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Pré História

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Iniciação a história da Arte Universal
Ms. Maria Goreti Betencourt
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Os historiadores de arte, críticos e estudiosos classificam os períodos, estilos ou movimentos artísticos separadamente, para facilitar o entendimento das produções artísticas.
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Não há coincidência com a linha do tempo histórica, pois a partir de 1848 consideramos o início da Arte Moderna e o movimento Pop Art o início da Arte Pós-Moderna. Porém, optamos por apresentar a arte por meio da linha do tempo histórica, por considerarmos ser mais didática.
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Arte na Pré-história e as diferenças com a Arte na atualidade
A arte neste perído pode ser inferida a partir dos povos que vivem atualmente ou viveram até recentemente na pré-historia (por exemplo, os aborigenes, os indios). Na pré-história, a arte não era algo que pudesse ser separado das outras esferas da vida, da religião, economia, política, e essas esferas também não eram separadas entre si, formavam um todo em que tudo tinha que ser arte, ter uma estética, porque nada era puramente utilitário, como são hoje um abridor de latas ou uma urna eleitoral. Tudo era ao mesmo tempo mítico, político, econômico e estético.
A arte como uma palavra que designa uma esfera separada de todo o resto só surgiu quando surgiram as castas, classes e Estados, isto é, quando todas aquelas esferas da vida se tornaram especializações de determinadas pessoas: o governante com a política, os camponeses com a economia, os sacerdotes com a religião e os artesãos com a arte. Só aí é que surge a arte "pura", separada do resto da vida, e palavra que a designa.
Mas antes do renacimento, os artesãos eram muito ligados à economia, muitos eram mercadores e é daí que vem a palavra "artesanato". Então a arte ainda era raramente separada da economia (embora na grecia antiga, a arte tenha chegado a ter uma relativa autonomia), por isso, a palavra "arte" era sinônimo de "técnica", ou seja,"produzir alguma coisa" num contexto urbano. No renascimento, alguns artesãos foram sustentados por nobres (os Médicis, por exemplo) apenas para produzir arte, uma arte "pura". Aí é que surgiu a arte como a arte que conhecemos hoje.
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ARTE PRÉ-HISTÓRICA 
Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-História. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos homens que viveram nesse tempo é o resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e dos estudos da moderna ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem. 
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A chamada arte pré-histórica é o que podemos assemelhar com produção dita artística do homem ocidental dos dias de hoje feito pelos humanos pré-históricos, como gravuras rupestres, estatuetas, pinturas, desenhos.
A arte pré-histórica não está necessariamente ligada à ideia de "arte" que surgiu a partir do renascimento, pois estabelecer um paralelo entre a civilização ocidental e os humanos pré-histórico é uma tarefa muito extenuante, senão mesmo impossível.
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PALEOLÍTICO INFERIOR 
aproximadamente 5.000.000 a 25.000 a.C.; 
primeiros hominídios; 
caça e coleta; 
controle do fogo; e 
instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos: facas, machados. 
PALEOLÍTICO SUPERIOR 
instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra: machado, arco e flecha, lançador de dardos, anzol e linha; e 
desenvolvimento da pintura e da escultura. 
				
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Divisão da Pré-História
  	
Paleolítico  -  a principal característica dos desenhos da Idade da Pedra Lascada é o naturalismo. O artista  pintava os seres, um animal, por exemplo, do modo como o via de uma determinada perspectiva, reproduzindo a natureza tal qual sua vista captava. Atualmente, a explicação mais aceita é que essa arte era realizada por caçadores, e que fazia parte do processo de magia por meio do qual procurava-se interferir na captura de animais, ou seja, o pintor-caçador do Paleolítico supunha ter poder sobre o animal desde que possuísse a sua imagem. Acreditava que poderia matar o animal verdadeiro desde que o representasse ferido mortalmente num desenho. Utilizavam as pinturas rupestres, isto é, feitas em rochedos e paredes de cavernas. 
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Na vida do Homem pré-histórico tinham lugar a Arte e o espírito de conservação daquilo de que necessitava. Estudos arqueológicos demonstram que o Homem da Pré-História (a fase da História que precede a escrita) já conservava, além de cerâmicas, armas e utensílios trabalhados na pedra, nos ossos dos animais que abatiam e no metal. Arqueólogos e antropólogos datando e estudando peças extraídas em escavações conferem a estes vestígios seu real valor como "documentos históricos", verdadeiros testemunhos da vida do Homem em tempos remotos e de culturas extintas.
Prospecções arqueológicas realizadas na Europa, Ásia e África, entre outras, revelam em que meio surgiram entre os primitivos homens caçadores os primeiros artistas, que pintavam, esculpiam e gravavam, demonstrando que o desejo de expressão através das artes é inerente ao ser humano. A cor na pintura já era conhecida pelo Homem de Neanderthal. As “Vênus esteatopigias", esculturas em pedra ou marfim de figuras femininas estilizadas, com formas muito acentuadas, são manifestações artísticas das mais primitivas do "Homo Sapiens" (Paleolítico Superior, início 40000a.C) e que demonstram sua capacidade de simbolizar. A estas esculturas é atribuído um sentido mágico, propiciatório da fertilidade feminina e ao primeiro registro de um sentimento religioso ou de divindade, o qual convencionou-se denominar de Deusa-mãe, Mãe Cósmica ou Mãe-terra.
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Prospecções arqueológicas realizadas na Europa, Ásia e África, entre outras, revelam em que meio surgiram entre os primitivos homens caçadores os primeiros artistas, que pintavam, esculpiam e gravavam, demonstrando que o desejo de expressão através das artes é inerente ao ser humano. A cor na pintura já era conhecida pelo Homem de Neanderthal. As “Vênus esteatopigias", esculturas em pedra ou marfim de figuras femininas estilizadas, com formas muito acentuadas, são manifestações artísticas das mais primitivas do "Homo Sapiens" (Paleolítico Superior, início 40000a.C) e que demonstram sua capacidade de simbolizar. A estas esculturas é atribuído um sentido mágico, propiciatório da fertilidade feminina e ao primeiro registro de um sentimento religioso ou de divindade, o qual convencionou-se denominar de Deusa-mãe, Mãe Cósmica ou Mãe-terra.
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Segundo Leroi-Gourhan estaríamos ante dois símbolos complementares femininos, o bisão e as mulheres, o homem.[2] Outras interpretações mais tradicionais, por outro lado, relacionam à «Mulher com Corno» de Laussel com uma deusa da fertilidade, na qual o corno representaria a cornucópia da abundância, as covinhas da menstruação simbolizariam o ciclo da natureza, e a mulher oferece o seu ventre, os seus seios e a sua vulva como geradores de vida 
A Vênus de Laussel ou "mulher com corno" é uma estatueta de Vénus, pertencente à arte paleolítica. Foi descoberta em 1909 pelo doutor Lalanne, no denominado "Grand Abri", localizado na estação arqueológica de Laussel na localidade de Marquay, na Dordonha francesa.
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A Vénus de Willendorf, hoje também conhecida como Mulher de Willendorf, é uma estatueta com 11,1 cm (4 3/8 polegadas) de altura representando estilisticamente uma mulher, descoberta no sítio arqueológico do paleolítico situado perto de Willendorf, na Áustria.
Foi desenterrada a 8 de Agosto de 1908, pelo arqueólogo Josef Szombathy. Está esculpida em calcário oolítico, material que não existe na região, e colorido com ocre vermelho.
Em 1990, após uma revisão da análise estratigráfica deste sítio arqueológico, estimou-se que tivesse sido esculpida há 22000 ou 24000 anos. Pouco se sabe sobre a origem, método de criação e significado cultural.
O
homem deste período era nômade. Os artistas do Paleolítico Superior realizaram também trabalhos em escultura. Mas, tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de figuras masculinas. Predominam figuras femininas, com a cabeça surgindo como prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas. Destaca-se: Vênus de Willendorf.   
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Vénus de Vĕstonice de formas estilizadas, República Checa 
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Arte rupestre, pintura rupestre ou ainda gravura rupestre, é o nome que se dá às mais antigas representações pictóricas conhecidas, as mais antigas datadas do período Paleolitico Superior (40.000 a.C.) gravadas em abrigos ou cavernas, em suas paredes e tetos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, mas em lugares protegidos, normalmente datando de épocas pré históricas. 
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Não é menos notável o desenvolvimento da pintura na mesma época. Encontradas nos tetos e paredes das escuras grutas, descobertas por acaso, situadas em fundos de cavernas. São pinturas vibrantes realizadas em policromia que causam grande impressão, com a firme determinação de imitar a natureza com o máximo de realismo, a partir de observações feitas durante a caçada. Na Caverna de Altamira (a chamada Capela Sistina da Pré-História), na Espanha a pintura rupestre do bisonte impressiona pelo tamanho e pelo volume conseguido com a técnica claro-escuro. Em outros locais e em outras grutas, pinturas que impressionam pelo realismo. Em algumas, pontos vitais do animal marcados por flechas. Para alguns, "a magia propiciatória" destinada a garantir o êxito do caçador. Para outros estudiosos, era a vontade de produzir arte.
Qualquer que seja a justificativa, a arte preservada por milênios permitiu que as grutas pré-históricas se transformassem nos primeiros museus da humanidade.
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As Cavernas
Antes de pintar as paredes da caverna, o homem fazia ornamentos corporais, como colares, e, depois magníficas estatuetas, como as famosas “Vênus”. 
Existem várias cavernas pelo mundo, que demonstram a pintura rupestre, algumas delas são: 
Caverna de ALTAMIRA, Espanha, quase uma centena de desenhos feitos a 14.000 anos, foram os primeiros desenhos descobertos, em 1868. Sua autenticidade, porém, só foi reconhecida em 1902. 
Caverna de LASCAUX, França, suas pinturas foram achadas em 1942, têm 17.000 anos. A cor preta, por exemplo, contém carvão moído e dióxido de manganês. 
Caverna de CHAUVET, França, há ursos, panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas de rinocerontes peludos e animais diversos, descoberta em 1994. 
Gruta de RODÉSIA, África, com mais de 40.000 anos. 
Parque Nacional Serra da Capivara - Sudeste do Estado do Piauí, ocupando áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. Nessa região encontra-se uma densa concentração de sítios arqueológicos, a maioria com pinturas e gravuras rupestres. 
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Teto da caverna de Altamira
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Caverna de Altamira (Cantábria, Espanha) por Henri Breuil 
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Contorno de mão na caverna de Pech Merle, França. 
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Pintura em Lascaux 
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Cavalos, da Caverna de Chauvet 
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NEOLÍTICO 
aproximadamente 10.000 a 5.000 a.C. 
instrumentos de pedra polida, enxada e tear; 
início do cultivo dos campos; 
artesanato: cerâmica e tecidos; 
construção de pedra; e 
primeiros arquitetos do mundo.
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aumento rápido da população e o desenvolvimento das primeiras instituições, como família e a divisão do trabalho. Assim, o homem do Neolítico desenvolveu a técnica de tecer panos, de fabricar cerâmicas e construiu as primeiras moradias, constituindo-se os primeiros arquitetos do mundo. Conseguiu ainda, produzir o fogo através do atrito e deu início ao trabalho com metais. 
Todas essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na arte. O homem, que se tornara um camponês, não precisava mais ter os sentidos apurados do caçador do Paleolítico, e o seu poder de observação foi substituído pela abstração e racionalização. Como conseqüência surge um estilo simplificador e geometrizante, sinais e figuras mais que sugerem do que reproduzem os seres. Os próprios temas da arte mudaram: começaram as representações da vida coletiva. 
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Fatores que contribuíram para a formação da arquitetura megalítica: - necessidade de se estabelecer uma calendário (marcação do tempo) - demarcação de posses de lugares - homenagem aos astros e aos fenômenos naturais - preocupação com a preservação da memóia de antepassados através de túmulos - necessidade de novos abrigos Apesar de rudimentares, os monumentos megalíticos são considerados a primeira forma de arquitetura monumental realizada pelo homem. A cultura megalitica, que se desenvolve entre 5000 e 3000., é a primeira expressão da vontade e da necessidade das sociedades conceberem e organizarem os espaços e os lugares, não só em termos físicos, como também em termos simbólicos. Como principais tipos de monumentos megalíticos temos: 
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Além de desenhos e pinturas, o artista do Neolítico produziu uma cerâmica que revela sua preocupação com a beleza e não apenas com a utilidade do objeto, também esculturas de metal. 
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Menir: que consiste num megálito, coluna rudimentar, erguida em direcção ao céu, sendo muitas vezes trabalhado de modo a apresentar uma configuração cilindrica ou cônica, associada à forma fálica. Na sua origem, admite-se estar uma manifestação ritual à vitalidade e à fertilidade da terra ou, pela sua forma fálica, uma evocação à fecundidade. Usava-se para ver o tempo (através da sombra projetada) e para demarcação de terrenos. 
Alinhamento: designação dada a um agrupamento de menires organizado em linha recta. 
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Menir dos Almendres, Évora, Portugal. 
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Desse período temos as construções denominadas dolmens. Consistem em duas ou mais pedras grandes fincadas verticalmente no chão, como se fossem paredes, e uma grande pedra era colocada horizontalmente sobre elas, parecendo um teto. E o menir que era monumento megalítico que consiste num único bloco de pedra fincado no solo em sentido vertical.
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Cromeleque dos Almendres. 
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Anta ou Dólmen: construções megalíticas formadas por pedras colocadas na vertical sobre as quais assenta uma laje formando uma câmara circular que serviriam como locais de enterramento ou de culto ligado à morte.Era uma homenagem aos mortos. 
Taula: Uma pedra horizontal apoiada em uma vertical, em forma de "T", e uma diagonal apoiada nestas. 
Naveta: contrução de pedra com forma retangular e paredes diagonais 
Nurague: construção em forma de cone, porém com paredes diagonais 
Castro: conjunto de nuragues 
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Anta da Cerqueira. 
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Cromlech: designação dada a um agrupamento de menires e dólmens organizado em círculo. Os cromeleques acentuam a ideia de recinto sagrado ou lugar de culto. Alguns podem estar relacionados com a astronomia e o estudo de fenomenos celestes. Stonehenge é o maior, o mais complexo e o mais característico monumento megalítico edificado pelo homem. 
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O Santuário de Stonehenge, no sul da Inglaterra, pode ser considerado uma das primeiras obras da arquitetura que a História registra. Ele apresenta um enorme círculo de pedras erguidas a intervalos regulares, que sustentam traves horizontais rodeando outros dois círculos interiores. No centro do último está um bloco semelhante a um altar. O conjunto está orientado para o ponto do horizonte onde nasce o Sol no dia do solstício de verão, indício de que se destinava às práticas rituais de um culto solar. Lembrando que as pedras eram colocadas umas sobre as outras sem a união de nenhuma argamassa
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Stonehenge (do ingles arcaico "stan" = pedra, e "hencg" = eixo) é um monumento megalítico da Idade do Bronze, localiza-se na planície de Salisbury, próximo a Amesbury, no condado de Wiltshire, no Sul da Inglaterra.
Constituí-se no mais visitado e bem conhecido dos círculo de pedras britânicos, e acredita-se que foi projectado para permitir a observação de fenómenos astronomicos, nomeadamente os soltiscios do verão e do inverno, eclipses, e outros.
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STONEHENGE  Como foi construído:Os maciços arcos de pedra da Planície de Salisbury aguardam o nascer do sol como vêm fazendo, dia após dia, há 4 mil anos. Erguem-se em silêncio vigilante, a cor escura em contraste com o céu cinzento. Stonehenge pode ser a maior maravilha do mundo pré-histórico. Com certeza, é um de seus maiores mistérios. O círculo foi deliberadamente alinhado com o nascer do sol do solstício de verão, o amanhecer do dia mais longo do ano. Como poderiam os homens primitivos ter colocado aqueles gigantescos blocos de pedra, pesando até 50 toneladas cada um, em suas atuais posições? E por que fizeram isso? Na Idade Média, o monumento de Stonehenge era explicado pelo poder da magia: Merlin, mago da corte do Rei Arthur, invocara as forças das enormes pedras da Irlanda. No século 19, as pessoas estavam presas à idéia dos druidas, sem atentar para o fato de que aqueles antigos sacerdotes celtas faziam os cultos em bosques de carvalhos sagrados, e não em templos de pedra. Sacerdotes barbados em vestimentas brancas celebrando o solstício de verão em Stonehenge constituem sua imagem mais duradoura. O astrônomo Sir Fred Hoyle declarou que
 Stonehenge é um computador pré-histórico, programado para prever os eclipses do sol e da lua. Ninguém sabe exatamente o que é Stonehenge. No entanto, hoje temos conhecimento de quando foi construído - e como. Recente estudo feito pela Associação Arqueológica de Wessex resolve as discussões sobre a idade de Stonehenge. Tudo começou logo após o ano 3000 a.C, numa área circular delimitada por pequena encosta com grande fosso externo. "No ano 2600 a.C, enormes pedras retangulares foram trazidas das Montanhas Preseli, situadas a cerca de 217 quilômetros dali", diz Andrew Lawson, diretor da Associação. O anel externo e a arcada interna foram feitos de blocos de arenito provenientes das Planícies MarIborough, situadas 40 quilômetros ao norte. Os maiores dolmens da arcada interna, chamados de trilithons, são constituídos por dois pilares denominados megálitos e uma pedra colocada sobre o topo. Os megálitos têm aproximadamente sete metros de altura e pesam até 50 toneladas. Acredita-se que foram construídos por volta do ano 2400 a.C. Quando prepararam as pedras, os criadores de Stonehenge fizeram pequena elevação no meio das colunas, técnica que na Grécia, 1.500 anos mais tarde, seria chamada de êntase. Contrariando o efeito de distorção da paisagem, a êntase faz a aresta de uma coluna parecer perfeitamente reta. Entretanto, a descoberta mais intrigante da Associação é que o tempo de construção de Stonehenge talvez tenha sido bem menor do que se imaginava: "O monumento poderia ser construído em uma geração, com potencial humano e gerenciamento ágil." Isso é incrível. O transporte e a edificação de 40 blocos de rocha, com outro bloco de 10 toneladas colocado sobre eles, é obra que mesmo hoje seria de tirar o ânimo de qualquer um. Que força bruta foi necessária para colocar aquelas pedras na posição, sem guindastes ou roldanas? Há três verões, num campo não muito distante de Stonehenge, certo grupo de entusiastas liderado pelo engenheiro Mark Whitby e pelo arqueólogo Julian Richards mostrou como os arcos podem ter sido construídos. Whitby coordenou uma operação onde réplicas das pedras - duas colunas de 45 toneladas e uma viga transversal de 10 toneladas, feitas de concreto - foram puxadas sobre trilhos de madeira besuntados com sebo. Uma versão do sistema em que os grandes navios, com as quilhas lubrificadas, são lançados ao mar sobre trilhos. Os grandes blocos de pedra foram puxados colina acima por 130 soldados, bombeiros e estudantes usando quase 150 metros de corda. A força bruta, no entanto, não foi suficiente para erguer as pedras. Para alcançar seu objetivo, Whitby teve de pensar como os construtores originais. "Esses rapazes da Idade da Pedra eram engenhosos", admite Whitby. Uma dica importante foi o formato do buraco onde fica a coluna maior. Ele era vertical, com um dos lados fortemente inclinado. Whitby construiu uma rampa perto do buraco e mandou que puxassem a enorme pedra sobre ela, até que a terça parte da pedra se projetasse sobre o buraco. Pesados fragmentos de rocha foram colocados sobre o bloco de pedra e empurrados para sua extremidade. Momentos depois, o peso desses fragmentos fez o imenso bloco se inclinar e cair dentro do buraco abaixo dele. Uma vez erguido o segundo bloco, a viga transversal foi arrastada sobre a rampa mais íngreme. Os três blocos se adaptaram de maneira impecável e formaram a perfeita arcada do século 20. Whitby acredita ter solucionado o problema. "Com 140 pessoas, eu poderia construir Stonehenge em menos de 20 anos.”
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IDADE DOS METAIS 
aproximadamente 5.000 a 3.500 a.C. 
aparecimento de metalurgia; 
aparecimento das cidades; 
invenção da roda; 
invenção da escrita; e 
arado de bois. 
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Técnica do carbono-14 
LAHR, Marta Mirazón. Folha de S.Paulo. 15 Junho 1997. 
O carbono é um dos elementos mais importantes na composição dos organismos. Os seres vivos absorvem constantemente uma forma estável desse carbono, o carbono-14, que tem uma "meia-vida" de cerca de 5.730 anos (meia-vida é o tempo necessário para reduzir pela metade, através de desintegração, a massa de uma amostra desse elemento radioativo. 
Depois que morre, o organismo deixa de receber carbono-14. Esse, agora um fóssil, vai perdendo seu carbono-14 pela desintegração (ou "decaimento"). 
Para medir o que restou de C-14 é preciso queimar um pedaço do fóssil, transformando-o em gás, que é analisado por detectores de radiação. O C-14, ao se desintegrar emite elétrons que podem ser captados pelos detectores. 
O índice de C-14 é comparado com o carbono não radioativo, o C-12, para se checar quanto do carbono radioativo decaiu, e com isso determinar a data na qual o organismo morreu. 
Uma variante mais moderna da técnica é a AMS (sigla em inglês para espectrometria de massa por acelerador), que também mede a proporção na amostra do carbono-14. Sua vantagem é poder fazer a medição, diretamente, sem que seja necessário queimar parte razoável da amostra para fazer o teste. A datação por esse método é especialmente valiosa para materiais orgânicos.

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