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Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 1/44 Conselho Monetário Nacional – CMN O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional. Ao CMN compete: estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras; e disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial. O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda (presidente), pelo Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento e pelo presidente do Banco Central do Brasil (BACEN). Os serviços de secretaria do CMN são exercidos pelo BACEN. Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (COMOC), composta pelo presidente do BACEN, na qualidade de coordenador, pelo presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, pelo secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, pelo secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e por quatro diretores do BACEN, indicados por seu presidente. Está previsto o funcionamento também junto ao CMN de comissões consultivas de normas e organização do sistema financeiro, de mercado de valores mobiliários e de futuros, de crédito rural, de crédito industrial, de crédito habitacional e para saneamento e infra-estrutura urbana, de endividamento público e de política monetária e cambial. Banco Central do Brasil Criado em 1964, o Banco Central do Brasil é a entidade que atua como órgão executivo central do sistema financeiro. Cabe a este a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o funcionamento do sistema financeiro e as normas expedidas pelo CMN. São de sua privativa competência as seguintes atribuições: • emitir papel-moeda e moeda metálica nas condições e limites autorizados pelo CMN; • executar os serviços do meio circulante; • receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais e os depósitos voluntários das institui- ções financeiras e bancárias que operam no país; • realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras dentro de um enfoque de política econômica do governo ou como socorro a problemas de liquidez; • regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; • efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais; • emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo CMN; • exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; • exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando necessário; • autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as instituições financeiras; • estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras privadas; e • controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do mercado cambial. O Banco Central do Brasil, Autarquia Federal integrante do Sistema Financeiro Nacional, foi criado em 31/12/1964, com a promulgação da Lei nº. 4.595 Antes da criação do Banco Central, o papel de autoridade monetária era desempenhado pela Superin- tendência da Moeda e do Crédito – SUMOC, pelo Banco do Brasil – BB e pelo Tesouro Nacional. Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 2/44 A SUMOC, criada em 1945 com a finalidade de exercer o controle monetário e preparar a organização de um Banco Central, tinha a responsabilidade de fixar os percentuais de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, as taxas do redesconto e da assistência financeira de liquidez, bem como os juros sobre depósitos bancários. Além disso, supervisionava a atuação dos bancos comerciais, orientava a política cambial e representava o país junto a organismos internacionais. O Banco do Brasil desempenhava as funções de banco do governo, mediante o controle das operações de comércio exterior, o recebimento dos depósitos compulsórios e voluntários dos bancos comerciais e a execu- ção de operações de câmbio em nome de empresas públicas e do tesouro nacional, de acordo com as normas estabelecidas pela SUMOC e pelo banco de crédito agrícola, comercial e industrial. O Tesouro Nacional era o órgão emissor de papel-moeda. Após a criação do Banco Central, buscou-se dotar a instituição de mecanismos voltados para o desem- penho do papel de “bancos dos bancos”. Em 1985, foi promovido o reordenamento financeiro governamental com a separação das contas e das funções do Banco Central, Banco do Brasil e Tesouro Nacional. Em 1986, foi extinta a conta movimento e o fornecimento de recursos do Banco Central ao Banco do Brasil passou a ser claramente identificado nos orçamentos das duas instituições, eliminando-se os suprimentos automáticos que prejudicavam a atuação do Banco Central. O processo de reordenamento financeiro governamental se estendeu até 1988, quando as funções de autoridade monetária foram transferidas progressivamente do Banco do Brasil para o Banco Central, enquanto as atividades atípicas exercidas por esse último, como as relacionadas ao fomento e à administração da dívida pública federal, foram transferidas para o tesouro nacional. A Constituição Federal de 1988 estabeleceu dispositivos importantes para a atuação do Banco Central, dentre os quais se destacam o exercício exclusivo da competência da união para emitir moeda e a exigência de aprovação prévia pelo Senado Federal, em votação secreta, após argüição pública, dos nomes indicados pelo Presidente da República para os cargos de presidente e diretores da instituição. Além disso, vetou ao Banco Central a concessão direta ou indireta de empréstimos ao Tesouro Nacional. A Constituição de 1988 prevê ainda, em seu artigo Nº 192, a elaboração de lei complementar do Sistema Financeiro Nacional, que deverá substituir a Lei nº. 4.595/64 e redefinir as atribuições e estrutura do Banco Central do Brasil. Fonte: http://www.bcb.gov.br Comissão de Valores Mobiliários – CVM É uma entidade autárquica, vinculada ao Ministério da Fazenda, administrada por um presidente e quatro diretores nomeados pelo Presidente da República e que funciona como órgão de deliberação colegiada de acordo com seu regimento interno. De acordo com a lei que a criou, a comissão de valores mobiliários exercerá suas funções, a fim de: • assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; • proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administrado- res e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira de valores mobiliários; • evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado; • assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido; • assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado devalores mobiliários; • estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; • promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas. Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 3/44 A lei que criou a CVM (Lei nº. 6385/76) e a lei das sociedades por ações (Lei nº. 6.404/76) disciplinaram o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação de seus protagonistas, assim classificados, as companhias abertas, os intermediários financeiros e os investidores, além de outros cuja atividade gira em torno desse universo principal. A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado. Seu poder normatizador abrange todas as matérias referentes ao mercado de valores mobiliários. Cabe à CVM, entre outras, disciplinar as seguintes matérias: • registro de companhias abertas; • registro de distribuições de valores mobiliários; • credenciamento de auditores independentes e administradores de carteiras de valores mobiliários; • organização, funcionamento e operações das bolsas de valores; • negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; • administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; • suspensão ou cancelamento de registros, credenciamentos ou autorizações; • suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinado valor mobiliário ou decretar recesso de bolsa de valores. O sistema de registro gera, na verdade, um fluxo permanente de informações ao investidor. Essas informações, fornecidas periodicamente por todas as companhias abertas, podem ser financeiras e, portanto, condicionadas a normas de natureza contábil, ou apenas referirem-se a fatos relevantes da vida das empresas. Entende-se como fato relevante aquele evento que possa influir na decisão do investidor, quanto a negociar com valores emitidos pela companhia. A CVM não exerce julgamento de valor em relação a qualquer informação divulgada pelas companhias. Zela, entretanto, pela sua regularidade e confiabilidade e, para tanto, normatiza e persegue a sua padronização. A atividade de credenciamento da CVM é realizada com base em padrões pré-estabelecidos pela autarquia que permitem avaliar a capacidade de projetos a serem implantados. A lei atribui à CVM competência para apurar, julgar e punir irregularidades eventualmente cometidas no mercado. Diante de qualquer suspeita, a CVM pode iniciar um inquérito administrativo, através do qual recolhe informações, toma depoimentos e reúne provas com vistas a identificar claramente o responsável por práticas ilegais, oferecendo-lhe, a partir da acusação, amplo direito de defesa. O colegiado tem poderes para julgar e punir o faltoso. As penalidades que a CVM pode atribuir vão desde a simples advertência até a inabilitação para o exercício de atividades no mercado, passando pelas multas pecuniárias. A CVM mantém, ainda, uma estrutura especificamente destinada a prestar orientação aos investidores ou acolher denúncias e sugestões por eles formuladas. Quando solicitada, a CVM pode atuar em qualquer processo judicial que envolva o mercado de valores mobiliários, oferecendo provas ou juntando pareceres. Nesses casos, a CVM atua como amicus curiae (amigo da corte) assessorando a decisão da justiça. Em termos de política de atuação, a comissão persegue seus objetivos através da indução de comportamento, da auto-regulação e da auto-disciplina, intervindo efetivamente, nas atividades de mercado, quando esse tipo de procedimento não se mostrar eficaz. No que diz respeito à definição de políticas ou normas voltadas para o desenvolvimento dos negócios com valores mobiliários, a CVM procura, junto a instituições de mercado, do governo ou entidades de classe, suscitar a discussão de problemas, promover o estudo de alternativas e adotar iniciativas, de forma que qualquer alteração das práticas vigentes seja feita com suficiente embasamento técnico e, institucionalmente, possa ser assimilada com facilidade, como expressão de um desejo comum. Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 4/44 A atividade de fiscalização da CVM realiza-se pelo acompanhamento da veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participam e aos valores mobiliários negociados. Dessa forma, podem ser efetuadas inspeções destinadas à apuração de fatos específicos sobre o desempenho das empresas e dos negócios com valores mobiliários. CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – CRSFN Histórico O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional – CRSFN foi criado pelo decreto nº. 91.152, de 15/3/85. Transferiu-se do conselho monetário nacional – CMN para o CRSFN a competência para julgar, em segunda e última instância administrativa, os recursos interpostos das decisões relativas à aplicação das penalidades administrativas referidas nos itens I a IV do art. 1º do referido decreto. Permanece com o CMN a competência residual para julgar os demais casos ali previstos, por força do disposto no art. 44, § 5º, da lei nº. 4.595/64. Com o advento da lei nº. 9.069, de 29/6/95, mais especificamente em razão do seu art. 81 e parágrafo único, ampliou-se a competência do CRSFN, que recebeu igualmente do CMN a responsabilidade de julgar os recursos interpostos contra as decisões do Banco Central do Brasil relativas à aplicação de penalidades por infração à legislação cambial, de capitais estrangeiros, de crédito rural e industrial. O CRSFN tem o seu regimento interno aprovado pelo decreto nº. 1.935, de 20/6/96, com a nova redação dada pelo decreto nº. 2.277, de 17/7/97, dispondo sobre as competências, prazos e demais atos processuais vinculados às suas atividades. Atribuições São atribuições do conselho de recursos: julgar em segunda e última instância administrativa os recursos interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela comissão de valores mobiliários e pela secretaria de comércio exterior Estrutura O conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é constituído por oito conselheiros, possuidores de conhecimentos especializados em assuntos relativos aos mercados financeiros, de câmbio, de capitais, e de crédito rural e industrial, observada a seguinte composição: i – um representante do Ministério da Fazenda (MINIFAZ); ii – um representante do Banco Central do Brasil (BACEN); iii – um representante da Secretaria de Comércio Exterior (MIDIC); iv – um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); v – quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por estas indicados em lista tríplice. As entidades de classe que integram o CRSFN são as seguintes: ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas), ANBID (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), CNBV (Comissão de Bolsas de Valores), FEBRABAN (Federação Brasileira das Associações de Bancos), ABEL (Associação Brasileira das Empresas de leasing), ADEVAL (Associação das EmpresasDistribuidoras de Valores), AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), sendo que os representantes das quatro primeiras entidades têm assento no conselho como membros-titulares e os demais, como suplentes. Tanto os conselheiros titulares, como os seus respectivos suplentes, são nomeados pelo ministro da fazenda, com mandatos de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única vez. Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 5/44 Fazem ainda parte do conselho de recursos dois procuradores da fazenda nacional, designados pelo procurador-geral da fazenda nacional, com a atribuição de zelar pela fiel observância da legislação aplicável, e um secretário-executivo, nomeado pelo ministério da fazenda, responsável pela execução e coordenação dos trabalhos administrativos. para tanto, o Banco Central do Brasil, a comissão de valores mobiliários e a Secretaria de Comércio Exterior proporcionam o respectivo apoio técnico e administrativo. O representante do Ministério da Fazenda é o presidente do Conselho e o vice-presidente é o representante designado pelo Ministério da Fzenda dentre os quatro representantes das entidades de classe que integram o Conselho. AGENTES ESPECIAIS Banco do Brasil S/A 1808 – Quando o Brasil passou a sede da coroa em 1808, com a vinda do príncipe D. João para o Rio de Janeiro, o país ganhou um aliado para construir seu futuro. D. João trouxe a imprensa, abriu os portos e criou o Banco do Brasil. nestes 190 anos, o BB sempre participou vivamente da história e da cultura brasileira. 1809 – O Banco do Brasil, quarto emissor em todo o mundo – até então apenas a Suécia, a Inglaterra e a França dispunham de bancos emissores –, instalado em um prédio da antiga rua direita, esquina da rua de São Pedro, iniciou suas atividades em 11 de dezembro de 1809. 1821 – Em 25 de abril de 1821, D. João VI e a corte retornaram a Portugal, para onde levaram os recursos que haviam depositado no banco já em crise devido à sua profunda vinculação com os interesses da coroa. 1822 – em 7 de setembro, D. Pedro I declara a independência do Brasil. o apoio do banco foi decisivo para que as autoridades da época custeassem escolas e hospitais e equipassem os navios que minaram as últimas resistências lusitanas e asseguraram a independência. 1829 – promulgada lei extinguindo o Banco do Brasil, acusado de que suas emissões concorriam para desvalorização do meio circulante, êxodo dos metais preciosos e elevação geral dos preços. 1833 – promulgada, em 8 de outubro de 1833, pela assembléia e sancionada pela regência, lei que visava coibir definitivamente a desordem financeira que então se instaurara, fixando novo padrão monetário, gerando novas fontes de renda e restabelecendo o Banco do Brasil. no entanto, ocorre a falta de concorrência à subscrição pública de parte do capital estipulado para o novo estabelecimento emissor. 1851 – em 21 de agosto de 1851, no Rio de Janeiro, começaram as atividades de um banco particular de depósitos e descontos – denominado também Banco do Brasil, fundado por Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá, e outros, com um capital de 10.000 contos de réis. esse valor era considerado elevado para a época e o mais vultoso entre os das sociedades existentes na América Latina. 1853 – o verdadeiro segundo Banco do Brasil – ao qual se fundiram o BB de 1851 e mais o Banco Comercial do Rio de Janeiro – foi criado em 1853, por iniciativa do então Ministro da Fazenda, José Joaquim Rodrigues Torres, o Visconde de Itaboraí. Esse novo Banco do Brasil começou a funcionar em 1854, sem a interveniência do governo na condução das operações comerciais. 1854 – em 19 de abril de 1854, a diretoria do banco resolveu que, para nomeação de novos empregados, “se abrissem concursos para se escolherem os mais idôneos e preencherem-se assim as vagas dos lugares de escriturários”. 1857 – com a reforma bancária de 1857, bancos de emissão, criados através de simples decretos executivos, foram instalados em algumas províncias do Brasil – Rio Grande do Sul, Pernambuco e Maranhão, dentre outras. 1860 – em 22 de agosto de 1860, foi promulgada a lei nº. 1.083, de reforma bancária, que restringia a circulação monetária mediante a emissão restrita dos bancos sobre a base de metais preciosos neles existentes. Tal lei representava uma cautelosa reação à proposta de pluralidade de fontes emissoras. Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 6/44 1863 – o Banco do Brasil transformou-se, em 1863, no único órgão emissor da capital do império e das províncias centrais e do sul, bem como em parte do resto do território nacional. O banco, no entanto, nunca sanou o problema estrutural de insuficiência de fundo disponível para garantir o volume de emissão necessário aos financiamentos exigidos pelo desenvolvimento econômico. E foi em situação de depauperamento que se viu atingido pelo impacto devastador da crise de 1864. 1864 – com o fechamento inesperado, em 10 de setembro de 1864, da Casa Souto, casa bancária em débito com o banco em mais de 20 mil contos, espalhou-se o pânico em toda a cidade do Rio de Janeiro, provocando a corrida de credores e depositantes aos estabelecimentos bancários. 1865 – as principais conseqüências foram as falências e concordatas que ocorreram na praça do Rio de Janeiro, no total de 25, até o fim de março de 1865. houve também queda do movimento comercial, baixa do câmbio e dos valores dos imóveis, decesso das cotações das ações de companhias, inclusive das ações do Banco do Brasil, elevação do preço da moeda de ouro e aumento extraordinário da circulação fiduciária. 1866 – com a lei nº. 1.349, cessava a faculdade de emissão do Banco do Brasil, que se transformou num instituto de depósitos, descontos e de empréstimos sobre hipotecas. o mais poderoso determinante da lei foi a requisição insaciável de recursos, em espécies metálicas, para custeio da guerra do Paraguai, de que resultou a alienação do estado, no mês subseqüente, de toda a sua reserva metálica. 1888 – a partir do final dos anos 1980, o BB passou a destacar-se como instituição de fomento econômi- co. Para a agricultura, destinou as primeiras linhas de crédito em 1888, utilizadas no recrutamento de imigrantes europeus para assentamento em lavouras de café, então sob o impacto da libertação da mão-de- obra escrava. 1889 – com a proclamação da república, em 1889, foi chamado a cooperar na gestão financeira do novo regime político e se destacou como agente saneador das finanças, abaladas pela crise do fim da monarquia. 1892 – em 17 de dezembro de 1892, o presidente da república baixou o decreto nº. 1.167, em que autorizou a fusão do Banco do Brasil com o Banco da República dos Estados Unidos do Brasil, desde que a decidissem, por maioria de votos, as respectivas assembléias de acionistas. a nova instituição, com faculdade emissora, foi denominada Banco da República do Brasil. 1905 – a terceira e atual fase jurídica do banco, sob a denominação Banco do Brasil, tem origem com o decreto nº. 1.455, de 30 de dezembro de 1905. O Banco da República do Brasil foi considerado liquidado e seus bens, direitos e ações incorporadose sub-rogados ao novo banco, para integrar o capital inicial de 70.000 contos de réis. 1906 – desde 1906, as ações ordinárias da empresa têm sido transacionadas publicamente nas bolsas de valores. As preferenciais passaram a ser negociadas a partir de 1973. Sempre presente nos pregões, os papéis do banco chegaram a destacar-se como blue chips no mercado acionário. 1926 – em 1926, o banco mudou sua sede para o prédio localizado na rua primeiro de março, no Rio, onde hoje funciona o centro cultural Banco do Brasil. 1937 – em 1937, com a criação da carteira de crédito agrícola e industrial – CREAI, o banco instituiu o crédito rural especializado e lançou as bases para o fomento da nascente atividade industrial brasileira. 1941 – na década de 1940, esteve presente na marcha para o oeste, deflagrada pelo presidente Getúlio Vargas, ajudando a incorporar milhares de hectares de terras ao processo produtivo. nos mais destacados momentos da evolução da agropecuária brasileira, o banco deixou sua marca: culturas como a soja e o trigo, de fundamental importância para a economia nacional, foram introduzidas e desenvolvidas com sua decisiva participação. em 10 de novembro de 1941, o BB inaugura, em Assunção, Paraguai, sua primeira agência no exterior. 1945 – a seriedade e a dedicação que imprime a suas ações atingem, às vezes, dimensões singulares. Foi o caso da presença na segunda guerra mundial, quando acompanhou os pracinhas da força expedicionária brasileira. Com escritórios em Roma, Nápoles e Pistóia (posteriormente transferido para Gênova), sua missão era pagar à tropa e transferir numerário para o Brasil, além de atender à embaixada e aos consulados brasileiros. 1953 – em 29 de dezembro de 1953, foi criada a carteira de comércio exterior – CACEX, em substitui- ção à antiga carteira de exportação e importação do Banco do Brasil, instalada em 21 de maio de 1941. Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 7/44 1955 – no período pós-1945, o banco atuou decisivamente também no desenvolvimento industrial, com destaque na implantação da companhia siderúrgica nacional, um dos marcos mais significativos da industrialização brasileira. 1960 – a sede do BB foi transferida para Brasília no dia da inauguração da nova capital, 21 de abril de 1960. 1964 – em 31 de dezembro de 1964, a lei nº. 4.595 (lei da reforma bancária) criou o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional. ao Banco do Brasil coube continuar a exercer algumas funções de autoridade monetária, as quais só viria a deixar mais de duas décadas depois. 1967 – até 1966, o banco instalou poucas agências no exterior. a partir de 1967, passa a atuar com maior impulso no plano internacional. Agências e escritórios são abertos na América latina. No mesmo ano, autorizou-se a abertura da filial de Nova Yorque, inaugurada em 1º de abril de 1969. em 1971, o banco somava 975 agências em território nacional e 14 no exterior. 1976 – o Banco do Brasil inaugura, em 15 de novembro de 1976, na cidade Mato-Grossense de Barra do Bugres, sua milésima agência, um marco na expansão da rede bancária nacional. 1985 – o BB, em sua atuação como agente de transformação, passou a contar com outro importante instrumento: a Fundação Banco do Brasil. Sem fins lucrativos e patrocinada pelo banco, que também lhe empresta suporte operacional, a FBB vem se consolidando como grande parceira nos campos educacional, cultural, social e filantrópico, recreativo e esportivo e de assistência a comunidades urbano-rurais. 1986 – uma das principais transformações na história recente do banco deu-se em 1986, quando o governo decidiu extinguir a conta movimento mantida pelo Banco Central, mecanismo que assegurava ao BB suprimento automático de recursos para as operações permitidas aos demais intermediários financeiros. Em contrapartida, o banco foi autorizado a atuar em todos os segmentos de mercado franqueados às demais instituições financeiras. Em 15 de maio de 1986, o banco constitui a BB Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. inicia-se, assim, a transformação do banco em conglomerado financeiro. 1987 – para o Banco do Brasil, foi um ano de importantes realizações. quatro subsidiárias passaram a integrar o conjunto de empresas vinculadas ao BB: BB Financeira S.A.; BB leasing S.A.; BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A. e BB Administradora de Cartões de Crédito S.A. das opções de investimento então ofertadas, o destaque ficou por conta da caderneta de poupança rural (Poupança-Ouro). Lançada em fevereiro, alcançou o equivalente a 7,5% do sistema de poupança. 1988 – o período caracterizou-se por intensa atividade política, que culminou com a promulgação da oitava constituição brasileira. No campo econômico, houve acentuadas dificuldades, dentre as quais o agravamento da inflação, que alcançou a indesejável marca de 933%. Para o banco, o ano foi marcado por grande realizações, sobretudo no campo mercadológico. Dentre os novos produtos e serviços ofertados, destacavam-se o Ourocard, primeiro cartão de múltiplo uso do mercado, as operações de leasing financeiro, iniciadas em julho, e a criação, em outubro, do BB Banco de Investimento S.A. 1989 – ao comemorar 181 anos de fundação, em 12 de outubro de 1989, o banco inaugurou, no Rio de Janeiro, o centro cultural, instalado na Rua Primeiro de Março, 66. 1992 – o processo de investigação, julgamento e impedimento do presidente da República do Brasil, e os movimentos mundiais de ajustes alteraram o cenário em que se move o Banco do Brasil, em suas atividades no país e em suas operações internacionais. A partir do último trimestre de 1992, o BB voltou a atuar com desembaraço em sua posição histórica de principal agente do desenvolvimento econômico nacional. 1994 – para a implantação do plano real, plano de estabilização econômica, o BB, mais uma vez, assumiu papel estratégico. Foi o responsável pela substituição da antiga moeda pela nova, em curto espaço de tempo, em todo o Brasil. A operação foi considerada a maior do gênero já realizada no mundo. Quando o real entrou em vigor, em primeiro de julho, o BB havia distribuído r$ 3,8 bilhões às 31 mil agências bancárias existentes no país. 1995 – a empresa é reestruturada para se adaptar à nova conjuntura advinda do plano real e à conse- qüente queda da inflação que afetou todo o sistema bancário. Para adequar o quadro de pessoal, foi lançado o programa de desligamento voluntário – PDV. Dentro do PDV, 13.388 funcionários foram desligados no ano. Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 8/44 1996 – no primeiro semestre, o banco enfrentou o desafio de expor a todos a grave situação em que se encontrava. Com a adoção de medidas saneadoras e de regularização de antigas pendências de crédito, fechou 1996 com prejuízo de r$ 7, 6 bilhões, muito embora tenha apresentado lucro no segundo semestre de R$ 254,9 milhões. O resultado de 1996 foi fortemente impactado pelas despesas com provisões para crédito de liquidação duvidosa. No mesmo ano, o banco realizou chamada de capital no valor de r$ 8 bilhões. Implementou, ainda, maciço programa de investimentos em tecnologia. 1997 – adotadas medidasrigorosas, para conter despesas e ampliar receitas, e ajustada a estrutura administrativa e operacional, o banco voltou a apresentar lucro, r$ 573, 8 milhões. Demonstrou, em 1997, sua capacidade de se adaptar às exigências do mercado, oferecendo novas opções de crédito a grupos segmentados de clientes e produtos modelados de acordo com a nova realidade econômica. Lidera na área de mercado de capitais e conquista espaços cada vez maiores nas áreas de varejo e seguridade. 1998 – o Banco do Brasil é o primeiro a ganhar o certificado ISO 9002 em análise de crédito. O banco recebe o rating nacional máximo da atlantic rating, “AA. A”: classificado como instituição da melhor qualidade. O banco inaugura o seu centro tecnológico, complexo dentre os mais modernos e bem-equipados do mundo. 1999 – o banco implementou ajustes organizacionais em sua estrutura para adequar-se às disposições da resolução CMN 2.554 (sistema de controles internos), criando a diretoria de controle, que coordena as unidades de função contadoria, controladoria e controles internos. Para atender ao programa Brasil empre- endedor (apoio às pequenas e médias empresas), lançado em outubro pelo governo federal, o Banco do Brasil abriu 50 salas do empreendedor. Lançou em abril o BB conta única. Lançou o acesso ao BB personal banking por meio de computadores de mão, conhecidos como palmtops, sendo o primeiro banco no mundo a oferecer esse tipo de serviço. O primeiro banco brasileiro a oferecer acesso gratuito limitado à internet, sendo firmados convênios com 194 provedores em todo o território nacional para acesso à rede mundial. Foi confirmado ao banco, pela bolsa de valores do Rio de Janeiro, o prêmio Mauá de melhor companhia aberta de 1998. O principal financial group passa a integrar como nova parceria na Brasilprev. 2000 – o ano de 2000 foi tempo de expansão do BB na internet, com o lançamento do portal Banco do Brasil, abrigando sites de investimentos, agronegócios, negócios internacionais, relações com investidores, notícias, cultura e esportes, com 2, 6 milhões de correntistas habilitados a acessar os produtos e serviços oferecidos por intermédio do portal www.bb.com.br, consolidando-se como a instituição financeira brasileira com maior presença na rede mundial. O banco registrou um lucro líquido de R$ 974,2 milhões, que representou retorno sobre o patrimônio líquido de 12,2%. O desempenho foi marcado pela ênfase na expansão dos negócios, controle de custos operacionais, busca da excelência na gestão de riscos e a melhoria da composição da carteira de crédito e ainda confirma o compromisso do Banco do Brasil em criar maior valor para os acionistas. 2001 – desde trinta de abril de 2001 o Banco do Brasil vem adotando a configuração de banco múltiplo, passando, assim, a atuar como os demais bancos brasileiros. a medida traz vantagens, como a redução de custos, racionalização de processos, otimização da gestão financeira e fisco-tributário. em decorrência disso, foram ativadas as carteiras financeiras e comercial. Em vinte e um de agosto de 2001, o banco, dando continuidade ao processo de modernização iniciado em 1995, aprovou a nova configuração do conglomerado com o objetivo de tornar mais ágil o processo decisório, proporcionando maior autonomia e segurança às decisões dos executivos da empresa e dar maior transparência ao sistema de responsabilidades institucionais do banco perante órgãos e instituições reguladoras e fiscalizadoras e o mercado. Com as mudanças, a diretoria executiva configura-se em dois níveis, sendo: o conselho diretor – composto pelo presidente e vice-presidentes – e demais diretores. Para a nova configuração, foram criados 7 cargos de vice-presidentes e acionados 16 cargos de diretores, dos 22 previstos pelo novo estatuto. O conselho diretor focará as questões estratégicas e o relacionamento institucional da organização, resguardadas as funções atribuídas ao conselho de administração. Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 9/44 Com o objetivo de dar maior agilidade e efetividade na implementação e execução das estratégias, os diretores passarão a responder por funções diretivas na condução dos negócios e operações do banco, descentralizadas do conselho diretor. Foi aprimorada a dinâmica de gestão, mediante a adoção de nova configuração de comitês, subcomitês e comissões no nível do conselho diretor e de diretores, permitindo a descentralização e agilização do processo decisório, mantendo-se as premissas de decisão colegiada, autonomia e segurança nas decisões dos executivos da empresa. O modelo organizacional implementado a partir de 1995 contemplava a estruturação do banco em quatro entidades organizacionais, com papéis específicos, sendo: diretoria, unidades de assessoramento, unidades de função e unidades estratégicas de negócios. Com a nova estrutura, o BB passa a se configurar em quatro pilares negociais: atacado, varejo, governo e recursos de terceiros. Essa estrutura organizacional deriva do novo modelo negocial com a responsabilidade pela gestão sobre clientes, produtos e canais de negociação. O Banco do Brasil exerce, ao mesmo tempo, as funções de agente financeiro do governo federal, principal executor das políticas de crédito rural e industrial e de banco comercial. Inclui-se dentre suas principais atividades a prestação de serviços de compensação de cheques e outros papéis. também exerce a função de receber pagamentos em nome do BACEN, além de realizar operações cambiais, por conta própria e por conta do BACEN. O BB é ainda encarregado de dar execução à política de comércio exterior, adquirindo e financiando estoques de produtos exportáveis. Fonte: http://www.bb.com.br BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – BNDES Instituído em 1952 como uma autarquia federal, o BNDES é o principal órgão de execução da política de investimentos do governo federal. Juntamente com as empresas a ele filiadas, exerce a tarefa de apoio aos investimentos estratégicos necessários ao desenvolvimento do país e, em especial, ao fortalecimento da empresa privada nacional. Para a execução de suas atividades de fomento, o BNDES conta com recursos próprios e os decorrentes de empréstimos e doações de entidades nacionais e organismos internacionais (como o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID). Sua maior fonte de recursos são o PIS, PASEP e FINSOCIAL. Sendo atualmente o único agente financeiro federal provedor de fundos de longo prazo, o BNDES procura atender aos programas e projetos de interesse prioritário para a economia do país que não encontram condições favoráveis de financiamento junto a outras instituições financeiras. Desde 1990, é também atribuição do BNDES a condução do plano nacional de desestatização no que concerne ao processo de privatização, via leilões livres realizados em bolsas de valores, das empresas sob controle acionário do estado. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES é uma empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que tem como objetivo financiar a longo prazo os empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país. Essa ação financiadora resulta na melhoria da competitividade da economia brasileira e na elevação da qualidade de vida da sua população. Objetiva, também, o fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais, a comercialização de máquinas e equipamentos e o financiamentoà exportação. Desde sua fundação, em 20 de junho de 1952, o BNDES vem financiando os grandes empreendimentos industriais e de infra-estrutura, tendo marcante posição no apoio aos investimentos na agricultura, no comér- cio e serviço e nas micro, pequenas e médias empresas. Destaca-se também o apoio aos investimentos sociais direcionados para a educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e ambiental e transporte coletivo de massa. Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 10/44 O BNDES considera ser de fundamental importância, na execução de sua política de crédito, a observân- cia de princípios ético-ambientais e assume o compromisso com os princípios do desenvolvimento sustentável. Os produtos e serviços do BNDES atendem às necessidades de investimentos das empresas de qualquer porte e setor, estabelecidas no país. A parceria com instituições financeiras, com agências estabelecidas em todo o país, permite a disseminação do crédito, possibilitando um maior acesso aos recursos do BNDES. Fonte: http://www.bndes.gov.br CAIXA ECONÔMICA FEDERAL A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL é uma instituição financeira sob a forma de empresa pública, criada nos termos do decreto-lei nº. 759, de 12 de agosto de 1969, vinculada ao Ministério da Fazenda. A CAIXA tem sede e foro na capital da república e atuação em todo o território nacional, sendo indeterminado o prazo de sua duração. Instituição integrante do sistema financeiro nacional e auxiliar da execução da política de crédito do governo federal, a CAIXA submete-se às decisões e à disciplina normativa do órgão competente e à fiscalização do Banco Central do Brasil. Suas contas e operações estão sujeitas a exame e julgamento pelo Tribunal de Contas da União e Secretaria Federal de Controle do Ministério da Fazenda. A administração da CAIXA conta com quatro instâncias: o conselho de administração, o conselho diretor, a diretoria executiva e o conselho fiscal. O conselho de administração, órgão de orientação superior da CAIXA, é integrado por cinco membros indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, um membro indicado pelo ministro de estado do planejamento, orçamento e gestão mais o presidente da CAIXA, que exerce a vice-presidência do conselho. Os membros do conselho de administração são nomeados pelo presidente da república. A administração da CAIXA compete à diretoria executiva. Ela pode ter entre dez e trinta membros, sendo o presidente nomeado e demissível ad nutum (ser afastado pela simples vontade de quem o convidou) pelo presidente da república. Os vice-presidentes, nove ao todo, também serão nomeados e demissíveis ad nutum pelo presidente da república. Desses, um é responsável exclusivamente pela administração de ativos de terceiros e outro responsável exclusivamente pela gestão, administração ou operacionalização de fundos, programas e serviços delegados pelo governo federal. Também podem fazer parte até vinte diretores, indicados pelo presidente da CAIXA e nomeados pelo conselho de administração. O conselho diretor é formado pelo presidente e vice-presidentes, exceto o vice-presidente responsável pela administração de ativos de terceiros e o vice-presidente responsável pela gestão, administração ou operacionalização de fundos, programas e serviços delegados pelo governo federal. Um dos vice-presidentes supervisiona exclusivamente as funções de controle. São indicados pelo Ministro da Fazenda, confirmados pelo conselho de administração e nomeados pelo presidente da república. O cargo de diretor é privativo de empregados da ativa do quadro permanente da CAIXA. O conselho fiscal é integrado por cinco membros efetivos e respectivos suplentes. Todos são escolhidos e designados pelo Ministro de Estado da Fazenda, dentre brasileiros diplomados em curso de nível superior, de reputação ilibada e reconhecida experiência em matéria econômico-financeira e de administração de empresas. Dentre os integrantes do conselho fiscal, pelo menos um membro efetivo e seu respectivo suplente são obrigatoriamente indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, como representantes do tesouro nacional. As 1.950 agências, somadas às 9.000 casas lotéricas e 2.100 correspondentes bancários, estes iden- tificados pela marca CAIXA AQUI, respondem pela venda dos produtos e serviços da CAIXA e abrangem o atendimento em todos os municípios brasileiros. A CAIXA também conta, hoje, com 55.000 empregados em seu quadro próprio, além de estagiários e prestadores de serviços. Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 11/44 BANCO DA AMAZÔNIA – BASA O Banco da Amazônia, já por longos cinqüenta e sete anos, participa ativamente do Centro do Processo de Desenvolvimento da Amazônia. Criado em 1942, com o nome de Banco de Crédito da Borracha, tinha por finalidade garantir o suprimento de borracha natural aos aliados, durante a segunda guerra mundial. Cumprida a missão inicial, ao fim do conflito mundial, o banco passou a fomentar o desenvolvimento de novas atividades produtivas, com a denominação de Banco de Crédito da Amazônia, buscando proporcionar melhores condições de vida às populações regionais. A drástica restrição de recursos limitou bastante a ação do banco nesse período. Nessas duas fases, o banco conviveu com um processo de crescimento que, se de um lado gerava ínfimos desgastes ambientais, de outro apresentava reduzido dinamismo para atender às necessidades da crescente população regional. Com a transferência da capital federal para a área central do país e a construção das grandes rodovias, que facilitaram o acesso à região, criaram-se as condições favoráveis à expansão da fronteira econômica em direção à Amazônia, mudando significativamente o processo de ocupação até então predominante. Dentro desse quadro, mudou, também, a ação do governo federal em relação à região, tendo em vista a integração da Amazônia à economia nacional e a redução das disparidades regionais, objetivos principais da “operação Amazônia”, deflagrada em 1966. No bojo dessas mudanças, que incluíam a estratégia de intensificar a ocupação da região, o banco sofreu nova transformação. dessa feita, com o nome de Banco da Amazônia S.A. – BASA (lei nº. 5.122, de 28 de setembro de 1966), passa a agregar a função especial de agente financeiro da política do governo federal para o desenvolvimento da Amazônia legal, área geoeconômica constituída pela região norte, pelo estado do mato grosso e parcela do estado do maranhão. Atuando, portanto, numa área que compreende 59% do território nacional, onde opera como Banco Comercial e de fomento. Nessa nova fase, o banco reforçou sua condição de organismo indutor do desenvolvimento regional. atuando como agente financeiro de importantes programas de crédito – proterra, polamazônia, PESAC, PROBO e FINAME –, estimulou a implantação e modernização de empreendimentos agrícolas, pecuários e industriais de grande impacto para a economia regional, consolidando, dessa forma, as linhas de ação já experimentadas. Constituição e autorização para funcionamento – Resolução CMN 3.040 Os requisitos abaixo são necessários para a constituiçãoe funcionamento de bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, companhias hipotecárias, agências de fomento, sociedades de arrendamento mercantil, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio. No processo de constituição deve ser indicado o responsável, tecnicamente capacitado, pela condução do projeto junto ao Banco Central do Brasil, bem como identificado o grupo organizador da nova instituição, do qual deverão participar representantes do futuro grupo de controle e dos futuros detentores de participação qualificada. A constituição das instituições acima referidas submeter-se-á às seguintes condições, cujo atendimento será examinado pelo Banco Central do Brasil: I – publicação de declaração de propósito, por parte de pessoas físicas ou jurídicas que ainda não integrem grupo de controle das instituições nos termos e condições estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, que também deverá divulgá-la, utilizando, para tanto, o meio que julgar mais adequado; Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 12/44 II – apresentação dos seguintes documentos, abrangendo os três primeiros anos de atividade da instituição: a) estudo de viabilidade econômico-financeira, que deverá conter, no mínimo: 1. análise econômica e financeira dos segmentos de mercado na região em que pretende atuar e projeção da participação nesses segmentos com indicação dos principais concorrentes em cada um; 2. expectativa de rentabilidade, com indicação de retornos esperados em cada um dos segmentos de mercado escolhidos; 3. projeções financeiras evidenciando a evolução patrimonial no período, com a identificação das fontes de captação que viabilizem essa evolução; b) plano de negócios, que deverá indicar, no mínimo: 1. detalhamento da estrutura organizacional proposta, com clara determinação das responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da instituição; 2. especificação da estrutura dos controles internos, evidenciando mecanismos que garantam adequada supervisão por parte da administração e a efetiva utilização de auditoria interna e externa como instrumentos de controle; 3. estabelecimento de objetivos estratégicos; 4. definição dos principais produtos e serviços a serem operados e público-alvo; 5. tecnologias a serem utilizadas na colocação dos produtos e dimensionamento da rede de atendimento; 6. definição de prazo máximo para início das atividades após a concessão, pelo Banco Central do Brasil, da autorização para funcionamento; 7. descrição dos critérios utilizados na escolha dos administradores, bem como identificação destes últimos quando solicitada pelo Banco Central do Brasil; c) definição dos padrões de governança corporativa a serem observados, incluindo-se o detalhamento da estrutura de incentivos e da política de remuneração. III – indicação da composição do grupo de controle da instituição; IV – demonstração de capacidade econômico-financeira compatível com o porte, natureza e objetivo do empreendimento, a ser atendida, a critério do Banco Central do Brasil, individualmente por acionista controlador ou pelo grupo de controle; V – autorização expressa, por todos os integrantes do grupo de controle e por todos os detentores de participação qualificada: a) à secretaria da receita federal, para fornecimento ao Banco Central do Brasil de cópia da declaração de rendimentos, de bens e direitos e de dívidas e ônus reais, relativa aos três últimos exercícios, para uso exclusivo no respectivo processo de autorização; b) ao Banco Central do Brasil, para acesso a informações a seu respeito constantes de qualquer sistema público ou privado de cadastro e informações; VI – inexistência de restrições que possam, a juízo do Banco Central do Brasil, afetar a reputação dos controladores, aplicando-se, no que couber, as demais normas legais e regulamentares referentes às condições para o exercício de cargos de administração nas instituições. Uma vez reconhecido pelo Banco Central do Brasil, o atendimento das condições estabelecidas acima, os interessados deverão formalizar o pedido de autorização para funcionamento, no prazo máximo de noventa dias, contado do recebimento da respectiva comunicação, cuja inobservância ensejará o arquivamento do processo. O Banco Central do Brasil poderá, mediante pedido justificado, conceder prazo adicional de até noventa dias, findo o qual, não adotadas as providências pertinentes, o processo de constituição será automaticamente arquivado. A autorização para funcionamento depende da aprovação, pelo Banco Central do Brasil, dos atos formais de constituição, observada a regulamentação vigente. Essa autorização fica igualmente condicionada à comprovação, por todos os integrantes do grupo de controle e por todos os detentores de participação qualificada, da origem dos recursos que serão utilizados no empreendimento. Obtida a autorização para funcionamento, e previamente ao início das atividades, a instituição deverá: Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 13/44 I – encaminhar ao Banco Central do Brasil declaração atestando a conformidade de sua infra-estrutura ao plano de negócios apresentado; II – comprovar, no caso de instituições financeiras, a adesão ao mecanismo de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras. Dependem de autorização do Banco Central do Brasil a transferência de controle societário e qualquer mudança, direta ou indireta, no grupo de controle, que possa implicar alteração na ingerência efetiva nos negócios da instituição, decorrentes de: I – acordo de acionistas ou quotistas; II – herança e atos de disposição de vontade, a exemplo de doação, adiantamento da legítima e constituição de usufruto; III – ato, isolado ou em conjunto, de qualquer pessoa, física ou jurídica, ou grupo de pessoas representando interesse comum. Estas disposições não se aplicam às transferências de controle societário para pessoas jurídicas em que não ocorra ingresso de novas pessoas físicas no quadro de controladores finais da instituição. Dependem igualmente da autorização do Banco Central do Brasil os seguintes atos de reorganização: I – mudança de objeto social; II– criação ou cancelamento de carteira operacional, por banco múltiplo; III – fusão, cisão ou incorporação. A prática de atos que acarretem a extinção da sociedade ou a mudança de seu objeto social, que resulte na sua descaracterização como sociedade integrante do sistema financeiro, implica o cancelamento da respectiva autorização para funcionamento. São requisitos indispensáveis para o cancelamento da autorização para funcionamento das instituições de que trata o texto: I – publicação de declaração de propósito nos termos e condições estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, que também deverá divulgá-la, utilizando, para tanto, o meio que julgar mais adequado; II – deliberação em assembléia geral ou em reunião de quotistas, conforme o caso; III– instrução do respectivo processo, junto ao Banco Central do Brasil, nos termos e condições por ele estabelecidos. Adicionalmente a esses requisitos estabelecidos, o Banco Central do Brasil poderá condicionar o cancelamento à liquidação de operações passivas privativas dessas instituições. Estas disposições não se aplicam à extinção da sociedade de corrente de fusão, cisão total ou incorporação, desde que a instituição resultante ou sucessora seja autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil. O Banco Central do Brasil, esgotadas as demais medidas cabíveis na esfera de sua competência, poderá cancelar a autorização para funcionamento das instituições acima citadas, quando constatada, a qualquer tempo, uma ou mais das seguintes situações: I – inatividade operacional, sem justificativa aceitável; II – instituição não localizada no endereço informado ao Banco Central do Brasil; III – interrupção, por mais de quatro meses, sem justificativa aceitável, do envio de demonstrativos financeiros exigidos pela regulamentação em vigor, àquela autarquia; IV – não-observância do prazo para início de atividades. O Banco Central do Brasil indeferirá sumariamente os pedidos relacionados com os assuntos tratados acima, caso venha a ser apurada: I – irregularidade cadastral contra os administradores, integrantes do grupo de controle da instituição ou detentores de participação qualificada, não sanada em prazo por ele concedido; II – falsidade nas declarações ou documentos apresentados na instrução do processo. Cooperativa de Crédito Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 14/44 Cooperativas “são sociedades de pessoas com forma jurídica própria, de natureza civil, sem finalidade lucrativa, não sujeitas à falência, organizadas para prestação de serviços ou exercício de outras atividades de interesse comum dos associados”. essas sociedades poderão “adotar por objeto qualquer gênero de serviços, operações ou atividades, respeitada a legislação em vigor”. Devem adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão “cooperativa”, vedada a utilização da palavra “banco”. Devem possuir o número mínimo de 12 cooperados e adequar a sua área de ação às possibilidades de reunião, controle, operação e prestação de serviço. O conselho monetário nacional aprovou o regulamento que disciplina a constituição, a autorização para funcionamento, o funcionamento, as alterações estatutárias e o cancelamento de autorização para funcionamento de cooperativa de crédito, bem como a realização de auditoria externa em cooperativa singular de crédito. Determinou ainda que não seja concedida autorização para o funcionamento de seção de crédito de cooperativa mista. Os pedidos envolvendo a constituição, a autorização, a alteração estatutária e outros de interesse de cooperativa de crédito serão objeto de estudo pelo Banco Central do Brasil com vistas a sua aceitação ou recusa. Aplicam-se aos processos protocolizados no Banco Central do Brasil anteriormente à data da entrada em vigor do novo normativo as disposições dos anteriores. Das Atribuições Especiais das Cooperativas Centrais de Crédito A Cooperativa Central de Crédito deve prever, em seus estatutos e normas operacionais, dispositivos que possibilitem prevenir e corrigir situações anormais que possam configurar infrações a normas legais ou regulamentares ou acarretar risco para a solidez das cooperativas filiadas e do sistema associado, inclusive a possibilidade de participar em fundo garantidor. Com vistas ao cumprimento das atribuições de que trata o presente capítulo, a cooperativa central de crédito deve desempenhar as seguintes funções, com relação às cooperativas filiadas: I – supervisionar o funcionamento, com vistas ao cumprimento da legislação e regulamentação em vigor e das normas próprias do sistema associado; II – adotar medidas para assegurar o cumprimento das normas em vigor referentes à implementação de sistemas de controles internos e à certificação de empregados; III – promover a formação e a capacitação permanente dos membros de órgãos estatutários, gerentes e associados, bem como dos integrantes da equipe técnica da cooperativa central; IV realizar auditoria de demonstrações contábeis, conforme disposições do capítulo v; V – recomendar e adotar medidas com vistas ao restabelecimento da normalidade do funcionamento, em face de situações de inobservância da regulamentação aplicável ou que acarretem risco imediato ou futuro. A cooperativa central deve comunicar ao Banco Central do Brasil: I – requisitos e critérios adotados para admitir a filiação e proceder a desfiliação de cooperativa singular, abordando a estratégia de viabilização da filiação de cooperativas recém constituídas que ainda não atendam a possíveis requisitos relativos a porte patrimonial e estrutura organizacional, com vistas ao provimento dos serviços tratados neste capítulo; II – irregularidades ou situações de exposição anormal a riscos, identificadas em decorrência do desempenho das atribuições de que trata o presente capítulo, inclusive medidas tomadas ou recomendadas e eventuais obstáculos para sua implementação, destacando as ocorrências que indiquem possibilidade de futuro desligamento; III – ato de desligamento de cooperativa filiada, com a correspondente justificativa, fazendo referência às comunicações exigidas no inciso ii; Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 15/44 IV – indeferimento de pedido de filiação de cooperativa singular de crédito em funcionamento ou em constituição, abordando as razões que levaram a essa decisão; V – admissão de cooperativa singular de crédito, com histórico relativo à respectiva situação econômico- financeira e eventual filiação anterior a outra cooperativa central. A cooperativa central deve designar, entre seus administradores, responsável perante o Banco Central do Brasil pelas atividades tratadas neste capítulo. Constatado o não atendimento de quaisquer disposições deste capítulo, por parte de cooperativa central de crédito, o Banco Central do Brasil, no desempenho de suas atribuições de fiscalização, pode adotar as seguintes medidas: I – exigir plano de adequação, inclusive quanto à formação e capacitação de equipe técnica própria, à contratação de serviços de auditoria externa, à implantação de novos procedimentos de supervisão e controle e medidas afins; II – aplicar, às cooperativas singulares filiadas, os limites operacionais e outros requisitos relativos às cooperativas singulares não filiadas a centrais, mediante estabelecimento de cronograma de adequação; III – determinar a suspensão da filiação de novas cooperativas singulares, até que sejam sanadas as irregularidades. O Banco Central do Brasil, com vistas ao cumprimento das disposições deste capítulo, pode estabelecer requisitos em relação a: I – freqüências, padrões, procedimentos e outros aspectos a serem adotados para inspeção, avaliação, elaboração de relatórios e envio de comunicações à referida autarquia, inclusive definição de procedimentos específicos com relação a determinadas cooperativas singulares; II – condiçõesa serem observadas com vistas à prestação de serviços a cooperativa de crédito não filiada, bem como à contratação de serviços especializados no mercado; III – prazos de adequação aos requisitos estabelecidos, bem como outras condições operacionais julgadas necessárias à observância das presentes disposições. Das Operações e dos Limites de Exposição por Cliente A cooperativa de crédito pode realizar as seguintes operações, além de outras estabelecidas em regulamentação específica: I – captar, somente de associados, depósitos sem emissão de certificado; obter empréstimos ou repasses de instituições financeiras nacionais ou estrangeiras, inclusive por meio de depósitos interfinanceiros de micro crédito (DIM); receber recursos oriundos de fundos oficiais e, em caráter eventual, recursos isentos de remuneração ou a taxas favorecidas, de qualquer entidade, na forma de doações, empréstimos ou repasses; II – conceder créditos e prestar garantias, somente a associados, inclusive em operações realizadas ao amparo da regulamentação do crédito rural em favor de associados produtores rurais; III – aplicar recursos no mercado financeiro, inclusive em depósitos à vista e a prazo com ou sem emissão de certificado, observadas eventuais restrições legais e regulamentares específicas de cada aplicação; IV – prestar serviços de cobrança, de custódia, de recebimentos e pagamentos por conta de terceiros mediante contrato com entidades públicas ou privadas e de correspondente no país, nos termos da regulamentação em vigor, por conta ou em benefício de associados e de usuários, observadas, no atendimento a não associados, as restrições estabelecidas nos itens I e II; V – no caso de cooperativa central de crédito, prestar serviços técnicos, inclusive os referentes às atribuições tratadas no capítulo IV, a outras cooperativas de crédito filiadas ou não, bem como serviços de administração de recursos de terceiros em favor de singulares filiadas; Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 16/44 VI – proceder à contratação de serviços com objetivo de viabilizar a compensação de cheques e demais operações de transferência de recursos realizadas no sistema financeiro, de prover necessidades de funcionamento da cooperativa ou de oferecer serviços complementares aos associados; VII – atuar na distribuição de cotas de fundos de investimento abertos, observadas as regulamentações do Banco Central do Brasil e da CVM nas respectivas áreas de competência; VIII – prestar serviços aos bancos cooperativos, com vistas à colocação, junto a seus associados, em nome e por conta da instituição contratante, de produtos e serviços oferecidos por essa última, inclusive formalização, concessão e liquidação de operações de crédito, abertura e movimentação de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança, bem como distribuição de cotas de fundos de investimento, nos termos do item VII; IX – prestar serviços a outras instituições financeiras, em operações com seus associados destinadas a viabilizar a distribuição de recursos de financiamento do crédito rural e outros sujeitos a legislação ou regulamentação específicas, ou envolvendo equalização de taxas de juros pelo tesouro nacional, compreendendo a formalização, concessão e liquidação de operações de crédito celebradas com os tomadores finais dos recursos; X – instalar postos de atendimento permanentes, transitórios e eletrônicos, bem como unidades administrativas na área de atuação definida no respectivo estatuto, observados os procedimentos gerais estabelecidos na regulamentação pertinente. A cooperativa singular de crédito que não participe de fundo garantidor deve obter do associado declaração de conhecimento dessa situação, por ocasião da abertura da respectiva conta de depósitos. A concessão de créditos e a prestação de garantias a membros de órgãos estatutários devem observar critérios idênticos aos utilizados para os demais associados. Os contratos celebrados com vistas às prestações de serviços referidas nos itens VIIi e IX devem conter cláusulas estabelecendo: I – assunção de responsabilidade, para todos os efeitos legais, por parte da instituição financeira contratante, pelos serviços prestados em seu nome e por sua conta pela cooperativa contratada; II – adoção, pela contratada, de manual de operações, atendimento e controle definido pela contratante e previsão de realização de inspeções operacionais por parte dessa última; III – manutenção, por ambas as partes, de controles segregados das operações realizadas sob contrato, imediatamente verificáveis pela fiscalização dos órgãos competentes; IV – realização de acertos financeiros entre as partes, no máximo, a cada dois dias úteis; V – vedação ao substabelecimento, admitida a contratação com interveniência de cooperativa central e adesão das respectivas cooperativas filiadas; VI – divulgação pela contratada, em local e forma visível ao público usuário, de sua condição de prestadora de serviços à instituição contratante, em relação aos produtos e serviços oferecidos em nome dessa última. Devem ser mantidos à disposição do Banco Central do Brasil, tanto na instituição contratante quanto na contratada, os contratos decorrentes das prestações de serviços referidas nos itens viii e ix. A cooperativa de crédito deve observar os seguintes limites de exposição por cliente: I – nas aplicações em depósitos e títulos e valores mobiliários de responsabilidade ou de emissão de uma mesma entidade, empresas coligadas e controladora e suas controladas: 25% (vinte e cinco por cento) do PR; II – nas operações de crédito e de concessão de garantias em favor de um mesmo cliente, bem como nos créditos decorrentes de operações com derivativos: a) por parte de cooperativa singular: 15% (quinze por cento) do PR, caso filiada a cooperativa central de crédito, e 10% (dez por cento) do PR, caso não filiada a central; b) por parte de cooperativa central: 20% (vinte por cento) do PR Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 17/44 Considera-se cliente, para os fins previstos neste artigo, qualquer pessoa física ou jurídica, ou grupo de pessoas agindo isoladamente ou em conjunto, representando interesse econômico comum, excetuado o vínculo decorrente exclusivamente da associação a uma mesma cooperativa. Não estão sujeitos aos limites de exposição por cliente: I – depósitos e aplicações efetuados na cooperativa central, pelas respectivas filiadas, e no banco cooperativo, pelas cooperativas centrais acionistas e pelas respectivas filiadas; II – aplicações em títulos públicos federais; III – aplicações em cotas de fundos de investimento. No caso de aplicação em cotas de fundo de investimento em que a cooperativa seja o único condômino, devem ser computadas as aplicações realizadas pelo fundo para fins de cálculo dos limites de que trata este artigo. Para efeito de verificação dos limites de exposição por cliente, deve ser deduzido do PR o montante das participações no capital social de outras instituições financeiras. Na hipótese de o cooperado e a entidade emitente de títulos ou valores mobiliários configurarem uma mesmapessoa jurídica, ou representarem interesse econômico comum, devem ser observados, simultaneamente, os limites referidos no caput, itens I e II, e, no somatório das operações, o maior dos limites a elas aplicáveis. A cooperativa central de crédito que, juntamente com a adoção do instituto da solidariedade financeira entre as singulares filiadas, realize a centralização financeira das disponibilidades líquidas do sistema pode valer-se do limite de exposição por cliente de 10% (dez por cento) da soma do PR total das filiadas, limitado ao PR da central, nas seguintes aplicações: I – depósitos e títulos e valores mobiliários de responsabilidade ou de emissão de uma mesma instituição financeira, empresas coligadas e controladora e suas controladas, II – repasses às filiadas de recursos sujeitos a legislação específica ou envolvendo equalização de taxas de juros pelo tesouro nacional, deduzidas do limite algumas operações. O Banco Central do Brasil pode: I – estabelecer condições mínimas a serem observadas pela cooperativa central de crédito e respectivas filiadas, com vistas à sua aplicação; II – suspender de sua aplicação por parte de qualquer cooperativa central de crédito. Nos dois anos seguintes à data de início de funcionamento, a cooperativa singular filiada a central de crédito pode adotar os seguintes limites de exposição por cliente, para concessão de créditos a um mesmo associado com recursos sujeitos a legislação específica ou envolvendo equalização de taxas de juros pelo tesouro nacional, deduzidas alguns limites, realizadas em favor do associado com recursos de outras fontes: I – no primeiro ano: 25% (vinte e cinco por cento) do PR; II – no segundo ano: 20% (vinte por cento) do pr. Banco Cooperativo O Banco Central do Brasil possibilitou a constituição de bancos comerciais e bancos múltiplos sob controle acionário de Cooperativas Centrais de Crédito. As cooperativas centrais de crédito integrantes do grupo controlador devem deter, no mínimo, 51% (cinqüenta e um por cento) das ações com direito a voto destas instituições financeiras. Os bancos múltiplos assim constituídos devem possuir, obrigatoriamente, carteira comercial. A denominação das instituições financeiras de que trata essa resolução deve incluir a expressão “banco cooperativo”. Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 18/44 Na constituição de bancos cooperativos, somente as pessoas jurídicas controladoras devem publicar declaração de propósito e comprovar situação econômico-financeira compatível com o empreendimento. A constituição e o funcionamento de bancos cooperativos subordinam-se, nos aspectos aqui não definidos, à legislação e à regulamentação em vigor aplicáveis aos bancos comerciais e aos bancos múltiplos em geral. Bancos de Investimento O Banco Central do Brasil estabeleceu que os bancos de investimento, instituições financeiras de natureza privada, especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros, devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima. Na denominação das instituições financeiras a que se refere essa resolução, deve constar a expressão “banco de investimento”. Aos bancos de investimento é facultado, além da realização das atividades inerentes à consecução de seus objetivos: I – praticar operações de compra e venda, por conta própria ou de terceiros, de metais preciosos, no mercado físico, e de quaisquer títulos e valores mobiliários, nos mercados financeiros e de capitais; II – operarem bolsas de mercadorias e de futuros, bem como em mercados de balcão organizados, por conta própria e de terceiros; III – operarem todas as modalidades de concessão de crédito para financiamento de capital fixo e de giro; IV – participar do processo de emissão, subscrição para revenda e distribuição de títulos e valores mobiliários; V – operarem câmbio, mediante autorização específica do banco central do Brasil; VI – coordenar processos de reorganização e reestruturação de sociedades e conglomerados, financeiros ou não, mediante prestação de serviços de consultoria, participação societária e/ou concessão de financiamentos ou empréstimos; VII – realizar outras operações autorizadas pelo banco central do Brasil. Os bancos de investimento podem empregar suas atividades, além de recursos próprios, os provenientes de: I – depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado; II – recursos oriundos do exterior; III – repasse de recursos oficiais; IV – depósitos interfinanceiros; V – outras formas de captação autorizadas pelo banco central do Brasil. Os bancos de investimento podem manter contas, sem juros e não movimentáveis por cheque, relativas a recursos de terceiros: I – recebidos para aplicação em títulos e valores mobiliários e outros ativos financeiros e/ou modalidades operacionais disponíveis nos mercados financeiro e de capitais, referentes à movimentação dessas aplicações; II – vinculados à execução de suas operações ativas ou relacionadas com a prestação de serviços. Banco de Desenvolvimento Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras públicas não federais, constituídas sob a forma de sociedade anônima, com sede na capital do estado que detiver seu controle acionário. O nome destas instituições deve ser, obrigatoriamente, “banco de desenvolvimento” acrescido do nome de seu estado. O objetivo precípuo dos bancos de desenvolvimento é proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e longo prazos, de programas e projetos que visem a Prof. César Frade Sistema Financeiro Nacional ________________________________________________________________________ Canal dos Concursos - Cursos preparatórios Avenida Beira Mar, 406, sala 1004 - Centro - Rio de Janeiro - Rj - Cep: 20021-060 contato@canaldosconcursos.com.br 19/44 promover o desenvolvimento econômico e social dos respectivos estados da federação onde tenham sede, cabendo-lhes apoiar prioritariamente o setor privado. Excepcionalmente, quando o empreendimento for de benefício comum, os bancos de desenvolvimento podem assistir programas e projetos desenvolvidos fora do seu estado. Esta associação deve ocorrer por meio de um consórcio. O capital inicial dos bancos de desenvolvimento é feito em moeda corrente, sendo a sua totalidade, com direito a voto, representada por ações nominativas. Entretanto, os bancos de desenvolvimento podem ser registrados como sociedade anônima de capital aberto, podendo, neste caso, emitir ações preferenciais sem direito a voto. Quando de sua constituição, era permitida a emissão de ações preferenciais nominativas ou ao portador, sendo esta última após autorização do Banco Central. Eles devem dispor, obrigatoriamente, de setores especializados em: planejamento, análise e acompanhamento de projetos, auditoria interna, serviços jurídicos e serviços financeiros. Eles dependem de prévia autorização do Banco Central para funcionamento, instalação ou mudança de localização para quaisquer serviços e qualquer alteração estatutária. Os bancos de desenvolvimento não podem manter agências. Entretanto, é permitida a utilização da rede de agências de outras instituições financeiras para execução
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