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* Maturação Prof. Dr. Bruno Gualano * Relembrando... Maturação é... o resultado do crescimento e do desenvolvimento a somatória das adaptações quantitativas + qualitativas * Maturação biológica: por que avaliar? * Maturação biológica: por que avaliar? * “Nigéria afasta 15 "gatos" da Seleção Sub-17” UOL. 26.08.2009 “Exames ósseos revelaram a presença de 15 jogadores com idades adulteradas” * Efeitos do treinamento físico em crianças e adolescentes: Pesquisa Prática profissional Maturação biológica: por que avaliar? * Maturação biológica: como avaliar? Idade cronológica vs biológica: Maturação dentária Maturação esquelética Maturação somática Maturação sexual * Maturação dentária O que avaliar? Época do surgimento dos dentes deciduais (de leite) Época do surgimento dos dentes permanentes * Maturação dentária Dentes deciduais (20) * Maturação dentária Qual a idade biológica? 6 meses * Maturação dentária Dentes permanentes (32) ORDEM DA ERUPÇÃO: 1-primeiros molares – 6 anos 2-incisivos centrais e laterais inferiores – 6 a 7 anos 3- incisivos centrais superiores - 4-incisivos laterais superiores 5-caninos inferiores 6-Primeiros pré-molares 7-segundos pré-molares 8-caninos superiores – 10 anos 9- segundos molares – 12 anos 10-terceiros molares – 17 anos * Maturação óssea Método “padrão-ouro” para avaliação de maturação Períodos de maturação ocorrem durante todo o período de crescimento * Maturação óssea Como avaliar: Radiografia-padrão vs individual Ossos da mão e punho (esquerdo) Idade óssea vs idade cronológica (ex: IO – IC; IO/IC) * Indicadores de maturação: 1) aparência do centro ósseo 2) formato de cada osso 3) fusão de epífises e diáfises Maturação óssea * Maturação óssea 9 anos 17 anos * Três métodos: Greulich-Pyle Tanner-Whitehouse Fels Maturação óssea * Método Greulich-Pyle Crianças de alto nível socioeconômico (Ohio, EUA) Comparação da radiografia com padrão (toda mão ou osso individual) Maturação óssea * Greulich and Pyle (1959) * Greulich and Pyle (1959) * Greulich and Pyle (1959) * Método Tanner-Whitehouse (TW) Crianças britânicas saudáveis (TW modificado – belgas, italianos, espanhois, argentinos, americanos e japones) Comparação individual vs critérios escritos (20 ossos) Escore maturacional (0 a 1000) Maturação óssea * Maturação óssea * Maturação óssea Método de Fels Crianças de classe média (Ohio, EUA) Avaliações qualitativas (formato) e quantitativas (amplitudes de epífise) Diferentes indicadores de maturação para diferentes idades cronológicas Utiliza software que fornece idade óssea e estimativa de erro (3-4 meses por ano) * Maturação óssea metacarpo * Maturação óssea 0,8 0,6 0,4 0,2 0 -0,2 -0,4 -0,6 -0,8 -1 -1,2 8 9 10 11 12 14 15 16 17 Idade cronológica (anos) * Limitações: Custo Demanda equipe especializada Requer equipamento especializado Radiação Maturação óssea * Maturação somática Uso de medidas antropométricas aliadas a dados de crescimento (ex. estirão) para estimar maturação Limitações: requer algumas mensurações para obter tais medidas (ex. pico de velocidade de crescimento, estirão) * Maturação somática e equações de predição maturacional * Meninos: status maturacional = -9.236 + 0.0002708 – comprimento de perna x altura sentado – 0.001663 – idade x comprimento de perna + 0.007216 idade x altura sentado + 0.02292 peso/altura Meninas: status maturacional = -9.376 + 0.0001882- comprimento de perna x altura sentado + 0.0022 idade x comprimento de perna - 0.002658 idade x peso + 0.07693 peso/altura Maturação somática e equações de predição maturacional * Maturação somática e equações de predição maturacional http://taurus.usask.ca/growthutility/ * Exemplo Menino Idade: 12 anos Altura: 150 cm Peso: 39 Kg Altura sentado: 79,1 cm * * * Lição de casa Menina Idade: 13 anos Altura: 120 cm Peso: 35 Kg Altura sentado: 57 cm * Leitura Eugenio Chipkevitch. Avaliação clínica da maturação sexual. Journal de Pediatria. 2001; 77 (Supl.2): S135-S142 * Maturação sexual Puberdade: período de mudanças na adolescência que transformam a criança em um adulto com capacidade de reprodução Maturação sexual: mudanças estruturais e funcionais que resultam na capacidade de reprodução * Primárias: Meninos – genitália e testículos Meninas – genitália e ovário Secundárias: Meninos – pelos, estirão, voz Meninas – pelos, estirão, menarca, mamas Características sexuais * Maturação sexual 5-6 estágios: pelos púbicos (P), mamas (M) e genitália (G) (Tanner, 1962) Estágio 1: pré-puberdade Estágio 2: início da puberdade Estágio 3-4: puberdade (média) Estágio 5-6: pós-puberdade (adulto) * Classificação dos estágios: Indivíduo x padrão (fotos e descrições) Inspeção visual direta x auto-avaliação Maturação sexual * Inspeção visual direta Cuidados éticos: Permissão de pais e da criança Presença de indivíduo do mesmo sexo Avaliação individual * Auto-avaliação Explicação dos detalhes e finalidade Comparação com fotos ou desenhos esquemáticos Ambiente adequado Correlação entre auto-avaliação e avaliação direta (0,59 – 0,92; Matsudo e Matsudo, 1994) * Eventos Maturacionais Homens: Aumento do volume testicular Desenvolvimento de Genitália Crescimento de Pelos Pubianos Estirão de Crescimento Crescimento de Pelos Axilares Crescimento de Pelos Faciais Mudança na Voz * Maturação testicular Orquidômetro de Prader * Maturação genitália * Maturação genitália * Maturação pelos púbicos * Maturação pelos púbicos * Estirão Indica puberdade (entre G3-G4) * Presença indica fim da puberdade (G4-G5) Pelos axilares: 1) ausência, 2) presença discreta, 3) distribuição adulta Pelos faciais: 1) ausência, 2) canto do lábio superior, 3) parte superior da bochechas, 4) linha média inferior, 5) laterais e inferior do queixo Voz: 1) sem alteração, 2) sinais de alteração, 3) voz adulta Pelos axilares, faciais e voz * Eventos Maturacionais Mulheres: Desenvolvimento de Mamas Crescimento de Pelos Pubianos Estirão de Crescimento Crescimento de Pelos Axilares Menarca * Maturação - mamas * Maturação - mamas * Maturação – pelos púbicos * Maturação – pelos púbicos * Estirão e pelos axilares Estirão – indica início da puberdade (M2 e P2) Pelos axilares – indica fim da puberdade (M4): 1) nenhum, 2) pequeno crescimento, 3) distribuição adulta * Menarca Ocorrência – Fim da puberdade Normalmente – M4, descendente do estirão Média aos 13 anos (variação normal 11 a 15 anos) * Ocorrência da menarca em 77 adolescentes de 9-15 anos * 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Estirão Mama M2 M3 M4 PHV P Pubiano P2 P3 P4 P Axilar Menarca Sequência de eventos - Meninas * 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Estirão Testículos PHV P Pubiano P2 P3 P4 P Axilar P Facial Sequência de eventos - Meninos Genitais G2 G3 G4 Voz * + ENDOCRINOLOGIA DA MATURAÇÃO SEXUAL * HORMÔNIOS SEXUAIS E INÍCIO DA PUBERDADE Hipotálamo: GnRH – Horm. Estimulante da Liberação de Gonadotrofinas Hormônio Masculino nas Mulheres: Adrenal – andrógenos – transforma em testosterona * Homem – adolescente – crescimento de testículo adulto – espermatogênese Mulher – adolescente – crescimento do ovário adulto – maturação do óvulo Homem – adolescente – secreção de testosterona adulto – ejaculação; secreção de testosterona Mulher – adolescente – secreção de estrógenos adulto – ovulação; secreção de estrógenos GONADOTROFINAS * HORMÔNIOS SEXUAIS FSH: Primeiro hormônio a aumentar – 50% do estágio I para II Continua aumentando até fim da puberdade LH: Só aumenta após estágio II Continua aumentando com pulsos noturnos TESTOSTERONA: Aumenta junto com LH Continua aumentando após estágio V até 30 anos ANDRÓGENOS ADRENAIS: - Aumenta GH: - Aumenta pouco – via testosterona * HORMÔNIOS SEXUAIS 0 2 4 6 8 10 12 14 I II III IV V Estágios Concentração hormonal FSH LH 0 100 200 300 400 500 600 700 I II III IV V Estágios Concentração hormonal TESTOSTERONA * HORMÔNIOS SEXUAIS FSH: Primeiro hormônio a aumentar – 50% do estágio I para II Continua aumentando até fim da puberdade LH: Só aumenta após estágio III Continua aumentando com pulsos noturnos ESTRÓGENOS Aumenta após estágio II Nível adulto na menarca ANDRÓGENOS ADRENAIS/ TESTOSTERONA Aumenta GH - Aumenta pouco – via testosterona * 0 5 10 15 20 25 30 35 I II III IV V Estágios Concentração hormonal FSH LH 0 2 4 6 8 10 12 14 16 I II III IV V Estágios Concentração hormonal ESTRÓGENO HORMÔNIOS SEXUAIS * 0 100 200 300 400 500 600 700 I II III IV V Estágios Concentração hormonal TESTOSTERONA ESTRADIOL ANDROSTENEDIONA HORMÔNIOS SEXUAIS 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 I II III IV V Estágios Concentração hormonal TESTOSTERONA ESTRADIOL ANDROSTENEDIONA * RELAÇÃO HORMÔNIOS E EVENTOS ESTIRÃO: 5 cm/ano - GH 5 cm/ano – Testo/Andrógenos Fechamento das epífises ósseas - Testo/Andrógenos COMPOSIÇÃO CORPORAL: Aumento da massa muscular - Testo/Andrógenos Redução da massa gorda - Testo/Andrógenos Aumento de gordura no final da puberdade – Estrógeno MAMAS Crescimento das mamas – Estrógeno e FSH PELOS Pubianos, axilares e faciais - Testo/Andrógenos MUDANÇA DE VOZES - Voz grossa - Testo/Andrógenos * Exercícios * Reprodutibilidade da avaliação da maturação sexual Adaptado de Matsudo e Matsudo, 1994 * Critérios de Tanner - Genitália * G4 * G2 * G5 * G1 * G3 * Critérios de Tanner – Pelos púbicos * P1 * P3 * P2 * P5 * P4 * Critérios de Tanner – Pelos púbicos * P5 * P2 * P4 * P1 * P3 * Critérios de Tanner - Mamas * M4 * M2 * M1 * M5 * M3 * Leitura Texto 1 - Baxter-Jones & Maffulli. Intensive training in elite young female athletes. Texto 2 – Dayle & Caine. Intense training in elite female athletes: evidence of reduced growth and delayed maturation? Br J Sports Med 2002 * Atividade - Julgamento Caso: Pais de bailarina (16 anos; s/ menarca)processam professor de EF por conta de atraso na maturação da criança. Tempo de leitura e pesquisa: 30 min * Atividade - Julgamento Equipe da Promotoria – montar peça em favor dos acusadores (5 min de exposição) Equipe da defesa – montar peça em favor do acusado (5 min de exposição) Júri – decidir se culpado ou inocente Criança e professor de EF – são arguidos por promotoria, defesa e júri (2 perguntas cada) * Efeito do Treinamento Físico na Maturação * Efeito do Treinamento Físico Treinamento Adequado – não influencia na maturação, nem atrasa, nem adianta. Meninos Japoneses PHV – ativos – 13,30 anos inativos – 13,31 anos * Efeito do Treinamento Físico Homens Esporte PHV Basquete 14,1 0,9 Futebol 14,2 0,9 Ciclismo 12,9 0,4 Remo 13,5 0,5 Vários 13,6 0,9 Não atletas 13,8 a 14,4 (Chan e Michele. Sports and Children, 1998)) * Efeito do Treinamento Físico Mulheres Esporte PHV Vários 12,3 0,8 Vários 12,0 0,8 Não atletas 11,6 a 12,2 (Chan e Michele. Sports and Children, 1998)) * Esporte e Maturação Maior Parte - Maturação Normal Treinamento Adequado não influi na maturação * Esporte e Maturação Treinamento Intenso - Pode atrasar Substâncias secretadas - Estrógeno Opióides, Prl, Outros Redução da % gordura * Efeito do Treinamento Físico (Chan e Michele. Sports and Children, 1998)) Esporte Menarca Tênis 13,2 1,4 Remo 12,7 0,9 Não atletas 12,1 a 13,7 Ginastas 14,5 1,2 Balé 15,4 1,9 * Numerosos são os estudos que tem estabelecido que, em geral, a menarca ocorre mais tarde em ginastas quando comparadas com não atletas, e que o grau de atraso é associado com o nível de competição * Esporte e Maturação Ginástica e Balé – Maturação Tardia Explicação Ginástica e Balé: Pré-Seleção Treinamento Intenso Estética – subnutrição – Gordura Aspecto Psicológico – estresse Uso de drogas * CONCLUSÃO “Treinamento físico adequado não influencia no processo maturacional.” “O treinamento excessivo pode atrasar a maturação.” * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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