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1.000,00 0 (data zero) Vejamos que o valor monetário que temos hoje é esse: R$1.000,00, o qual será representado por esta seta vertical, exatamente sobre a data zero. Daí, o enunciado quer saber o quanto valerá essa quantia de R$1.000,00 em uma data futura, qual seja, três meses após hoje. Portanto, desenharemos o tempo (os meses) sob a nossa linha. E teremos: 1.000,00 0 1m 2m 3m (data zero) Por fim, o valor que desejamos saber na questão será traçado sobre a data 3 meses, que foi determinada pelo enunciado. Como não conhecemos ainda esse valor, o chamaremos apenas de “X”. E, conforme aprendemos na lei fundamental da matemática financeira, se “transportarmos” um valor inicial para uma data futura, sabemos que este aumentará com o passar do tempo, de modo que o valor de “X” será, necessariamente, maior que os R$1.000,00 iniciais. Desta forma, quando formos desenhar o X, teremos que colocar um traço maior que aquele que representava os R$1.000,00. Teremos: X 1.000,00 0 1m 2m 3m (data zero) Vamos ao segundo exemplo: “Tenho uma dívida, no valor de R$5.000,00, que tem que ser paga daqui a três meses, mas eu pretendo antecipar o pagamento dessa dívida e pagá-la hoje. Quanto terei que pagar hoje por essa obrigação?” Aqui, o valor monetário que nos foi fornecido pelo enunciado (R$5.000,00) está localizado (na linha do tempo) exatamente na data três meses. Assim, para começar, teremos: 5.000,00 Traço menor Linha do tempo Traço maior CURSOS ON-LINE – MATEMÁTICA FINANCEIRA P/ ICMS-SP PROFESSORES SÉRGIO CARVALHO E WEBER CAMPOS www.pontodosconcursos.com.br 4 3m Só que a questão quer saber o quanto representaria o valor desta dívida de R$5.000,00 se eu resolvesse pagá-la hoje. Ora, conforme aprendemos, hoje é sinônimo de data zero. Então a questão quer saber, na verdade, o quanto vale este R$5.000,00 na data zero. Não sabemos ainda essa resposta, portanto, representaremos essa quantia na data zero apenas por “X”. Teremos: 5.000,00 X 0 1m 2m 3m (data zero) Observemos que, como estamos “retrocedendo” no tempo, ou seja, como estamos recuando na linha do tempo, o valor de “X” será, necessariamente, um valor menor do que R$5.000,00. Isso é o que nos diz a lei fundamental da matemática financeira. Por isso, o traço que representa o valor “X” deve ser menor que o que representa os R$5.000,00. Vejamos de novo: 5.000,00 X 0 1m 2m 3m (data zero) Vamos propor uma terceira situação: “suponha que o João contraiu uma dívida. Ele se comprometeu com o seu credor que lhe pagaria daqui a 30 dias, uma quantia de R$3.000,00. Ocorre que, quando chegou no dia combinado, o João estava sem dinheiro. Então, pegou o telefone e ligou para o seu credor, dizendo: ‘devo, não nego! E quero pagar, só que de uma forma diferente! Agora quero pagar essa dívida em duas parcelas iguais, nas datas sessenta e noventa dias!’ Ora, qual seria o valor dessas duas novas parcelas que João vai ter que pagar, para substituir a dívida original (de R$3.000,00) que era devida (que vencia) na data 30 dias?” Façamos o desenho desse enunciado. A questão nos dá o valor monetário R$3.000,00, que é uma dívida que vencerá (ou seja, que deverá ser paga) na data 30 dias. Desenhemos, portanto os R$3.000,00 sobre a data fornecida. Teremos: 3.000,00 0 30d (data zero) Traço menor Linha do tempo Traço maior CURSOS ON-LINE – MATEMÁTICA FINANCEIRA P/ ICMS-SP PROFESSORES SÉRGIO CARVALHO E WEBER CAMPOS www.pontodosconcursos.com.br 5 Estes R$3.000,00 representam a “obrigação original” do João. Ou seja, o valor da dívida a ser paga conforme havia sido tratado originalmente. Acontece que por não dispor de numerário suficiente (essa é a linguagem da prova), o João deseja “alterar, substituir, modificar” (são todos verbos essenciais neste tipo de questão) aquela forma original de pagamento, por uma outra forma de pagar a sua dívida. E qual é essa outra maneira de pagar sua dívida? Com duas parcelas iguais, as quais chamaremos apenas de “X” (já que são desconhecidas e iguais), nas datas 60 e 90 dias. Nosso desenho agora será: 3.000,00 X X 0 30d 60d 90d (data zero) Alguém pode perguntar: “os traços dos ‘X’ não teriam que ser maiores que o traço do R$3.000,00?” Sabemos que o valor R$3.000,00, em uma data futura, representaria uma quantia maior. Isso é certo! Porém, como esse valor será “quebrado” em duas parcelas (são dois valores “X”) então não podemos afirmar, de antemão, que o valor de “X” será maior que R$3.000,00. Neste caso, basta desenhar os “X” nos locais corretos, designados pelo enunciado, e está tudo certo! No final da resolução, quando calcularmos o valor exato de X, saberemos se é maior ou não que os R$3.000,00. Mais uma situação: “suponhamos que o João passou no concurso que tanto sonhava. Está vivendo, por assim dizer, nas nuvens! E foi nomeado, e já está trabalhando. Chegou ao fim do primeiro mês, quando, finalmente, recebeu seu primeiro salário. A recompensa dos justos! Não foi moleza abdicar de tantas coisas só para estudar pro concurso...! Mas era chegada a hora de usufruir do seu esforço. João estava terminantemente decidido a não fazer qualquer economia com aquele primeiro salário. Ia gastar tudo em compras, presentes (para ele mesmo, sobretudo!) e divertimentos. E assim fez! Mas, para surpresa geral, o inesperado: apesar de todos os esforços empreendidos, ao fim daquele mês, João ainda tinha R$1.000,00 do salário em sua mão! “Um absurdo!” , pensou ele. Será que não sou capaz sequer de gastar o meu salário? E resolveu que nesse novo mês, seria mais “competente” e gastaria tudo, até o último centavo do que ganhasse! Para ajudá-lo nesta empreitada, João arranjou logo duas namoradas e fez mais meia dúzia de “extravagâncias”. De nada adiantou: ao fim do segundo mês, restavam ainda R$1.000,00 do salário em sua mão! Foi aí que João se conformou com aquela situação “degradante” e resolveu que iria, doravante, em todo primeiro dia de cada mês, fazer um depósito numa conta de poupança de um banco qualquer, sempre no valor de R$1.000,00. A questão é a seguinte: quanto o João iria ter acumulado após o décimo segundo depósito de R$1.000,00?