLOS PÉ-DE-CARNEIRO SÃO UTILIZADOS PARA SOLOS ARGILOSOS, JÁ PARA SOLOS ARENOSOS O ROLO VIBRATÓRIO, CORRUGADO OU LISO, É O MAIS INDICADO. OS ROLOS PNEUMÁTICOS SÃO UTILIZADOS PARA VARIOS TIPOS DE SOLO, POIS PODE-SE VARIAR SEU PESO E A PRESSÃO DOS PNEUS. OUTROS EQUIPAMENTOS DE MENOS PORTE, MANUAIS OU NÃO, PODEM SER UTILIZADOS EM ATERROS DE MENOR IMPORTÂNCIA OU EM ESPAÇOS REDUZIDOS.
*
*
*
5. CONTROLE DE COMPACTAÇÃO 
AS ESPECIFICAÇÕES PARA A COMPACTAÇÃO DE ATERROS SÃO, EM GERAL, FORNECIDAS EM FUNÇÃO DAS PROPRIEDADES QUE SE PRETENDE OBTER DO ATERRO E SÃO ESPECIFICADAS COMO SENDO UM DESVIO DA UMIDADE EM RELAÇÃO À UMIDADE ÓTIMA E UM GRAU DE COMPACTAÇÃO MÍNIMO. ESTE GRAU É DEFINIDO COMO SENDO A RELAÇÃO ENTRE A DENSIDADE SECA OBTIDA NO CAMPO E A DENSIDADE SECA MÁXIMA DO ENSAIO DE COMPACTAÇÃO.
GC% = Ds (campo) / Dmax (ensaio) X 100 
PARA ATERROS DE MENOR RESPONSABILIDADE É COMUM UTILIZAR UMA ESPECIFICAÇÃO COM UM GRAU DE COMPACTAÇÃO GC=95% DA DENSIDADE MÁXIMA OBTIDA NO ENSAIO NORMAL E UM TEOR DE UMIDADE VARIANDO ENTRE hot-2% E hot+2%.
A DENSIDADE “IN SITU” ( NO CAMPO) É GERALMENTE OBTIDA ATRAVÉS DO MÉTODO DO FRASCO DE AREIA E O TEOR DE UMIDADE ATRAVÉS DO SPEEDY OU QUEIMA AO ÁLCOOL.