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PENAL II
AULA 01 - 07/02/2013
Professor Bruno Gilabert
TEORIA DA PENA
CONCURSO DE CRIMES
CONCURSO MATERIAL
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.
Concurso homogêneo – Vários crimes de mesma espécie (vários crimes de roubo, ou vários crimes de furto...).
Concurso heterogêneo – Vários crimes de espécies diferentes (estupro, roubo, homicídio).
 CONCURSO FORMAL
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade.
CONCURSO FORMAL PERFEITO ou PRÓPRIO 
�
1. Vontade designada a uma finalidade (Desígnio único);
2. O sujeito deseja 01 (um) resultado;
3. Só resultado culposo ou um resultado culposo e um doloso;
4. Sistema de aplicação da pena: exasperação.
�
CONCURSO FORMAL IMPERFEITO ou IMPRÓPRIO 
�
1. Pluralidade de desígnio;
2. O sujeito deseja vários resultados;
3. Mais de um resultado doloso;
4. Sistema de aplicação da pena: cúmulo material.
�
SISTEMA DE APLICAÇÃO DA PENA
1. CÚMULO MATERIAL 
	
CÚMULO MATERIAL
	CONCURSO FORMAL IMPERFEITO
	
	CONCURSO MATERIAL
Determina simplesmente a soma das penas, as sanções serão somadas.
2. EXASPERAÇÃO
	
EXASPERAÇÃO
	CONCURSO FORMAL PERFEITO (1/6 até ½)
	
	CRIME CONTINUADO (1/6 até 2/3) 
Evita-se a desproporção da aplicação da lei penal.
- Crime mais grave mais fração de aumento.
ACRÉSCIMO – (1/6 até ½) O aumento da pena é calculado de acordo com o resultado.
	1º crime
	2º crime
	3º crime
	4º crime
	5º crime
	1/6
	1/5
	¼
	1/3
	½
Obs.: O sistema da exasperação serve para beneficiar o réu, se não beneficiar não pode ser aplicado, portanto quando a EXASPERAÇÃO é prejudicial aplica-se o CÚMULO MATERIAL.
Art. 70. (segunda parte) As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
CONCURSO MATERIAL BENÉFICO – Compara-se o cúmulo material e a exasperação, quando a exasperação não favorecer o réu, aplica-se a o cúmulo material.
CRIME CONTINUADO
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Crimes de mesma espécie em condições tempo, lugar e modo de execução.
Condições semelhantes (requisitos objetivos):
�
1. Tempo (prazo máximo de 30 dias);
2. Lugar;
3. Modo de execução;
4. Outros, a critério do juiz.
�
Diferença - concurso material (intenção é cometer vários crimes) e crime continuado (intenção é praticar crime único).
REQUISITO SUBJETIVO - INTENÇÃO
Segundo entendimento de doutrina MAJORITÁRIA o CRITÉRIO SUBJETIVO não precisa fazer parte do crime (dispensado).
Em alguns casos o STF exigiu o requisito subjetivo, antes de 2009, em casos de crimes sexuais. Sistema de aplicação da pena: exasperação (1/6 até 2/3).
CRIMES DE MESMA ESPÉCIE
Crimes previstos no mesmo DISPOSITIVO DE LEI ou aqueles previstos no mesmo ARTIGO (entendimento majoritário nos TRIBUNAIS).
Aqueles que têm descrição típica assemelhada ou que atinge o mesmo bem jurídico tutelado (entendimento de DOUTRINA majoritária).
Obs.: a pena é aplicada ao crime continuado pelo sistema da exasperação (1/6 até 2/3). A pena é aplicada ao concurso formal perfeito também pelo sistema da exasperação (1/6 até 1/2).
CRIME CONTINUADO ESPECÍFICO
Art. 71. (Parágrafo único) - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do Art. 70 e do Art. 75 deste Código. 
Requisito – Violência ou grave ameaça contra vítima diferente.
Aplicada a pena do crime mais grave, aumentada de até o triplo (3x) – Exasperação.
	CRIME CONTINUADO
	CRIME PERMANENTE
	CRIME HABITUAL
	02 OU MAIS CRIMES
	01 CRIME
	01 CRIME
	PUNIDO COMO SE FOSSE CRIME ÚNICO
	PROLONGA-SE NO TEMPO
	VÁRIAS CONDUTAS, QUE ISOLADAMENTE NÃO CARACTERIZA O CRIME. 
PENAL II
AULA 02 - 14/02/2013
FUNÇÕES DA PENA
Três grandes escolas tentam explicar a função da pena, a principal foi a teoria absoluta ou retribucionista.
ESTADO ABSOLUTISTA VS ESTADO LIBERAL
TEORIAS ABSOLUTAS
No Estado absolutista, aquele que viola a lei, é um pecador, portanto se alguém comete uma infração, esta sofre uma pena ou um pecado. Surge então a penitenciária (de penitência). O sujeito sofre a pena como retribuição (retribucionista) ao pecado por ele causado.
Com a ascensão da Burguesia surge o Estado Liberal, o povo no poder, e com a separação entre Igreja e Estado o conceito de pena deixa de ser pecado, a pena, então, passa a ser perturbação da ordem pública.
A pena no estado liberal é imposta porque uma lei foi violada.
Surge a teoria de KANT 
Imperativo categórico de Kant - ¨A lei é uma finalidade em si mesma.¨ A sua função é garantir a própria lei, um estado sem regra tende a morrer. Logo, o réu deveria ser castigado pela única razão de haver delinquido, sem levar em conta nenhum utilitarismo da pena para ele ou para os demais integrantes da sociedade.
KANT - A lei é uma finalidade em si mesma.¨
Teoria de HEGEL
Hegel por sua vez, pregava que a racionalidade e a liberdade são, pois, a base do direito. Assim, o delito é a negação do direito, manifestação de uma vontade irracional, vontade particular em contraposição à vontade geral.
A infração é uma negação das leis, ou seja, quando o delinquente infringe a lei ele está negando sua aplicabilidade, assim a pena deve ser imposta como pena de negação a conduta do criminoso.
HEGEL – o delito é a negação da lei.
As teorias implicam na retribuição da infração através do castigo, por isso são chamadas de retribucionistas.
Quanto mais grave a contuta do sujeito, maior será a pena aplicada.
Com o ILUMINISMO surgem as chamadas teorias relativas.
TEORIAS RELATIVAS
Cesare Beccaria – O marquês Cesare Beccaria, em sua obra, Dos Delitos e das Penas, de 1764, recomenda que é melhor prevenir o crime do que castigá-lo. as penas têm que ser úteis, o estado precisa ser voltado para um fim, a pena é imposta porque busca um objetivo. 
FUNÇÃO PREVENTIVA GERAL de FEUERBARCH – Tal teoria tem como base o homem racional, que pensa que não vale a pena delinquir, vez que será castigado – coação psicológica, sob pena de coação física. A pena voltada para a sociedade. 
FUNÇÃO PREVENTIVA ESPECIAL de VON LISZT – Para Von Lszt, a aplicação da pena obedece uma ideia de ressocialização e reeducação do delinquente, à intimidação daqueles que não necessitam resocializar-se e também para neutralizar os incorrigíveis.
É voltada exclusivamente para o criminoso. A prevenção especial visa segregar o sujeito do núcleo social para que esse não viole as leis novamente.
Num segundo momento a prevenção especial tem a finalidade ressocializadora da pena, ao sofrer uma pena o criminoso passa por um processo de reeducação, uma vez que o indivíduo aceite as regras do convívio social.
TEORIAS MISTAS- Teoria adotada pelo CP brasileiro.
Visa mesclar as teorias absolutas e as teorias relativas, sendo retributiva e preventiva ao mesmo tempo.
Art. 59 – (caput) O juiz, atendendoà culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
PREVENÇÃO POSITIVA FUNDAMENTADORA
Logo, para Welzel há preponderância da sociedade em face do indivíduo, uma vez que, quando o delito ocorre o direito individual já foi violado irreversivelmente, devendo-se, pois, resguardar o interesse social.
PREVENÇÃO POSITIVA LIMITADORA 
A pena seria a reação estatal perante fatos puníveis, para proteger a consciência social da norma. Hassemer acredita que essa proteção consistiria na ajuda prestada ao delinquente na medida do possível.
Obs.: tem como objetivo restringir a atividade estatal.
CATEGORIAS DE PENAS NO CÓDIGO PENAL
	
PENAS DO CÓDIGO PENAL
	PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISÃO (PPL)
	
	PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD)
	
	PENAS PECUNIÁRIAS
	
	PENA DE MORTE- Somente em caso de guerra declarada (casos excepcionais) 
Obs.: hoje, a principal sanção é a pena privativa de liberdade (prisão).
Prisão (pena) – Direito Penal
Prisão cautelar – prisão do Direito Processual
Instrumentos que garantem a eficácia da ação penal.
	
PRISÃO CAUTELAR
	PRISÃO TEMPORÁRIA (L. 7.960/89)
	
	PRISÃO PREVENTIVA (Art. 312, CPP)
 
PRISÃO TEMPORÁRIA (L. 7.960/89)
Garante a eficiência da investigação, dura 05 dias, renovável por igual período.
Salvo em caso de crimes HEDIONDOS, prazo de 30 dias, renovável por igual período. 
Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
§ 4o  A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
Rol dos crimes hediondos (L. 8.072/90)�
1. Homicídio qualificado ou Praticado por grupo de extermínio;
2. Latrocínio;
3. Extorsão com resultado morte;
4. Extorsão mediante sequestro;
5. Estupro;
6. Estupro de vulnerável;
7. Epidemia com resultado morte;
8. Falsificação de documentos;
9. Genocídio.
�
Tráfico de drogas, tortura e terrorismo – Não são crimes hediondos, mas são equiparados a hediondos.
PRISÃO PREVENTIVA (Art. 312, CPP)
A prisão preventiva se difere da temporária por, normalmente, ocorrer durante a ação penal, durante o processo.
Duração – Dura o tempo razoável (Razoabilidade)
PRISÂO POR ALIMENTOS – prisão unicamente civil (Duração de 90 dias)
PRISÂO ADMINISTRATIVA – Infração
PRISÂO (Pena) – Surge depois da condenação transitado em julgado, só surge com condenação irrecorrível.
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISÃO (PPL)
	
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE (PRISÃO)
	RECLUSÃO
	Fechado/ Semi-Aberto/ Aberto
	
	DETENÇÃO
	Semi-Aberto/ Aberto
	
	PRISÃO SIMPLES - (Contravenção penal)
	Aberto 
Pressupõe encarceramento do condenado.
Formas de cumprimento da pena de prisão (L. 7210/84 – Lei de Execução Penal).
Art. 34, CP. O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução.
	
REGIMES PENITENCIÁRIOS
	FECHADO (segurança máxima ou média)
	Cumprido em Penitenciária 
	
	SEMI – ABBERTO 
	Cumprido em Colônia Agrícola, industrial.
	
	ABERTO (trabalho durante o dia s/ vigilância)
	Cumprido em Casa de Albergado (a noite)
Art. 88, LEP. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório.
Parágrafo único - São requisitos básicos da unidade celular:
a) salubridade do ambiente
b) área mínima de 6 m2 (seis metros quadrados).
Art. 89, LEP. Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres será dotada de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criança desamparada cuja responsável estiver presa.
Regime inicial - Art. 33, LEP. A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
§ 1º - Considera-se: 
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
REGIME FECHADO (PENITENCIÁRIA)
�
1. Cela individual, 6m2;
2. Condições de salubridade;
3. Trabalho (trabalho comum ou estudo) diurno e isolamento noturno
�
Obs.: trabalho EXTERNO em regime FECHADO só é possível em obras públicas.
REGIME SEMI – ABERTO
1. Cumprido em COLÔNIA AGRÍCOLA ou industrial;
2. Trabalha INTRA ou EXTRA muros (Dentro ou fora da colônia, também pode ser em obras públicas, assim como iniciativa privada)
3. A principal diferença do regime fechado e aberto se da na cela ou no lugar onde trabalha.
REGIME ABERTO
A pena é cumprida em CASA de ALBERGADO.
Art. 33, § 2º, LEP - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: 
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
	SISTEMA
	RECLUSÂO - Média e Maior gravidade
	DETENÇÃO – Média e Menor gravidade
	FECHADO
	Pena superior a 8 anos
	
	
	Pena superior a 4 anos + Reincidência
	
	
SEMI – ABBERTO
	Pena superior a 4 até 8 anos (primário)
	Pena superior a 4 até 8 anos (primário)
	
	Pena igual ou inferior a 4 anos + Reincidência
	Pena igual ou inferior a 4 anos + Reincidência
	ABERTO
	Pena igual ou inferior a 4 anos (primário)
	Pena igual ou inferior a 4 anos (primário)
STJ Súmula nº 269 - É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.
Posição MAJORITÁRIA – mesmo que o indivíduo seja reincidente, começa no regime SEMI – ABERTO.
Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
§ 1o  A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.
REGIME INTEGRALMENTE FECHADO
Em 2007 o STF declarou inconstitucional o regime integralmente fechado, efeito ERGA OMNES.
Argumento do STF – Princípio da humanidade das penas e princípio da individualização das penas.
O legislador, então, declara o REGIME INICIALMENTE FECHADO em substituição ao REGIME INTEGRALMENTE FECHADO.
O STF declara REGIME INICIALMENTE FECHADO inconstitucional para o PEQUENO TRAFICANTE.
Argumento do STF – Princípio da proporcionalidade.
Obs.: No cumprimento das penas, as mais graves serão cumpridas antes das mais brandas.
As penas devem ser aplicadas distintas e integralmente.
Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
§ 2 o. A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
PENAL II
AULA 03 - 21/02/2013
PENAS PRIVATIVASDE LIBERDADE - PRISÃO (PPL)
	
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE - PRISÃO
	RECLUSÃO
	Fechado/ Semi-Aberto/ Aberto
	
	DETENÇÃO
	Semi-Aberto/ Aberto
	
	PRISÃO SIMPLES - (Contravenção penal)
	Aberto 
PROGRESSÃO DE REGIME
STJ Súmula nº 269 - É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.
O Brasil adotou o sistema progressivo Irlandês, onde o apenado vai conquistando pouco-a-pouco sua liberdade de acordo com seu mérito (Sistema de cumprimento da pena). Aquele condenado que está no sistema fechado pode passar para o sistema semi-aberto.
Art. 112, LEP. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.
Obs.: Critério objetivo – Crime comum 1/6 da pena.
Sujeito está no regime fechado e passa obrigatoriamente pelo regime semi-aberto para chegar no sistema aberto.
O condenado não pode ser punido pela ineficiência do estado, se fazia jus pode passar do sistema fechado para o aberto.
Esse benefício será calculado de acordo com a pena fixada (cálculo de regime prisional)
Essa regra não se aplica ao exposto nos casos Hediondos ou equiparados. Aplica-se:
 Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: (requisito objetivo p/ progressão – 2/5 ou 3/5)
§ 2 o. A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
De 1990 até 2007 era vedada a progressão de regime.
Em 2007 o STF declarou inconstitucional o regime integralmente fechado, efeito ERGA OMNES.
Argumento do STF – Princípio da humanidade das penas e princípio da individualização das penas.
O legislador, então, declara o REGIME INICIALMENTE FECHADO em substituição ao REGIME INTEGRALMENTE FECHADO.
O STF declara REGIME INICIALMENTE FECHADO inconstitucional para o PEQUENO TRAFICANTE.
Argumento do STF – Princípio da proporcionalidade.
Em 2007 0 congresso passou a admitir a progressão de 2/5 ou 3/5.
Art. 2º, L. 8.072/90 (Crimes Hediondos). Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
§ 2 o. A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
OSTENTAÇÃO DE BOM COMPORTAMENTO CARCERÁRIO
O Diretor do estabelecimento carcerário emite um boletim para o Juiz da VEP e este determina a progressão de regime.
Obs.: O regime anterior a 2007 não entra na regra da progressão de 2/5 ou 3/5.
EXAME CRIMINOLÓGICO – Testa as condições de ressocialização do apenado. 
Art. 112 - A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.
A única previsão do exame criminológico, hoje, serve apenas para determinar onde ficará o apenado. 
O exame criminológico deixou de ser obrigatório e passou a ser facultativo.
	
	5 anos
	
	Crime
	Ação penal
	Condenação Recorrível
	Novo Crime
	Condenação Irrecorrível
	Extinção ou cumprimento da pena
	
N/C
	Novo Crime
	
	Reincidência
	
A condenação IRRECORRÍVEL por crime anterior marca a reincidência.
Excluem-se aqui os crimes militares próprios (Aqueles que só existem no CPM).
Crimes militares próprios não geram reincidência.
O sujeito que comete o crime depois de 5 anos da extinção do crime ou do cumprimento da mesma não mais é reincidente, esse sujeito tem tão somente maus antecedentes.
Obs.: REINCIDENTE É QUEM PRATICA CRIME DEPOIS DE CONDENAÇÃO IRRECORRÍVEL POR CRIME ANTERIOR.
Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de passar em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de contravenção.
Condenado por crime (Irrecorrível), comete uma contravenção, no Brasil ou no estrangeiro: é reincidente.
Condenado por contravenção (Irrecorrível), comete outra contravenção, no Brasil: é reincidente.
PROGRESSÃO DE REGIME
Art. 118 - A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena (Unificação) em execução, torne incabível o regime (Art. 111).
Art. 111 - Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.
Pela unificação da pena, crime doloso e a falta grave o apenado pode regredir de regime.
Art. 52 - A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: 
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada;
II - recolhimento em cela individual;
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas;
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol.
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. 
§ 2º Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.
O RDD (art. 52) fere o princípio da taxatividade.
REMISSÃO E DETRAÇÃO
REMISSÃO – É o perdão de dias da pena pelo trabalho carcerário, o preso que trabalha tem direito a desconto de sua pena pelos dias trabalhados.
A cada 3 dias de trabalho/ 01 dia de pena.
Trabalho – Até ¾ do salário mínimo. Ainda que não haja trabalho pra todo mundo o preso não pode solicitar remissão da pena.
O ACIDENTE DE TRABALHO é a única hipótese em que o preso pode ter os dias de penas remidos.
O trabalho é pressuposto para concessão do regime aberto. O regime aberto não cabe remissão de dias da pena. O JUIZ DA VEP determina o desconto por dias de trabalho.
Caso o preso cometa falta grave perde os dias de trabalho remidos, os dias que por sentença o Juiz já havia determinado não serão perdidos.
DETRAÇÃO Faz-se em virtude do tempo de cumprimento de prisão processual ou administrativa, ou de internação provisória. A pena cumprida em prisão preventiva pode ser descontada através de detração.
Art. 387, § 2º (Código Penal) O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de liberdade. (Incluído pela Lei nº 12.736, de 2012)
A Lei 12.736/12 alterou a regulamentação da detraçãopenal.
Segundo a nova lei o JUIZ de ALICAÇÃO DA PENA, na própria sentença condenatória, verifica a DETRAÇÃO. (Quando for útil para o criminoso)
EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA
STF Súmula nº 716 - Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena ou a aplicação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.
A execução provisória da pena visa garantir todos os princípios de natureza processual.
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD)
Através de estudos da ONU, surgem as regras de Tóquio, segundo a qual as penas de prisão precisam ser evitadas e somente aplicadas aos casos mais extremos.
Art. 43, CP. As penas restritivas de direitos são: 
�
I - prestação pecuniária;
II - perda de bens e valores; 
III - (VETADO) 
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;
V - interdição temporária de direitos; 
VI - limitação de fim de semana.
�
A prestação pecuniária e a perda de bens e valores são PENAS PECUNIÁRIAS que atingem o patrimônio do condenado.
Art. 117, LEP - Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de:
I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
II - condenado acometido de doença grave;
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV - condenada gestante.
Prisão domiciliar - sujeito precisa está em regime aberto. O Estado que não tem CASA de ALBERGADO aplica-se a PRISÃO DOMICILIAR.
PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA
Art. 45, § 1º (Código Penal) A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. 
O Juiz fixa um valor de 01 a 360 Salários Mínimos.
A pena de multa se da em favor do Estado (Fundo Penitenciário Nacional)
A pena de prestação pecuniária te caráter substitutivo, assim como todas as penas restritivas de direitos. O Juiz primeiro fixa, obrigatoriamente, a pena de prisão e depois é substituída por pena pecuniária (se o sujeito não cumpre a pena pecuniária volta a valer a pena de prisão). A pena de multa pode ser aplicada cumulativamente ou alternativamente a pena de prisão e não ter o caráter de conversibilidade (sujeito não paga multa, não pode ser preso, a multa deverá ser cobrada como se tributo fosse). A pena de prestação pecuniária é fixada em salário mínimo, a pena de multa é fixada pelo sistema de dias-multa (prestação pecuniária e multa podem ser cumulativas).
Prestação Inominada - O sujeito ativo pode pagar a pena pecuniária através de bens.
Art. 43, § 2º (Código Penal) No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza.
PERDA DE BENS E VALORES
Não corresponde ao patrimônio ilícito, mas sim ao patrimônio lícito (Condenação é um confisco, atingindo ao patrimônio do sujeito).
Art. 45, § 3º (Código Penal) A perda de bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto - o que for maior - o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em consequência da prática do crime. 
PENAL II
AULA 04 - 28/02/2013
	
PENAS DO CÓDIGO PENAL
	PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISÃO (PPL)
	
	PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD)
	
	PENAS PECUNIÁRIAS
	
	PENA DE MORTE- Somente em caso de guerra declarada (casos excepcionais) 
Penas restritivas especiais
 - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;
 - interdição temporária de direitos; 
 - limitação de fim de semana.
Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas.
Art. 46 - A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade.
§ 1º A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.
§ 2º A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais. 
§ 3ºAs tarefas a que se refere o § 1º serão atribuídas conforme as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho. 
§ 4º Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (Art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada.
A prestação de serviço é aplicada a condenações superiores a 6 meses.
A prestação de serviço é uma pena, por isso não é remunerada.
O tempo é fixado em 1h/dia para não atrapalhar a atividade remunerada do condenado (1h/dia após ou antes do horário de serviço).
Se a pena restritiva é de 1 ano, a pena de prestação é também de 1 ano.
Segundo o § 4º do art. 46, o sujeito que tem a pena superior a 1 ano é facultado cumprir a pena em até metade do tempo. 
Segundo entendimento da doutrina, esse cidadão irá trabalhar o dobro de HORAS/DIA (2h) para que as penas possam ser proporcionais.
Limitação de fim de semana
Obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5h diárias em casa de albergado.
Todas as penas restritivas com exceção da interdição temporária de direito são genéricas.
Interdição temporária de direitos - Específica
Só podem ser aplicadas em determinados crimes, o crime praticado tem que ser proporcional a natureza da pena.
Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são:
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo;
II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público;
III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo.
IV - proibição de frequentar determinados lugares. 
Obs.: Prisão não cumula com pena restritiva
Art. 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: 
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
II - o réu não for reincidente em crime doloso;
III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.
Crime de ameaça – Crime de menor potencial
MENOR POTENCIAL OFENSIVO – pena máxima de até 2 anos.
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Nas infrações de menor potencial ofensivo aplica-se a lei 9.099/95 (JECrim).
A intenção do Juizado especial criminal era evitar a aplicação da pena.
MÉDIO POTENCIAL OFENSIVO – Pena mínima de até 1 ano.
GRANDE POTENCIAL OFENSIVO – O que não for menor ou médio potencial.
HEDIONDOS ou EQUIPARADOS (l.8.072/90)
INSTIRUTOS DESPENALIZADORES DA L. 9.099/95
TRANSAÇÃO PENAL (principal instituto)
Antes de denunciar o promotor oferece ao autor dos fatos algumas condições, se o autor do fato aceita as condições extingue-se a punibilidade. 
Art. 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: 
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;
II -o réu não for reincidente em crime doloso;
Obs.: A reincidência impede aplicação da pena restritiva de direito.
§ 3º Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
Pode ser o requisito do § 3º afastado ou flexibilizado pelo juiz. Com exceção da REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA.
REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA – É a reincidência no mesmo crime, esta não permite a aplicação da pena restritiva de direito.
Art. 44, III (Prognose favorável)- a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente.
O art. 44, L.11.343/06 (lei de drogas) vedou expressamente a conversão do art. 33 em penas restritivas de direitos.
Em 2007 passou a vigorar o regime inicialmente fechado em substituição ao anterior (integralmente fechado)
Art. 44.  Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.
Parágrafo único.  Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico.
Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
§ 4o  Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. 
Obs.: Segundo o STF o § 4o  é inconstitucional.
O STF não pode negar ao pequeno traficante a aplicação da pena restritiva de direito em substituição as penas privativas de liberdade.
Art. 44. § 2º Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou PRD; se superior a um ano, a PPL pode ser substituída por uma PRD e multa ou por duas PRD.
O Juiz escolhe multa ou RDD em pena igual ou inferior a 1 ano, só pode cumular PRD quando superior a 1 ano. (Não aplica a regra ao art. 28 L.11343/06). 
Art. 28.  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
Em regra, PRD são penas substitutivas, as penas do art. 28 são principais.
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
As três penas podem ser aplicadas cumulativamente, não são penas substitutivas, são penas principais.
	
PENAS DO CÓDIGO PENAL
	PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE - PRISÃO (PPL)
	
	PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD)
	
	PENAS PECUNIÁRIAS
	
	PENA DE MORTE- Somente em caso de guerra declarada (casos excepcionais) 
PENAS DE MULTA
Art. 44 - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: 
§ 2º Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. 
Art. 49 (Código penal)- A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa.
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário.
Regra do código penal para calcular multa.
SISTEMA DOS DIAS MULTA - Art. 49 
1. Fixação do número de dias multa entre 10 e 360 dias-multa.
2. 1/30 até 5X (valor)
3. Multiplicação.
Como fixar os dias e o valor (Critério)
1. Fixação dos dias-multa 
(Posição mais antiga) Calculado de acordo com a reprovabilidade da conduta, a análise é calculada de acordo com base na pena de prisão.
POSIÇÃO MAJORITÁRIA (Mais moderna) Capacidade econômica do condenado (quanto melhores condições tiver o condenado, maior será o valor a ser pago na multa).
2. Fixação do valor de cada dia-multa
Calculado de acordo com a Capacidade econômica do condenado.
Obs.: A posição mais moderna é mais adotada porque a pena de multa perdeu seu caráter de conversibilidade.
ANTIGAMENTE – Se o sujeito não pagasse a multa, esta seria convertida em pena de prisão (até 1996), desde então a conversibilidade da pena de multa foi abolida, hoje uma vez aplicada se torna dívida de valor, se o sujeito não paga essa multa (será inscrito na dívida ativa do Estado) sendo cobrada como dívida ativa através de execução fiscal por meio da fazenda pública, se executado e o sujeito não pagar, os bens serão penhorados, se não tiver bens? AZM. Art. 51, CP
Se a multa não pode ser convertida em prisão, as condições econômicas do condenado serão afetadas.
PRINCÍPIOS ATINENTES A SANÇÃO PENAL
PRINCÍPIO DA INTRANSCEDÊNCIA ou DA PERSONALIDADE ou DA RESPONSABILIDADE PESSOAL
A pena não pode passará da pessoa do condenado, ou seja, ninguém pode ser punido pela conduta de outrem. As penas não são transmissíveis, não podem passar para os herdeiros. As penas tributárias podem ser cobradas, de multa não.
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE DAS PENAS
As penas não podem expor o condenado a tratamento indigno, ou seja, os condenados não podem ser atingidos na sua honra, ou na sua integridade física, como penas vexatórias, corporais, caráter perpétuo, morte...
Devem ser garantidas ao preso as condições mínimas de salubridade.
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
Voltada principalmente para o legislador, orienta o legislador no momento da criação da pena, não podem ser nem excessivamente altas, assim como não podem ser ridiculamente baixas, devem ser compatíveis coma magnitude do crime ou a responsabilidade do sujeito. O legislador precisa ser ponderado, razoável.
PRINCÍPIO DA NECESSIDADE CONCRETA DA PENA
Só pode ser aplicada quando necessária para a reprovação da conduta.
Art. 59 – (caput) O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
O legislador diz se a pena é necessária ou não, o juiz tem uma margem mínima de discricionariedade.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
Assim como as leis, as penas também não retroagem.
Uso de Documento Falso
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
Uma cominação de pena indireta, embora não exista cominação direta é fácil identificar o dispositivo de lei.
Esse tipo de pena não ofende em nada o princípio da legalidade.
PENAL II
AULA 05 - 07/03/2013
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
	
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
	LEGISLATIVA
	
	JUDICIAL
	
	EXECUTÓRIA
Cominação de uma pena em abstrato, o legislador cria o crime sem nenhum caso concreto em consideração, trabalha com situações genéricas.
O legislador fixa margens penais (pena fixada no limite mínimo e máximo), estabelece a reprovabilidade mínima e a reprovabilidade máxima.A fixação de pena de certa forma se dirige a sociedade, assim serve como um instituto de garantia para o criminoso, evitando que o estado possa ultrapassar os limites de aplicação da pena, serve principalmente para o Juiz (o legislador balizando a atividade judicial).
	
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
	LEGISLATIVA
	
	JUDICIAL
	
	EXECUTÓRIA
O sujeito infringe a lei, surge então o momento da DOSIMETRIA DA PENA (a individualização judicial).
O Juiz, balizado nos limites mínimos e máximos, estabelece a pena necessária para o caso concreto, fixando, individualizando, fazendo calculo, aquela pena que era abstrata passa a ser uma pena concreta (aplicação da pena em concreto).
	
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
	LEGISLATIVA
	
	JUDICIAL
	
	EXECUTÓRIA
Efetivação da pena aplicada com todas as suas intercorrências, a pena aplicada será efetivada.
DOSIMETRIA DA PENA – Calculo da PPL (Prisão)
SISTEMA TRIFÁSICO (Sistema Nelson Hungria)
	
SISTEMA TRIFÁSICO
	PENA-BASE
	
	PENA PROVISÓRIA
	
	PENA DEFINITIVA
PENA BASE
A aplicação da pena começa no art. 59, CP(Circunstâncias Judiciais).
QUALIDADE DA PENA
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;
Dentro dos limites estabelecidos pelo legislador o juiz precisa da pena inicial.
Parte da doutrina diz que a pena precisa ser começada pelo termo médio, esse é o equilíbrio, é justo que a pena comece pelo termo médio (Opinião de parcela amplamente minoritária).
A doutrina majoritária rejeita esse raciocínio, segundo seu entendimento a pena inicial tem que ser a mínima, por dois motivos:
1. A lei não determina qual a pena inicial;
2. A pena média não é a pena justa, a pena equilibrada, ao começar aplicar a pena pelo meio, indiretamente já se reprova a culpabilidade do sujeito, na constituição vigora o princípio da presunção da inocência, por isso, a aplicação da pena deve começar pelo mínimo.
PENA-BASE – É o marco pelo qual se começa fazer o calculo.
PENA-BASE – PENA INICIAL + CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS
Circunstâncias judiciais, art. 59 (caput), CP.
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
A pena inicial só será alterada se houver circunstancias judiciais abonadoras.
2º PASSO – O resultado da pena base é transportado para a pena provisória.
A pena provisória começa com a PENA-BASE mais AGRAVANTES e ATENUANTES (chega-se a um novo resultado). 
O resultado da PENA PROVISÓRIA é repassado para a PENA DEFINITIVA.
PENA DEFINITIVA – PENA PROVISÓRIA mais CAUSA DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DA PENA.
�
QUALIFICADORAS 
AGRAVANTES
CAUSAS DE AUMENTO
PREVILÉGIOS 
ATENUANTES
CAUSA DE DIMINIUÇÃO
�
Cada palavra significa um instituto diferente.
PENA-BASE
QUALIFICADORAS e PREVILÉGIOS
As qualificadoras e privilégios influenciam na pena inicial.
Homicídio Simples
Art. 121 - Matar alguém:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.
Homicídio Qualificado
§ 2º - Se o homicídio é cometido:
II - por motivo fútil;
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
A pena por MOTIVO FÚTIL é uma pena autônoma, diferente da pena do Caput, a pena do § 2º  é, portanto, QUALIFICADORA.
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos. 
Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza: 
Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena.
 No Art. 242, Parágrafo único, há uma pena mais branda que a pena do caput, é também uma pena autônoma, pois não depende da pena do caput. Nesse caso o crime é PREVILEGIADO.
CAUSAS DE AUMENTO e DIMINIUÇÃO de PENA 
Causa de aumento (Majorado)
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa.
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
Causa de diminuição (Minorado ou Minorante)
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
O ARREPENDIMENTO POSTERIOR é uma causa de diminuição da pena.
Arrependimento Posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
AGRAVANTES e ATENUANTES
Nas agravantes e atenuantes o legislador não fala o quanto a pena é agravada ou atenuada.
PENA PROVISÓRIA 
Circunstâncias Agravantes
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
I - a reincidência;
REINCIDÊNCIA – É uma causa que sempre agrava a pena.
II - ter o agente cometido o crime:
(...)
Agravantes no Caso de Concurso de Pessoas
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;
II - coage ou induz outrem à execução material do crime;
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal;
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.
Circunstâncias Atenuantes
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença;
II - o desconhecimento da lei;
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. 
AGRAVANTES e ATENUANTES GENÉRICAS
Aplicam-se a quase todos os crimes.
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena.
EXCEÇÕES
1. Se a pena já está fixada no seu limite máximo, a agravante não produz efeito se a pena já atingiu seu limite máximo.
2. Quando não constitui ou não qualificam o crime (BIS IN IDEM é vedado em direito penal)
3. A circunstância agravante não será aplicada quando houver uma atenuante preponderante
Reincidência é circunstância preponderante.
Atenuante ou agravante, uma delas vai prepondera sobre a outra.
Concurso de Circunstâncias Agravantes e Atenuantes
Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes,entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. MOPERE
Segundo o STF a confissão espontânea é uma causa de circunstância preponderante.
 Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença;
Se o agente é menor que 21 (18 a 21) e maior que 70 (menoridade ou maioridade vão preponderar).
Art. 61, II - ter o agente cometido o crime:
a) por motivo fútil (BOBO, BANAL) ou torpe (REPUGNANTE);
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação (DESCONHECIMENTO DO CRIME), a impunidade ou vantagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge (PESSOAS QUE VIVEM EM MATRIMÕNIO);
A LEI FOI OMISSA QUANTO AO COMPANHEIRO, PORTANTO NÃO SE PODE USAR ANALOGIA (malam partem) NESSE CASO, POIS ESTA PREJUDICARIA O RÉU. 
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; 
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
l) em estado de embriaguez preordenada.
ENFERMO – Aquele que tem menor capacidade de defesa.
EMBRIAGUEZ PREORDENADA – Aquele sujeito que usa a embriaguez para perder seus freios inibitórios. 
Agravantes no Caso de Concurso de Pessoas
Art. 62 - A pena será ainda agravada em relação ao agente que: 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;
II - coage ou induz outrem à execução material do crime;
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal;
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
Art. 242, Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza: 
Divergência entre duplicidade de avaliação (Doutrina majoritária diz que não).
Para ZAFARONI pode-se avaliar duas vezes a mesma atenuante.
STJ Súmula nº 231
Circunstâncias Atenuantes - Redução da Pena - Mínimo Legal
    A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal.
PROPORCIONALIDADE - A pena não pode ser nem tão alta, nem tão baixa.
PENAL II
AULA 06 - 14/03/2013
	
SISTEMA TRIFÁSICO
	PENA-BASE
	Circunstâncias judiciais (art. 59)
	
	PENA PROVISÓRIA
	Agravantes e atenuantes
	
	PENA DEFINITIVA
	Causas de Aumento e Diminuição da pena.
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença;
A pessoa deste artigo trata do sujeito de 18 a 21 anos.
Em Direito Penal as HORAS não serão consideradas para calculo, somente os DIAS. 
Considera-se a MAIORIDADE na data em que a sentença é proferida.
Na MENORIDADE interessa a data do crime.
Qualquer que seja a sentença, se o sujeito já era maior de 70 anos a pena é atenuada.
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
II - o desconhecimento da lei;
ERRO – Falsa representação da realidade, não existe desconhecimento da lei.
IGNORÂNCIA – Ninguém pode alegar ou utilizar o desconhecimento da lei para não ser punido (LEGIS MEMINEM EXCUSA, o desconhecimento da lei não exime de punição).
O desconhecimento da lei não exclui punição, mas diminui a pena.
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente:
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
Essa atenuante é admitida Até o julgado (antes do julgamento).
A atenuante da alínea B será aplicada nas hipóteses em que não são cabíveis a desistência voluntaria, o arrependimento eficaz e o arrependimento posterior.
Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Desistência Voluntária – O sujeito inicia a execução, durante os atos executórios desiste e evita a consumação.
Arrependimento Eficaz - O sujeito inicia a execução, depois de terminados os atos executórios, desiste e evita a consumação.
Arrependimento Posterior
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
Arrependimento Posterior - Ocorre a consumação do crime e só depois o sujeito tenta reparar o dano.
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente:
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL – Só responderá pelo crime aquele que executa a coação, sendo o coagido inimputável.
OBEDIÊNCIA HIERARQUICA – Se a ordem é manifestamente legal, diminuição de pena.
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente:
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
Confissão provocada não é confissão espontânea.
O sujeito precisa ter o desejo de contribuir para a justiça, nesse caso a confissão espontânea é obrigatória para que se configure atenuante.
A confissão só vai atenuar a pena quando for total (Cabal).
A confissão só atenua a pena quando for repetida em juízo.
A confissão espontânea é considerada pelo STF como circunstâncias preponderantes.
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente:
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Crime multitudinário – Crime praticado sob influência de multidão.
O sujeito que pratica crime multitudinário tem sua pena atenuada, salvo quando este deu início.
Ex.: CRIME DE RIXA. 
Rixa
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, ou multa.
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei. 
ATENUANTES INOMINADAS
Qualquer outra circunstância que se apresente relevante para o juiz mesmo não estando previsto em lei.
As agravantes sempre serão legalmente prevista.
PENA DEFINITIVA – 3ª FASE
Na fase definitiva os limites mínimos e máximos da pena podem ser ultrapassados.
Furto na modalidade tentada – pena base de 1 ano, pena provisória de um ano, pena definitiva pode ser menor que um ano. 
O legislador estipulou o quanto a pena deve ser amentada ou diminuída.
A uma autorização legislativa para que os limites mínimos e máximos sejam violados.
Se a lei diz que a pena pode ser aumentada ou diminuída e não fala o quanto, esta é uma hipótese atenuante.
Após o SISTEMA TRIFÁSICO o juiz fixa o REGIME PENITENCIÁRIO e depois se houver calcula PENA DE MULTA, depois, se comportar, PRD , esta será substitutiva, só depois o juizverifica se é cabível a SUSPENSÃO CONDICIONAL da pena.
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS)
O sistema FRANCO-BELGA (SURSIS) é uma hipótese de impedimento da execução de pena em que o sujeito ativo assume o compromisso de cumprir certas condições em troca de seu não recolhimento ao cárcere, depois de aplicada a pena pelo juiz.
Se o sujeito concorda com a pena do Juiz, o sujeito terá sua pena suspensa.
REQUISITOS (SURSIS):
 Requisitos da Suspensão da Pena
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: 
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso;
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no Art. 44 deste Código.
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. 
§ 2º - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão.
1. Só a pena de prisão apresenta SURSIS;
2. Pena igual ou inferior a 2 anos ou não superior a 4 anos (maior de 70 ou saúde);
3. Não reincidência em crime doloso (subjetivo);
Exceção ao art. 77, § 1º (mesmo cometido crime doloso e condenado a pena de multa).
4. Pro gnose favorável (subjetivo);
5. Impossibilidade de substituição por PRD.
No SURSIS o tempo de punição pode ultrapassar a própria condenação.
SURSIS não é pena, é suspensão da pena.
Obs.: os requisitos precisam existir cumulativamente.
Se os requisitos forem cumpridos o Juiz não pode negar, mas é um instituto condicional e só será aplicado caso ocorra aceitação por parte do beneficiário, o Juiz então faz uma AUDIÊNCIA ADMONITÓRIA, se o réu concorda com as condições que lhe são impostas começa o PERÍODO DE PROVA que será de 02 a 04 anos dependendo das circunstâncias (se o réu não aceitar, vai preso).
As condições imposta pelo Juiz:
Art. 78, CP - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz. 
§ 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (Art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (Art. 48). SURSIS SIMPLES
§ 2º - Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do Art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: 
a) proibição de frequentar determinados lugares;
b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz;
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
PRIMEIRO ANO – Prestação de serviço ou limitação de fim de semana (obrigatório).
Art. 77, § 2º - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão.
No § 2º do art. 77 temos SURSIS ETÁRIO ou HUMANITÁRIO.
O período de prova do SURSIS ETÁRIO ou HUMANITÁRIO é de 4 a 6 anos, o SURSIS SIMPLES e ESPECIAL de 2 a 4 anos. 
O período de prova na PRISÃO SIMPLES (contravenção) e de 1 a 3 anos.
Art. 78, § 2º - Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do Art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: 
No § 2º do art. 78 temos o SURSIS ESPECIAL
Quando o sujeito demonstra cooperação.
O Juiz deve aplicar todas as condições do § 2º cumulativamente.
Caso o condenado descumpra as condições a ele imposta (art. 81).
Revogação Obrigatória
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: 
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso;
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano;
III - descumpre a condição do § 1º do Art. 78 deste Código.
Revogação Facultativa
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. 
Prorrogação do Período de Prova
§ 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo. 
§ 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado. 
A REVOGAÇÃO FACULTATIVA de SURSIS fica a critério do Juiz.
Se o sujeito cumpre todas as condições regularmente imposta por todo período de prova a pena é extinta.
PENAL II
AULA 07 - 21/03/2013
LIVRAMENTO CONDICIONAL
O Livramento será concedido considerado a soma total das condenações, mesmo que cada uma delas seja a pena inferior a 2 anos.
Requisitos objetivos:
a) PPL igual ou superior a 2 anos;
b) Cumprimento da pena;
	
ESPECIAL
	Cumprimento de mais de 1/3 da pena
	Condenado não reincidente em crimes dolosos + bons antecedentes 
	ORDINÁRIO
	Cumprimento de mais de 1/2 da pena
	Condenado reincidente em crime doloso
	Crime hediondo
	Cumprimento de mais de 2/3 da pena
	Crime hediondo ou equiparado (salvo reincidência específica)
c) Comportamento satisfatório durante a execução da pena (subjetivo);
d) Bom desempenho no trabalho e aptidão para prover a própria subsistência pelo trabalho honesto (subjetivo);
e) Reparação do dano (art. 83, IV, CP - salvo impossibilidade).
O livramento condicional é a última etapa do processo (sujeito passa a ter liberdade plena) sem restrição ou liberdade de locomoção, embora ainda esteja cumprindo pena (serve para verificar se o sujeito adquiriu senso de responsabilidade, por isso é tratado como um homem livre).
Se ficar comprovado que o indivíduo não apresenta essas qualidades a sua liberdade será cerceada.
Não existe livramento condicional em PRD.
A pena de 2 anos cabe tanto SURSIS quanto LIVRAMENTO CONDICIONAL.
Só pode alcançar o livramento condicional aquela pessoa que cumpriu certo período da pena (Requisito temporal).
	Cumprimento de mais de 1/2 da pena
	Condenado reincidente em crime doloso
a) Se o réu não é reincidente, mas possui maus-antecedentes terá que cumprir período de pena intermediário (cumprimento de pena entre 1/3 a ½).
POSIÇÃO MAJORITÁRIA – Se a lei não cuidou do condenado portador de maus-antecedentes, se a lei foi omissa, não se pode prejudicar o condenado, basta que ele cumpra 1/3 da pena;
b) Se o sujeito for condenado em crime hediondo ou equiparado, este precisa cumprir 2/3 da pena;
Ressalva: Se o sujeito é reincidente em crime hediondo não pode alcançar o livramento condicional.
c) Basta que seja satisfatório (o diretor do presídio atesta o comportamento satisfatório);
d) Sujeito precisa demonstrar, durante execução da pena, bons antecedentes no trabalho;
e) Reparação do dano.
Progressão de regimes (requisitos)
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
§ 4º O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. 
O sujeito só poderá progredir de regime se reparado o dano ou restituída a coisa.
INTERPRETAÇÃO CONFORME – Interpretaçãoda lei de acordo com a constituição.
A progressão não é um instituto condicional, mas o livramento é.
Se o sujeito comete crime durante a vigência do benefício, volta a cumprir toda a pena.
Revogação do Livramento
Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível:
I - por crime cometido durante a vigência do benefício;
II - por crime anterior, observado o disposto no Art. 84 deste Código.
Revogação Facultativa
Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção (PRD ou MULTA), a pena que não seja privativa de liberdade. 
Crime cometido antes do período têm os dias de livramento descontado na condenação; crimes cometidos durante do período de provas faz com que o sujeito cumpra toda a pena que restava sem desconto na condenação; em caso de descumprimento de condições deverá o condenado cumprir integralmente a pena que estava suspensa.
Extinção
Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento.
Obs.: O sujeito pode está no fim do prazo do período de provas e em paralelo pode está sendo processado, não podendo o Juiz declarar extinta a condenação antes do trânsito em julgado.
Efeitos secundários extrapenais da sentença condenatória:
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Genéricos;
Específicos.
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Um dos efeitos penais é a inclusão do nome do réu no rol dos culpados.
Efeitos Genéricos e Específicos
Art. 91 - São efeitos da condenação: 
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso. 
§ 1º  Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto ou proveito do crime quando estes não forem encontrados ou quando se localizarem no exterior.
§ 2º  Na hipótese do § 1º, as medidas assecuratórias previstas na legislação processual poderão abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou acusado para posterior decretação de perda.
GENÉRICOS – São aqueles que existem em qualquer que seja o crime praticado, surgem em qualquer sentença condenatória, dispensam motivação pelo juiz.
ESPECÍFICOS – Aqueles que surgem em certas categorias de crimes.
Só existiram quando houver motivação judicial, obrigatoriamente o juiz deve abordar em sentença condenatória.
Efeitos Genéricos (art. 91)
Toda prática criminosa contra uma vítima individualizada gera dano material ou dano moral (dano psicológico), passível de indenização, ação cível EX-DELITO.
A sentença penal condenatória gera título executivo em juízo cível.
A Ação cível fica suspensa enquanto a ação penal corre normalmente (processo em duas esferas – Cível e Criminal).
A sentença condenatória não terá nenhuma repercussão cível.
INSTRUMENTO – A coisa usada para a prática criminosa.
ANIMAL é considerado COISA (pessoa não é considerada coisa)
PRODUTO – É tudo aquilo que se arrecada com a prática criminosa.
PROVEITO – É tudo aquilo que é arrecadado através da prática criminosa.
Consequências – Podem ser perdidos em favor da união, pode ser confiscado, podendo ser leiloado ou destitudo pela união.
A regra do art. 91 não vale para o tráfico de drogas.
Ex.: Carro que, embora lícito, transporta drogas (todos os bens usados para o tráfico são confiscados).
De acordo com o STF perde toda a propriedade aquele que tem plantação de drogas
Art. 92 - São também efeitos da condenação:
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: 
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;
A perda do cargo público só afeta a pessoa do condenado (o ato praticado precisa está ligado ao mandato).
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;
Sujeito perde o poder familiar.
Ex.: Sujeito estupra própria filha.
Após cumprimento de pena o sujeito recupera o poder familiar dos filhos, salvo a filha vítima de estupro.
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso.
REABILITAÇÃO
Reabilitação
Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, assegurando ao condenado o sigilo dos registros sobre o seu processo e condenação.
Serve para restituir ao condenado o status que ele possuía antes da condenação (se o sujeito é considerado reabilitado o nome dele é apagado ou excluído do rol dos culpados).
A certidão negativa de antecedentes vem em branco.
Art. 94 - A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado: 
I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido;
II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e privado;
III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida.
Decurso do tempo – depois de 2 anos.
Art. 95 - A reabilitação será revogada, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, se o reabilitado for condenado, como reincidente, por decisão definitiva, a pena que não seja de multa.
Gerada reincidência, acaba a reabilitação.
PENAL II
AULA 08 - 28/03/2013
MEDIDAS DE SEGURANÇAS
	GÊNERO
	ESPÉCIE
	
SANÇÃO PENAL
	PENA
	IMPUTÁVEL
	
	MEDIDAS DE SEGURANÇA
	
INIMPUTÁVEL
	
	MEDIDAS SOCIO-EDUCATIVAS
	
Pena – A sanção penal é destinada aos IMPUTÁVEIS.
Medidas de segurança e medida sócio-educativa – São as sanções penais reservadas aos INIMPUTÁVEIS (falta discernimento ou auto-determinação).
Medidas de segurança - Se o sujeito tem retardamento mental ou alienação.
Medidas sócio-educativas – Idade de 12 a 18 anos (adolescente) Ato infracional análogo a crime. Duração máxima de até 3 anos.
O sujeito pode cumprir medida sócio – educativa até 21 anos.
 O Brasil adota o SISTEMA VICARIANTE (ou pena ou medida de segurança).
	
ESPÉCIES
	INTERNAÇÃO (CP)
	CUSTÓDIA
	
	TRATAMENTO AMBULATORIAL
	POSSIBILIDADE DE IR E VIR
O CP ESTABELECEU A REGRA DE INTERNAÇÃO.
Espécies de Medidas de Segurança
Art. 96. As medidas de segurança são: 
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado;
II - sujeição a tratamento ambulatorial.
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta.
Imposição da Medida de Segurança para Inimputável
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (Art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. 
Prazo
§ 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Perícia Médica
§ 2º - A perícia médica realizar-se-áao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. 
Desinternação ou Liberação Condicional
§ 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. 
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos. 
Caráter da medida de segurança – CURATIVA.
FUNÇÃO PREVENTIVA ESPECIAL – Tenta-se aqui curar o alienado mental, a medida de segurança está sendo aplicada, baseada na periculosidade do agente (se é perigoso deve ser tratado).
Inúmeros estudos comprovam que o tratamento ambulatorial vem sendo mais favorável, embora o art. 97 seja contrário.
Duração mínima da medida de segurança – 1 a 3 anos.
Através da perícia médica o juiz instaura durante a ação penal incidente de sanidade mental, ao ser constatada a imputabilidade pela perícia médica, o juiz instaura sentença absolutória denominada imprópria.
Mesmo sendo absolvido, é aplicada medida de segurança ao condenado, por isso chama-se sentença absolutória imprópria.
O prazo mínimo para a primeira perícia médica é de 1 a 3 anos (visa estabelecer se a pessoa continua perigosa ou não).
A partir do 3 ano ou depois do prazo mínimo fixado, caso não tenha sessado a periculosidade do agente a perícia se torna anual.
Se não for constatada a periculosidade - Art. 97, § 1º (prazo).
Art. 97, § 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Segundo os tribunais a medida de segurança do Art. 97, § 1º é inconstitucional, pois o Brasil proíbe pena de caráter perpétuo, então a duração máxima da medida de segurança será aquela que o sujeito receberia caso fosse imputável.
Ex: pena máxima do furto – 4 anos. Então, a pena da medida de segurança será de 4 anos.
Inimputáveis
Art. 26, CP - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Redução de Pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
O Parágrafo único do art. 26 trata dos semi - imputáveis. 
Semi – imputáveis – Aquele que tem parcial capacidade de entendimento ou auto determinação. A critério do juiz a pena pode ser substituída por uma medida de segurança. Ou o semi-imputável cumpre pena ou cumpre medida de segurança.
SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL A Superveniência é cumprida como semi-imputável SEMI-IMPUTÁVEL – CONDENADO – PENA- MEDIDA DE SEGURANÇA
Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do Art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º a 4º.
AÇÃO PENAL
É o instrumento de que se vale o estado para buscar a satisfação do direito de punir.
 Jus PUNIEND (direito de punir) este não pode ser exercitado pelo estado sem uma apreciação judicial.
Jus Puniend é uma exclusividade estatal, é um direito atinente exclusivamente ao estado, no entanto a PERSECUTIO CRIMINIS (PERSECUTIO CRIMINIS IN JUDICIS) não é, mas pode ser delegada.
	
AÇÃO PENAL
	PÚBLICA INCONDICIONADA
	
MINISTÉRIO PÚBLICO
	
	PÚBLICA CONDICIONADA 
	MP (ofendido ou representante legal ou Ministro da justiça)
	
	PRIVADA
	PROPRIAMENTE DITA
	OFENDIDO ou REPRESENTANTE LEGAL
	
	
	PERSONALÍSSIMA
	OFENDIDO
	
	SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
	OFENDIDO
A classificação leva em conta a proposição para abertura de ação penal.
Quando o Estado é legitimado para a abertura da ação:
PÚBLICA – oferecida através do MP.
A ação penal pública é feita através de DENÚNCIA pelo MP (propositura pública).
 O OFENDIDO ou REPRESENTANTE LEGAL ao propor uma ação penal faz-se QUEIXA CRIME.
O sujeito que vai a delegacia narrar um fato faz NOTÍCIA CRIME (delatio criminis)
	AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
	MINISTÉRIO PÚBLICO
O MP pode agir independentemente de qualquer representação ou manifestação prévia.
Ex: Homicídio, furto, roubo...
	AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA 
	MP (ofendido ou representante legal ou Ministro da justiça)
Quando a atuação do MP fica atrelada a uma manifestação prévia de vontade.
Quem oferece a ação penal pública condicionada é o MP, para isso e necessário que haja uma manifestação de vontade que pode ser do ofendido ou representante legal ou do ministro da justiça.
Ação penal pública condicionada a representação do ofendido.
Ex: crime de lesão corporal, estupro...
Em alguns casos a ação penal pode ser requisitada pelo Ministro da Justiça.
Ex: crime contra a honra do presidente da república.
	AÇÂO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA
	OFENDIDO 
Só o ofendido pode oferecer a QUEIXA, não há legitimação para seu representante legal (Só existe um crime no CP).
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior.
A ação penal depende de queixa do contraente.
Se a vítima morrer extingue a punibilidade.
	AÇÂO PENAL PRIVADA PROPRIAMENTE DITA
	OFENDIDO ou REPRESENTANTE LEGAL
Para que uma ação seja PRIVADA ou INCONDICIONADA precisa está EXPRESSA na lei.
A vítima tem um prazo de 6 meses para oferecer queixa crime a contar do conhecimento da autoria. 
Crime contra a honra é normalmente de ação penal privada.
Art. 100 - A Ação Penal é Pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
PRINCÍPIOS RELATIVOS À AÇÃO PENAL
	AÇÃO PENAL PÚBLICA
	OBRIGATORIEDADE
	
	INDISPONIBILIDADE
OBRIGATORIEDADE – Significa que se houver provas do crime e indícios de autoria o MP é obrigado a agir.
INDISPONIBILIDADE – Se ainda não houver sido oferecida a ação pública a vítima pode retirar a queixa, entretanto se torna indisponível depois de instaurada ação penal.
	
AÇÃO PENAL PRIVADA
	OPORTUNIDADE 
	
	INDIVISIBILIDADE
	
	INTRANSCENDÊNCIA
	
	DISPONIBILIDADE
OPORTUNIDADE ou DISCRICIONARIEDDE – A vítima oferece a queixa se quiser.
DISPONIBILIDADE – O ofendido pode desistir da ação penal.
INTRANSCENDÊNCIA – Só podemos processar quem praticou o crime, o criminoso, não se podendo processar o herdeiro, por exemplo.
INDIVISIBILIDADE – Ou o sujeito oferece ação penal contra todos os indivíduos ou não processa ninguém (a vítima deve oferecer a queixa contra todos).
AÇÃO PENAL SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
Se o MP extrapolar o prazo de instauração de ação penal, pode o ofendido oferecer queixa subsidiária.
Prazo p/ o PROMOTOR oferecer a DENÚNCIA (réu solto, 15 dias; réu preso, 05 dias).
A vítima tem um prazo de 6 meses a contar da INERCIA do MP.
Em caso de inércia do querelante o promotor volta a ser o dono da ação (perepção).
O pressuposto da ação penal subsidiária da pública é a INERCIA.
Embora o ofendido ofereça a queixa, a ação penal será pública.
PENAL II
AULA 09 - 11/04/2013
EXTINÇÃO

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