Buscar

AULA 06- slide

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 06 - CRÍTICAS À ESCOLA MODERNA –slide 
Dentro dasTeorias Crítico-Reprodutivistas Só é possível compreender a EDUCAÇÃO através dos seus CONDICIONAMENTOS sociais.
Evidenciando a total dependência da educação em relação à sociedade, sendo a marginalidade algo inerente à mesma.
O papel da escola é a reprodução social, ou seja, a reprodução das relações de poder e de dominação típica de uma sociedade dividida em classes sociais.
Essas teorias desmistificaram o caráter de equalização social da educação, mas não ofereceram alternativas às propostas pedagógicas de caráter liberal.
Pierre Félix Bourdieu (1930-2002)
Sociólogo Francês de origem campensina e filósofo de formação.
Desenvolveu, ao longo de sua vida, mais de 300 trabalhos abordando a questão da dominação e cuja contribuição alcança as mais variadas áreas do conhecimento humano.
Tratou de temas como:
cultura, literatura, 
educação, política, 
arte e mídia.
Analisou a própria Sociologia enquanto disciplina e prática. 
Crítico do liberalismo e da globalização. 
Sua discussão sociológica centralizou-se, ao longo de sua obra, na tarefa de desvendar os mecanismos da reprodução social que legitimam as diversas formas de dominação. 
Para tanto, desenvolveu conceitos específicos, retirando os fatores econômicos do epicentro das análises da sociedade. 
A partir do conceito de violência simbólica, faz uma defesa acerca da não arbitrariedade da produção simbólica na vida social, advertindo para seu caráter efetivamente legitimador das forças dominantes, que expressam por meio delas seus gostos de classe e estilos de vida, gerando o que ele pretende ser uma distinção social.
O mundo social, para Bourdieu, deve ser compreendido à luz de três conceitos fundamentais: campo, habitus e capital.
Teoria do Sistema de Ensino Enquanto Violência Simbólica
Para Saviani, esta teoria se caracteriza por tentar uma espécie de “explicitação das condições lógicas” pertencentes a todo e qualquer processo educacional.
Para ele, Bourdieu e Passeron tomam como princípio norteador de suas análises de que a sociedade se constrói a partir de relações de “força material” entre grupos ou classes sociais dominantes com os grupos classes sociais dominadas.
O sistema de ENSINO é um mecanismo fundamental para mascarar tais relações de poder, ou seja, trata-se da questão da “VIOLÊNCIA SIMBÓLICA”. 
Segundo eles:
“Sobre a base da força material e sob sua determinação, erige-se um sistema de relações de força simbólica cujo papel é reforçar, por dissimulação, as relações de força material”.
A “violência simbólica” espalha-se nos mais variados segmentos da sociedade, tais como: “formação da opinião pública pelos meios de comunicação de massa, jornais etc.; pregação religiosa; atividade artística e literária; propaganda e moda; educação familiar etc.”
Por terem como objetivo a ação pedagógica institucionalizada, explicitam que a ação pedagógica é uma imposição arbitrária da cultura dos grupos ou classes dominantes aos grupos ou classes dominados.
Tal relação implica a existência de uma autoridade pedagógica, isto é, de “um poder arbitrário de imposição que, só pelo fato de ser desconhecido como tal, se encontra objetivamente reconhecido como autoridade legítima”.
Segundo os teóricos franceses, o trabalho pedagógico é um “trabalho de inculcação que deve durar o bastante para produzir uma formação durável; isto é, um habitus como produto da interiorização dos princípios de um arbitrário cultural capaz de perpetuar-se após a cessação da ação pedagógica (AP) e por isso perpetuar nas práticas os princípios arbitrários interiorizado”.
Portanto, a função da escola e da educação é a reprodução das desigualdades sociais, ou seja, a reprodução cultural contribui para a reprodução social.
Segundo Saviani, o problema da marginalidade no interior desta teoria, refere-se aos grupos ou classes dominados, ou seja, são marginalizados porque não possuem força material (capital econômico) e força simbólica (capital cultural).
Teoria da Escola como Aparelho Ideológico do Estado 
LOUIS ALTHUSSER- Filósofo francês de origem argelina- Nasceu na cidade de Birmandreis na Argélia (19/10/18) e faleceu em Paris (22/10/90).
Althusser era, portanto, um pied-noir (pé-negro) – usado em francês para descrever a população francesa que vivia na Argélia e que se repatriou na França depois de 1962. 
Em 1962, a Argélia se tornou independente, naquilo que foi um longo conflito sangrento.
O ensaio “Ideologia e Aparelhos Ideológicos do Estado” estabelece seu conceito de ideologia, que relaciona o marxismo com a psicanálise.
A ideologia, para ele, deriva dos conceitos do inconsciente e da fase do espelho (de Freud e Lacan, respectivamente), e descreve as estruturas e sistemas que permitem um conceito significativo do eu. 
Estas estruturas são tanto agentes de repressão quanto são inevitáveis - é impossível escapar das ideologias ou não ser-lhes subjugado.
A IDEOLOGIA é a relação imaginária, transformada em práticas, reproduzindo as relações de produção vigentes. 
Em seu discurso sobre a Ideologia é patente sua preocupação em encontrar o lugar da submissão espontânea, o seu funcionamento e suas consequências para o movimento social. 
Para ele, a dominação burguesa só se estabiliza pela autonomia dos aparelhos (de produção e reprodução) isolados.
O mito do Estado, como entidade incorporada pelos cidadãos e como instituição acima da sociedade, aparece, também no estruturalismo marxista de Althusser sob a forma de "a instituição além das classes e soberana.
Assim os Aparelhos Ideológicos do Estado(AIE) são a espinha dorsal de sua teoria.
Para Althusser, a ideologia tem uma existência material, ela existe a partir de determinadas práticas materiais reguladas por instituições materiais.
 Considera o AIE escolar como sendo dominante, por se constituir como o instrumento mais acabado de reprodução das relações de produção de tipo capitalista.
A escola inculca “saberes práticos” da ideologia dominante a todas as crianças de todas as classes sociais durante anos a fio.
Esta teoria se caracteriza por advogar que a EDUCAÇÃO é um processo de ideologização da sociedade.
Na análise de Saviani, esta teoria compreende que: a escola ao invés de promover a equalização social acaba por se constituir como um mecanismo para garantir e perpetuar os interesses burgueses.
Ressalta ainda que, marginalizada é a classe trabalhadora.
Teoria da Escola Dualista Baudelot e Establet 
Esses teóricos apontam para o caráter ilusório da “unidade escolar” e formulam seis proposições fundamentais. São elas:
“Existe uma rede de escolarização que chamaremos rede secundária-superior (rede S.S.).
Existe uma rede de escolarização que chamaremos de rede primária-profissional (rede P.P.).
4)Não existe terceira rede.
5) Estas duas redes constituem, pelas relações que as definem, o aparelho escolar capitalista. Esse aparelho é um aparelho ideológico do Estado capitalista.
 6) Enquanto tal, este aparelho contribui, pela parte que lhe cabe, a reproduzir as relações de produção capitalistas, quer dizer, em definitivo a divisão da sociedade em classes, em proveito da classe dominante.
7) É a divisão da sociedade em classes antagonistas que explica em última instância não somente a existência das duas redes, mas ainda (o que as define como tais) os mecanismos de seu funcionamento, suas causas e seus efeitos”.
A escola exerce uma dupla função:
A formação da força de trabalho
E a inculcação da ideologia dominante
A inculcação ideológica se dá de duas formas concomitantes: difundir e inculcar a ideologia burguesa e impedir a organização e a difusão da ideologia proletária.
Papel da escola reforçar e legitimar a marginalidade própria de uma sociedade dividida em classes sociais desiguais e, o marginal aqui, é o proletariado.
Desescolarização da Sociedade - Ivan Illich 
Em “Sociedade sem escolas”, faz uma crítica severa à institucionalização da educação. Em contraposição à educação institucionalizada, como algoineficaz, defende à autoaprendizagem.
Critica o modo de vida das sociedades industrializadas avançadas e deposita suas esperanças nos países em via de desenvolvimento.
Admite que a vida em sociedade não seria possível sem as instituições, mas faz a seguinte distinção: as instituições manipulativas (instituições vigentes) não estão a serviço das pessoas, mas contra elas e, defende, as instituições conviviais, que seriam interativas, por permitirem o intercâmbio entre as pessoas com a condição de que todas mantenham sua autonomia.
Coloca a escola em dúvida no que se refere a sua tarefa: a de educar, pois, o modelo de escola de nossa sociedade é manipulativa e, portanto, totalmente dispensável.
Teorias Anarquistas
O movimento anarquista defende a existência de modos alternativos de organização voluntária, cooperativa e participativa em oposição ao aparelho estatal, considerado nocivo e desnecessário. 
Recusam o Estado, a Igreja e qualquer instituição que impossibilite o desenvolvimento da emancipação do homem.
Criticam a democracia parlamentar, representativa, e fazem uma defesa em torno de uma democracia direta em que as assembleias seriam convocadas por necessidade e os seus delegados teriam tempo limitado em seus mandatos. 
Pregam o FIM da propriedade privada dos meios de produção, que seria substituída pelas organizações de sujeitos livres em empresas dirigidas coletivamente, anulando toda e qualquer hierarquia e imposição da autoridade. Assim, propõem a autogestão que terá grande impacto na educação. 
Considerações Finais:
As teorias crítico-reprodutivistas apontam para o caráter reprodutor da educação, desmistificando o discurso ideológico das teorias liberais em educação (Pedagogia Tradicional, Nova e Tecnicista) de que através da educação iremos redimir a sociedade da marginalidade social. Portanto, é uma crítica ao discurso salvacionista da escola. Essas teorias não apresentam uma alternativa de escola e de sociedade.
No entanto, encontramos a proposta anarquista de Ivan Illich em desescolarizar a sociedade, defendendo a proposta da autogestão coletiva e o fim da propriedade privada.

Outros materiais