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APOSTILA PARA ANATOMIA SISTÊMICA

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ANATOMIA SISTÊMICA
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SISTEMA ÓSSEO		____ 2
COLUNA VERTEBRAL	____ 3
TÓRAX				____ 4
CÍNGULO SUPERIOR		____ 5
MEMBRO SUPERIOR		____ 5
CÍNGULO INFERIOR		____ 6
MEMBRO INFERIOR		____ 6
CRÂNIO				____ 7
ARTICULAÇÕES		____ 8
SISTEMA MUSCULAR	____ 9
BRAÇO				____ 9
CINTURA ESCAPULAR	____ 9
COXA				____ 10
PERNA				____ 10
REGIÃO GLÚTEA		____ 10
PESCOÇO			____ 11
CABEÇA (MASTIGAÇÃO)	_____11	
TÓRAX				____ 11
ABDOME				____ 11
DORSO				____ 11
CORAÇÃO			____ 12
SISTEMA ARTERIAL		____ 13
AORTA				____ 13
CABEÇA E DO PESCOÇO	____ 14
MEMBRO SUPERIOR		____ 15
MEMBRO INFERIOR		____ 15
ABDOME				____ 15
PELVE				____ 15
RESUMO				____ 16	
SISTEMA VENOSO		____ 17
SISTEMA CAVA SUPERIOR	____ 17
SISTEMA CAVA INFERIOR	____ 18
SISTEMA PORTA		____ 18
SISTEMA ÁZIGOS		____ 18
SISTEMA RESPIRATÓRIO	____ 19
NARIZ				____ 19
CAVIDADE NASAL		____ 19
SEIOS PARANASAIS		____ 20
FARINGE				____ 20
LARINGE				____ 20
TRAQUÉIA			____ 21
PULMÕES			____ 21
ÁRVORE BRONQUIAL			____ 22
PLEURAS				____ 22
SISTEMA DIGESTÓRIO		____ 23
BOCA					____ 23
LÍNGUA					____ 24
GLÂNDULAS SALIVARES		____ 24
DENTES					____ 24
ESÔFAGO				____ 24
ESTÔMAGO				____ 24
INTESTINO DELGADO		____ 25
DUODENO				____ 25
JEJUNO E ÍLEO				____ 25
INTESTINO GROSSO			____ 25
CECO					____ 25
APÊNDICE VERMIFORME		____ 25
COLO ASCENDENTE			____ 25
COLO TRANSVERSO			____ 26
COLO DESCENDENTE			____ 26
COLO SIGMÓIDE			____ 26
RETO					____ 26
ÂNUS					____ 26
FÍGADO					____ 26
PÂNCREAS				____ 26
VESÍCULA BILIAR			____ 26
SISTEMA URINÁRIO			____ 27
SISTEMA GENITAL MASCULINO	____ 28
SISTEMA GENITAL FEMININO	____ 29
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SISTEMA ÓSSEO
	O esqueleto humano é formado por 206 ossos distribuídos em duas grandes divisões: esqueleto apendicular e o esqueleto axial. Alguns ossos não se enquadram nesta divisão pois estão localizados em pontos transicionais, são chamados ossos dos cíngulos do membro superior (escápula e clavícula) e do membro inferior (ílio, ísquio e púbis). O esqueleto apendicular é composto pelos ossos dos membros superiores e inferiores e representam os prolongamentos do tronco, já o esqueleto axial é formado pela coluna vertebral, crânio e pelos ossos do tórax.
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Esqueleto axial
Crânio			22 ossos
Costelas			24 ossos
Esterno			1 osso
Hióide			1 osso
Coluna vertebral		26 ossos
Parcial			74 ossos
Esqueleto apendicular
Membros superiores		64 ossos
Membros inferiores		62 ossos
Parcial			126 ossos
Ossículos da orelha		6
TOTAL			206 ossos
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Os ossos participam ativamente do metabolismo corporal, desta forma apresentam as seguintes funções:
produção de sangue pela medula vermelha
armazenamento de fósforo e cálcio
proteção de órgãos como o cérebro, medula espinal, coração e pulmões
sustentação do peso do corpo
locomoção
Uma análise da estrutura óssea mostra que a camada externa do osso é mais rígida e compacta, chama-se córtex ósseo. Internamente o osso possui canais e um arranjo esponjoso, esta região que está no meio do osso denomina-se medula óssea. A córtex é formada por osso compacto, que é muito duro e resistente aos traumas. Já a medula óssea, que é formada por osso do tipo esponjoso, é responsável pela elasticidade observada no osso quando este é colocado sob um trauma ou “stress”. Desta forma podemos concluir que o osso, que é formado por duas regiões diferentes (córtex e medula), possui duas características diferentes como a de ser rígido (osso compacto) e ao mesmo tempo maleável (osso esponjoso).
A medula óssea é dividida em medula vermelha e medula amarela. A MEDULA AMARELA está na região intermediária do osso (diáfise), é formada por um acúmulo de gordura que ocupa geralmente um canal da diáfise dos ossos longos. A MEDULA VERMELHA encontra-se nas extremidades dos ossos (epífises) e produz sangue. A leucemia é uma doença maligna da medula óssea onde a produção de sangue fica alterada. O tratamento curativo para a leucemia é o transplante de medula óssea.
A reabsorção óssea chama-se osteoporose. A causa desta patologia é uma diminuição das taxas hormonais observada por volta dos 50 anos que ocorre nos dois sexos embora seja mais comum nas mulheres. Com esta reabsorção a estrutura óssea fica enfraquecida e as fraturas acontecem com freqüência. É muito difícil fortalecer o osso que já sofreu reabsorção, deste modo o principal tratamento é a prevenção através de alimentos ricos em cálcio, vitamina D ativa e também com a reposição hormonal após a menopausa.
 Os ossos longos apresentam três regiões: epífise (extremidades), diáfise (porção intermediária) e metáfise (separa a epífise da diáfise). O osso cresce e aumenta de comprimento através da substituição da cartilagem localizada na metáfise por matriz óssea, essa cartilagem chama-se cartilagem de crescimento.
 De acordo com a forma óssea, o osso pode ser dividido em 6 tipos:
LONGO: o osso longo possui o comprimento proporcionalmente maior que a largura e a espessura. A maioria dos ossos dos membros são longos, como por exemplo, o fêmur, tíbia, fíbula, úmero, rádio e ulna.
CURTO: um osso é curto quando apresenta a largura, espessura e comprimento aproximadamente iguais. Exemplos: ossos do carpo (escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme)
PLANO: a característica dos ossos planos é o fato deste osso apresentar a espessura bem menor que o comprimento e a largura. Os principais exemplos são os ossos da calota craniana: osso frontal, parietal, temporal e occipital. A escápula e o ílio também são planos.
PNEUMÁTICOS: são ossos que apresentam cavidades com ar no seu interior. Estes ossos também estão localizados no crânio. São pneumáticos os ossos frontal, esfenóide, etmóide e maxilar.
IRREGULAR: estes ossos não apresentam uma forma definida que possa ser comparada a uma figura geométrica. São exemplos de ossos irregulares: vértebra e o temporal. 
SESAMÓIDE: são ossos pequenos encontrados próximos a ligamentos ou tendões musculares. O maior exemplo de osso sesamóide é a patela. 
COLUNA VERTEBRAL
	A coluna vertebral é formada pelas vértebras, sacro e cóccix, sendo ao todo 26 ossos. Estes ossos agrupam-se em 5 regiões:
Cervical 7 vértebras
Torácica 12 vértebras
Lombar 5 vértebras
Sacro 1 osso (formado pela fusão de5 vértebras)
Cóccix 1 osso (formado pela fusão de 3 a 5 vértebras)
A coluna tem como função equilibrar o corpo, proteger a medula espinhal (que está no interior do canal vertebral) e sustentar o peso. A medula apresenta curvaturas para melhor sustentar e equilibrar o peso. São três tipos de curvaturas:
Primaria (cifose): curvatura com a concavidade voltada anteriormente (REGIÕES TORÁCICA E SACRAL)
Secundária (lordose): curvatura com a concavidade para trás (REGIÕES CERVICAL E LOMBAR)
Terciária (escoliose): curvaturas laterais (REGIÃO TORÁCICA)
A CIFOSE é a primeira a surgir, é observada ainda no período fetal, e o feto tem uma posição de flexão total para frente. Pelo fato de ser a primeira a surgir durante o desenvolvimento , a cifose é chamada de curvatura primária.
À medida que o recém nascido sustenta o peso da cabeça sobre o tronco, como por exemplo quando começa a sentar (5 mês), surge uma curvatura compensatória na região cervical que é oposta a primeira curvatura observada até então. Esta curvatura aparece também na região lombar no período em que este recém nascido começa a andar (1 ano), pois agora todo o peso do tronco será lançado na região lombar. Estas curvaturas que surgem para compensar as primeiras são chamadas de curvaturas secundárias ou LORDOSES.
As últimas a surgir são chamadas de terciárias ou ESCOLIOSE. São observadas geralmente na região torácica e ficam acentuadas quando existe um desigualdade do peso entre os doislados do corpo.
Estruturas básicas de uma vértebra
A vértebra apresenta anteriormente o CORPO VERTEBRAL para sustentar o peso do tronco. O corpo vertebral é pequeno na vértebra cervical e aumenta à medida que o analisamos em vértebras mais baixas como as vértebras lombares. O corpo vertebral atinge o seu maior tamanho nas vértebras lombares.
FORAME VERTEBRAL é um orifício da vértebra por onde atravessa a medula espinhal. A medula espinhal está no interior do CANAL VERTEBRAL (formado pela união de todos os forames vertebrais).
Os nervos espinhais, que são prolongamentos da medula espinhal, saem do canal vertebral pelos FORAMES INTERVERTEBRAIS. Os forames intervertebrais são laterais na coluna vertebral.
Vários prolongamentos ósseos chamados de PROCESSOS projetam-se da vértebra em várias direções. Alguns destes são importantes pois são utilizados como área de inserção muscular, como por exemplo, os processos transverso e o processo espinhoso. Outros são utilizados para unir as vértebras como os processos articulares superior e inferior.
 1 - CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO CERVICAL
A região cervical é formada por 7 vértebras e sua curvatura é uma lordose. As vértebras cervicais apresentam características em comum, como por exemplo:
1 - Processo espinhoso bipartido
2 - Corpo vertebral pequeno
3 - Forame vertebral amplo
Estas características não são compartilhadas somente pela 1ª, 2ª e 7ª vértebras cervicais (vértebras atípicas).
1ª vértebra cervical - ATLAS
É a única vértebra que não possui corpo vertebral e no lugar do corpo está o arco anterior do atlas. Os processos articulares superiores articulam-se com os côndilos do osso occipital (superiormente) e os processos articulares inferiores articulam-se com os processos articulares superiores do áxis (inferiormente). Por fim, o atlas articula-se mais uma vez com o áxis através de seu arco anterior que se prende com o dente do áxis.
2ª vértebra cervical - ÁXIS
A grande diferença do áxis para as outras vértebras é o dente do áxis. Este processo ósseo projeta-se para cima a partir do corpo do áxis para articular com o arco anterior do atlas. Os movimentos de rotação lateral da cabeça são realizados principalmente nesta articulação (atlanto-axial).
7ª VÉRTEBRA CERVICAL – PROEMINENTE
A última vértebra da região cervical diferencia-se das outras por apresentar um processo espinhoso muito longo. Uma proeminência é formada no pescoço posteriormente por este processo espinhoso.
2 - CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO TORÁCICA
	A região torácica é formada por 12 vértebras formando uma curvatura com concavidade para frente, ou seja, uma cifose. As principais características de uma vértebra torácica são:
	1 - Processo espinhoso longo e vertical
	2 – Fóveas costais
	
	As fóveas representam os pontos de contato das costelas com as vértebras. Elas são encontradas somente nas vértebras torácicas pois somente no tórax encontramos costelas.
	3 - CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO LOMBAR
	A região lombar possui 5 vértebras e uma lordose. As vértebras da região lombar são adaptadas para suportar grande peso do tronco. As principais características de suas vértebras são:
	1 – Corpo vertebral grande
	2 – Processo espinhoso quadrilátero
	3 – Forame vertebral estreito
	 O corpo vertebral é grande pois o peso do corpo nesta região é bastante intenso. Este peso é apoiado principalmente no corpo das vértebras.
	O forame vertebral é estreitado porque a medula espinal é estreitada nesta região. A medula espinhal tem seu calibre maior nas regiões mais elevadas do canal vertebral, porém a medula espinhal diminui de calibre à medida que emite seus nervos espinhais. Nas regiões inferiores do corpo (região lombar) a medula é mais estreita e os forames por onde ela atravessa são também menores.
	4 - REGIÃO SACRAL
O SACRO é o único osso desta região da coluna vertebral. Ele é formado pela fusão de cinco vértebras. O processo de ossificação inicia-se no segundo mês da vida fetal e termina somente por volta dos trinta anos.
O sacro tem a forma triangular, com a base do triângulo para cima e o ápice inferiormente. 
Na BASE encontramos uma borda óssea chamada de promontório. Este representa a porção mais anterior do sacro. Lateralmente ao promontório o sacro alarga-se formando as asas sacrais. As asas encontram-se com o ílio formando a articulação sacro-ilíaca. O sacro é atravessado pelo canal sacral.
5- REGIÃO COCCÍGEA
O cóccix é o remanescente da cauda observada em outros animais. É formado por um número variável de três a cinco vértebras rudimentares.
OSSOS DO TÓRAX
	O tórax é formado pelo ESTERNO, pelas COSTELAS e VÉRTEBRAS TORÁCICAS.
	1 – ESTERNO
	O esterno possui três divisões: manúbrio, corpo e processo xifóide.
	O MANÚBRIO é a porção superior do esterno, articula-se lateralmente com as clavículas. O CORPO do esterno é a maior porção do esterno, articula-se superiormente com o manúbrio e inferiormente com o processo xifóide. O corpo do esterno se une lateralmente com as costelas através das incisuras costais. O PROCESSO XIFÓIDE é a menor e mais inferior das porções do esterno. 
	2 – COSTELAS
	As costelas são ossos que protegem as vísceras intra-torácicas. Existem 12 costelas a cada lado, sendo que estas articulam-se anteriormente com o esterno e posteriormente com as vértebras torácicas. As costelas são divididas em três categorias de acordo com sua relação com o esterno.
COSTELAS VERDADEIRAS: são as 7 primeiras costelas pois possuem uma inserção direta com o esterno. 
COSTELAS FALSAS: são costelas que não apresentam uma inserção direta com o esterno. Articulam-se com o esterno indiretamente através da cartilagem costal da 7ª costela. As 5 últimas costelas são chamadas de falsas.
COSTELAS FLUTUANTES: as costelas flutuantes em nenhum momento articulam-se com o esterno. São as duas últimas costelas (11ª e 12ª).
OSSOS DO CÍNGULO SUPERIOR
	O cíngulo superior é formado por dois ossos: clavícula e escápula.
	Estes dois ossos unem os ossos próprios dos membros superiores com os ossos do tronco, ou seja, os membros superiores prendem-se ao tronco indiretamente através do cíngulo superior.
	CLAVÍCULA
	A clavícula é um osso longo, articula-se medialmente com o esterno e lateralmente com a escápula. A posição da clavícula é superior e anterior ao tórax. 
ESCÁPULA
A escápula é triangular, está localizada na região posterior-superior do tórax e é separada das costelas por músculos. A escápula apresenta um movimento bastante livre e acompanha os membros superiores em todos os seus movimentos.
A face posterior é marcada por uma crista óssea chamada espinha da escápula que separa a fossa supra-espinal da fossa infra-espinal. A continuação da espinha da escápula lateralmente é chamada de acrômio. O acrômio é a porção mais alta e lateral da escápula. Abaixo e anteriormente ao acrômio está o processo coracóide. Inferiormente ao acrômio e ao processo coracóide encontra-se a cavidade glenoidal, que é o local de contato com o úmero. 
OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR
	1 – ÚMERO
	O úmero é um osso longo, possui duas extremidades, uma proximal e outra distal
	A EXTREMIDADE PROXIMAL (no ombro) é formada pela cabeça do úmero e pelos tubérculos maior e menor.
	A CABEÇA DO ÚMERO tem a forma esferóide e encontra-se com a cavidade glenoidal da escápula para formar a articulação do ombro (escápulo-umeral). Os tubérculos são estruturas ósseas laterais da extremidade proximal do úmero e servem para inserção de vários músculos. A EXTREMIDADE DISTAL do úmero está próximo ao cotovelo e possui acidentes ósseos adaptados para formar a articulação do cotovelo com os dois ossos do antebraço (rádio e ulna). Nesta extremidade estão os epicôndilos lateral e medial que são palpáveis facilmente através da pele.
2 – RÁDIO
O antebraço é formado por dois ossos, o rádio e a ulna. O rádio é lateral em relação a ulna, articula-se proximalmentecom o úmero (articulação do cotovelo) e distalmente com os ossos do carpo (articulação do punho).
A EXTREMIDADE PROXIMAL do rádio é marcada por um acidente ósseo com forma circular denominado CABEÇA DO RÁDIO. A EXTREMIDADE DISTAL possui uma projeção denominada PROCESSO ESTILÓIDE.
3 – ULNA
A ulna é medial ao rádio. Na extremidade proximal a ulna articula-se com o úmero e na extremidade distal com o rádio. Note que a extremidade distal não contribui na formação da articulação do punho. O punho é formado pela união do rádio com os ossos do carpo. A EXTREMIDADE PROXIMAL da ulna apresenta o olécrano e a EXTREMIDADE DISTAL é formada pela cabeça e pelo processo estilóide.
4 – OSSOS DA MÃO
Os ossos da mão podem ser divididos em três regiões: ossos do carpo (punho), ossos próprios da mão (metacarpos) e ossos dos dedos (falanges). 
OSSOS DO CÍNGULO INFERIOR
	O cíngulo inferior é formado pelos ossos do quadril. Eles se unem anteriormente na sínfise púbica e posteriormente com o sacro formando a pelve. Lateralmente o quadril articula-se com o fêmur pelo acetábulo, transmitindo o peso da coluna vertebral (sacro) para o membro inferior (fêmur) pela região do acetábulo. Cada osso do quadril é formado por três ossos: ílio, ísquio e púbis. Até a puberdade os ossos do quadril estão separados por cartilagens, após esta fase os ossos se fundem na região do acetábulo porém mantendo os nomes originais (ílio, ísquio e púbis). O ílio é o mais superior dos três, o púbis é ântero-inferior e o ísquio póstero-inferior.
ÍLIO	O ílio possui uma crista superiormente (CRISTA ILÍACA) onde se prendem os músculos do abdome. Anteriormente à crista ilíaca esta a ESPINHA ILÍACA ÂNTERO-SUPERIOR. A espinha ilíaca ântero-superior (E.I.A.S) é proeminente e palpável. Ela é utilizada para se aferir o comprimento do membro inferior.
2 – ÍSQUIO	O ísquio é o mais baixo dos três ossos, entra em contato com a cadeira quando a pessoa está sentada. Esta região do osso chama-se tuberosidade isquiática. Os músculos posteriores da coxa prendem-se nesta tuberosidade.
3 – PÚBIS	O púbis é o osso mais anterior e articula-se com o púbis do outro lado pela articulação chamada sínfise púbica. 
ACETÁBULO	O acetábulo é descrito separadamente pois é formado pela união dos três ossos (púbis, ísquio e ílio). O fêmur articula-se com o quadril através do acetábulo. 
OSSOS DO MEMBRO INFERIOR
	1 – FÊMUR
	O fêmur é o osso mais longo do corpo humano, articula-se superiormente com o acetábulo e inferiormente com a tíbia e com a patela. Como todo osso do tipo longo, o fêmur apresenta um a extremidade proximal e outra distal.
	A EXTREMIDADE PROXIMAL do fêmur é formada pela CABEÇA DO FÊMUR que possui uma forma esferóide e articula-se com o acetábulo (articulação do quadril). O COLO DO FÊMUR é lateral à cabeça do fêmur, apresenta frequentemente fraturas devido ao seu pequeno diâmetro e por ser uma área que trabalha suportando muito peso. Com a menopausa há reabsorção e fragilidade óssea nesta região.
	Dois grandes pontos de fixação para vários músculos que atuam na articulação do quadril estão laterais ao colo do fêmur, são o TROCANTER MAIOR E TROCANTER MENOR.
	A EXTREMIDADE DISTAL do fêmur que apoia-se sobre a tíbia é composta pelos CÔNDILOS MEDIAL E LATERAL. O peso do corpo é transmitido dos côndilos femorais para os côndilos tibiais. Os côndilos são convexos e adaptados a movimentos de flexão e extensão do joelho.
	
	2 – PATELA
	A patela é um osso sesamóide localizado anteriormente ao joelho, possui uma BASE (superiormente) e um ÁPICE (inferiormente).
	Na BASE da patela se insere o tendão do músculo quadríceps, este traciona a patela para cima durante o movimento de extensão do joelho.
O ÁPICE da patela se prende com a tuberosidade da tíbia através do ligamento patelar. É desta forma que o músculo quadríceps realiza a extensão do joelho, tracionando a patela para cima que movimenta a tuberosidade da tíbia para frente. 
	3 – TÍBIA
	A tíbia é o osso medial da perna e articula-se superiormente com o fêmur. A tíbia é mais resistente que a fíbula pois sustenta o peso do corpo que é transmitido do fêmur para a tíbia.
	Na EXTREMIDADE PROXIMAL da tíbia está a TUBEROSIDADE DA TÍBIA, uma elevação anterior que é o local de inserção do ligamento patelar. Na EXTREMIDADE DISTAL está o MALÉOLO MEDIAL que fortalece a articulação do tornozelo.
	4 – FÍBULA
	A fíbula é mais estreita que a tíbia, possui superiormente a CABEÇA DA FÍBULA e inferiormente o MALÉOLO LATERAL. Ela está localizada na perna lateralmente à tíbia. 
	 
5 - OSSOS DO PÉ
O esqueleto do pé é formado por três tipos de ossos: ossos do tarso (tornozelo), ossos do metatarso (pé) e ossos dos dedos (falanges).
CRÂNIO
	O crânio é formado por vinte e dois ossos distribuídos em duas regiões chamadas de NEUROCRÂNIO e VISCEROCRÂNIO. 
	O NEUROCRÂNIO representa a porção postero-superior da cabeça e tem como função proteger o encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico). A maioria dos ossos do neurocrânio são planos e formam a calota craniana. Na região anterior está o osso frontal, posteriormente o osso occipital, lateralmente e superiormente os ossos parietais, lateralmente e inferiormente os ossos temporais, e por fim em uma posição central e inferior, na base do crânio, estão os ossos etmóide e esfenóide.
	O VISCEROCRÂNIO que é responsável pela proteção da face e de suas vísceras e formado pelos ossos maxilares, zigomáticos, palatinos, mandíbula, nasais entre outros. 
	A seguir uma análise dos lados ou faces do crânio:
	FACE LATERAL
	A face lateral possui três acidentes ósseos: processo mastóide, meato acústico externo e arco zigomático.
O PROCESSO MASTÓIDE é uma projeção inferior do osso temporal abaixo do pavilhão auricular. O músculo esternocleidomastóideo, maior músculo do pescoço, insere-se no processo mastóide.
O MEATO ACÚSTICO EXTERNO é uma abertura para um túnel ósseo do ouvido externo.
O ARCO ZIGOMÁTICO é formado pelos ossos temporal e zigomático, protege lateralmente a região temporal. O músculo masseter, mais potente músculo da mastigação, tem origem no arco zigomático.
FACE ANTERIOR
A região anterior do crânio é marcada por aberturas para os olhos, boca e nariz. As três maiores aberturas são as cavidades orbitais e a abertura piriforme.
A ABERTURA PIRIFORME é uma passagem para o ar penetrar na cavidade nasal. As CAVIDADES ORBITAIS são laterais e superiores à abertura piriforme.
FACE INFERIOR
A face inferior ou base do crânio apresenta vários forames para a saída e entrada de estruturas no crânio.
O FORAME MAGNO é o maior de todos e a medula espinhal atravessa o seu interior. Lateralmente ao forame magno estão os CÔNDILOS OCCIPITAIS que articulam-se com o atlas (1ª vértebra cervical).
Na porção anterior da face inferior do crânio está o palato duro (teto da cavidade oral).
MANDÍBULA
A mandíbula é o osso mais inferior e móvel do crânio pois articula-se com o osso temporal através da articulação temporomandibular. 
ARTICULAÇÕES
	Os ossos são unidos pelas articulações ou junturas. O tipo de união determina a quantidade de movimento que é produzido pela articulação. As articulações são de três tipos:
articulações fibrosas		articulações cartilagíneas		articulações sinoviais
ARTICULAÇÕES FIBROSAS: são articulações formadas por tecido conjuntivo fibroso e apresentam uma mobilidade muito reduzida. Estas articulações que não apresentam movimentos (fixas) são chamadas de SINARTROSE. As fibrosas dividem-se em:
- suturas: localizadas no crânio. Exemplo: sutura sagital
- sindesmose: encontradas fora do crânio. Exemplo: membrana interóssea
ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS: são articulações formada por tecido cartilaginoso. Os movimentos observados nas cartilagíneas são limitados. As articulações com movimentos limitados são chamadas de ANFIARTROSE. As cartilagíneassão divididas em:
- sincondrose: cartilagem do tipo hialina. Exemplo: cartilagens de crescimento dos discos de crescimento dos ossos
- sínfise: fibrocartilagem. Exemplo: sínfise púbica
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: as articulações sinoviais são bem diferentes das demais por apresentarem características próprias. A quantidade de movimentos de uma articulação sinovial é bastante grande. As articulações com muitos movimentos são chamadas de DIARTROSE. As características das articulações sinoviais são:
líquido sinovial	membrana sinovial	cápsula articular		cartilagem articular	cavidade articular
discos e meniscos	ligamentos		
As articulações sinoviais são divididas em:
PLANA: as superfícies articulares são achatadas. 
Movimentos deslizantes. 
Exemplo: esternoclavicular
TROCÓIDEA: existe um pivô ósseo central circundado por um anel osteoligamentoso. 
Movimentos de rotação
Exemplo: rádio-ulnar proximal
GÍNGLIMO (dobradiça) : assemelha-se a uma dobradiça de uma porta
Movimentos de flexão e extensão
Exemplo: úmero-ulnar, joelho, tornozelo e interfalângicas
BICONDILAR: Possui duas superfícies côncavas que se articulam com duas faces convexas
Movimentos de flexão, extensão, abdução, adução e uma pequena quantidade de rotação
Exemplo: metacarpofalângicas
ELIPSÓIDEA: formada por uma face articular convexa elíptica com outra côncava elíptica
Movimentos de flexão, extensão, abdução, adução e circundução
Exemplo: radiocarpal (pulso)
SELAR: é a união do côncavo com o convexo como uma sela sobre um cavalo
Movimentos de flexão, extensão, abdução, adução e circundução
Exemplos: carpometacárpica do polegar
ESFERÓIDEA: formada por uma peça óssea em forma de esfera
Movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação e circundução
Exemplo: ombro e quadril
	
SISTEMA MUSCULAR
	Os músculos são responsáveis pela produção de movimentos através de contrações e de relaxamentos
	Devemos lembrar que para haver movimento são necessários os ossos, as articulações e os músculos. O músculo é composto pelo ventre muscular que é a parte vermelha e carnosa. As extremidades do músculo alcançam o osso através dos tendões, que servem para fixar o músculo aos ossos. Quando o tendão é do tipo alargado chamamos este tendão de aponeuose. Externamente o músculo é revestido por uma fina membrana de tecido conjuntivo chamada fáscia muscular. A fáscia muscular tem como objetivo separar e fazer com que os músculos tenham movimentos sem atrito com os músculos ao seu redor.
	
As diferenças histológicas e funcionais dividem os músculos em 3 tipos:
	ESTRIADO
	LISO
	CARDÍACO
	VOLUNTÁRIO
	INVOLUNTÁRIO
	INVOLUNTÁRIO
	FADIGA
	NÃO FADIGA
	NÃO FADIGA
	PRESOS AOS OSSOS
	FORMA AS PAREDES DOS ÓRGÃOS
	É O MÚSCULO DO CORAÇÃO
	Também podemos dividir os músculos de acordo com sua função:
	AGONISTA é o principal músculo que executa um movimento
	ANTAGONISTA é aquele que se opõe ao trabalho do agonista
	SINERGISTA atua no sentido de eliminar alguma movimento indesejado realizado pelo agonista ou para amplificar um movimento
	ORIGEM ou PONTO FIXO representa a extremidade do músculo que está presa ao osso que não tem movimento
	INSERÇÃO ou PONTO MÓVEL é a extremidade do músculo que se prende ao osso que tem movimento.	
	
MEMBRO SUPERIOR
BRAÇO
1 – REGIÃO ANTERIOR DO BRAÇO
	
	ORIGEM
	INSERÇÃO
	FUNÇÃO
	Braquial
	Úmero
	Ulnar
	Flexão do cotovelo
	Bíceps Braquial
	Escápula
	Rádio
	Flexão e supinação do cotovelo
Flexão do ombro
2 - REGIÃO POSTERIOR DO BRAÇO
	
	ORIGEM
	INSERÇÃO
	FUNÇÃO
	Tríceps Braquial
	Escápula e úmero
	Olécrano
	Extensão do cotovelo
OMBRO
	
	FUNÇÃO
	Deltóide
	Flexão, extensão e abdução do ombro
MEMBRO INFERIOR
COXA
1 - REGIÃO ANTERIOR DA COXA
	
	ORIGEM
	INSERÇÃO
	FUNÇÃO
	Quadríceps Femoral
Reto da Coxa, Vasto Medial, Intermédio e Lateral
	
Pelve e fêmur
	
Tíbia 
	Flexão do quadril
Extensão do joelho
2 - REGIÃO POSTERIOR DA COXA
	
	ORIGEM
	INSERÇÃO
	FUNÇÃO
	Bíceps Femoral
	
Pelve
	Perna
	Extensão do quadril
Flexão do joelho
	Semimembranáceo
	
	
	
	Semitendíneo
	
	
	
3 - REGIÃO MEDIAL DA COXA
	
	ORIGEM
	INSERÇÃO
	FUNÇÃO
	Adutores Magno, Curto e Longo
	
Púbis
	Fêmur
	
Adução do quadril
PERNA
1 - REGIÃO ANTERIOR DA PERNA
	
	ORIGEM
	INSERÇÃO
	FUNÇÃO
	Tibial Anterior
	Perna 
	Pé 
	Dorsiflexão e supinação
3 - REGIÃO POSTERIOR DA PERNA
	
	ORIGEM
	INSERÇÃO
	FUNÇÃO
	Tríceps sural
(Gastrocnêmios e sóleo)
	Perna
	Pé 
	Flexão plantar 
REGIÃO GLÚTEA
	
	FUNÇÃO
	Glúteo máximo, médio e mínimo
	Abdução e extensão do quadril 
PESCOÇO
	
	ORIGEM
	INSERÇÃO
	FUNÇÃO
	Esternocleido-Mastóideo
	
Clavícula e esterno
	
Processo mastóideo
	Auxilia na inspiração
Flexão anterior e lateral do pescoço 
Rotação da cabeça para o lado oposto
CABEÇA (MASTIGAÇÃO)
	
	ORIGEM
	INSERÇÃO
	FUNÇÃO
	Masseter
	
Crânio
	
Mandíbula
	
Eleva a mandíbula (fecha a boca)
	Temporal
	
	
	
MÚSCULOS DO TRONCO
1 - TÓRAX
	
	ORIGEM
	INSERÇÃO
	FUNÇÃO
	Peitoral Maior
	Clavícula, esterno e costelas
	Úmero 
	Adução e flexão do ombro
Auxilia na inspiração 
	Peitoral Menor
	Costelas 
	Escápula 
	Abaixa o ombro
Auxilia na inspiração
	Serrátil Anterior
	Costelas 
	Escápula 
	Abdução do ombro
Auxilia na inspiração
2 - ABDOME
	
	ORIGEM
	INSERÇÃO
	FUNÇÃO
	Reto Do Abdome
	Costelas e processo xifóide
	Sínfise púbica
	Flexão anterior do tronco, pressiona o abdome, respiração abdominal (expiração)
	Obliquo Externo Do Abdome
	Costelas 
	Crista ilíaca
	Flexão anterior do tronco, pressiona o abdome, respiração abdominal (expiração). Rotação do tronco
	Obliquo Interno Do Abdome
	Região lombar
	Costelas
	Flexão anterior do tronco, pressiona o abdome, respiração abdominal (expiração). Rotação do tronco
	Transverso Do Abdome
	Região lombar
	Linha alba
	Flexão anterior do tronco, pressiona o abdome, respiração abdominal (expiração)
	Diafragma
	Costelas, esterno 
	Centro tendíneo
	Respiração (inspiração), pressiona o abdome
3 - DORSO
	
	FUNÇÃO
	Trapézio
	Adução e abdução do ombro
	Latíssimo Do Dorso 
	Adução e extensão do ombro
	Músculo Eretor Da Espinha
	Extensão do tronco
CORAÇÃO
	 O coração é o órgão responsável pelo fluxo de sangue dentro dos vasos. Suas paredes são musculares (músculo cardíaco) e através da sístole, que é a contração do coração, o sangue sai das cavidades cardíacas. O retorno do sangue para o interior do coração ocorre durante o relaxamento da musculatura do coração, que é chamado de diástole. Cada sístole e diástole representa um ciclo cardíaco. O coração realiza entre 80 e 100 ciclos por minuto, esta é a frequência cardíaca normal.
	O sangue que sai do coração durante a sístole irá para os pulmões ou para o corpo. Os trajetos percorridos pelo sangue são chamados de pequena circulação (circulação pulmonar) ou grande circulação (circulação sistêmica).
	A pequena circulação inicia-se no ventrículo direito, continua-se pelo tronco pulmonar (que divide-se em artérias pulmonares), e alcança os pulmões. O sangue será oxigenado durante sua passagem pelos pulmões, processo denominado hematose. Posteriormente o sangue retorna dos pulmões para o átrio esquerdo através das veias pulmonares. A pequena circulação termina com a chegada do sangue no coração. 
	A grande circulação começa no ventrículo esquerdo. Com a contração do ventrículo esquerdo o sangue é ejetado para o interior da aorta, e pela aorta será distribuído para todo o corpo. Após percorrer e nutrir todo o corpo com oxigênio, este sangue retorna ao coração pelas veias cavas inferior e superior. No momento em que osangue chega ao átrio direito termina a grande circulação.
	A função da pequena circulação é oxigenar o sangue e a função da grande circulação é levar oxigênio e nutrientes para o corpo.
	Também podemos observar externamente a base e o ápice do coração. A base está voltada para cima e o ápice apontado para baixo e para a esquerda do corpo. Na base identificamos os átrios e os vasos da base (aorta, veias cavas superior e inferior, tronco pulmonar e veias pulmonares), e o ápice do coração é formado pela ponta do ventrículo esquerdo. O batimento do ápice do coração de encontro com a parede torácica pode ser palpado anteriormente na região torácica.
	A membrana que envolve externamente o coração, separando ele dos outros órgãos do tórax, é chamada de pericárdio. O pericárdio diminui o atrito do coração durante seus movimentos de contração e de relaxamento pois apresenta internamente uma cavidade contendo líquido. A lâmina externa do pericárdio é chamada de pericárdio fibroso, esta é mais resistente e reveste outra porção do pericárdio denominada pericárdio seroso. O pericárdio seroso é dividido em uma lâmina sobre o coração (lâmina visceral) e outra que reveste a face interna do pericárdio fibroso (lâmina parietal). Entre as lâminas parietal e visceral está a cavidade pericárdica com o líquido pericárdico.
	O coração é dividido em camadas, do interior do coração para a periferia estão o endocárdio, miocárdio e epicárdio. O endocárdio está em contato com o sangue, o miocárdio é o próprio musculo cardíaco, e o epicárdio é representado pela lâmina visceral do pericárdio seroso.
	Internamente o coração possui quatro cavidades, dois átrios e dois ventrículos. Os átrios são cavidades que recebem o sangue e os ventrículos cavidades que ejetam o sangue. Ainda observamos internamente as aurículas direita e esquerda que são projeções dos átrios.
	O átrio direito recebe sangue pelas veias cavas superior e inferior, além do seio coronário que trás de volta ao coração o sangue do próprio coração. A saída do átrio direito é feita através da valva atrioventricular direita (tricúspide) que se abre para o interior do ventrículo direito.
	Para o átrio esquerdo são drenadas as veias pulmonares trazendo sangue oxigenado dos pulmões para o coração. A valva atrioventricular esquerda (valva mitral ou bicúspide) comunica o átrio esquerdo com o ventrículo esquerdo.
	Os ventrículos são mais musculosos que os átrios pois trabalham sob alta pressão. A parede do ventrículo esquerdo é duas vezes mais espessa que a parede do ventrículo direito pois o ventrículo esquerdo bombeia sangue para todo o corpo. A saída do ventrículo esquerdo é feita pela valva aórtica (no início da aorta) e a do ventrículo direito pela valva pulmonar (no início do tronco pulmonar).
	O coração se contrai através de descargas elétricas produzidas pelo sistema de condução cardíaco. Desta forma, o sistema de condução cardíaco é responsável pelo número de vezes que o coração se contrai em um minuto (frequência cardíaca). O início da produção do estímulo é feita pelo nó sino-atrial, que está na parte superior do átrio direito. Esta mensagem elétrica é transmitida pelas paredes do átrio direito até o segundo nó chamado de atrioventricular, que também está no átrio direito, porém na porção inferior. Até este momento o estímulo elétrico foi responsável pela contração dos dois átrios. Deste ponto em diante o estímulo será transmitido para os ventrículos através do fascículo atrioventricular. O fascículo atrioventricular alcança as partes mais baixas dos ventrículos. Os ventrículos se contraem ao mesmo tempo em que o estímulo elétrico desce pelo fascículo atrioventricular. 
Podemos observar que o estímulo inicia-se na parte superior do coração (nos átrios) e desce para os ventrículos, de modo que durante a contração dos átrios os ventrículos estão relaxados, pois o estímulo ainda não atingiu os ventrículos. Por outro lado, quando os ventrículos estão contraídos, pelo estímulo elétrico que está descendo, os átrios estão relaxados pois não estão mais sob influência da descarga elétrica. 
SISTEMA ARTERIAL
	O nome ARTÉRIA foi criado a partir das primeiras dissecções que observaram AR no interior destes vasos de um cadáver. As artérias são vasos que transportam sangue do coração para outras regiões do corpo, este sangue é sempre centrífugo ao coração. Esta definição não leva em consideração o teor de oxigênio do sangue, ou seja, podemos encontrar artérias com sangue oxigenado ou com sangue pobre em oxigênio. A maioria das artérias do corpo transporta sangue rico em oxigênio, porém as artérias pulmonares são exceções à regra pois o sangue sem oxigênio delas é levado aos pulmões justamente para ser oxigenado. 
O corpo humano é formado por inúmeras artérias que pertencem a pequena ou a grande circulação. Todas as artérias do corpo são ramos do tronco pulmonar ou da aorta, já que estas artérias representam o início da pequena circulação e da grande circulação, respectivamente. Na pequena circulação as artérias pulmonares direita e esquerda, que são ramos do tronco pulmonar, irrigam os pulmões para que ocorra a hematose (troca de gás carbônico com oxigênio). A grande circulação tem início com a aorta, maior vaso do corpo humano, este recebe sangue do ventrículo esquerdo e distribui o sangue para todos os tecidos do corpo.
As artérias apresentam as seguintes características que as diferenciam das veias:
transportam sangue sob alta pressão (sua parede é formada por músculo liso que é resistente à pressão arterial), 
são elásticas e absorvem a pressão de cada contração (sístole) do coração, por isto pulsam sendo possível sentir o batimento das artérias a cada ciclo de contrações cardíaca, 
a rotura desses vasos podem causar grandes sangramentos, pois transportam sangue sob alta pressão, 
o rompimento de artéria de grande calibre é uma situação de emergência com risco de morte para a pessoa devido a grande hemorragia
Este capítulo abordará as artérias da grande circulação, ou seja, as artérias que são ramos da artéria aorta.
	AORTA
	A aorta origina-se no ventrículo esquerdo logo acima da valva aórtica, apresenta aproximadamente 3 cm de diâmetro, e recebe cerca de 2,2 a 3,5 litros de sangue por minuto.
	Ela divide-se em três porções:
aorta ascendente
arco da aorta
aorta descendente
Aorta ascendente
	Esta porção da aorta possui apenas dois ramos arteriais chamados de ARTÉRIAS CORONÁRIAS DIREITA e ESQUERDA. O objetivo destas artérias é irrigar o miocárdio, ou seja, o próprio coração. 
A irrigação coronariana apresenta algumas peculiaridades:
Os primeiros ramos da aorta são ramos para o próprio coração, ou seja, o coração ejeta sangue para todo o corpo porém ele é o primeiro a ser irrigado devido a posição estratégica das artérias coronárias no início da aorta
Uma outra curiosidade é o fato das artérias coronárias encherem-se de sangue durante a fase de diástole, já que todas as outras artérias do corpo recebem sangue durante a sístole. Este mecanismo é explicado pela posição do início da aorta que sobe do coração até o arco da aorta. Esta é a única porção da aorta que ascende. O sangue dentro da aorta ascendente sobe contra a gravidade, empurrado pela contração do ventrículo esquerdo, porém quando o ventrículo esquerdo relaxa (diástole) o sangue não terá mais força para subir e voltará para o coração. Neste momento o sangue fica impedido de retornar ao coração pois a valva aórtica fecha-se durante a diástole. Por fim o sangue acumulado na aorta ascendente escoará pelos orifícios das artérias coronárias que estão localizados na porção mais baixa da aorta ascendente.
	
	Arco da aorta
	O arco da aorta surge a partir de uma curvatura da aorta ascendente. Durante este trajeto curvo, o arco da aorta emite três ramos arteriais: tronco braquiocefálico, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda. O fato da aorta subir após sair do coração e alcançaruma parte alta do tórax para então curvar-se como arco da aorta, aproxima a aorta das porções altas do corpo como a cabeça, o pescoço e os membros superiores. Deste modo, fica mais fácil emitir as artérias responsáveis pela irrigação da porção superior do corpo. Após o arco da aorta emitir seus ramos a aorta volta-se para baixo e começa a aorta descendente.
Ramos do arco da aorta:
	O TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO é o primeiro ramo arterial do arco da aorta, após sua origem esta artéria sobe por 4 a 5 cm e divide-se em ARTÉRIAS CARÓTIDA COMUM DIREITA e ARTÉRIA SUBCLÁVIA DIREITA. Estes dois ramos do tronco braquiocefálico são responsáveis pela irrigação da cabeça, do pescoço e do membro superior. A artéria carótida comum irriga a cabeça e o pescoço, enquanto a artéria subclávia irriga o membro superior direito.
	A ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM ESQUERDA é o segundo ramo do arco da aorta, portanto encontra-se entre o tronco braquiocefálico e a artéria subclávia esquerda, é responsável pela irrigação da cabeça e do pescoço pelo lado esquerdo. Esta artéria termina dividindo-se em artérias carótidas externa e interna.
	A ARTÉRIA SUBCLÁVIA ESQUERDA representa o último ramo do arco da aorta, tem sua origem um pouco antes do arco da aorta transformar-se em aorta descendente. A artéria subclávia esquerda irriga o membro superior esquerdo.
	
	Aorta descendente
	A aorta descendente forma-se após o arco da aorta, desce pelo tórax à esquerda da coluna vertebral, atravessa o músculo diafragma para irrigar as vísceras abdominais. Desta forma, a aorta descendente é dividida em duas porções: AORTA TORÁCICA e AORTA ABDOMINAL. Esta por sua vez termina dividindo-se em artérias ilíacas comuns direita e esquerda próximo a 4ª vértebra lombar, agora com a metade de seu calibre.
	
AORTA TORÁCICA
	A AORTA TORÁCICA é responsável pela irrigação das vísceras torácicas como por exemplo: ESÔFAGO, TRAQUÉIA, parte do CORAÇÃO e parte dos PULMÕES. 
	
AORTA ABDOMINAL
	A AORTA ABDOMINAL é continuação da aorta torácica que ao atravessar o diafragma transforma-se em aorta abdominal. Paulatinamente a aorta abdominal estreita-se devido a emissão de seus ramos que são responsáveis pela irrigação do TUBO DIGESTÓRIO, RINS, SISTEMAS GENITAIS e PAREDES MUSCULARES DO ABOME.
	Inferiormente, ao nível da 4ª vértebra lombar, a aorta bifurca-se formando as ARTÉRIAS ILÍACAS COMUNS direita e esquerda. As ilíacas comuns são semelhantes, possuem 5 cm de comprimento e dividem-se em ARTÉRIAS ILÍACAS INTERNAS e EXTERNAS, ou seja, a ilíaca comum direita divide-se em ilíaca externa e interna e a ilíaca comum esquerda também divide-se em ilíaca interna e externa.
	As ARTÉRIAS ILÍACAS EXTERNAS continuam-se como artérias femorais na região da coxa e as ARTÉRIAS ILÍACAS INTERNAS irrigam as vísceras pélvicas.
	
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DA CABEÇA E DO PESCOÇO
	A irrigação para esta região superior do corpo é feita principalmente pelo sistema carotídeo que é formado pelas ARTÉRIAS CARÓTIDA INTERNA e EXTERNA que são ramos das ARTÉRIAS CARÓTIDAS COMUNS.	
	Carótida comum
AS ARTÉRIAS CARÓTIDAS COMUNS DIREITA e ESQUERDA são diferentes somente nas suas origens, a carótida comum direita é ramo do tronco braquiocefálico e a carótida comum esquerda é ramo direto do arco da aorta. Exceto o início, estas artérias são iguais e esta descrição corresponde ao lado direito e esquerdo da cabeça e do pescoço. 
	A ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM ascende pelo pescoço e divide-se em carótida interna e externa ao nível da laringe. Durante seu trajeto pelo pescoço coloca-se profundamente ao músculo esternocleidomastóideo. O batimento arterial da carótida comum é referência para verificar parada cardíaca ou para aferir a frequência cardíaca. A maneira mais fácil de perceber o batimento arterial é colocando-se os dedos indicador e médio lateralmente à laringe “Pomo de Adão”, medialmente ao músculo esternocleidomastóideo e rodar lateralmente a cabeça para o mesmo lado em que é feita a palpação. 
	A região onde a carótida comum divide-se é composta por duas estruturas chamadas de SEIO CARÓTICO e GLOMO CARÓTICO. Estas estruturas são responsáveis pelo controle da pressão arterial e pela quantidade de oxigênio e gás carbônico no interior do sistema circulatório. 
	O GLOMO CARÓTICO é um quimiorreceptor que responde a alterações nas taxas de oxigênio e gás carbônico do sangue (aumento do gás carbônico ou diminuição do oxigênio) estimulando um aumento da frequência respiratória para estabilizar a oxigenação dos tecidos.
	O SEIO CARÓTICO encontra-se no início da carótida interna e representa um barorreceptor sensível à alterações da pressão arterial. Um aumento da pressão arterial estimula uma ação do seio carótico no sentido de diminuir a frequência cardíaca. Do mesmo modo, uma compressão manual dos seios caróticos produzem uma diminuição da pressão arterial e até mesmo uma hipotensão severa com síncope (desmaio) da pessoa.
	
Carótida interna
	A ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA é responsável pela irrigação do interior do crânio, ou seja, irrigação do encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico). Seus ramos são as ARTÉRIAS CEREBRAIS que são frequentemente acometidas por obstruções e rupturas causando os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). As obstruções são na maioria das vezes por placas de aterosclerose no interior da artéria e as rupturas são causadas por elevação da pressão arterial com lesão da parede da artéria e vazamento de sangue do seu interior. A obstrução da artéria por placas de aterosclerose dificulta a passagem de sangue gerando a isquêmia dos tecidos (AVC ISQUÊMICO). Já a hemorragia causada por uma ruptura da artéria causa o AVC HEMORRÁGICO.
	
Carótida externa
	A ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA é responsável pela irrigação da porção externa da cabeça (face e couro cabeludo) e do pescoço. Ao contrário da carótida interna, a carótida externa apresenta um número grande de ramos arteriais superficialmente no pescoço e cabeça. As principais artérias são:
ARTÉRIA FACIAL: irriga toda a face superficialmente (lábios, nariz, bochecha), 
ARTÉRIA MAXILAR: irriga a região profunda da face (cavidade oral, nasal e músculos da mastigação)
ARTÉRIA TEMPORAL SUPERFICIAL: irriga a região temporal e o couro cabeludo.
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DOS MEMBROS SUPERIORES
	A irrigação dos membros superiores tem origem nas ARTÉRIAS SUBCLÁVIAS que após atravessarem da porção superior do tórax para a região axilar transformam-se em ARTÉRIAS AXILARES. Finalmente as artérias axilares penetram nos braços e passam a ser chamadas de artérias braquiais. A artéria subclávia irriga as regiões do pescoço e torácica superior, já a artéria axilar irriga as regiões axilar e torácica lateral.
A ARTÉRIA BRAQUIAL é utilizada para aferir a pressão arterial através de sua compressão pelo aparelho de pressão (esfignomanômetro). Ela pode ser percebida medialmente ao músculo bíceps braquial. A artéria braquial divide-se em duas artérias na região do cotovelo, que são as artérias radial e ulnar. 
AS ARTÉRIAS RADIAL E ULNAR acompanham paralelamente os ossos com os mesmos nomes, sendo a artéria radial mais superficial que a artéria ulnar. Próximo ao punho a artéria radial é palpada facilmente com o objetivo de verificar a frequência cardíaca. Na região da mão as artérias radial e ulnar anastomosam-se formando os ARCOS PALMARES SUPERFICIAL e PROFUNDO.
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DOS MEMBROS INFERIORES
	Os membros inferiores são irrigados através de uma continuação das ARTÉRIAS ILÍACAS EXTERNAS que atravessam da pelve para a coxa. Na região da coxa estas artérias denominam-se artérias femorais. 
	A ARTÉRIA FEMORAL desce obliquamente pela face anterior da coxa e após atravessar para a região posterior do joelho a artéria femoral transforma-se em artéria poplítea.
	A ARTÉRIA POPLÍTEA é responsável pela irrigação da articulação do joelho. Finalmente ela desce e irriga a perna através das artérias TIBIAIS E FIBULAR.
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DOABDOME
	A cavidade abdominal é irrigada pela aorta abdominal e seus ramos. A maioria dos ramos da aorta abdominal destina-se ao tubo digestório, e outros ramos são responsáveis pela irrigação dos rins (ARTÉRIAS RENAIS), glândulas supra renais (ARTÉRIAS SUPRA RENAIS), glândulas sexuais masculina (ARTÉRIAS TESTICULARES) e feminina (ARTÉRIAS OVÁRICAS) mesmo estando estas glândulas no interior da pelve e finalmente artérias para as paredes musculares do abdome.
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DA PELVE
	A pelve é irrigada pela ARTÉRIA ILÍACA INTERNA que é ramo da ilíaca comum. Vamos lembrar que as ilíacas comuns são os ramos terminais da aorta abdominal, e que as artérias ilíacas comuns dividem-se em artérias ilíacas internas e externas. A ilíaca externa continua-se na coxa com o nome de artéria femoral e a artéria ilíaca interna penetra no interior da pelve irrigando as vísceras pélvicas.
RESUMO DAS PRINCIPAIS ARTÉRIAS DO CORPO HUMANO
ARTÉRIA AORTA
		1- aorta ascendente		2- arco da aorta			3- aorta descendente
	1- AORTA ASCENDENTE
		- artérias coronárias 
	 	
	2- ARCO DA AORTA
		- a. braquiocefálica
			- artéria carótida comum direita
			- artéria subclávia direita
		- artéria carótida comum esquerda
		- artéria subclávia esquerda
	ARTÉRIAS DA CABEÇA E DO PESCOÇO.
 	- carótida comum 
			- artéria carótida interna
			- artéria carótida externa
	ARTÉRIAS DO MEMBRO SUPERIOR
	- artéria subclávia
	- artéria axilar
	- artéria braquial
	- artéria radial
	- artéria ulnar
	- arcos palmares
	3- AORTA DESCENDENTE
	IRRIGAÇÃO DO ABDOME - AORTA ABDOMINAL 
	Artérias renais
	Artérias mesentéricas
	Artéria ilíaca externa
	Artéria ilíaca interna
	ARTÉRIAS DA PELVE
	Artéria ilíaca interna
		
	ARTÉRIAS DO MEMBRO INFERIOR
	- artéria ilíaca externa
	- artéria femoral
	- artéria poplítea
		- artéria fibular
		- artérias tibiais
		- arco plantar
SISTEMA VENOSO
	VEIAS são vasos que transportam sangue do corpo ou dos pulmões para o coração, ou seja, o sangue venoso está sempre retornando para o coração, o sangue é centrípeto ao coração. Nesta definição não é levado em consideração a taxa de gás carbônico ou de oxigênio no sangue.
 As veias da GRANDE CIRCULAÇÃO transportam sangue com pouco oxigênio e muito gás carbônico, pois o sangue percorre os tecidos do corpo levando oxigênio e captando gás carbônico. Este sangue retorna para o coração para depois ir para os pulmões sofrer a hematose (troca de gás carbônico por oxigênio). Já na PEQUENA CIRCULAÇÃO o sangue retorna dos pulmões para o coração oxigenado, ou seja, na pequena circulação observamos que as veias pulmonares transportam sangue arterial.
	 Ao contrário da pressão das artérias, as veias transportam sangue sob baixa pressão pois o sangue venoso não é impulsionado pelo coração. Podemos explicar a pressão dentro de uma veia pelas contrações musculares principalmente das panturrilhas que comprimem as veias das pernas impulsionando o sangue sempre para cima no sentido do coração. No interior das veias existem válvulas que evitam o refluxo de sangue para as partes mais baixas do corpo. Este é o mecanismo que mantém o fluxo ascendente no sentido do coração. 
	Outro mecanismo responsável pela drenagem do sangue para o coração é representado pela pressão negativa dentro do tórax em relação a pressão dentro do abdome. Devemos lembrar que o coração está na caixa torácica e que as veias cavas superior e inferior penetram no tórax para levar o sangue para o coração. Deste modo, o sangue caminha sempre de uma área de pressão positiva para uma área de pressão negativa (tórax), “sugando” o sangue para o coração.
	O corpo é drenado por quatro grandes sistemas venosos:
sistema cava superior
sistema cava inferior
sistema porta
sistema ázigos
1 – SISTEMA CAVA SUPERIOR
O sistema cava superior é formado por veias que drenam a parte superior do corpo como por exemplo os membros superiores, a cabeça e o pescoço.
A CABEÇA E O PESCOÇO são drenados pelas veias jugulares interna e externa. A JUGULAR INTERNA drena o interior do crânio, ou seja, o encéfalo. Já a JUGULAR EXTERNA drena a área externa da cabeça como por exemplo a face, o couro cabeludo e o pescoço.
Os MEMBROS SUPERIORES são drenados por um sistema venoso superficial e outro profundo. O sistema venoso profundo é idêntico a distribuição das artérias dos membros superiores. As veias profundas do membro superior são:
veia radial
veia ulnar
veia braquial
veia axilar
veia subclávia
O sistema venoso superficial é formado somente por duas veias e estas não apresentam correspondência com as artérias. As veias superficiais são:
veia basílica
veia cefálica 
As veias superficiais drenam o sangue para uma veia profunda do membro superior.
As veias terminais dos membros superiores anastomosam-se com as veias terminais da cabeça e do pescoço, ou seja, as VEIAS SUBCLÁVIAS se juntam com as VEIAS JUGULARES formando as veias VEIAS BRAQUIOCEFÁLICAS. Finalmente as veias braquiocefálicas direita e esquerda se unem para formar a VEIA CAVA SUPERIOR que leva o sangue para o átrio direito do coração.
2 – SISTEMA CAVA INFERIOR
O sistema cava inferior é formado por veias que drenam as partes inferiores do corpo. As regiões drenadas pela veia cava inferior são: membros inferiores, pelve e abdome.
Os MEMBROS INFERIORES são drenados por veias profundas e veias superficiais. Deste modo identificamos um sistema venoso superficial e outro profundo. O sistema venoso profundo é formado por veias que acompanham as artérias dos membros inferiores e por isto as veias profundas possuem os mesmos nomes das artérias. As veias profundas dos membros inferiores são:
veias tibiais
veia fibular
veia poplítea
veia femoral
O sistema venoso superficial é formado somente por duas veias:
veia safena magna, a maior, medial e termina-se superiormente na veia femoral
veia safena parva, é posterior e ascende somente até a veia poplítea
A veia safena magna é utilizada na cirurgia de “ponte de safena” para a revascularização do miocárdio. Nesta cirurgia retira-se uma parte da veia do membro inferior para colocar no local da artéria coronária obstruída. A retirada da veia safena magna do membro inferior não causa prejuízo para a drenagem do membro inferior pois as veias profundas são capazes de sozinhas drenarem o membro inferior.
Assim como ocorre no membro superior, o sangue que percorre uma veia superficial é drenado para uma veia profunda.
A PELVE é drenada pela VEIA ILÍACA INTERNA. Após sair do interior da pelve a veia ilíaca interna anastomosa-se com a VEIA ILÍACA EXTERNA para formarem a VEIA ILÍACA COMUM. Vamos lembrar que a veia ilíaca externa é uma continuação da veia femoral. Por fim, as VEIAS ILÍACAS COMUNS dos dois lados anastomosam-se formando a VEIA CAVA INFERIOR.
A VEIA CAVA INFERIOR recebe tributárias como as veias renais e as veias hepáticas para finalmente atravessar o diafragma e terminar no átrio direito do coração.
3 – SISTEMA PORTA
O sistema porta é responsável pela drenagem de todo o tubo digestório. O sangue que é drenado para a VEIA PORTA é lançado no fígado para ser “filtrado” pelas células hepáticas. 
É muito interessante observarmos que o sangue que é absorvido do tubo digestório, esteja ele com nutrientes ou com substâncias tóxicas, é levado até o fígado para ser “filtrado”. O sangue drenado do tubo digestório alcançará a veia cava inferior somente após atravessar o fígado. Esta é um mecanismo de segurança pois evita que o sangue do tubo digestório seja levado diretamente para a veia cava inferior e para o coração.
Após atravessar o fígado o sangue é drenado para a VEIA CAVA INFERIOR através das veias hepáticas.
4 – SISTEMA ÁZIGOS
O sistema ázigos é formado pela união das veias que drenam as paredes musculares do abdome e do tórax.O final da drenagem do sistema ázigos é feito para a veia cava superior.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
	O sistema respiratório é composto pelas seguintes estruturas:
Nariz		cavidades nasais			faringe			laringe	
traquéia		brônquios			pulmões			pleuras 
Nariz
O nariz representa a porção externa do sistema respiratório e tem a forma de uma pirâmide. Ele é constituído basicamente por cartilagens e uma pequena porção óssea (ossos nasais). O nariz varia consideravelmente em tamanho e forma, e algumas patologias alteram sua anatomia. A hipertrofia das tonsilas faríngeas (adenóides) estreita o dorso do nariz e as pessoas alérgicas apresentam frequentemente uma linha transversa próximo ao ápice nasal.
Externamente o nariz é dividido em:
ápice	dorso		raiz		asas
 O nariz projeta-se para a frente e para baixo a partir da face, sua raiz é observada ao longo de uma linha que une o nariz à face, logo abaixo da fronte. O DORSO do nariz estende-se de sua raiz até o ÁPICE (ponta). Sua face inferior apresenta duas aberturas, denominadas narinas, separadas pelo septo nasal. Cada NARINA é limitada lateralmente por uma ASA, que é a parede lateral do nariz.
O nariz possui cartilagens que são livres e móveis. Elas dilatam ou constringem as narinas quando os músculos nasais externos se contraem. Estes movimentos do nariz e das narinas são evidentes em situações em que o organismo necessita de uma quantidade aumentada de oxigênio, como por exemplo durante um exercício aeróbico.
Cavidade nasal
 	A CAVIDADE NASAL é a continuação posterior do nariz que estende-se até a faringe. Suas aberturas anteriores são as NARINAS e as posteriores são os COANAS, que comunicam as fossas nasais com a faringe. Ela é dividida em metades direita e esquerda (FOSSAS NASAIS) pelo septo nasal. Internamente, no seu início próximo as asas nasais apresenta uma área dilatada denominada VESTÍBULO. Posteriormente é dividida em PORÇÃO RESPIRATÓRIA e OLFATÓRIA. A porção olfatória representa a parte alta das fossas nasais, próximo ao teto das fossas, e nesta região encontramos os terminações nervosas do nervo olfatório. A porção respiratória constitui a porção inferior e maior das fossas nasais. 
O nariz e a cavidade nasal possuem as seguintes FUNÇÕES:
respiração,
olfação, 
filtração de poeira, 
umidificação do ar,
aquecimento do ar, 
recepção de secreções dos seios paranasais e dos ductos lacrimonasais.
Características das fossas nasais
A PAREDE MEDIAL, formada pelo SEPTO NASAL, geralmente é lisa. A parte óssea do septo geralmente está localizada no plano mediano até os 7 anos de idade, depois disso desvia-se ligeiramente para um lado, freqüentemente para a direita.
A PAREDE LATERAL é irregular devido a três elevações longitudinais, denominadas CONCHAS. Estas elevações são denominadas conchas nasais superior, média e inferior, de acordo com sua posição na parede lateral da cavidade nasal.
O ASSOALHO, formado pelo PALATO DURO (ossos maxilar e palatino), é côncavo nas pessoas que apresentam um aumento da tonsila faríngea (ADENÓIDE). Este crescimento da tonsila estreita os cóanos dificultando a passagem de ar pelas fossas nasais, consequentemente esta pessoa utiliza a cavidade oral para respirar, deformando o palato.
A área dos dois terços inferiores da mucosa nasal é denominada região respiratória e o terço superior é a região olfatória. 
O ar que passa na REGIÃO RESPIRATÓRIA é aquecido, filtrado e umedecido antes de atravessar o restante da via respiratória, principalmente pela presença das conchas nasais que oferecem resistência à passagem de ar.
Seios paranasais
Os seios paranasais são extensões cheias de ar ou pneumatizadas da porção respiratória da cavidade nasal projetadas nos ossos do crânio: frontal, etmóide, esfenóide e maxila. São denominados de acordo com os ossos no qual se localizam: SEIOS FRONTAL, ETMOIDAL, ESFENOIDAL e MAXILAR.
O seio frontal é superior, o seio maxilar é o maior (lateral à cavidade nasal), o seio etmoidal é mediano (superior à cavidade nasal), e o seio esfenoidal posterior à órbita. 
Os seios são revestidos por uma mucosa que é contínua com a mucosa da cavidade nasal. O muco secretado pelas glândulas da mucosa dos seios segue para a cavidade nasal através do movimento dos cílios das células. A drenagem do muco também é realizada pela ação de sifão criada ao assoar o nariz. As infecções dos seios (sinusites) são causadas por obstruções na drenagem das secreções e contaminação por vírus ou bactérias. 
A FUNÇÃO DOS SEIOS é agir como RESSONADORES para a voz e esta é modificada quando os seios estão preenchidos com líquido. Além disso, por formarem cavidades no interior dos ossos da face (ossos pneumáticos) diminuem o peso do crânio anteriormente, facilitando o EQUILÍBRIO do crânio sobre a coluna vertebral. 
Ao nascimento nenhum dos seios é evidente. Geralmente os seios são detectáveis em radiografias de crianças por volta de 7 anos de idade. 
Faringe
A faringe é um tubo muscular que está localizado atrás da cavidade nasal, da cavidade oral e da cavidade da laringe. Sua extremidade superior está abaixo da base do crânio ( primeira vértebra cervical) e a extremidade inferior continua-se com o esôfago (termina ao nível da vértebra cervical de número 6). Esta localização estratégica da laringe faz com que ela seja utilizada para a passagem do ar e também dos alimentos.
Atrás da laringe está a coluna vertebral e anteriormente estão as aberturas posteriores das cavidades nasais (coanas), abertura da cavidade oral (istmo das fauces) e a entrada da laringe (ádito da laringe). As três estruturas que estão anteriores servem de base para dividirmos a faringe em 3 partes: nasofaringe (atrás da cavidade nasal), orofaringe (atrás da cavidade oral) e laringofaringe (atrás da laringe).
A nasofaringe possui um acúmulo de tecido linfóide (tecido de defesa contra infecções) chamado de tonsila faríngea (adenóide), que está localizada exatamente atrás das coanas (aberturas posteriores das cavidades nasais). Algumas pessoas apresentam um aumento exagerado desta tonsila produzindo uma obstrução da passagem de ar das cavidades nasais para a faringe. Por este motivo o indivíduo (geralmente criança) que possui adenóide (hipertrofia da tonsila faríngea) tem dificuldade para respirar pelo nariz. Também na nasofaringe encontram-se as aberturas das tubas auditivas (óstios faríngeos das tubas auditivas), ou seja, existe uma comunicação entre a faringe e o ouvido médio (cavidade timpânica). A porção inferior da nasofaringe é separada da orofaringe pelo palato mole, e durante a deglutição o palato mole eleva-se e encosta na parede posterior da faringe para impedir que o alimento suba para a cavidade nasal.
A orofaringe permite a passagem de ar e também de alimentos, estende-se do palato mole (superiormente) até a epiglote (inferiormente). Logo atrás do istmo das fauces (abertura posterior da cavidade oral) encontramos as tonsilas palatinas (amígdalas) que são órgãos linfóides que servem como defesa contra infecções. A amigdalite é a infecção das amigdalas.
A laringofaringe é a divisão mais baixa da faringe, começa ao nível da cartilagem epiglote e termina inferiormente na transição para o esôfago. Anteriormente a laringofaringe apresenta uma abertura para a laringe chamada de ádito da laringe. A cartilagem epiglote tem um papel importante no direcionamento do ar para o interior da laringe durante a inspiração (epiglote elevada e laringe aberta) e também direciona o alimento para a laringofaringe e esôfago durante a deglutição (epiglote abaixada e laringe fechada).
Laringe
A laringe comunica a traquéia com a faringe. É uma passagem exclusiva para o ar. Embora seja parte das vias aéreas, a laringe normalmente atua como uma válvula para evitar que o alimento deglutido e corpos estranhos entrem nas vias respiratórias inferiores. Está localizada na porção anterior do pescoço. Em homens adultos, possuicerca de 5 cm de comprimento e está relacionada posteriormente as vértebras de C3 a C6. 
A laringe é mais curta em mulheres e crianças e está situada mais superiormente no pescoço. Esta diferença da laringe entre os sexos desenvolve-se normalmente na puberdade em homens, quando todas as cartilagens aumentam. A laringe é responsável pela FONAÇÃO. A som é produzido através da VIBRAÇÃO DAS PREGAS VOCAIS durante a respiração (EXPIRAÇÃO). A diferença de tamanho da laringe nos sexos, principalmente da cartilagem tireóide, é que causa um tom de voz mais grave nos homens. 
As principais cartilagens que formam a laringe são: tireóide, cricóide e epiglóte.
A cartilagem TIREÓIDE é a maior das cartilagens laríngeas, produz uma elevação anterior do pescoço denominada proeminência laríngea (Pomo de Adão).
A cartilagem CRICÓIDE tem forma semelhante a de um anel, forma o limite da laringe com a traquéia pois é a mais inferior das cartilagens da laringe. 
A cartilagem EPIGLÓTICA é fina, possui forma semelhante a uma folha. Situada posteriormente à raiz da língua e anteriormente ao ádito da laringe, a cartilagem epiglótica forma a parte superior do ádito da laringe. Esta cartilagem participa ativamente do mecanismo de fechamento do ádito da laringe durante a deglutição, desviando o alimento para o esôfago. 
A cavidade da laringe estende-se do ÁDITO da laringe (abertura), através do qual se comunica com a porção laríngea da faringe, até o nível da borda inferior da cartilagem cricóide, onde continua com a traquéia. 
A laringe é dividida em TRÊS COMPARTIMENTOS por pregas superior e inferior chamadas de PREGA VESTIBULAR (superior) e PREGA VOCAL (inferior). Acima das pregas vestibulares, a cavidade é denominada VESTÍBULO DA LARINGE OU CAVIDADE SUPRAGLÓTICO. Entre as pregas vestibulares e as pregas vocais está o VENTRÍCULO DA LARINGE. O compartimento inferior da laringe, denominado CAVIDADE INFRAGLÓTICA, estende-se das pregas vocais até a borda inferior da cartilagem cricóide, onde é contínua com a cavidade da traquéia.
A RIMA DA GLOTE é uma ABERTURA EM FORMA DE FENDA ENTRE AS PREGAS VOCAIS. O termo glote refere-se à rima da glote e à parte estreita da laringe ao nível das pregas vocais. O formato da rima glótica varia de acordo com a posição das pregas vocais. Durante a respiração normal é estreita e durante a respiração forçada é larga.
O ESPAÇO ENTRE AS PREGAS VESTIBULARES é denominado RIMA VESTIBULAR. As pregas vestibulares são parte do mecanismo protetor pelo qual a laringe é fechada durante a deglutição para evitar a entrada de alimento e partículas estranhas. A rima do vestíbulo é responsável pelo aprisionamento do ar dentro do tórax previamente a um espiro ou uma tosse. Após a abertura da rima do vestíbulo o ar sai em alta velocidade limpando a via respiratória.
	Traquéia
A TRAQUÉIA é um tubo de aproximadamente 11 cm de comprimento composto por 16 a 20 anéis de cartilagens traqueais em forma de C. Estende-se da laringe (cartilagem cricóide) até o interior do tórax onde se divide nos brônquios principais direito e esquerdo. O ponto de divisão da traquéia é marcado por uma crista cartilaginosa denominada CARINA. A traquéia está localizada na linha mediana anterior do pescoço e desloca-se com facilidade para os lados quando manipulada. Também apresenta um alongamento para baixo durante a inspiração (com a descida dos pulmões) e um encurtamento na expiração. A TRAQUEOSTOMIA é um procedimento cirúrgico de emergência realizado na traquéia para manter o fluxo aéreo para os pulmões. Durante este procedimento é retirado 1 a 2 anéis de cartilagens para a passagem da cânula.
Pulmões 
Os pulmões são os órgãos essenciais da respiração. Sua função principal é oxigenar o sangue venoso (HEMATOSE). Dentro deles, o ar inspirado é posto em íntima relação com o sangue nos capilares pulmonares. Os pulmões sadios são normalmente claros, amolecidos e esponjosos. Eles são muito elásticos e encolhem cerca de um terço de seu tamanho quando a cavidade torácica é aberta. Os pulmões estão separados entre si pelo coração e grandes vasos. Cada pulmão tem um ápice, uma base e um hilo.
O ÁPICE do pulmão, uma extremidade superior, arredondada e cônica, estende-se na raiz do pescoço através da abertura torácica superior. Devido à obliqüidade da abertura torácica superior (entrada torácica), o ápice do pulmão estende-se até 3 cm acima da extremidade anterior da primeira costela e da clavícula. Estas estruturas ósseas oferecem alguma proteção ao ápice, mas sua parte bem superior é protegida apenas por tecidos moles. 
A BASE do pulmão representa a sua porção mais inferior e esta diretamente relacionada ao diafragma. 
O HILO é o local onde as estruturas (artérias, veias e brônquios) entram e saem dos pulmões. Ele contém os brônquios principais, vasos pulmonares (artérias e veias), vasos brônquicos, vasos linfáticos e nervos que entram e saem do pulmão.
As principais DIFERENÇAS entre o pulmão direito e o esquerdo são:
- O pulmão direito tem três lobos, o esquerdo somente dois
- O pulmão direito é maior que o esquerdo.
Os pulmões são divididos em lobos por FISSURAS. O pulmão direito tem fissuras horizontal e oblíqua , enquanto o pulmão esquerdo tem apenas a fissura oblíqua.
O PULMÃO ESQUERDO é dividido em lobos superior e inferior por uma longa e profunda fissura oblíqua. A parte inferior do lobo superior tem uma pequena lingüeta chamada língula.
O PULMÃO DIREITO é dividido em lobos superior, médio e inferior, pelas fissuras horizontal e oblíqua. A fissura horizontal separa os lobos superior e médio, e a fissura oblíqua separa o lobo inferior dos lobos superior e médio. 
Cada pulmão tem três faces (costal, mediastínica e diafragmática), denominadas de acordo com as suas relações.
A FACE COSTAL do pulmão é grande, lisa e convexa. Ela está em contato com as costelas. A FACE MEDIASTÍNICA do pulmão é côncava porque está relacionada com o mediastino contendo o pericárdio e o coração, esta face contém o hilo do pulmão. A FACE DIAFRAGMÁTICA do pulmão é profundamente côncava, freqüentemente chamada base do pulmão, repousa sobre o diafragma. 
Árvore bronquial
Os BRÔNQUIOS PRINCIPAIS são formados a partir da bifurcação da traquéia e possuem paredes cartilaginosas em forma de C. Cada brônquio principal tem um padrão característico de ramificação denominado árvore brônquial.
O BRÔNQUIO PRINCIPAL DIREITO é mais CALIBROSO, mais CURTO e mais VERTICAL do que o esquerdo. Com cerca de 2,5 cm de comprimento, ele passa diretamente para o hilo do pulmão. O BRÔNQUIO PRINCIPAL ESQUERDO tem cerca de 5 cm de comprimento. Dentro de cada pulmão o brônquio se divide de uma forma constante e em direções também constantes, de modo que cada ramo supre um setor claramente definido do pulmão. Cada BRÔNQUIO PRINCIPAL divide-se em BRÔNQUIOS SECUNDÁRIOS OU LOBARES (dois a esquerda e três a direita), cada um dos quais supre um lobo do pulmão. Cada brônquio lobar divide-se em BRÔNQUIOS TERCIÁRIOS OU SEGMENTARES, que suprem segmentos específicos do pulmão chamados SEGMENTOS BRONCOPULMONARES.
Pleuras
	A PLEURA é uma membrana serosa muito delgada que separa os pulmões da parede do tórax. Uma parte da pleura recobre os pulmões (PLEURA VISCERAL) e outra porção envolve a parede do tórax internamente (PLEURA PARIETAL). As lâminas parietal e visceral da pleura são separadas uma da outra por um espaço em forma de fenda, a CAVIDADE PLEURAL. Esta cavidade contém uma pequena quantidade de liquido (LÍQUIDO PLEURAL) que cobre as superfícies da pleura como uma fina película e permite às duas lâminas moverem-se uma sobre a outra com o mínimo de atrito. Este líquido pleural é fundamental para manter os pulmões insuflados dentro da cavidade torácica, uma vez que existe normalmente uma pressão negativa dentro da cavidade pleural que mantém os pulmões sempre colados na parede do tórax.
	O papel da pleura, cavidade pleural e líquido pleural na mecânica respiratória pode ser explicado através de algunsexemplos práticos:
	Exemplo 1	
Dois vidros planos e secos em contato não possuem movimentos entre si 
Dois vidros planos e umidecidos deslizam
Conclui-se que o líquido pleural lubrifica as lâminas pleurais
Exemplo 2
Dois vidros secos e em contato podem ser afastados um do outro com facilidade
Dois vidros umidecidos e em contato dificilmente são afastados
Conclui-se que o líquido pleural produz uma força que mantém o pulmão sempre em contato com a parede torácica
Exemplo 3
Um pote de pudim colocado de “cabeça” para baixo não é suficiente para fazer desprender o pudim do pote para o prato
Quando realizamos um furo no fundo do pote do pudim, seja com uma faca, garfo ou com o própria alavanca encontrada no fundo do pote, o pudim desprende-se imediatamente pois forma-se uma bolha de ar entre o pudim e o pote
Conclui-se que a cavidade pleural com o líquido pleural são fundamentais na manutenção da forma e da posição dos pulmões dentro do tórax. A abertura do tórax (cirurgicamente, perfurações por arma branca ou por projetil de arma de fogo), com entrada de ar e sangue na cavidade pleural, elimina a força que mantém os pulmões presos na parede do tórax. Como consequência os pulmões se afastarão da parede torácica e ficarão diminuídos de tamanho (colabados).
OBSERVAÇÕES:
	AR na cavidade pleura – PNEUMOTÓRAX
	LÍQUIDO na cavidade pleural – DERRAME PLEURAL
	SANGUE na cavidade pleural – HEMOTÓRAX
SISTEMA DIGESTÓRIO
	O sistema digestório tem como objetivo transportar e colocar o alimento em contato com as enzimas digestivas. Após a ação destas enzimas os nutrientes atravessam as células epiteliais da parede intestinal e são absorvidos para o sangue. O tubo digestório possui aproximadamente 10 metros de comprimento, estende-se da boca até o ânus e é formado pelas seguintes PORÇÕES:
boca 
esôfago 
estômago 
duodeno
jejuno 
íleo 
ceco 
colo ascendente 
colo transverso 
colo descendente 
colo sigmóide 
reto 
canal anal
	O tubo digestório possui ainda as glândulas anexas que auxiliam no processo de digestão através da elaboração das enzimas digestivas. Estas enzimas quebram os nutrientes em pequenas moléculas que serão absorvidas posteriormente. Os três tipos de GLÂNDULAS são: 
glândulas salivares 
fígado 
pâncreas 
Em sua porção inicial encontra-se a boca, onde se realiza a quebra mecânica dos alimentos (mastigação) e a mistura com a saliva, posteriormente o alimento é transportado para o estômago através dos órgãos da deglutição, faringe e esôfago. No estômago os alimentos são armazenados por algumas horas e são digeridas pelas enzimas salivares e também pela secreção gástrica, esta é a primeira fase da digestão. O alimento é transportado do estômago para o duodeno após apresentar uma consistência pastosa (quimo gástrico). O duodeno é a primeira porção do intestino delgado, que é formado pelo duodeno, jejuno e íleo. No intestino delgado completa-se o processo de digestão e os nutrientes são absorvidos para os vasos sanguíneos. Este processo é mais intenso no jejuno. Por fim, o intestino delgado desemboca no intestino grosso, constituído pelo ceco, colo ascendente, colo transverso, colo descendente, sigmoide, reto e canal anal. A principal função do intestino grosso é absorver a água dos resíduos e formar as fezes com a parte não aproveitável dos alimentos.
		BOCA
	A boca representa a primeira cavidade do tubo digestório que recebe os alimentos. Tem como função TRITURAR e MISTURAR os alimentos que irão para o estômago e para isto conta com a ajuda dos dentes e da saliva que é liberada pelas glândulas salivares.
	Anatomicamente possui os seguintes limites:
superior: palato duro e palato mole
inferiormente: assoalho da cavidade oral (músculo milo-hióide)
lateralmente: bochecha (músculo bucinador)
anteriormente: fenda entre os lábios (fenda labial)
posteriormente: istmo das fauces (comunica a cavidade oral com a faringe)
	
	Internamente a cavidade oral é dividida em duas partes chamadas de vestíbulo e cavidade própria da boca.
	O VESTÍBULO é superficial, tem a forma de uma fenda que separa os dentes (arcadas dentárias) da bochecha.
	A CAVIDADE PRÓPRIA DA BOCA é maior e possui no seu interior a língua. Esta divisão da boca é delimitada externamente pelas arcadas dentárias.
		LÍNGUA
	A língua é um órgão muscular que auxilia na mastigação, na deglutição, na articulação das palavras e no paladar. A MASTIGAÇÃO depende da ação dos dentes e da língua, os dentes quebram os alimentos sólidos e a língua tritura os alimentos gelatinosos e pastosos. Além disto, a língua movimenta os alimentos para próximo dos dentes para iniciar a mastigação. A fase da DEGLUTIÇÃO depende da língua para lançar os alimentos da cavidade oral para a faringe. Isto é feito com um movimento da língua para trás. O movimento da língua também é importante na ARTICULAÇÃO das palavras pois a língua modifica o fluxo do ar expirado e do som que foi previamente formado pelas pregas vocais (na laringe). Por fim, o PALADAR depende do contato dos alimentos com as papilas gustatórias que estão no dorso da língua (parte superior).
		GLÂNDULAS SALIVARES
	As glândulas salivares são responsáveis pela formação da saliva. A saliva LUBRIFICA A BOCA, COMBATE INFECÇÕES BACTERIANAS (CÁRIES) da cavidade oral e tem FUNÇÃO DIGESTÓRIA pois é composta pela enzima ptialina (amilase salivar) que digeri o amido encontrado no pão. Existem três glândulas principais:
	A maior destas chama-se PARÓTIDA, localiza-se lateralmente à mandíbula e anteriormente à orelha. A infecção da parótida por vírus produz a chamada “cachumba”. A drenagem da saliva da glândula parótida é feita pelo ducto parótico que localiza-se lateralmente na bochecha. Este ducto abre-se no vestíbulo da boca, próximo ao segundo dente molar superior. É neste ponto que observaremos a eliminação da saliva produzida na parótida. 
	A glândula SUBMANDIBULAR está abaixo da mandíbula e seu ducto liberar saliva na cavidade oral própria da boca (abaixo da língua) na papila sublingual.
	A glândula SUBLINGUAL está abaixo da língua, produz uma crista elevada abaixo da língua chamada prega sublingual, por onde é liberada a sua secreção.
		DENTES
	Os dentes são estruturas com a função de triturar, perfurar e cortar os alimentos. Prendem-se aos maxilares e a mandíbula através dos alvéolos dentários. Os dentes começam a surgir próximo aos 6 meses como dentes decíduos que são em número de 20 e estes são completamente substituídos pelos dentes permanente próximo dos 12 anos de idade. São 32 os dentes permanentes, a cada lado de uma arcada existem 2 dentes incisivos, 1 canino, 2 pré-molares, e 3 molares.
		ESÔFAGO
	O esôfago é um órgão muscular que tem a função de TRANSPORTAR O ALIMENTO da faringe até o estômago através de movimentos musculares (peristaltismo) e da ajuda da gravidade. Ele possui aproximadamente 30 cm de comprimento, desce pela região cervical, atravessa o tórax e finalmente alcança o abdome. Desta forma possui as PORÇÃO CERVICAL, TORÁCICA e ABDOMINAL. A porção abdominal (4 cm) é a menor das três.
	A passagem do esôfago do tórax para o abdome é feita pelo hiato esofagiano do diafragma. O esôfago desliza-se para cima em direção ao tórax formando a HÉRNIA DE HIATO quando esta passagem está alargada e enfraquecida. O refluxo do alimento do estômago para o esôfago causa uma inflamação no esôfago chamada de esofagite. O principal sintoma é uma azia (queimação) posterior ao esterno. A causa do refluxo geralmente é uma hérnia do estômago para o tórax através do diafragma. 
		ESTÔMAGO
	O estômago é uma continuação do esôfago dentro da cavidade abdominal. Tem a forma sacular e armazena os alimentos por algumas horas. A função do estômago é DIGERIR O ALIMENTO e liberá-lo para duodeno na forma de uma mistura pastosa denominada quimo. A digestão no estômago é feita pela ação do ácido clorídrico

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