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1 Disciplina: Análise Experimental do Comportamento Professor: Carlos Bohm Exercícios sobre princípios básicos da análise experimental do comportamento Assinale nas questões abaixo se o item é Certo ou Errado. 1. A Análise Experimental do Comportamento tem como um dos seus fundamentos a teoria da seleção natural de Darwin. 2. O comportamento inato tem importância para a sobrevivência da espécie. Um exemplo é quando o rato pressiona a barra e recebe alimento. 3. O comportamento operante é aprendido porque produz consequências reforçadoras. 4. Nem todo comportamento operante tem importância para a sobrevivência da espécie. Veja-se, por exemplo, as psicopatologias, nas quais muitas vezes há comportamentos que prejudicam a saúde e o bem-estar do indivíduo. 5. O estímulo é uma alteração no ambiente, a qual que pode provocar uma alteração no organismo. 6. A resposta é uma alteração no organismo, a qual ocorre em função de uma alteração no ambiente. 7. No experimento de Pavlov com cães, o estímulo é salivação e a resposta é a comida. 8. Para a ocorrência do reflexo inato é necessária uma história de aprendizagem. 9. No condicionamento respondente ocorrem diversos emparelhamentos entre um estímulo condicionado e um estímulo neutro. 10. No condicionamento respondente, o estímulo inicialmente neutro passa a ter efeito eliciador depois de vários emparelhamentos com o estímulo incondicionado, tornando-se, assim, um estímulo condicionado. 11. Um estímulo incondicionado é aquele que elicia uma resposta sem condicionamento. 12. Os estímulos que eliciam respostas com treino prévio são chamados de estímulos incondicionados. 13. O procedimento para produzir um reflexo condicionado é denominado condicionamento. O condicionamento ocorre quando um estímulo neutro é pareado com um estímulo incondicionado. Dessa forma, o estímulo neutro torna-se um estímulo condicionado. 2 14. A força do reflexo se refere às seguintes propriedades: magnitude, latência e duração. 15. Latência é a propriedade do comportamento eliciado que indica o tempo decorrido entre a apresentação do estímulo e a eliciação da resposta. 16. Quanto maior a latência da resposta, maior a força do reflexo. 17. Ao medir a magnitude da resposta de salivação do cão, Pavlov contou o número de gotas de saliva produzidas. 18. Quanto menor a magnitude da resposta, maior a força do reflexo. 19. Duração é a propriedade do comportamento eliciado que indica o tempo em que a resposta permanece ocorrendo. 20. Quanto maior a duração da resposta, maior a força do reflexo. 21. Habituação e potenciação são fenômenos que decorrerem de apresentações sucessivas de um estímulo neutro. 22. Na habituação, as apresentações sucessivas de um estímulo provocam reações sucessivamente maiores. Um exemplo é a apresentação de diversos sons altos e estridentes que provocam respostas de sobressalto cada vez maiores. 23. Na potenciação, as apresentações sucessivas de um estímulo provocam reações sucessivamente menores. Utilize a figura abaixo como referência para responder as questões 24 e 25. 24. Segundo a Lei do Efeito de Thorndike, esta é uma curva de aprendizagem. 25. Esta não pode ser considerada uma curva de aprendizagem, pois é decrescente. 26. O efeito do comportamento sobre o ambiente altera a probabilidade futura de ocorrência do comportamento. 27. Os experimentos realizados por Skinner para estudar o comportamento operante e o reforço têm fundamentação na Lei do Efeito de Thorndike. 3 28. O tipo de aprendizagem pesquisado por Skinner é do tipo tentativa e erro. 29. O reforço é relativo: um estímulo pode ser reforçador para uma pessoa e aversivo para outra. Para definir se um estímulo é reforçador ou aversivo, deve- se avaliar o seu efeito. 30. O comportamento operante é introjetado por aproximações sucessivas. 31. O comportamento operante é eliciado pelo estímulo discriminativo e o comportamento respondente é emitido pelo estímulo condicionado ou incondicionado. 32. No condicionamento operante, o comportamento produz consequências e é controlado por elas. O reforço é um tipo de consequência que diminui a probabilidade do comportamento voltar a ocorrer. 33. A probabilidade de ocorrência do comportamento operante é menor quando o organismo está privado do estímulo reforçador. 34. No registro cumulativo do comportamento operante, quanto maior a inclinação da curva, maior é a taxa de respostas. 35. Se um rato pressiona a barra na caixa experimental 10 vezes durante uma sessão de 20 minutos, a taxa é de 0,5 respostas por minuto. 36. Se um rato pressiona a barra na caixa experimental 80 vezes durante uma sessão de 40 minutos, a taxa é de 4,0 respostas por minuto. 37. O comportamento supersticioso é reforçado de maneira programada. 38. Para definir se um estímulo é reforçador para um determinado comportamento, é necessário observar o seu efeito. Se a consequência diminui a probabilidade futura de ocorrência do comportamento, significa que a consequência é um estímulo reforçador. 39. A classe operante envolve respostas com diferentes topografias as quais produzem a mesma consequência reforçadora. 40. O rato pode pressionar a barra de diferentes formas: com a pata direita, com a pata esquerda ou com o focinho. Topografia se refere a esses diferentes formatos de resposta. Nesse exemplo, tais topografias fazem parte da mesma classe operante porque geram a mesma consequência: o alimento é liberado após a pressão à barra. 41. Extinção operante envolve a suspensão o reforço, o que tem como efeito imediato o aumento da taxa de respostas e como efeito em longo prazo a diminuição da taxa de respostas. 4 Utilize a tabela abaixo como referência para responder as questões 42 a 45. Processo Efeito Procedimento Positivo (a) Negativo (a) Reforço Aumenta a frequência da resposta Adição de um estímulo Remoção ou adiamento de um estímulo Punição Diminui a frequência da resposta 42. No reforço positivo, a consequência da resposta é a apresentação de um estímulo, o que diminui a frequência futura da resposta. Um exemplo é disponibilizar alimento para o rato logo após a pressão à barra. 43. No reforço negativo, a consequência da resposta é a remoção ou o adiamento de um estímulo, o que aumenta a frequência futura da resposta. Um exemplo é quando o rato pressiona a barra e adia um choque por um determinado período de tempo. 44. Na punição positiva, a consequência da resposta é a apresentação de um estímulo, o que aumenta a frequência futura da resposta. Um exemplo é apresentar um choque ao rato toda vez em que ele pressiona a barra. 45. Na punição negativa, a consequência da resposta é a remoção ou o adiamento de um estímulo, o que aumenta a frequência futura da resposta. Um exemplo é recolher o brinquedo de uma criança quando ela fala um palavrão. 46. O controle aversivo envolve o uso da punição e do reforçamento negativo. 47. O controle aversivo gera subprodutos emocionais, como, por exemplo, o medo. 48. Fuga e esquiva são exemplos de reforçamento negativo. Na esquiva o estímulo aversivo é eliminado e na fuga o mesmo é adiado. 49. Utilizar o guarda-chuva no momento em que começa a chover é um exemplo de comportamento de fuga, pois o estímulo aversivo (chuva) é eliminado. 50. Parar o carro no semáforo diante da luz vermelha é um exemplo de comportamento de esquiva, pois o estímuloaversivo (multa e/ou acidente de trânsito) é adiado, é prevenido. 51. O estímulo discriminativo estabelece a ocasião em que a resposta operante é consequenciada. 52. Discriminação e generalização são fenômenos relacionados ao controle exercido pelo estímulo discriminativo. 53. No esquema de reforçamento contínuo nem toda resposta é reforçada. 54. Nos esquemas de razão fixa ou variável, o reforço não pode ser contingente a um determinado número de respostas. 5 55. Nos esquemas de intervalo fixo ou variável, o reforço é contingente a ocorrência de apenas uma resposta, transcorrido um determinado intervalo de tempo. 56. Nos esquemas de tempo fixo ou variável, o reforço não é contingente a nenhuma resposta. O reforço é liberado simplesmente com a passagem de um determinado período de tempo. 57. Os esquemas de tempo fixo ou variável podem gerar comportamento supersticioso de forma acidental, visto que o reforço é contingente a uma resposta específica. 58. Contingência é uma relação de dependência entre dois ou mais eventos. Contiguidade é uma relação temporal entre dois ou mais eventos. Utilize a tabela abaixo como referência para responder as questões 59 a 61. Antecedente Comportamento Consequência A casa está há um dia sem limpeza e o paciente se encontra ansioso O paciente limpa a casa compulsivamente A casa fica limpa e o paciente se sente menos ansioso A luz azul acende na caixa experimental O rato pressiona a barra A comida é liberada O professor marca a data da prova O aluno estuda O aluno consegue uma boa nota da prova 59. A análise funcional é um instrumento da análise do comportamento que descreve o antecedente, o comportamento e a consequência. 60. No exemplo do aluno que estuda, é provável que ele estude com menor frequência em uma prova que tiver um peso mais elevado. 61. No exemplo do paciente que limpa a casa compulsivamente, uma intervenção terapêutica poderia ser o treino de uma resposta incompatível com limpar a casa. Leia trecho a seguir para responder as questões 61 a 63, de acordo com a Análise do Comportamento. “Everaldo iniciou com pequenos furtos; nunca foi punido por eles; adolescente, chegou a ser detido uma única vez; liberado rapidamente, por bom comportamento (e, também, por que a instituição não tinha mais espaço para abrigá-lo). Adulto, participou de alguns assaltos; acostumou-se a ser rapidamente liberado; a perspectiva de ser punido tornou-se menor do que gratificado (...)” (FIORELLI & MANGINI, 2009) 62. Dada a história de vida de Everaldo, é menos provável que ele continue cometendo atos ilícitos do que comportamentos socialmente aceitos. 63. Aplicar uma punição rigorosa é a melhor estratégia analítico-comportamental para evitar que Everaldo volte a cometer atos ilícitos. 6 64. Os produtos dos furtos e assaltos são reforços negativos para os comportamentos de furtar e assaltar. Leia trecho a seguir para responder as questões 64 a 66, de acordo com a Análise do Comportamento. "Neste estudo foi realizado um exercício em análise funcional do comportamento com uma portadora de Síndrome do Intestino Irritável (SII) por meio de entrevistas e automonitoramento (AM) prolongado dos sintomas e das atividades diárias, para verificar a existência de relações funcionais entre esses eventos. A participante apresentava um quadro de diarreia que teve remissão durante um período de férias, em função de alteração das demandas acadêmicas. Seus sintomas pareciam adiar atividades aversivas, indicando o controle operante. Este estudo demonstrou a possibilidade de se utilizar a análise funcional como um instrumento capaz de ajudar na compreensão da SII." (Bohm & Gimenes, 2010) 65. A pesquisa demonstrou que os sintomas relacionados a diarreia podem ficar sob controle operante, isto é, podem ser afetados pelo reforço. 66. Na análise funcional realizada, não há qualquer relação de contingência entre sintomas de diarreia e demandas acadêmicas. 67. Neste estudo de caso, os sintomas de diarreia são controlados por reforço positivo.
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