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Formação da Teoria Constitucional_Saldanha

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�Ciência Política com Teoria Geral do Estado (FD/UFMT)
Professor Luiz Alberto Esteves Scaloppe
 “A FORMAÇÃO DA TEORIA CONSTITUCIONAL”
Aluno: Moacir José Outeiro Pinto	
Período: Direito – Turma 2012 - Noturno
�
Parte a – RESUMO DO TEXTO OU TEMA:�
	Quando nos referimos à “CONSTITUIÇÃO”, remetemos ao entendimento de uma “ESTRUTURA POLÍTICA” legal de uma sociedade, o que classicamente em seus remotos conceitos nascedouros foi atribuída como “politéia” em seu contexto grego e ou “respublica” em alusão ao Latim. Enquanto a primeira , ora atribuída ao entendimento de Aristóteles , nos remete ao significado de “ORGANIZAÇÃO DA PÓLIS”, ou em seu melhor entendimento como “ORDEM POLÍTICA” que pode ser latente nas formas de governos denominadas como monarquia, aristocracia ou democracia, se qualifica como uma ordenação que limita o poder e previne o arbítrio, i. e., um sistema de controle para a sociedade. A segunda , “respublica”, não se pode dizer como uma tradução de “politéia” para o latim, entretanto um termo substituto que emprestaram à obra de Platão ( República ), seu mais famoso diálogo, não mencionando-se a nenhum corpo político concreto e se afirmando em um plano ou nível de realidade sócio-política, correspondente ao que é do “povo” ou “de todos” e que como tal se corporifica. Em uma terceira interpretação histórica, surgiu o “constitutio” romano, também atribuído como uma significação plena de Constituição, o que teve o seu termo direcionado ao entendimento de providências legislativas, caracterizada sobretudo pelo alcance administrativo. “Politéia”, “respublica” e “constitutio”, todas , enquanto definições e nomenclaturas, se convergem à mesma hermenêutica do poder em relação a ordem social, o que em um processo de amadurecimento , na Idade Média, busca-se então a valorização e organização desde entendimento de “poder” em seu sentido magno e inalienável através das “Cartas” , trazendo como exemplo as Cartas inglesas , tal como a “Magna Carta” de 1215.
	As famosas “Cartas” serviram para amenizar os problemas infrapolíticos das relações entre inovação e costume, não assegurando tão somente reformas político-sociais, mas declarando direitos com base em vigências velhas . Essas mesmas “Cartas” não apareciam para modificar estruturas, mas para estabilizar relações em ameaças ao rompimento de velhas franquias anteriormente instaladas, e assim a monarquia inglesa se garantiu em sua constituição e forma de governo mesmo com o avanço da sociedade na modernidade do pensamento político e sua estrutura social que se avançava em passos largos. 
	Nos passos largos da modernidade, estampa-se a revolução republicana inglesa de Cromwell, cujo colocou em uso certas medidas gerais com o Instrumento of Government de 1654, considerada como primeira constituição válida do Estado Moderno, com a presença da burguesia como fonte de tendências e padrões sociais, e com a idéia do direito escrito preponderando aos poucos por toda parte.
	A objetividade do direito escrito, já era latente em seu significante na clássica idéia de Aristóteles de que as leis é que perfazem a comunidade , o que mais tarde se caracterizou e se positivou na afirmação de que o governo da comunidade não é mais que a execução da lei citada por Althusius em “Política Metodice Digesta”, deixando a sintomática aristotélica , e avançando para um sentido real e aplicável.
	A idéia de uma lei fundamental , oriunda da Idade Média, é consolidada na transmutação dos “reinos” em Estados, o que em geral possuíam sua forma de governo alicerçada na monarquia absoluta, fundindo-se a “lei do rei” com a “lei do reino” e retardando o conceito de constituição em sua forma moderna, no entanto o termo constituição continua com seu sentido de “estrutura política”, avançando para a intercambiação ( Maquiavel, sec. XVI ) da idéia lata de governo com constituição, destacando então a oposição hermenêutica de República e Monarquia.
	A persistência à noção de constituição como estrutura ou regime político, desperta correntes interpretativas muito evidentes em Rousseau nas “Cartas da Montanha”, em Montesquieu, com uma vertente moderna mesclada com uma forte tendência a acepção romana do termo, e por fim na França revolucionária nos textos da “Declaration des Droits” de setembro de 1791, já sendo caracterizada mais como Carta Política do que uma norma positiva, o que provoca epistemologicamente a entrada do período contemporâneo, e com isso a acepção pura do escrito-legalista da Europa , e a partir de então toma sua forma como “Direitos e Disposições fundamentais” que ordenam à sociedade em sua relação com as diversas formas de governos diversificadas no mundo, prevalecendo a liberdade e igualdade dos Homens em seu contexto social e político.
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Parte B – OPINIÃO DO ALUNO:
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	Constituição, Carta Magna e ou Carta Política , esta última possui , acredito, a melhor acepção do termo a que se atribui a consolidação positiva de Direitos, Deveres e Disposições FUNDAMENTAIS do cidadão para sua convivência harmônica social , em relação ao meio pátrio e principalmente em relação ao Estado em uma atribuição bivalente de poderes, o que notoriamente estabelece a dicotomia de governados e governantes, sendo este último uma escolha e ao mesmo tempo um desejo tipificado no sufrágio universal que faz exaltar a Democracia.
	Enquanto uma consolidação de leis fundamentais que estabelecem os princípios diretivos da vida social pátria, sua magnitude norteia toda a práxis necessária ao bem estar do meio à que o Homem convive e se insere, retornando à si mesmo as beneficies que se geram , e com isso estabelece um veio harmônico e ao mesmo tempo ordenativo que se coloca legalmente a frente das decisões normativas que se concretizam nas diversas remissões legais do Direito no País, faz provocar a subordinação bidirecional do “Povo” para com o próprio “Povo” em uma vertente legal , solidária, igualitária, intransferível e ao mesmo tempo compartilhada pelo pátrio poder que se constitui.
	Não se concebe qualquer ordenamento pátrio democrático em não possuir como instituição maior a consolidação das leis fundamentais que regem e caracterizam o desejo da nação, pois se assim não se caracterizar não estaremos 
denotando uma Democracia e sim outra forma de governo mais latente no desejo de poucos à submissão de todos, descaracterizando totalmente seu contexto maior que é a fundamentação ordinária de toda norma estabelecida pelos poderes do Estado.
	Percebe-se nitidamente que ao longo da histórica político-social da humanidade a evolução do próprio conceito em si de CONSTITUIÇÃO sofreu rachaduras contextuais que foram preenchidas com novas e adversas conceituações, o que muito embora houveram múltiplas facetas hermenêuticas, quase que provocando uma perfeita balburdia no conceito de regência da Forma de Governo que se estabelece, também serviu como evolução nas diversas formas de pensamento do Direito em sua mais sublime conotação política, se harmonizando com conceitos filosóficos clássicos, medievais, modernos e contemporâneos.
	Enfim, a teoria constitucional, embalada pela própria história política do mundo, se cristaliza no pensamento humano racional em forma de direito e fundamentos básicos das boas práticas e relações humanas objetadas na construção do Estado e este com sua vertente catalizadora dos anseios do povo, nos apresentando de forma solene a fundamentação que direciona à estabilidade econômica, social , política, e temporalmente, também ambiental, resgatando a práxis humana, ora tão vilipendiada ao longo da história.
	Tenho dito! 
		
Cuiabá, 02/05/2012
MOACIR JOSÉ OUTEIRO PINTO
RGA 201211211022

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